Deku: O Espetacular Homem-Aranha Temporada 2 "A" escrita por Steve 123


Capítulo 58
Capítulo LVIII: Tudo está se estabilizando




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Um novo dia havia chegado, Izuku percebeu que Camie havia dormido a noite toda com ele naquela rede.

—... -Ele sorriu pra ela acariciando seus cabelos.

—Oh... Bom dia -Ela sorriu.

—Foi mal, eu não queria te acordar -Izuku ficou sem jeito.

—Está tudo bem, é bom saber que você cuida de mim o tempo todo que está acordado -Ela o beijou.

Izuku sorriu com a demonstração de afeto assim que se afastaram.

—Posso continuar dando carinho então? -Ele perguntou.

—Vem~ -Ambos começaram a se beijar novamente por um tempo- Ainda dá tempo de ficarmos assim mais um pouco antes das aulas? Quer horas são? -Ela perguntou sorrindo enquanto eles passaram a dar vários selinhos.

—... -Quando Izuku foi ver o relógio, teve um bater na porta.

—Irmão? -Era Izumi que estava ali.

O casal se espantou, era óbvio que eles já dormiram juntos antes... Mas uma coisa era na zona segura quando só tinha um quarto e nenhum parente... Outra era cada um ter seu próprio quarto em prédios diferentes dentro da UA e a irmã de um deles estando ali, o pior era que só teria duas situações: Ou teria um escândalo/mal entendido ou ambos os lados sentiriam muita vergonha, mesmo que eles só tenham dormido juntos por conta do cansaço que todo o dia anterior foi.

Eles trocaram olhares de “E agora?”

—Irmão? -Izumi perguntou.

—Ehm... Sim? -Izuku sorriu sem jeito.

—Está arrumado? Vamos tomar café e ir pra escola! -Izumi comentou de todo bom humor.

Izuku trocou olhares com Camie, dando a ela um selinho e fazendo gesto para ela ir invisível pela varanda, a mesma fez um sim com sua cabeça.

—J-Já vou! -Izuku comentou assim que Camie saiu de cima dele e seguiu invisível para a varanda.

—Que barulho é esse?

—Relaxa, sou eu indo pegar um pouco de ar puro primeiro! -Izuku comentou rindo levemente.

Completamente aliviado quando tudo terminou, só restou os três indo pra escola, Izumi do lado do casal, onde Camie estava abraçada ao braço de Izuku.

—Jesus... QUE TENSO -O casal pensava ao mesmo tempo.

—Algum problema? -A esverdeado perguntou.

—Nada não -Camie comentou.

—... -Itsuki ao longe estava tranquilo sobre tudo de um modo geral.

—Hey -Kaina foi até ele.

—Hã? -O mesmo se virou surpreso ao ver ela caminhando do lado dele- Como tem ido?

—Ehm... Bem bem -Itsuki reagiu após pensar um pouco.

—E sobre o que teve ontem? Nossa, que tenso! -Ela sorriu, pelo visto ela estava afim de resenhar um pouco.

—Nem fale... -Ele não era muito de falar, mas estava dando o melhor pra tentar conseguir.

Flashback POV.ON:

—É isso, quando eu vi ela lá no hospital não foi só o choque de ter visto ela rebobinada, eu senti algo estranho... Toda vez que eu vejo ela eu sinto isso... Ela mexe comigo e não sei o porquê! -Itsuki foi franco- O que está havendo? O que está acontecendo? Eu não tenho nada contra ela, agora eu não sei porquê fico assim!

—... -Izuku assimilava tudo.

—...

—Ai meu Deus... -O mais velho analisou.

—...

—AI MEU DEUS!! -Izuku ficou animado.

—... -Itsuki ficou desconfortável.

—Você está apaixonado! -Izuku feliz da vida concluiu estendendo os braços pro seu irmão.

—O-O que?! Não, eu não estou?! -Itsuki corou violentamente.

—Sim... Você está... -Izuku o envolveu com um dos braços e cutucava o braço dele com o seu outro- E pensar que isso aconteceria tão cedo com você maninho...

—Q-Quer parar com isso?! -Itsuki se afastou.

—Que isso... -Izuku comentou tentando se aproximava enquanto Itsuki tentava continuar afastando.

