Dois dias depois da Guerra...

As cidades foram tomadas pelo pânico, o Japão foi isolado do restante do mundo e antes que todos notassem a situação sem precedentes já tinha suas consequências:

O fim dos heróis, a soltura de diversos vilões pelo mundo, a existência dos Noumus e a morte do maior símbolo daquela era, o símbolo da paz... Atingiram a população como se eles fossem bonecos de teste sendo atingidos por uma Ferrari em alta velocidade em uma simulação de acidentes de trânsito.

A frustração acumulada atingiu seu limite.

Gritos de desespero eram ouvidos por toda a parte, dos civis fugindo ou tentando se defender enquanto os vilões gargalhavam agindo como bem entendendo.

—...!! -Wash foi um dos heróis que correu feroz para tentar impedir e como no universo original foi completamente vaiado por todos por ter se atrasado.

Com a fé nos heróis abaladas, todos viam qualquer esforço que não fosse como eles esperavam como inúteis, os heróis não estavam mais sendo vistos como seres humanos que poderiam falhar e sim como seres que ou ajudariam ou falhariam completamente com eles como nas demais vezes e especialmente na última.

Várias pequenas comunidades começaram a ser feitas enquanto buscavam meios de auto-defesa com armas e itens já disponíveis no mercado e na verdade usando principalmente as próprias quirks...

O caos foi implantado, pois no caso citado acima, diferente dos heróis a maior parte da população apesar de ter certo controle da própria quirk, não tinham o preparo real que os heróis desenvolveram.

—O que está fazendo aqui?! ESTÁ ATRASADO!! -Um dos civis atingiu o herói com uma frigideira- Esperávamos dentro de casa esse tempo todo, não dava para sair e fomos pegos no fogo cruzado! Onde você estava?!

—... -O herói com toda a sua paciência se recompôs e partiu para ajudar.

Dentro da UA...

Cabia a Eri rebobinar todos ali depois do ocorrido, a pobrezinha ficou sem nenhum poder restante e agora eles só poderiam contar com o simbionte de Mirio, agora precisariam deixa-lo na geladeira por um tempo, pois se ele o vestisse sabendo onde Melissa estaria Lápide saberia e seria Fim de Jogo completo.

Mesmo tentando resistir Midnight não suportou a dor e todo o sofrimento e acabou morrendo antes da Eri poder rebobiná-la.

Shouto foi o único que não foi completamente rebobinado.

—Hã? -Todos ficaram confusos.

—Eu quero manter a cicatriz, se possível apenas cure meus olhos e devolva minha visão -Shouto explicou.

—Shouto, você quer mesmo manter isso?! -Fuyumi estava sem entender.

—É uma lembrança... Todo dia que me olhar no espelho, me lembrarei da minha missão -Shouto explicou- Quero trazer o Touya de volta e se não der eu quero de alguma forma impedir que ele continue trabalhando para os vilões, seja prendendo-o como foi o caso do Kurogiri ou acabando com o sofrimento dele na pior das hipóteses.

—... -Todos ficaram pensativos e Eri obedeceu ao pedido do ruivo.

Com o rebobinar ninguém precisou dormir naquele dia, já que todas as forças foram restauradas e todo o grupo de heróis se fragmentou, diminuindo seu número e aqueles que restaram indo para as mais diversas direções.

Teve quem precisava ir às regiões onde viviam e trabalhavam reorganizarem tudo lá assim como suas vidas.

Teve quem ficou na UA naquele momento apocalíptico

Teve quem desistiu de ser herói e saiu sem muita cerimônia sentindo vergonha e remorso por sair... Se desculpando por serem fracos demais, esses últimos eram mais heróis figurantes e os profissionais que realmente desistiram assim como no universo original.

—Devido ao último incidente, tudo que posso fazer seria perfurar meu próprio estômago, mas nem isso tenho coragem para fazer -O herói Yoroi Musha foi um dos heróis de renome e talento que desistiu, pensando enquanto era vaiado- Tudo que eu queria era a adoração e respeito...

E nesse mundo em que a paz reinava... As pessoas começaram a se questionar pela primeira sobre: “O que significa ser um herói?”

—... -Um bando de civis colocou uma placa na estátua da All Might escrito “Eu não estou mais aqui”.

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Izuku estava naquele momento no telhado do dormitório com Camie do seu lado, ambos estavam de mãos dadas olhando para as nuvens.

—Sua mãe foi legal de trazer meus pais pra cá -A loira quebrou o gelo.

