The Mystery of The Tower escrita por Morgan


Capítulo 5
Quarto ato


Notas iniciais do capítulo

oioioi! não sei quantas pessoas vão ver isso depois de tanto tempo hahaha, mas aqui está! esse é o nosso penúltimo capítulo. vou tentar postar o último até o final dessa semana. é a minha meta para esse mês de maio hahah. espero que gostem. boa leitura! :)



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As palavras de Victoire ficaram tão gravemente gravadas na mente de Rose, que a garota dormia e acordava pensando nelas. Enquanto fazia suas refeições no salão principal, assistia as pessoas comendo, rindo e conversando, no entanto, em sua cabeça, só havia um pensamento. O assassino de Max estaria ali, comendo, rindo e conversando também?

Esse pensamento seguia Rose durante as aulas, durante as reuniões de Monitores e até mesmo em meio aos gritos de adrenalina que permeavam as partidas de quadribol que sempre ia assistir junto de seus colegas de casa. 

Não conseguia pensar em mais nada, então fez a única coisa que estava ao seu alcance: voltou a investigar. Juntou-se a Benjamin, Albus e Scorpius e juntos seguiram para o primeiro andar em direção a biblioteca. O silêncio e o cheiro dos livros sempre trouxeram as melhores ideias para Rose. 

É claro que agora, quando ela mais precisava, isso não parecia acontecer.

— Você precisa falar com ela, Rose, já dissemos isso antes – disse Scorpius. A ruiva respirou fundo e, por três segundos inteiros, teve o ímpeto de deixar que sua cabeça cansada recaísse no ombro largo de Scorpius. Não o fez, é claro. 

— E se fizéssemos uma lista de todas as pessoas que estavam em Hogwarts naquele ano? E continuam até hoje? 

— Isso é uma ideia ótima, na verdade – Albus admitiu, meio incerto com as palavras da prima. Rose revirou os olhos.

— É claro que é. E também é a única que temos. – A voz da Weasley se perdeu quando Benjamin, que havia sumido há alguns minutos, puxou a cadeira ao lado do namorado e se sentou.

— Onde você estava? – Quis saber Scorpius.

— Arruinando a única ideia de vocês.

Rose franziu o cenho e o garoto se inclinou para o centro da mesa, abaixando ainda mais o tom de voz.

— Estava agora mesmo batendo um papinho com Madame Pince, sabem, coisas do dia-a-dia. Quem não devolveu o quê, quem beijou quem nas prateleiras do fundo… 

— Um dia como qualquer outro – Scorpius ironizou.

— Exatamente – respondeu o Chang sem se abalar pelo amigo. – Então eu resolvi fazer a pergunta de um milhão de galeões: “Irma, você conhece aquela aluna-fantasminha? Que costumava ser da Lufa-Lufa?”

— Irma? – Albus soltou.

— Somos íntimos – Benjamin deu de ombros. 

— O que ela disse? – Rose quis saber, tentando voltar o foco da conversa para o que interessava ao invés da assustadora facilidade com que Benjamin conquistava as pessoas ao seu redor.

Talvez fosse algo de librianos. Rose não pensaria naquilo agora.

— Que sim, é claro. Aquela mulher está aqui há uns 40 anos, Rose. Ela disse que sua morte foi um momento horrível para Hogwarts, todos ficaram devastados. Isso nunca havia acontecido antes.

— Exceto, é claro, quando umas 50 pessoas morreram de uma só vez – resmungou Albus. 

— De qualquer forma, ela disse que não sabia muito sobre o que havia acontecido. Eu perguntei se eu poderia falar sobre isso com alguém. Ela quase riu da minha cara antes de dizer que não.

— Como assim? Por quê? 

Benjamin fez uma pausa dramática só porque sabia que aquilo irritaria Rose.

— Todas as pessoas daquela época já se formaram, até os que estavam nos primeiros anos. 

— Todos? – Scorpius suspirou, frustrado.