—Qual é, eu não estou apaixonado, eu sei muito bem o que é estar! -Itsuki tentou se defender.

—Não... Não sabe, você só sabe a definição de estar apaixonado, você só sabe que está de fato apaixonado quando você entende que tem esse sentimento dentro de você e percebe que é muito mais do que o vocabulário fala -Izuku explicou.

Ouvir aquilo do mais velho o impactou.

—Confia em mim vai... Eu sou seu irmão poxa... -Izuku comentou- Eu sei que nunca tivemos um “pai”, mas permita-me ser o equivalente dessa figura pra você, permita-me te ajudar!

—... -Itsuki suspirou, começando a desabafar sobre o que sentia em relação a ela.

Flashback POV.OFF:

—Ainda tenho certeza que não é isso... -Ele ainda estava em conflito.

“Vai, chame ela pra ir a algum lugar, converse com ela! Você vai ver que não é tão ruim!”, foi o que Izuku disse pra ele quando deu a ideia de levar pra comer alguma coisa ou qualquer coisa do gênero.

Aquele olhar de quando ela acordou, aqueles olhos de inocência sem saber de nada do que estava acontecendo, aquela longa cabeleira lisa exuberante sem que ela tenha ativado sua quirk, tudo aquilo mexeu com ele, só dela estar do lado dele e agindo daquela forma gentil e amigável mexia com ele a ponto dele ter amaldiçoado todo o comitê de segurança pública por tê-la tornado uma vilã mesmo que indiretamente.

—Por que eu tenho que ficar com esse papo martelando a minha cabeça? Poxa Izuku... Por que você colocou esse papo na minha cabeça?! -Itsuki pensava- O que eu faço agora? Como faço pra me livrar desse sentimento? E se não for paixão? E se eu estiver só mal interpretando as coisas? Eu estaria simplesmente mal interpretando as coisas quando ela só gostaria de ter um amigo com quem ela se sinta segura!

Naquele momento a jovem olhava pra ele, ele estava em um misto de nervosismo, ela sabia que ele era recluso, mas ao mesmo tempo ela queria tanto se aproximar...

—... -Ela continuava o olhando.

Sabe-se lá por que... Ele era charmoso com aquele jeito e a forma que ele acabou a olhado daquele jeito no hospital... A impactou tanto....

Flashback POV.ON:

—...? -A paciente se virou para eles.

—... -Itsuki estava em choque assim como todos, mas ele era quem mais estava dentre os demais ali.

Em frente a eles estava ela com uma típica roupa de hospital, rebobinada de volta para a sua forma de quando era uma adolescente.

—Pessoal... O que está acontecendo? -Ela estava sem entender nada e com um olhar de pura inocência, dado que por razões óbvias, ela havia perdido as memórias.

—A-Aaaaaaaah... -Itsuki reagiu ainda em choque com a visão que teve junto dos demais.

—...? -A jovem de cabelos roxos estava confusa em relação a ele, qual seria o motivo do espanto?

—Q-QUE BOM QUE VOCÊ ESTÁ BEM!! -Izuku comentou disfarçando.

—É-É... CARAMBA! -Camie ao entender o propósito, decidiu ajudar o namorado.

—Perdão, nos conhecemos? -Kaina perguntou.

—S-Somos conhecidos, você sofreu um terrível acidente e está de recuperação, ainda bem que te achamos! -Izumi foi ajudar também.

—Mas o que aconteceu? O que houve?

—Bem mocinha, vamos deixar todas as explicações pra mais tarde, eu só os trouxe aqui para tranquilizar a todos tá legal? -Recovery Girl continuou com o disfarce- Pois bem pessoal, todos vocês já tiveram o que queriam -Ela comentou levando todos- Especialmente você!

Itsuki foi o último a sair com a ajuda da Recovery Girl, ambos os jovens olhavam um pro outro antes do esverdeado sair dali.

Flashback POV.OFF:

Assim como ela, ele era tão cheio de problemas e conflitos... E mesmo assim ele se dedicou a cuidar dela antes e depois, ele se afastou durante os primeiros dias? Sim, mas ela entendia que ele também tinha seus conflitos, quem não teria? Bem, ela de qualquer forma ela só queria a companhia dele e se ele se sentia perdido, talvez eles devessem procurar algum caminho juntos.