Enquanto Cementoss estava construindo uma série de prédios e abrigos para a população do exterior, os refugiados que vieram para a UA estavam naquele momento vivendo nas salas do prédio principal da instituição escolar até tudo se resolver.

—É... -Izuku sorriu.

—Eu fiquei feliz... Eu pensei que precisaria ir pra minha escola e ficar longe de você por um tempo -Camie sorriu.

—Camie, não tem mais escolas... Não tem nada, tudo que conhecíamos como sociedade... Já era -Izuku comentou- Tudo o que somos agora são pequenas sociedades tentando manter o que tínhamos, a verdade ainda nem somos pois nem começamos!

—Bom... Pelo menos estamos juntos -Ela sorriu.

—Pelo menos isso né? -Izuku virou-se para ela sorrindo.

—Vamos dar um jeito Gatão, iremos dar... -Ela tentou animá-lo.

Ambos deram um selinho e continuaram deitados por um tempo vislumbrando a paisagem, com Camie apoiando sua cabeça no ombro do esverdeado enquanto o mesmo colocou sua cabeça um pouco acima da dela.

—Vocês têm um minuto? -Izumi flutuou até eles.

—Olá irmãzinha -Izuku se levantou sorrindo pra ela.

—Por que não se junta a gente? -Camie perguntou.

—Eu... Adoraria, mas... Dada a situação, acho que precisamos conversar sobre algo primeiro... Todo mundo que ainda é e quer ser herói está lá -Izumi continuou.

—Então já está tudo pronto? A tal reunião que combinamos? -Izuku se levantou ajudando sua namorada a se levantar também.

—Sim e precisamos de vocês!

Izumi fez o casal flutuarem e seguiu junto com eles para o local onde costumavam ser feitos as aulas de educação física, com as cadeiras dos alunos sendo usadas para todos se sentarem.

—Pois bem... Pois bem... Vamos todos nos organizar! -Nezu estava em frente a todos.

Cementoss foi o último a chegar por precisar interromper seu trabalho.

—Tá bom... Como vocês sabem, os vilões venceram a guerra... Eles conseguiram dizimar a sociedade e tudo que conhecemos, mas isso não significa que devemos perder a esperança -O diretor da UA iniciou a conversa.

—Como vamos prosseguir com essa situação? -Um herói comum reagiu- Tudo está acabado!

—Ainda temos esperança... Temos que derrotar, temos uma chance -Nezu insistiu.

—Pelo amor de Deus... Está querendo me dizer que essa garota tem um poder especial capaz de detê-lo mas que ao mesmo tempo pode ser roubado e por isso precisa de proteção? Que raios de salvadora é essa?

—... -Melissa abaixou a cabeça frustrada, somente Izuku, sua família o grupo dos heróis top 10 que foi no hospital e quem mais anteriormente sabia, tinham em mente a verdadeira natureza do One for All.

—Escuta aqui meu rapaz, eu não gostei do seu tom -Inko reagiu.

—Pelo amor de Deus... Todos nós estamos fartos aqui! O apocalipse começou, o mundo desmoronou e vocês vem nos dizer que temos um fio como de esperança? COMO?! -O mesmo herói perguntou.

—...

—Vocês estão depositando toda a fé nela só por conta do poder ser similar ao da All Might... Isso não quer dizer nada!

—O poder similar à da All Might é apenas uma fração do real poder dela, ela tem uma ampla gama de habilidades que podem mudar o jogo! -Edgeshot apontou.

—Mas ela não é o counter do infeliz! Ele é mais poderoso, pode jubjugá-la e roubar seu poder, vocês só estão dizendo para não desanimarmos e continuar lutando, mas até para lutar é preciso um plano, uma estratégia! -O mesmo continuou- E como seguiremos? Iremos só lutar até chegar o momento em que a quirk é roubada?

—Iremos dar um jeito! -Rei não estava com muita paciência.

—Qual jeito?!

—Estivemos pensando em um plano... Lápide vai atrás dela, deve ter mandado uma série de capangas atrás... E nada vai impedi-lo de continuar até que a pegue -Mirko respondeu.

—Ele só não invadiu a UA pois seria muito óbvio, na cabeça dele com certeza ele pensaria que nós pensaríamos que ele poderia vir atrás dele e que por isso a colocaríamos em outro lugar, logo ele vai vasculhar todo o Japão -Nezu explicou.

