Duas semanas haviam se passado, a chuva continuava sem parar, o céu estava todo nublado e começava a trovejar.

—... -Izuku a aquela altura estava em Hosu.

Ele em sua forma invisível tinha iniciado uma perseguição implacável a um dos muitos Noumus enviados por todo o Japão, nessa perseguição ao qual o mesmo descobriu atalhos que nem sabia que existia, o mesmo teve que acabar deixando o alvo de lado para salvar uma família de um bando de assaltantes.

“Merda”, ele estava feliz de ter ajudado? Estava, mas sem o Noumu para continuar a ser seguido, muito provavelmente ele não encontraria mais uma rota que levasse ao esconderijo de Garaki até então.

Março era o mês em que o mesmo estava, duas semanas após a guerra e nenhum resultado em sua jornada e doze dias desde que havia tomado a sua decisão de deixar seus entes queridos.

Os mais diversos casos eram vistos ou ele ouvia falar no meio do caminho... Ele tentava ao máximo ajudar, mas nem sempre conseguia chegar a tempo... Algumas vezes em que ele não pôde ajudar ou chegou tarde demais eram simplesmente pior que levar um tiro ou qualquer golpe que levava devido a empatia que ele tinha com quem estava sofrendo e o sentimento de impotência por não conseguir ajudar a todos no momento em que precisavam e ele não estava lá...

“Essas pessoas estão agindo assim porquê são más? Por que fazem isso com outras pessoas?”

“O Cenário onde o Rei do Crime manda faz várias pessoas agirem de certa forma por desespero?”

“As pessoas que agora vemos como más viram nesse cenário uma chance de liberarem o que reprimiam? E por isso só estamos vendo esse lado de quem não esperávamos agora?”

Essas perguntas ecoavam em sua mente...

Para Izuku ver o pós-guerra foi pior do que a própria guerra, pois na guerra a destruição, caos e morte já seria óbvio de se esperar e foi nesse período de meio mês após o maior confronto da sua vida que ele pôde ver de tudo que era de pior nas pessoas... E isso só aumentava sua raiva e ódio contra aqueles que seguiam o caminho da vilania.

“Eu não estou mais afim... De me segurar...”, Chegou a um ponto em que ele havia perdido a paciência após ter visto um vilão similar a Muscular em personalidade ter torturado e matado uma família inteira só por diversão mesmo após eles terem dado tudo que ele pediu, Izuku havia ouvido tudo, só que estava bem longe.... A ele só restou desesperado ir correndo ouvindo os gritos de todas as vítimas e quando chegar o resultado estar ali na sua frente. O vilão tinha uma quirk que podia injetar um veneno que matava lentamente e dolorosamente a pessoa em questão de segundos.

“HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ!!”, foi a risada daquele vilão maníaco, que o fez surtar e entrar em um frenesi de combate que trucidou o vilão.

Um Homem-Aranha mais sombrio, mais brutal... Que não dava margem para os vilões e tão pouco era piedoso como quando era mais novo, para ele não existia mais como aquele aspirante a herói do início do curso de heróis coexistir com o justiceiro implacável e mais experiente dos dias atuais.

Em mais um novo dia...

*Rooooooooooooor... Seu estômago roncava.

Ele havia chegado a aquela cidade em meio a uma madrugada, a cidade parecia nunca dormir no sentido de que todos os lugares estavam ativos, os cidadãos que ainda estavam lá eram a maioria e se recusavam a acreditar nos heróis, preferindo viver uma espécie de anarquia sem qualquer estado, apenas sobrevivendo como podiam e negociando uns com os outros para obter o que precisam, pelo menos os cidadãos que não tinham problema nenhum.

—RAAAAAAAAAAA!! -Um assalto estava acontecendo em uma loja de conveniência.

O ladrão atirava pregos com manoplas com metralhadoras embutidas, Izuku entrou pelo buraco na janela e calmamente se escondeu atrás do pilar estando invisível.

—Merda... Não tem dinheiro nenhum!! -O capanga comentou.

—T-Todo o dinheiro que eu tinha foi pra terminar de pagar os funcionários e reabastece... -O dono da loja terminou de ser imobilizado e amordaçado.

—.... -Izuku reconhecia que a companhia Detnerat era a responsável por fabricar aquele item de suporte, eles voltaram a ativa graças ao domínio de Shigaraki.