—Fofo -Ela pensava sorrindo lembrando daquele momento.

—Hi hi hi! -Mina observava a dupla logo atrás rindo levemente junto de Momo, Tsuyu, Ochako e Kendo, já era óbvio até demais...

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Na noite do dia seguinte...

Todos do segundo ano assim que foram chamados arregalaram os olhos, Aoyama estava em frente a eles.

—Yuga?! -O próprio Itsuki estava surpreso.

—Como conseguiu sair da prisão? -Mina estava curiosa.

—... -Yuga estava de cabeça baixa com um olhar cansado mesmo depois de ter recebido as boas novas- Há quanto tempo pessoal... É uma longa história...

—Resolvemos tudo -Aizawa havia explicado- Durante o julgamento dele, foi visto que ele não tinha necessariamente culpa de nada que ele cometeu contra a UA como instituição e a tentativa de assassinato ao Midoriya, ele foi dado como vítima das ações do seus próprios pais e chantagem do AFO e cia.

—... -Todos ouviram em silêncio.

—O fato de ser de menor também pesou muito... -Aizawa concluiu.

—Mas e os pais dele? -Ochako ficou preocupada.

—Aí são outros 500 -Aizawa comentou- A partir do momento em que eles recorreram ao submundo, fazendo acordo com a maior organização criminosa do Japão e submeteram o próprio filho a cometer crimes em nome da mesma, mesmo que essa última parte foi sem querer... Torna bastante complicada a situação para eles.

—... -Todos ficaram com uma expressão triste, sentindo pena do colega.

—Não tem... Nada que possa ser feito nessa situação, certo? -Momo perguntou.

—Estamos vendo o que dá pra fazer, o Japão ruiu, mas estamos fazendo o possível para nessa e nas demais comunidades seguirmos leis e princípios -Aizawa comentou.

—Não dá para perdoá-los assim como os cara que o Midoriya salvou? -Pônei perguntou preocupada.

—... -Aizawa fez um não com a cabeça- A situação é diferente dessa vez...

—Poxa... Mas e quanto às exceções?

 -O pessoal do midoriya são ex-vilões, mas eles têm como fazer alguma coisa a respeito para se redimirem e podem até pagar pelos seus crimes assim e servindo a sociedade no futuro, me perdoe pelo que vou dizer Aoyama, mas não tem nada que seus pais possam fazer -Tsuyu comentou.

—Que coisa horrível Tsuyu! -Momo reagiu não discordando com o que ela disse, mas o jeito.

—Estou errada? -Tsuyu se virou para a representante de classe coçando a cabeça- Se aqui é uma tentativa de ter o que tínhamos, a justiça deveria ser feita e respeitada... A gente só perdoou três ex-vilões, pois agora eles PELO MENOS podem fazer alguma coisa nesse mundo apocalíptico... O que eles podem fazer?

—... -Aoyama não tinha nada a dizer a respeito.

—Eles não têm formação alguma para lutar, para defender ou fazer algo produtivo além do que faziam em seus antigos empregos e isso qualquer um pode fazer... E mesmo que pudessem, sei lá... Ajudar em uma emboscada, eles não poderiam ser soltos assim. As pessoas tem que pagar pelos seus crimes, está certo que o Japão não existe mais -Tsuyu continuou- Agora não podemos simplesmente sair perdoando todo mundo por aí e pensar que eles não farão mais isso... Por mais triste que a história de alguém seja, as exceções não devem fazer as regras quando estamos em um julgamento, ou seja: O caso dos ex-vilões não podem ser considerados nessa ocasião.

O clima ficou em silêncio total.

—Você respondeu tudo, obrigado Asui -Aizawa comentou.

—Mas... Então é isso? Como vai ficar a situação do Aoyama? -Momo perguntou.

—Ele corre o risco de explodir? -Mineta mostrou temor.

—Foi confirmado que não há nenhuma anomalia em meu interior e minhas ondas cerebrais estão normais -Aoyama comentou.

—Talvez a quirk explosiva da antiga Lady Nagant tenha sido adquirida depois da derrota da All Might -Izumi cogitou.

—Isso ou All for One não colocou por capricho assim como ele deu a quirk do laser, ele só foi atrás do Aoyama e sua família quando viu uma oportunidade de usá-lo a seu favor, antes ele nunca pensaria em vê-los de novo até aquele momento -Izuku comentou.