—Viu? Ela não pode se esconder para sempre -O herói implicante continuou.

—Não aqui

—Uh? -Todos perguntaram.

—Temos um vilão sob nossa custódia, Kurogiri da Liga dos vilões, assimilamos o DNA dele em um aparelho tecnológico sob posse de um dos nossos ex-estudantes mais promissores e agora herói profissional Mirio Togata e com o acesso à individualidade que já passou do ponto de singularidade, podemos teletransportá-la de pontos em pontos do Japão até chegar ao local mais perto possível e manda-la para lá junto da família imperial, afinal se eles estiverem vivos e vencermos, podemos retornar o Japão ao estado que tinhamos.

—...

—-O plano é simples... Ir para Fukuoka, passar pela ilha Iki, passar por Tsushima e parar em Busan lá na Coréia do Sul! -Nezu narrou.

—E vocês acham que eles vão estar em condições de aceitar refugiados nossos? As fronteiras do mundo todo não se fechou para o Japão para verem como reagir ao novo governo?! -O Herói relutante comentou.

—Eu tenho amigos e contatos lá que cuidaram de tudo, ninguém sabe da natureza do poder dela e não precisam saber, apenas que por ter um poder similar à da All Might ela está sendo perseguida e para protege-la e dar chance de usarmos seus poderes para o bem quando ela estiver pronta... Vamos dar o prazo de... Dois anos.

—Dois anos?! É MUITO POUCO!! -O herói relutante continuou.

—É o tempo dela aprender a dominar 100% do seu poder, cultivá-lo e prepara-la para ser a mais exímia lutadora em todos os sentidos fora toda a ajuda externa que podemos receber -Nezu comentou- Sem falar que é o tempo que tenho certeza que no máximo teríamos como suportar tudo isso: Estamos sendo caçados, tratados como pária pelo novo governo, não posso garantir que a curto prazo possamos vencer, mas a médio/longo prazo se todos dermos nosso melhor e planejarmos tudo talvez tudo dê certo!

—Salvar a família real eu até entenderia, mas vão mesmo apostar todas as nossas fichas NELA?!

—Não vamos apostar todas as nossas fichas seu palerma! -Mirko reagiu.

—Ela é a única que pode detê-lo, isso é um fato. Aceite isso -Izuku deu sua opinião.

—... -O heró relutante virou-se para Izuku.

—O motivo de Lápide ir atrás dela e persegui-la é justamente pelo motivo que no futuro ela pode detê-lo, que o poder especial que ela tem possa detê-lo! -Izuku continuou- Se todos tentarmos, talvez essa seja a chance de virar o jogo!

—...

—Eu sei que todos estão cansados, essa guerra só trouxe desgraça e ninguém pediu para estar nessa situação... Mas é agora que precisamos estar mais unidos do que nunca!

—...

—A Melissa não é a nossa única salvadora, a verdadeira salvação está em nós... Todos nós! Se agirmos agora, se buscarmos lutar e vencer juntos, a possibilidade de nos reerguermos pode se tornar realidade! -Izuku continuou- E então? Estão conosco?!

—... -O herói relutante simplesmente saiu dali junto de vários outros figurantes sejam alunos do terceiro ano ou os profissionais, pelo visto eles só foram ali para verem qual seria o plano dos heróis e saber qual seria a conclusão que iriam tomar.

—Covardes! -Mirko exclamou- Miseráveis!!
—... -Rei tocou em seu ombro fazendo um “não” com a cabeça.

Então só restou a turma dos meus filhos, os ex-colegas deles que foram para outras escolas e nós que somos alguns da velha que não desistiram ou foram para outros lugares tentar fazer alguma coisa?

—É -Snipe foi curto e grosso.

—Pois bem pessoal... Seja como for estamos dispostos a mudar tudo de figura! -Mina deu sua posição.

—Shield tem um poder estranho, bizarro e que ninguém mais tem... Não me surpreenda Lápide querê-lo -Kirishima também deu sua posição- Mas é por isso que não podemos falhar!

—Estamos aqui por você Melissa -Izuku sorriu- Vamos te dar a chance da sua vida, você se fortalece e quando for a hora você volta a salva o dia!
—Pessoal... -Ela desabou em lágrimas.

Algumas horas depois...

Izuku, Nezu, Mirio e todos da 2-A foram teletransportados pelo loiro usando o simbionte para leva-los a diversos pontos previamente escolhidos por todo o Japão ao qual Nezu revelava um por um a cada ponto até chegarem no último ponto antes de ir para a coreia.