—Vamos embora daqui -O campanga em pânico gritou enquanto o amordaçado dono da loja gemia em agonia visto que tudo dele estava sendo roubado.

Naquele momento o líder e os capangas se espantaram quando o mesmo capanga que havia acabado de falar havia sido aparentemente puxado por alguém, gritado e sumido atrás da parede horizontal que ligava uma das colunas à parede.

—... -O Terceiro capanga foi averiguar em alerta apenas para o mesmo acontecer.

O líder começou a atirar insanamente até toda a parede ser perfurada e não sobrar mais espaço, ninguém apareceu, de repente em sua frente uma teia invisível o pegou apenas para puxá-lo em direção à fonte e o mesmo ser estrangulado por Izuku, que havia deixado de ficar invisível.

—UGH!! -O líder teve sua cabeça colidindo com a coluna quando Izuku decidiu acabar com aquele combate.

O imobilizado dono da loja assistia tudo trêmulo, Izuku fazia gestos com as mãos para acalmá-lo enquanto se aproximava.

—Shhhhhhh... -Izuku falava várias vezes.

Soltando o dono da loja, que recuou um pouco, Izuku disse:

—Calma, calma... Eu sou um dos mocinhos!

—V-Você é?! -O dono da loja estava surpreso- Espera, você é o Rapaz-Aranha de Musutafu?!

—S-Sim... Eu meio que acabei indo MUITO longe de casa -Izuku brincou.

—O-Obrigado -O dono comentou.

O estômago de Izuku continuou a roncar.

—Moço, Perdôe-me... É que... O senhor teria como dividir um pouco da sua comida? Não preciso de dinheiro ou nada do tipo... Só comida e água está bom... -Izuku se curvou não aguentando mais.

—....

—Obrigado -Izuku havia recebido uma sacola com uma coisa ou duas.

Refugiando-se em um prédio abandonado, Izuku rezou antes de comer o que havia recebido.

—...

A chuva continuava, Izuku com sua mochila pegou um cobertor para se aquecer e descansar um pouco.

Lembranças de tudo que passou, apesar de vários o agradecerem, machucava quando era tratado como algo pior que lixo pela parte revoltada dos civis.

“Some... SOME DAQUI!”

“Não precisamos de vocês!!”

“Se vocês não tivessem fugido e deixado o Rei do Crime e os demais impunes todos nós não estaríamos aqui!!”

O mesmo ficou emocionado com o gesto de bondade que o senhor havia feito para com ele, apesar dele ter simplesmente retribuído o favor.

—Mais uma vez obrigado senhor, obrigado por ter feito uma pessoa gentil ter salvado minha vida -Havia dias que ele mal comia direito, ele chegou a chorar completamente trêmulo dado tal contexto.

Ele com o que tinha na sacola tinha mais duas refeições, ele poderia jantar e tomar café de manhã no dia posterior, colocando sua mochila nas costas, Izuku após descansar um pouco continuava a sua jornada.

—Você não vai querer ficar mais um pouco? -Laurie havia ficado em sua frente antes que o mesmo saísse pela janela.

—Eu não posso -Izuku comentou colocando sua máscara.

—Olha só o seu estado Izuku... -Laurie ficou preocupada com ele.

—... -Izuku abaixou a cabeça.

—Está tudo bem parar por agora, deixe esse sentimento de vingança de lado!

—Não é apenas por “vingança” tia... -Izuku comentou começando a se balançar- Se eu pegá-lo, Lápide perde o seu braço direito e seu maior aliado... E se ele o perder, a produção de suas maiores armas cai... Não vai mais ter Noumus ou vítimas de experimentos feitos pela fórmula OZ

Izuku lembrou de tudo que passou com a cópia de Garaki quando estava lutando contra ela...

“Fui eu quem fiz quem você é hoje garoto! Portanto você irá me respeitar IZUKU MIDORIYA!!!!! Você respeitará o seu criador!!!!!”, foi o que aquela cópia havia lhe dito quando havia acabado de se transformar.

Izuku o temia e respeitava como oponente, mas também sabia que para Garaki o tratar do jeito que o tratou naquele ponto e como o tratou recentemente sabia que a recíproca era verdadeira...

Garaki teve vários de seus laboratórios atacados por todo o país, mas não foram todos e depois da guerra tudo que era a sua vida de trabalho foi transferido para algum outro ponto, e caberia a Izuku e qualquer outro herói ou aspirante a herói remanescente descobrir onde era e destruir tudo, isso se derem um jeito de achar e o esverdeado por esse motivo continuava a busca.