—É um bom ponto -Kendo coçou o queixo.

—Se ele os ameaçou com cadáveres e disse que isso iria acontecer com eles caso fossem desobedientes e mentissem pra ele, a primeira opção é a melhor- Monoma concluiu.

—E fora que eu acabei ficando com a guarda dele enquanto os pais continuam presos, de qualquer forma ele voltará para a UA como um de nossos estudantes, eu nunca o expulsei -Aizawa surpreendeu a todos com o que ele disse exceto o Yuga que já sabia- Ele e seus pais, só fizeram o que fizeram por medo... Esse menino especialmente, fez tudo que fez não por maldade... Ele só queria proteger os próprios pais que o colocaram naquela situação.

—... -A turma toda ficou em silêncio.

—E eu não acho justo como professor abandonar um aluno que é só uma criança perdida, assim como eu sei que vocês apesar de tudo são amigos dele -Aizawa concluiu.

Um clima de silêncio se estabeleceu, Aoyama engoliu em seco.

—Eu sei que... Eu traí a confiança de vocês, e com razão -Ele tomou coragem para falar- Eu sei que fiz muitas coisas ruins e indiretamente muitas mortes estão nas minhas costas...

—... -Todos ouviam.

—E-Eu nem sei como estou conseguindo falar com vocês, eu nem sei como tenho coragem de estar aqui... -O mesmo continuou desabafando- Vocês me olham de uma forma tão triste, vocês não me odeiam... E deve ser isso que me marca mais...

—...

—Eu esperaria, até queria que me odiassem... Mas vocês teimam em querer me ver como seu velho amigo, dá pra ver pelo olhar, e eu sinto que não mereço isso...

—...

—Izuku Midoriya principalmente, eu não sei como no dia seguinte depois de tudo que eu fiz... Ele ainda disse que eu poderia ser um herói talvez -Ele olhou para o esverdeado se lembrando daquele momento- E o meu medo é que mesmo que eu tente, mesmo que vocês me aceitem de novo, eu não possa brilhar como vocês.

—...

—Eu quero muito segurar a mão de quem estende para mim, eu quero muito... Agora eu tenho tanto medo... Medo de ter que encarar o Lápide, o legado daquele traste e fracassar, trair a confiança de vocês de novo... -O mesmo desabou em lágrimas.

—Você nos ajudou com o caso do farsante... -Itsuki o lembrou- Mesmo que um infiltrado estivesse por perto como qualquer um, você o fez...

—Itsuki... -Yuga comentou.

—E por que fez isso?

—Sendo franco... Eu nem sei direito...  Eu estava morrendo de medo sabiam? Só vi que não tinha mais nada a perder e... Queria muito pensar que se eu tivesse que fazer uma escolha de um lado, dessa vez sem nada me forçando a escolher...

—...

—Mesmo que eu morresse... Eu queria muito pelo menos... Ajudar para que eles não arruinassem um dos poucos lugares no Japão que é um lar para meus amigos...

—Já é o bastante pra mim. Eu dou um voto de confiança -Ele ficou do seu lado e olhou os colegas.

—Eu já disse o que deveria dizer desde o início -Izuku comentou- Você se lembra daquelas palavras, ainda?

Flashback POV.ON:

—Inicialmente criávamos a desculpa de que não poderia usar minha quirk, mas não poderíamos levar adiante por muito tempo, quando eu estava para fazer cinco anos o desespero bateu na porta e meus pais fizeram o que fizeram -O loiro continuou- Eles visitaram All for One comigo e então...

—Aconteceu -Izuku concluiu.

—Meus pais sempre foram bem de vida, ofereceram dinheiro, o que ele quisesse... Mas ele disse que depois, um dia talvez viria o pagamento e não teríamos nada com o que nos preocupar.

—...

—O tempo passou, pensávamos que poderia seguir meu sonho de ser um herói... Que ele de fato não faria questão... Puta merda, aproximadamente 10 anos sem contatar nem nada...

—...

—Mas aí é que está... Ele sempre esteve por perto, sempre vigilante com amigos ocultos que estavam lá para serem seus olhos e ouvidos -Aoyama explicou- Quando fizemos o vestibular juntos e eu passei, ele ficou em êxtase e ainda mais quando descobriu que a All Might seria uma professora, pois viu uma oportunidade...