—Esse é o portal que vai leva-la até lá com as coordenadas exatas... Se tiverem algo a dizer... Recomendo que seja agora -Mirio comentou.

—... -Melissa usando o cachecol de Gran Torino se virou com suas malas para todos.

—Garota... Você é a esperança de todos nós, Toshiko viu em você um brilho, algo especial e eu mesmo estou apostando tudo no que ela viu em você, não nos decepcione -Nezu comentou.

—...

—Estaremos todos esperando você aqui, daqui a dois anos... Para colocarmos tudo de volta no lugar -Izumi quebrou o gelo.

—Melissa... Vamos sentir saudades -Mina se emocionou a abraçando, começando a chorar bastante junto das outras garotas da turma.

—Se cuida -Shouto comentou com os olhos enfaixados tendo sua irmã como guia, ele estava tratando as feridas e por isso não podia enxergar enquanto o remédio estava fazendo efeito.

—Aguentaremos o quanto pudermos! -Kirishima sorriu tentando ser otimista.

—Vamos conseguir... Vamos dar um jeito -Foi tudo que Izuku disse.

Melissa o abraçou chorando bastante, Izuku retribuiu o abraço.

—Shhhh... -Ele a acalmava e a afastou- Vá... Treine, fique mais forte e volte tá bom? Estaremos todos esperando você...

—... -Melissa fez um sim com sua cabeça- Obrigada a todos... Todos vocês...

—... -Todos a observavam.

—Eu juro... EU VOU VOLTAR! -Ela prometeu.

Com isso a jovem loira seguiu para o portal, Nezu recebeu a mensagem de que ela havia chegado e aliviado ele fez sinal para Mirio fechá-lo e assim o grupo seguiu para voltar a UA usando pontos completamente diferentes para evitarem ser emboscados por Shigaraki usando a memória coletiva dos simbiontes.

—Ela se foi... -Lápide comentou- Mas vai voltar...

Ele olhava em seu reflexo pensativo sobre tudo.

—A história então visa repetir os mesmos eventos, hm? -Ele continuou rindo levemente- Mas eu garanto Shield... O final dessa história... Será diferente!

De volta ao lado dos heróis... Assim que anoiteceu...

*Toc toc...

—Olha só... Você aqui -Izuku assim que chegou no quarto se surpreendeu quando viu Camie na varanda de seu quarto, ou melhor, agora sendo um apartamento considerando que toda a UA deixou de existir como escola e para abrigar os refugiados vai se tornar uma pequena comunidade.

—Tem um momento para conversar? -Camie vestindo suas roupas normais foi até ele.

Após tomar um banho, Izuku após enxugar a cabeça e vestir algumas roupas.

—Sabe... É a primeira vez que entro no quarto de um cara -Ela quebrou o gelo.

—E o que achou? -Izuku perguntou.

—Meio que bisbilhotei um pouco pra passar o tempo -Ela confessou rindo levemente.

—... -Ambos ficaram em silêncio.

—Você pode vir comigo lá pra cima? -Ela perguntou.

—Claro -Izuku respondeu.

Ambos foram até o telhado, para continuarem a conversa de onde pararam.

 -Eu queria dizer que queria conversar mais um pouco... Mas... Não tenho muito o que falar -Camie ficou em pé do seu lado- Fora uma preocupação ou outra.

—E o que você teme? -Izuku perguntou.

—Sobre todo esse lance de guerra e tal... -Ela desabafou.

—Pensei que estava tentando ser positiva quanto a tudo isso -Izuku estava confuso.

—E tenho tentado, mas... Meio que cansa um pouco... -Ela continuou- Eu depois que você saiu pra se despedir da sua amiga junto de todo mundo fiquei caminhando, observando, conversando com um civil ou outro e... Poxa... É tão triste.

—... -O esverdeado ficou pensativo e a envolveu com um dos braços para abraça-la.

—...?

—Você... Animou meu dia hoje sabia? -Izuku continuou- Mesmo com toda a tensão e preocupação, você tentou me animar, mas... Quem vai animar aqueles que tentam animar as pessoas?

—... -Ela ficou pensativa.

—Eu não posso garantir que as coisas que vão mudar, mas não posso dizer que as coisas vão ficar assim, pelo menos devemos evitar que a situação seja permanente -Izuku mostrou esperança- Enquanto pudermos lutar, enquanto podemos buscar a vitória... Tenho certeza que triunfaremos.