Benjamin assentiu. – Sim. Eu fiz as contas enquanto voltava para cá. É impossível alguém daquela época ter continuado aqui. Quer dizer, a menos que… 

As grandes e pesadas portas da biblioteca do castelo se abriram, fazendo Benjamin se calar e alguns alunos do segundo ano entrarem. Atrás deles, três figuras altas andavam enfileiradas. Os professores de Herbologia e Estudo dos Trouxas seguiam a diretora McGonagall de perto enquanto a mesma falava algo que parecia importante. 

— A menos, é claro, que eles trabalhassem aqui – Rose disse devagar enquanto o pensamento se formava completamente dentro dela. Seus olhos passaram devagar por Irma Pince, a bibliotecária, antes de seguirem a gata velha, e aparentemente imortal, do zelador desfilar por cima das prateleiras. Ela olhou de volta para os amigos. – Todos foram embora, exceto os funcionários do castelo!

Todos pareciam ligeiramente assustados com a ideia. Scorpius olhava para Rose boquiaberto enquanto Albus tinha as sobrancelhas franzidas. Até mesmo Benjamin, que havia chegado a mesma conclusão de Rose parecia temer dizer aquelas palavras em voz alta. 

— Rose, um funcionário do castelo… Isso é… – Scorpius balançou a cabeça. – Conhecemos essas pessoas a nossa vida toda!

— Eu sei – respondeu, empurrando a cadeira e pondo-se de pé. – Isso não deixa tudo pior?

Rose fez menção de sair da mesa, mas Scorpius agarrou seu pulso.

— Deixa tudo mais perigoso também. Para onde você vai?

O calor da mão de Scorpius a envolvendo fez a ruiva vacilar por um momento. Sentia falta de Scorpius. Não conseguia decidir se era ruim perceber isso ou se seria ruim perceber isso naquele momento de epifania pura. 

Ela abriu um sorriso pequeno para o amigo, cobrindo sua mão com a sua devagar antes de se soltar. Olhou para Albus e Benjamin rapidamente também.

— Vou fazer aquilo que já deveria ter feito. Vou conversar com Max. 

*

É claro que quanto mais Rose sentia precisar falar com Max, mais o fantasma da garota parecia escapar. Levou horas até que conseguissem achá-la, sentada em um dos bancos do pátio, assistindo enquanto o sol desaparecia ao longe. 

— Estava procurando por você. 

Max não se virou para responder.

— Você anda me procurando muito ultimamente. 

Rose sentou-se ao seu lado. Ao escolher o silêncio como resposta, Max finalmente se virou.

— Tem algum motivo para isso, Weasley?

Rose sentiu um nó se formar na sua garganta. As palavras pareciam presas e toda a coragem havia fugido do seu corpo, como um animal amedrontado. 

— Ora, vamos lá, Rose. Você pode me dizer. Aconteceu algo entre você e Scorpius Malfoy?

A ruiva negou com a cabeça.

— Posso te fazer uma pergunta, Max?

— Claro.

— Você gosta de Hogwarts? 

Ela riu, porém, pareceu considerar a pergunta por um momento.

— Eu costumava gostar, mas admito que queria ir embora. Meu sonho costumava ser viajar o mundo inteiro nas minhas sapatilhas de ponta. Queria que todos me vissem dançar. Hoje… Não sei. Não acho que gosto tanto depois de todo esse tempo.

— Você não pode ir embora?

A expressão de Max mudou no mesmo instante e Rose percebeu, avaliando cada mensagem escondida no olhar perdido da amiga.

— Eu me sinto… Presa. Não sei explicar muito bem. É como se algo me prendesse aqui. 

As duas não falaram por alguns minutos. Todo o barulho do local vinha dos pequenos insetos escondidos nos arbustos até Rose resolver que era hora de ser direta. 

— Max, como você morreu? 

— Você nunca me perguntou isso antes.

— Te incomoda?

— Não – negou. – Eu não lembro muito bem, mas dizem que eu caí da torre. Bem – ela riu secamente. – Isso é mentira. Dizem que eu me joguei. 

— Mas você não lembra? De nada?

— Não é igual para todos os fantasmas. Alguns de nós nem sequer se lembram dos próprios nomes. Eu tive sorte, me lembro de quase tudo, sabe? Apenas algumas coisas ficam confusas. Para alguns lugares ou pessoas, tudo que consigo são sensações. Professor Longbottom diz que são lembranças emocionais. 