Todos arregalaram os olhos com o que ouviram.

—Não tivemos escolha, ele foi cobrar a dívida e sabíamos que se ele não nos matasse ele iria no mínimo foder com nossas vidas... -Yuga continuou- E assim foi... Fora o que eu fiz ontem... Eu passei os dados sobre a U.S.J.... Entreguei as coordenadas do acampamento... E apesar deles realmente estarem a postos todo o tempo, FUI EU que falei o dia em que iríamos atacar antes da guerra...

—..........!!!! -Izuku e todos ficaram em um choque ainda maior.

—Todos os feridos... Todas as situações... TODAS AS MORTES... Foram MINHA CULPA!! -Yuga confessou.

—... -Izuku abaixou a cabeça e permanecendo assim.

—Eu nunca quis que isso acontecesse... Se eu pudesse voltar atrás... Eu teria dito aos meus pais que estaria tudo bem eu ser quirkless... Se eu pudesse evitar tudo isso... EU EVITARIA... MAS O QUE EU PODERIA FAZER?!

—...

—Eu sinto muito... Sinto muito... De verdade... Eu quero tanto morrer... Queria tanto acabar com tudo logo...

—...

—Me matem... Por favor...

—...

—ME MATEM!!!! -O loiro exclamou.

—Mesmo o Japão não existindo mais, mesmo que estejamos em uma nação sem leis... Não significa que nós não possamos ter ordem -Izuku respondeu.

—...

—Aoyama... Você fez crimes terríveis... Asquerosos, mas eu não acho que seja uma má pessoa -Izuku continuou- E acho que todos pensam o mesmo, o problema é que não podemos deixar você simplesmente passar impune e tão pouco podemos te matar, entende?

—...

—Você cometeu crimes, crimes contra a UA... A gente e suas atitudes contribuíram para a queda de tudo que conhecíamos e amamos -Izuku continuou- Você querendo ou não, vai viver e haverá de pagar por cada crime.

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—Eu nunca quis que isso acontecesse, nunca gostaria de envolver quem não tinha nada haver, assim como se pudesse gostaria de nunca ter feito o que fiz -Yuga continuou- Espero que ela possa melhorar, que você possa... Definir tudo de uma vez quanto a esses caras...

—...

—E obrigado por mesmo com tudo isso, acreditar... -Yuga previa que não iria mais vê-lo, pelo menos por um bom tempo, então decidiu desabafar- Mesmo que eu não acredite.

—Você... É uma boa pessoa Yuga -Izuku reagiu.

Yuga estava com os olhos lacrimejando.

—Eu não queria que as coisas acabassem assim... Eu não queria isso, E tão pouco pedi para ser assim, ser um monstro tanto por dentro quanto por fora... E agora a única coisa que me resta agora, é a minha família...

Todos ficaram em silêncio.

—Eu te perdoo -Foi tudo que Izuku disse.

—... -Lágrimas caíram dos olhos de Aoyama, que abaixou a cabeça começando a chorar.

—Pode leva-lo -Nezu comentou para os seguranças leva-lo para a prisão junto onde os fugitivos e seus pais estavam.

—... -Izuku abaixou a cabeça pensativo.

Flashback POV.OFF:

—Você sempre foi um cara muito estranho e cheio de manias... Antes da guerra era sempre uma figura cômica sabia? Mas divertida, foi legal o tempo que passamos juntos ensaiando para o Festival Cultural -Izuku comentou- Agora... Foi no pós-guerra que te conheci te verdade... E vi o quanto as aparências podem enganar...

—...

—Não por você ser um vilão, mas por você ser vítima de uma situação ruim -Izuku concluiu.

—...

—E foi como Itsuki disse: No momento em que você nos ajudou, recentemente... Mesmo podendo morrer, correr riscos... Pois mesmos com os farsantes que eram altamente experientes nisso e até poderiam ter quirks capazes de detectar coisas assim, você nos ajudou -Izuku comentou- Eu quero muito dar um voto de confiança.

Izuku foi para junto de seu irmão e tocou no ombro de Yuga:

—E esse também é o seu lar, sabia disso? Se quiser pagar pelos seus pecados de alguma forma, acho que defendendo-o é a melhor forma se não for pra morfar na cadeia.