—Vamos lutar juntos então? Como prometemos naquele dia?

—Até o fim -Ele virou seu rosto para ela.

—Confesso que você me deixou um pouco preocupada hoje...

—Mesmo? -Izuku reagiu.

—Você e essa Shield... Eu sei que são só amigos... E eu teria como saber se você tivesse qualquer sentimento a mais ou estaria me traindo assim como você saberia também sobre mim... É só que eu... Fico tão preocupada -Camie confessou- Você se mete em tantos perigos e coisas fora do comum que além de querer saber para entender melhor, eu queria te ajudar... Estar lá por você... Realmente sentir que estamos lutando juntos contra qualquer coisa.

—Bom... Como eu disse, você me salvou hoje, me fez ter esperança.

—...

—Eu queria poder contar a você tudo... De verdade, mas fiz uma promessa... E não poderia contar assim, mas te garanto... É algo que pode mudar todo o jogo de vez, e se quer tanto ajudar... Eu gostaria que apenas continuasse lutando comigo e sendo fantástica -Izuku continuou.

—...

—Lembra por exemplo... Quando você me salvou ontem? -Izuku lembrou.

—... -Ela se surpreendeu ao se lembrar.

—Você quando atacou o Venom com aquela bola de demolição me deixou LOUCO sabia? -Ele confessou- Me fez pensar assim “Que mulheeeeer!”.

Camie começou a rir sendo beijada várias vezes por Izuku em vários lugares do rosto.

—Não tem uma mulher que vai me fisgar depois de tudo que a gente passou... -Izuku parou por um momento ficando com seu rosto próximo do dela- Você é perfeita... Como namorada, parceira de batalhas... Eu é que deveria ficar com medo ou receio.

—Eu adoro quando você fica alternando entre nerd tímido adorável e romântico extrovertido... Melhor ainda quando você é os dois ao mesmo tempo!

—Um tem que estar lá para o outro certo? -Izuku tocou na ponta do nariz de sua namorada- .... Bora fazer o seguinte? -Izuku perguntou assim que se afastou- Vamos buscar alguma aventura! Algo só nosso!

—Hã? -Camie perguntou.

—Tá, precisamos organizar uma coisa ou outra aqui... Mas podemos sair quando tudo se estabilizar, podemos aproveitar que não temos mais escola e sair em missões... Salvando pessoas, direcionando para o lugar certo -Izuku comentou- Ter nossa própria saga épica talvez?

—Boas histórias pra contar -Ela sorriu cogitando.

—Não vai faltar -Izuku completou.

—.... -Ambos se olharam.

Um clima de silêncio se estabeleceu, Izuku agora foi quem acariciou seu rosto:

—Eu amo você...

—Eu também -Ela ficou feliz de ouvir a declaração.

Encostando seu nariz no dela, ambos se olharam fechando os olhos e se beijaram, nada garantiria o que seria o dia de amanhã, mas seria um novo dia e ambos tinham certeza que poderiam contar um com o outro.

Epílogo:

No dia em que a guerra acabou Venom se separou de Muscular, que estava inconsciente no chão...

—Vejo que enjoou dele... -Tomura observou.

—...?

—Ele é forte... Mas vocês ficaram estagnados, tentaram três vezes e falharam... Me diga, o que acha de uma reinvenção -Lápide propôs- Um novo parceiro talvez?

O simbionte criando um rosto viu nas sombras a silhueta do escorpião, o mesmo apesar de hesitante quanto à ideia sorriu pensando que talvez estivesse na hora de uma boa mudança e que mudança...

Enquanto isso Himiko estava em uma prisão improvisada dentro da UA, em outras celas estavam Kurogiri que estava sendo observado por Aizawa e Mic, Curious e alguns traidores do time dos heróis que na verdade eram vilões.

—... -Ela estava completamente imobilizada pelas vestimentas de força, focinheira e aparelhos tecnológicos, lembrando de tudo que passou.

Ele estava ali, perto dela... Ele era tão... ELE e ela não poderia pegá-lo, tudo por conta dele e ela nunca iria se esquecer daquela patada que levou.

“Se liga, ele já tem dona”

Claro que ele tinha dona... Mas não era quem falou.

—...

Ela iria sair dali... Custasse o que custasse... Ela iria atrás dele, iria pegá-lo e quando ela saísse e IRIA sair ela para alcançar o seu objetivo faria uma verdadeira CARNIFICINA.

Continua...