— Então como você sabe o que aconteceu?

— A diretora me disse. – Rose mirou o chão, pensativa, então Max resolveu continuar. – Eu não sei o que me fez fazer isso, se é o que você quer saber. 

As engrenagens na cabeça de Rose giravam como nunca antes. Ela desejou internamente que seus amigos estivessem com ela naquele momento, porém, era inútil. Eles não estavam. Era apenas ela. Tudo que Max tinha naquele momento era sua presença e sua mente fértil. Max não se lembrava, é claro. Devia ter imaginado isso antes. 

Será que estava errada? Max Jones havia realmente escolhido seu destino? Havia mexido em uma história alheia e trazido seus amigos e familiares para isso por nada?

No entanto, a clareza a acertou pela última vez através das próprias palavras de Max. 

Ela podia não lembrar de tudo com imagens e histórias, mas Neville Longbottom tinha razão. Max tinha algo a mais. 

— Por que seu irmão foi embora, Max?

O fantasma da bailarina parecia haver decidido que não havia motivo para esconder qualquer coisa de Rose. Ou, como a ruiva achava parecer, Max parecia aliviada em ter alguém para ouvi-la sobre isso.

— Eu pedi que fosse.

— Era difícil para você vê-lo? 

— Não. 

— Por que, então?

O olhar de Max se voltou para longa Torre de Astronomia. 

— Você não entenderia.

O coração de Rose acelerou. Queria poder agarrar as mãos de Max com toda força que tinha ou abraçá-la, mas não podia. 

— Max, converse comigo.

— Onde você quer chegar com tudo isso, Rose?

— Max, por favor – suplicou a ruiva. Seus olhos encontrando-se. As sobrancelhas de Max estavam franzidas e a Weasley não conseguiu evitar pensar se fantasmas podiam chorar. 

Achava que sim.

— Max, eu… por favor. Me responda apenas isso. 

— Eu senti que Peter devia partir. Não posso confiar no que me lembro, nem no que me dizem. Só posso confiar no que sinto. E eu senti que ele devia ir. 

Rose ficou de pé, fazendo Max se sobressaltar. 

— Você lembra! Max, você se lembra! 

— Do que você está falando?

— Você pediu para Peter deixar Hogwarts porque você lembra! Você sabe o que aconteceu com você, Max.

— Não, Rose, eu não…

— Max, é exatamente como você disse: são lembranças emocionais! O que você sentiu quando Peter estava aqui? 

A bailarina parecia confusa, mas Rose estava de pé, falando rápido enquanto andava de um lado para o outro, portanto, Max decidiu apenas deixar que ela chegasse no ponto em que fizesse sentido.

— Medo. Fiquei desesperada. Eu achei… – ela parou, negando veemente. – Eu sabia que se Peter continuasse aqui algo de ruim aconteceria com ele, assim como aconteceu comigo. Eu não queria que ele chegasse nem perto d…

— Da Torre de Astronomia? – Rose interrompeu, fazendo Max revirar os olhos. – Desculpe. Minha cabeça está tentando entender algo aqui, mas quanto mais você fala, mais parece faltar uma única peça, só uma,  que eu não consigo… 

A garota abriu um sorriso fraco. Sabia como Rose Weasley ficava quando recebia informações demais, então apenas ignorou.

— Não. Não o queria no quarto andar. 

Rose sentiu como se a esbofeteassem no rosto. Ali estava. Na sua frente, no fantasma que diziam não lembrar de nada.

A última peça do quebra-cabeças sempre esteve com Max. 

— É claro! É óbvio! – A ruiva se sentou no banco novamente. 

— Rose, o que está acontecendo? Do que você está falando?

— Max… Você não morreu na Torre de Astronomia. Você morreu no quarto andar. É por isso que você sempre evita aquele lugar, mas se sente bem na torre. Você não vê? Você não se jogou de lugar nenhum, Max.


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Notas finais do capítulo

não sei o que achei desse capítulo, mas tudo bem. é isso aí hahaha. me digam o que acharam e o que vocês esperam do final da história no próximo capítulo, por favor!! até o próximo, beijooo ♥



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