—... -Yuga ficou impactado com o que Izuku disse.

—... -Camie sorriu- Eu ouvi do Izuku o seu pedido de desculpas tanto pela carta quanto pessoalmente depois de nos reunirmos...

—...

—Conversamos bastante e eu entendo sua situação, se ele te perdoou acho que posso também dar um voto de boa fé! -Camie se juntou.

—Bom eu não o conheço, logo... Não estou em posições de julgar -Kaina foi até onde os quatro estavam- Agora se minha opinião conta digo que se ele errou e quer recomeçar, como alguém que está passando por isso eu creio que é meu dever como semelhante e irmã adotiva confiar em você!

—... -Aoyama ficou impactado com todas as falas até então.

Todos os demais colegas de classe ficaram em silêncio...

—Você tem ideia do quanto fez todo mundo sofrer Aoyama? -Mina perguntou.

—... -Aoyama ficou com uma expressão bem triste.

—Não é nem só pelo que a gente passou só durante os eventos, você tem razão... Saber que você era o traidor o tempo todo, foi o que era pior... -Mina comentou.

—...

—E quando eu reagi com o meu “O QUE?!”, quando Izuku falou que você poderia se redimir e tentar ser herói, mesmo depois de tudo... -Mina comentou- Eu não queria acreditar, pois estava magoada e com raiva... Muita raiva...

—Eu não a culpo... -Aoyama comentou.

—E após refletir muito sobre sua história, e chorar bastante... Eu só queria que aqueles dias mais simples voltassem, e isso incluía tendo você por perto pois... Eu queria muito que você não fosse um traidor... Todo mundo gostaria que não tivesse

—...

—Você pode voltar pra gente e dessa vez não nos trair? -Mina perguntou.

—Pessoal, eu sei que errei... E errei feio, nada justifica você fazer coisas erradas por mais que seu passado ou contexto seja triste ou ruim -Aoyama comentou- E é por isso, que por tudo que eu fiz... E agora que não tenho mais nada a perder... Eu quero fazer alguma coisa a respeito.

—... -Toda a sala ficou em silêncio.

—Dessa vez quero fazer diferente, quero ser melhor, fazer o que é certo... Lápide não vai mais atrás de mim e não tem nada que me prenda a ele, então por que continuar assim? Eu sei que tenho muito o que fazer, eu sei que preciso ganhar a confiança de todos de novo, mas se me derem uma chance... Eu fazer o possível e impossível para ser uma pessoa que vocês possam confiar de novo!! -Aoyama se curvou.

—...

—Tsch... -Kirishima enxugou os olhos lacrimejando- AOYAMA SEU DESGRAÇADO!!
—...

—LEVANTA DAÍ E ME OLHE!!

—... -O mesmo obedeceu.

—Se você fez o que fez era porquê não tinha escolha, certo? Eu não vou mentir, fiquei chateado, pra caralho... Mas quer saber? Agora que tudo já passou? FODA-SE!! -Kirishima apontou- Cansei de perder meus amigos!!

—... -O loiro arregalou os olhos.

—Vem cá seu pilantra!! -Ele emocionado o pegou com um dos braços e bagunçou seus cabelos com o outro punho.

—A-Aaaaaaaauuu!! -Ele reagiu.

—Vamos esmurrar o Lápide e companhia até serem eles os encurralados sem escolha! -Kirishima concluiu.

Todos ficaram surpresos com a reação do ruivo.

—Não é por eu ter falado tudo aquilo que falei que não quero acreditar em você -Tsuyu comentou- Estou com raiva, mas entendo sua situação, não me decepcione, ou a mais ninguém... Entendido?

—Sim... -O loiro comentou.

Pouco a pouco cada aluno da 2-A e -2-B se juntaram a ele, Aizawa sorriu enquanto Aoyama começou a chorar mais forte do que nunca, como uma criança.

—Parece que... Essa sala é cheia de boas crianças -Aizawa pensou- Aoyama, em uma situação normal... Nenhum traidor poderia sonhar em colocar os pés na UA novamente... Mas dado o seu caso e a situação em que estamos? Acho que podemos ver o que fazer quanto a isso...

Continua...


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