A filha de Negan escrita por CM Winchester


Capítulo 8
Capitulo 8




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Acordei sentindo uma dor imensa na barriga. Pisquei meus olhos para me acostumar com a claridade. Olhei em volta e encontrei Daryl sentado na beira da janela com a cabeça encostada no vidro e os olhos fechados.

— Daryl. - Minha voz saiu rouca.

Arrastada. Minha garganta estava seca, arranhou e doeu. Tentei limpa-la, mas meus lábios tambem estavam secos.

Ouvi um barulho na porta e virei minha cabeça para o outro lado. Henry entrou carregando flores e um caderno e lápis coloridos. Quando me viu deixou as coisas caírem.

— Luce! - Gritou e correu ate a mim. - Daryl, acorde.

Daryl se assustou e quase caiu no chão, mas se equilibrou e me encarou. Veio rapidamente e segurou meu rosto.

— Meu amor. Esta bem?

— Estou. - Sussurrei.

— Aqui. - Pegou um copo com agua e colocou na minha boca.

Era tão bom. Fechei os olhos depois os abri de novo.

— Vou chamar os outros. - Henry falou antes de sair correndo.

Daryl o observou depois me encarou.

— Ele gosta bastante de você. - Sorri.

— Ele é um bom garoto. - Murmurei. - Como conseguiram tirar a bala?

— Foi por pouco. Muito pouco. - Sorte que o Reino tinha um medico. E a bala não tinha atingido nada perigoso. Você teve muita sorte.

— Nem acredito. - Murmurei. - Achei que fosse morrer.

— Não poderia fazer isso comigo. Não agora que a gente pode ficar junto. - Sorri.

— Esta mesmo disposto a ficar comigo.

— É o que eu mais quero. - Encostou sua testa na minha e segurou minha mão. - Amo você, Lucinda.

— Me chame de Luce, prefiro. - Ele riu.

A porta foi aberta e Henry voltou com Ezequiel, Rick, Maggie e mais algumas pessoas inclusive Carl.

— Como esta? - Rick perguntou.

— Bem. Só um pouco de dor. Mas poderia ser pior. - Ele assentiu.

Carl se aproximou sorrindo.

— E ai garoto. Estamos de bem agora? - Ergui a mão com o punho fechado e ele riu fazendo um toque com o punho fechado tambem.

— Sim. Como você esta?

— Bem - Sorri - Quem matou Simon?

— Shiva pulou nele e o matou.

— Boa garota.

— Você é amiga daquela coisa?

— Sim. Ela é um gatinha dócil. - Eles fizeram careta e eu sorri.

Conversamos mais um pouco ate que resolveram me deixar descansar. Henry ficou com seus papeis. Consegui erguer uma mão e ajuda-lo a pintar alguns desenhos. Daryl ficou nos observando. Ezequiel veio busca-lo ja estava anoitecendo.

Eu estava exausta, depois de comer acabei adormecendo.

Acordei me sentindo melhor, levantei ainda com dor, mas caminhei ate banheiro. Olhei meu reflexo no espelho. Estava pálida, cabelo bagunçado.

— Luce? - Ouvi uma voz então abri a porta.

— Michonne?

— Oi. Você esta bem? Não esperávamos que ia levantar já.

— Não gosto de ficar parada. - Ela sorriu.

— Quer ajuda?

— Queria tomar um banho se fosse possível.

— Quer que eu ajude você?

— Seria maravilhoso.

Com sua ajuda tomei um banho. Ela me ajudou com o curativo.

— Tem uma tesoura? - Perguntei depois de observar meu reflexo pelo espelho pela milésima vez.

Ela trouxe uma tesoura, peguei meu cabelo, penteei depois o separei ao meio, peguei a tesoura e o cortei a cima da tinta, ficou meio torto, mas não me importei.

— Por que fez isso? - Michonne perguntou.

— Não sei, só não conseguia olhar mais. Pode conseguir roupas novas?

— Sim.

Quando Daryl foi me visitar parou na porta e ficou me encarando.

— O que? - Perguntei.

— Por que isso?

Balançou a mão na minha direção. Meu cabelo estava cortado, usava um vestido branco de alças, cardigan verde e sapatilha preta.

— Precisava me desprender do passado.

— E precisava mudar tudo?

— Não gostou? - Perguntei confusa.

— É diferente. Estava acostumado com o cabelo colorido. As roupas sexy. - Ele abraçou minha cintura.

— Essa sou eu.

— Vou sentir saudade da outra versão.

— Ela sempre vai estar aqui dentro.

— Eu sei. - Beijou meu lábios.

— Tia Luce? - Henry estava parado a porta me encarando.

— Oi, amor.

— Você cortou o cabelo.

— Senti que precisava mudar. - O abracei.

— Papai quer voltar ao Reino, vim perguntar se você pode ir junto.

Lancei um olhar para o Daryl. Estava dividida, me sentia mais em família com o Reino, mas isso significa ter que deixar Daryl.

— Por enquanto ela tem que ficar em repouso garoto. - Daryl respondeu e Henry assentiu.

— Vou pedir ao meu pai para ficar aqui então. - Correu para a rua.

— Ele gosta realmente de você.

— Desde que nos vimos pela primeira vez. Shiva e Henry me adoraram.

— E o Rei? - Sorri enquanto passava meus braços por seus ombros.

— Esta com ciúme?

— Ele sempre estava por aqui te observando. - Resmungou.

— Ezequiel é um grande homem e um ótimo amigo. Demorou a confiar em mim, mas soube lidar com meu pai. Todo esse tempo e ninguém da sua comunidade sabia sobre Negan. Mas é só um amigo. - Beijei seus lábios.

— Só temos um problema o garoto quer que você vá com eles.

— E você quer que eu fique aqui com você. - Assentiu. - Amo Henry e me sinto em família, mas meu coração pertence a você, Daryl. Então preciso ter uma conversa seria com Henry.

— Você pode se dividir ficar algum tempo aqui, outro lá.

— E quando eu estiver lá você estará comigo? - Ele sorriu.

— Sempre.

Eu estava satisfeita, iamos reconstruir um novo mundo. As comunidades iriam se unir e prosperar. Demoraria anos ate algum babaca vir nos incomodar. E quando viesse estaríamos prontos.

Com ajuda de Daryl e permissão de Rick e Maggie, peguei o corpo do meu pai e levei para enterrar. Por fim improvisei uma base com galhos, deitei seu corpo e o queimei junto com seu taco. Uma lagrima solitária desceu pela minha bochecha.

Enquanto a fumaça subia pelos céus e o fogo consumia o corpo de Negan, senti que estava livre. Parecia ser errado sentir isso e talvez eu não fosse tão diferente dele.

— Vamos voltar? - Daryl perguntou e eu assenti.

— Vamos. Vamos para casa. - Ele sorriu quando chamei Alexandria de casa. - Temos alguns assuntos inacabados não acha? - Sorriu.

— E isso que não tinha interesse em mim deste jeito. - Gargalhei.

— Naquela época eu era boa em fingir. Você sabe que sempre te quis, Dixon.

— Digo o mesmo. Me deixava louco de desejo. - Puxou meu corpo para o dele. - Ainda deixa.

— A diferença é que agora você me tem. - Beijei seus lábios.

Agora eu olhava para o horizonte e via esperança de uma vida melhor. Eu estava livre!


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Notas finais do capítulo

Esse é o final! Espero que tenham gostado. Amei escrever essa história. Queria agradecer ao Filho de Kivi por sempre comentar. Me deixava muito feliz! Obrigada a todos que acompanharam ate aqui. Um abraço enorme. CM.



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