Pousando na laje de um prédio após balançar por um tempo, Laurie continuou:

—E ter isso em mente é bom, só que a que custo?

—...

—Você não está bem querido... Mais uma vez... Olha pra você...

—...

—Vá, volte pra casa... Vá ficar com sua mãe, suas irmãs, amigos, sua namorada -Laurie comentou- Vá comer direito, tomar um banho, DORMIR...

—...

—Você está trabalhando demais, está se desgastando demais e se continuar assim e você não colapsar vai acabar se perdendo no meio do caminho sem necessidade alguma -Laurie tocou em seu rosto- Meu filho, faça isso por você...

Ouvir tudo aquilo havia o destruído...

—Se eu voltar, todos terão problemas... -Izuku comentou enquanto uma figura nas sombras o estava observando- Garaki não vai descansar até...

—...

—Por favor, não mencione mais isso tia... Sem falar que... As pessoas precisam de mim, elas precisam do Homem-Aranha... -Izuku comentou- Posso não estar lá para todos, mas devo e PRECISO ajudar o máximo que puder... Ajudar as pessoas nesse inferno...

A conversa teve que ser interrompida, Izuku havia usado seus sentidos para desviar de um projétil enviado em sua direção.

No projétil estava uma espécie de comunicador, ao qual uma voz feminina havia fala:

—Ei você, Homem-Aranha...

—... -Izuku ficou pensativo enquanto Laurie havia desaparecido.

—Creio que é agora que resolveremos tudo aqui -Ela foi curta e grossa.

—... -Izuku entendeu o propósito e virando-se surpreendeu-se ao ver a sabre de prata junto de uma figura misteriosa escondida nas sombras ficando invisível.

—Se não quiser sentir dor, fique parado para que eu possa atingi-lo na cabeça

Izuku desviou de mais um projétil mandado em sua direção enquanto começou a trovejar.

—Uma atiradora de elite dessa vez?! -Izuku perguntou enquanto via ela sumir nas sombras e arregalou os olhos quando se lembrou ter ouvido falar dela assim que parou pra pensar melhor sobre sua aparência.

Flashback POV.ON:

—E estamos aqui para a entrevista... QUAL HERÓI FICAR DE OLHO!! -O entrevistador anunciou- Com vocês o herói número 25 de 100... SNIPE!!

—...!! -Izuku contemplava maravilhado a televisão, ele havia gravado todos os episódios e estava assistindo-os novamente.

—E então Snipe, que herói ou heroína você ficaria de olho? -O entrevistador perguntou.

—Lady Nagant -Snipe respondeu enquanto a foto dela era mostrada- Sem ela o mais forte do país em combate à distância seria eu é clar, enquando minha quirk Homing acerta qualquer alvo avistado em até 600 m e funciona em qualquer coisa que eu atirar, não dá para mirar em uma parte específica e não é tão potente...

—... -Izuku observava.

—Mas ela é capaz de fazer o mesmo que eu com precisão e habilidade em um raio de 3 KM! Não tem como competir!!

—Ah sim, sua quirk se chama Rifle, certo? -O Entrevistador perguntou.

—O truque está nas balas, ela pode moldá-las como bem entender... Misturando seu cabelo bicolor que mais parece uma massa epóxi, ele fica tão duro quanto qualquer munição, balas de curvas, ponta oca... Ela pode fazer de tudo!

—... -Izuku arregalou os olhos.

—Todos que lutam a longa distância tem inveja daquele braço direito...

Flashback POV.OFF:

—Está claro como cristal... Se até o Snipe-sensei inveja a sua precisão só resta uma coisa a fazer!! -Izuku pensou começando a se balançar para longe- FUGIR DAQUI!!

Izuku ouviu os passos do companheiro da Lady Nagant pulando de prédio em prédio indo atrás dele enquanto seus sensores apitavam, ele desviou de outro tiro mandado pela heroína várias vezes enquanto balançava.

—....!! -Izuku ouviu o companheiro invisível dela pular uma última vez supondo que ele iria atacar e ele se impulsionou para atacar e percebeu uma coisa- Meu sentido aranha não está funcionado contra ele?!

Ele viu a ameça invisível começar a se balançar atrás dele, Izuku arregalou os olhos, então Garaki conseguiu replicar os poderes de aranha em outra pessoa?!
Desviando de outro projétil, Izuku começou a correr pelas paredes de um prédio enquanto ouvia os passos de seu semelhante.

—Droga... Que merda...!! -Izuku pensava.

Recapitulando:

Izuku estava sendo perseguido pela maior atiradora de elite de todo o Japão e por um semelhante com os mesmos poderes que ele capaz de bloquear seu sentido aranha.

Se ele quisesse combater Lady Nagant primeiro, ele precisaria dar um jeito de derrotar seu semelhante, e para derrota-lo ele precisaria usar sua audição para saber ouvir seus passos e permanecer na defensiva.

*Voooooooom... Ele ouviu o semelhante pular para ataca-lo e ele sofreu um corte na perna.

—AAAAAAAAAAAAAAAAAI!! -Izuku urrou de dor.

*KABRUUUUUUUUUUM!!

Izuku tentou atacar com sua garra, ele sentiu que ela colidiu com a garra do seu oponente que se repeliu e mostrou-se visível.

*BRUUUUUUUUUUUUUM!!
O flash do relâmpago exibiu sua aparência, Izuku arregalou os olhos, ele via a si mesmo em seu traje de inverno o olhando-o com ódio.

*CLASH!!

O espaço entre eles foi danificado por mais um projétil de Lady Nagant, ambos para se salvarem saltaram para longe, o vidro da parede saltava para longe dali e ambos acabaram na laje de prédios um em frente ao outro.

—Merda... Estão muito longe -Nagant, agora conhecida como Sabre de Prata decidiu usar sua segunda individualidade recém adquirida para caminhar no ar e se aproximar para ver melhor, ela ainda usaria a terceira que era de visão noturna para ter certeza em quem poderia atirar.

—Você... É uma cópia?! -Izuku falou com seu clone.

Itsuki sem dizer nada se impulsionou rumo a sua direção, Izuku usou sua bioeletricidade para se defender, atordoando o clone que rapidamente se recompôs e ambos colidiram suas garras quando Itsuki decidiu atacar com elas e Izuku precisava se defender.

*CLASH!!!!!

Com cada braço usando sua garra, eles agiam como se estivesse em uma tensa e feroz luta de espadas.

—Ele não aparenta desviar dos meus ataques... Será que por sermos a “mesma” pessoa nossos sentidos se anulam? -Izuku pensava.

Izuku permanecia na defensiva, Itsuki era o mais agressivo, nenhum deles trocou uma palavra enquanto aquela tempestade continuava estrondosa.

*BOOOOOOOOOOOOOOOM!!
Outro tiro foi mandado rumo a Izuku, que desviou.

—Merda... Eles vão querer me encurralar de qualquer jeito!! -Ele percebeu Nagant ao longe em meio ao ar.

O clone quase havia o matado com sua garra.

—Izuku Midoriya... -Itsuki comentou.

—...?! -Izuku se surpreendeu com a quebra de gelo por parte de seu semelhante.

—O original...

Ele era a 5ª tentativa entre seus irmãos, no momento em que havia despertado ele havia quebrado a máquina ao qual foi gerado, o que não foi problema para Garaki, pois quando viu a explosão de eletricidade o mesmo chegou a se comover.

“Estão vendo meus garotos? SEU IRMÃO É PERFEITO!!”, Garaki havia anunciado para os Noumus que o estavam fazendo companhia.

O fora a memória celular, mesmo tinha embutido em seus sonhos lembranças, lembranças de uma vida que o original tinha vivido, só que todas as embutidas e acentuadas eram as péssimas memórias.

Sentimentos de fúria, revolta, o ódio alimentado dentro de si, todos usados para cumprir a missão de acabar com Izuku e contribuir para acabar com toda a sociedade de heróis.

—Eu sou Itsuki Midoriya

A luta entre as garras continuava.

—Itsuki? Então Garaki te deu até um nome próprio sem ser de vilão?! -Izuku comentou.

 *CLAAAAAAAASH!!

—Saber quem vai te matar é algo justo -Itsuki continuou- Foi o que ele mandou te dizer.

—Muito fofo da parte dele -Izuku mostrou sarcasmo- MELHOR PAI!!

*BAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAM!!

Izuku desviou de uma bala que passou de raspão e quase rasgou o uniforme.

—...!! -Sabre de Prata havia desviado de uma das balas ao qual Izuku pegou para manda-la de volta após calcular que ela estava, bem próxima, a menos de 1 km graças a sua caminhada no ar.

Izuku voltou a bloquear a garra de seu oponente, ambos se repeliram e voltaram a se atacar.

—Dizem que não sou de falar muito, mas não posso deixar de perguntar: Como você pode existir? -Itsuki perguntou.

—...? -Izuku ficou intrigado.

—Toda a sua vida... É uma desgraça... E você simplesmente... É PATÉTICO... -Itsuki motivado pelo próprio ódio.

O mesmo tornou-se mais intenso, forçando Izuku também a ser mais agressivo.

—O quanto você sabe da minha vida como Izuku?! -Izuku perguntou.

—O suficiente -O segundo esverdeado reagiu.

Izuku para desviar da bala de Lady Nagant quebrou a janela do prédio e entrou na construção que era um armazém, o som do trovão pôde ser ouvido quando ele entrou e Itsuki escondido nas sombras rastejou pelas paredes.

—Nascido de Inko Midoriya e Hisashi Midoriya, irmão de Izumi Midoriya e sobrinho de Laurie Midoriya... -Itsuki continuava indo para longe da luz que emanava fortemente de Izuku.

—....

—Um quirkless, abandonado... Rejeitado... Humilhado todos os dias desde a descoberta... O que me revolta é como você com ou sem poder nunca reagiu!! -Itsuki exclamou.

—... -Izuku permanecia em silêncio.

—E como eu posso ter vindo de um merdinha como você? -Itsuki desabafou- Alguém que contribuiu para manter e quer voltar ao antigo status quo?

Izuku entendeu... Garaki havia manipulado seu outro “eu”...

Naquele momento Lady Nagant havia chegado em frente ao armazém e Itsuki fez um gesto para ela não intervir.

—Sabre de Prata, Anteriormente, Lady Nagant, a heroína traidora: A única detenta de Tartarus...

—....

—Ela foi presa por enxergar a realidade cruel do mundo dos heróis -Itsuki apontou- Por enxergar a hipocrisia dos mesmos e tentar fazer alguma coisa a respeito...

Tanto o esverdeado quanto a heroína trocaram olhares e Itsuki havia havia o imobilizado com sua bomba de teia.

Itsuki começou a se impulsionar entre as paredes para atacar Izuku em zigue-zague em alta velocidade.

—Olhe pra ela... Olhe pra ela, ouse perguntar o que ela viu... Olhe e pergunta o que a motivou a seguir o caminho que seguiu, olhe pra dentro de si, olhe pra mim, seu outro EU... PERGUNTE POR QUE CONTINUA A LUTAR POR ELES!! -Itsuki continuou enquanto atacar.

Querendo lutar pela sua vida ao mesmo tempo que estava intrigado por conta de tudo aquilo Izuku reagiu e explodiu a teia mandada para ele com sua eletricidade, Itsuki foi atordoando apenas para voltar a entrar em uma troca de golpes com Izuku e em meio a aquela brutalidade, em meio ao escuro e os gritos de determinação deles Lady Nagant viu Izuku pouco a pouco ganhando a vitória.

—Não pensem... Que eu posso me dar um luxo de simplesmente aceitar ouvir e ser subjugado!! -Izuku exclamou.

—... -Lady Nagant ficou em posição.

—EU TAMBÉM TENHO MOTIVAÇÕES PRA VENCER!! -Quando Izuku iria dar um golpe final.

*KABROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM!!

O esverdeado havia desviado, Itsuki fora atingido no estômago, o ferimento se regenerou aos poucos e tentando fazer uma retirada estratégica o primeiro foi pela porta dos fundos.

Os passos de Itsuki podiam ser ouvidos enquanto Lady Nagant passou a flutuar em meio ao ar.

*BOOOOOOOOOOOOOOOOM!!

Izuku desviou de mais uma bala e acabou caindo em uma poça de lama após pegar Nagant com sua teia e jogá-la para longe usando sua super força.

—Você age como se eu fosse um tolo, quando você claramente é que é o maior de todos aqui!! -Izuku comentou.

—...?! -Itsuki reagiu.

—Você foi uma criação de Garaki, criado pra me matar e ajudar a destruir a sociedade, é óbvio que vai ser manipulado para ver tudo do ponto de vista deles!! -Izuku exclamou.

—Você acha mesmo certo TUDO na sociedade antiga?! -Itsuki o confrontou- OLHA PRA NÓS!!

Itsuki o pegou ficando em cima dele onde Izuku começou a ser espancado.

—VAI ME DIZER QUE TUDO QUE PASSOU NÃO TE REVOLTOU...?!
—UGH!!

—Vai me dizer que o bullying, o racismo, o preconceito... As pegadinhas de mal gosto, contra você... CONTRA OUTROS....?!

 -VOCÊ ACHOU CERTO VÁRIAS AUTORIDADES OMITIREM ESSES CASOS E SÓ SEREM CONDENDAS ANOS DEPOIS?!

—Aaaaaaaaaaaaaargh!!

—E SUA FAMÍLIA?! PURO NOJO!!
—AAAAAAAAAAAAAAAAAAAARGH!! -Izuku foi mandado para longe.

—Você é nojento... É apenas alguém que na primeira oportunidade se rendeu ao sistema, tudo por ser desesperado por atenção, por amor... -Itsuki comentou- Atenção, carinho, amizade e amor que não existiriam caso continuasse onde estivesse...

—... -Izuku se levantava lentamente- Quer que eu te dê uma resposta para tudo isso?

Izuku começou a devolver cada golpe:

—Eu me revoltei sim contra o bullying, ajudávamos uns aos outros, mas quando éramos minorias não era o bastante o esforço, quando dedurei Katsuki todos foram pagar pelos seus crimes!!

—...!!

—Se as autoridades e pessoas envolvidas não sofrem penas imediatas, cabem as pessoas do lado certo da lei se esforçarem mais para melhorar o sistema, e a nós para não só cobrarmos, mas agirmos para melhorar!!

—...........!!!!

—Minha família É INCRÍVEL!! -Izuku comentou- NÃO ME VENHA FALAR DELAS!!

—Aaaaaaaaaaargh!! -Itsuki começou a receber uma grande surra.

—Papai morreu, mas ele sempre me amou! -Izuku comentou- Minha mãe me negligenciou e minha irmã cometeu bullying, mas estão tentando melhorar!

—.......!!

—Minha irmã caçular iria com certeza ser um bom motivo para parar de ser um vilão!! -Izuku o acertou com uma joelhada- E só falta a minha tia!!

—Aaaaaaaaaaaaaugh!!

—Se tem um motivo de fato para eu não ser um vilão é ela... Ela me ensinou que mesmo você tendo todos os motivos... Se você puder ajudar pessoas em necessidades você tem a obrigação moral de fazê-lo -Izuku continuou- Somos nós quem definimos quem somos por ações... Somos nós que decidimos que podemos ser melhores, eu faço a minha parte, e se eu me negar a provar para o mundo e especialmente para mim que posso conseguir ser um herói incrível, então Katsuki e qualquer outro canalha terão vencido o jogo!!

—...

—Somos quirkless Itsuki... Mas com poderes mesmo assim, Somos praticamente uma nova espécie... Uma em que é possível haver um herói quirkless!! -Izuku o deixou em choque- VOCÊ PENSOU QUE PODERÍAMOS SER UM HERÓI QUIRKLESS?! EU NUNCA PENSEI ATÉ DESCOBRIR!!
—M-Mas você tem poderes!! -Itsuki respondeu.

—Não... São habilidades do próprio corpo -Izuku sorriu.

—....

—Assim como um cantor usa uma voz que se destaca, um atleta tem aptidões físicas melhores... Somos humanos com capacidades físicas para ser heróis quirkless... Se antigamente nada impedia, agora podemos ser e fazer muito mais!

—CALE-SE!! -Itsuki respondeu.

A luta chegou no ápice da violência, ambos pareciam animais selvagens... Com toda a sujeira e escuridão não poderemos por hora saber quem é quem...

—Não vou deixar... Não vou mais deixar que prossiga... Meu propósito de vida é matar você, exterminar você, destruir você... E EU VOU SER SUPERIOR!!

Ambos se repeliram, um deles ficou em posição de agachamento pegando os braços de impulso para chutar o oponente com as duas pernas, o pegando com sua teia e dando uma série de socos apenas para no último dar o um estrondoso ataque elétrico.

*KABROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM!!
Camie havia acordado na cama do seu hospital quando todo o conflito daquela noite com Itsuki e Sabre de Prata havia terminado:

—Izuku

Continua...