Rise escrita por Dorinda


Capítulo 4
The force awakens


Notas iniciais do capítulo

MAY THE 4TH BE WITH YOU!!!! Olá, pessoal! Quero pedir desculpas pela demora deste capítulo, mas são tempos difíceis para os universitários. Este capítulo já está pronto faz um tempinho e nada melhor do que celebrar scorose fanzocas de Star Wars no dia de Star Wars! Eu espero que gostem deste capítulo - particularmente acho muito divertido! Boa leitura.



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Era domingo e o único som vindo da porção oeste da biblioteca pertencia a pena de Scorpius Malfoy. Estava sozinho e sua cabeça já pesava. Queria dormir, descansar e esquecer do dia anterior. O gosto amargo da perda para a Grifinória ainda estava em sua boca. Não era a estreia que estavam planejando, não era a estreia que treinaram muito para jogar. Scorpius bufou frustrado, não esqueceria daquele dia tão cedo, contudo não fora de todo mau. As imagens e sensações da volta para Hogwarts ainda estavam em sua cabeça. O pequeno Jeremy Spore idealizando a possibilidade de jogar Quadribol em futuro próximo, suas risadas e as palavras gentis de Rose Weasley para o menino, o encorajando a seguir seus sonhos. Rose Weasley não saia da cabeça de Scorpius ultimamente, sejam por motivos bons ou não e naquele sábado era por um bom motivo. Sua gargalhada ainda era audível para o loiro, assim como seus cabelos voando diante de seu rosto . Fora uma visão e tanto. Tal constatação o deixou transtornado, de repente a Weasley lhe pareceu atraente? Ela era bonita, afirmar o contrário era humanamente impossível. 

Como se o ato de pensar atraísse o sujeito para si, a ruiva brotou na frente de Scorpius. Ele piscou algumas vezes, até perceber que não se tratava de uma miragem. Era a Weasley e sua feição era dura. 

— Malfoy? Malfoy? — chamou estalando os dedos diante de seus olhos chamando a sua atenção. 

— Weasley, o que faz aqui? — respondeu após se recompor. 

— Temos que fazer o relatório da monitoria. A professora McGonagall acabou de me informar que é em dupla. O meu já estava pronto e ela só alerta para  este pequeno detalhe agora! — disse a ruiva revoltada, sentando-se na cadeira à frente de Scorpius. 

— Então é só entregar o que você já escreveu. 

— Você não está entendendo, é obrigatório a presença de dois relatos. — A ruiva parecia cuspir as palavras. — É uma maneira de monitorar se estamos mesmo fazendo as rondas ou só enrolando. 

Scorpius apenas suspirou e jogou a sua tarefa de Poções para o lado. É claro que os professores dariam um jeito de atribuir ainda mais tarefas! Não se surpreendeu. 

— Cadê o seu pergaminho? — disse Scorpius impaciente, seu cansaço era visível. 

— Aqui — A garota pegou o rolo de dentro da mochila, aos seus pés, e entregou para o loiro. Scorpius não notara a mochila. 

— Qual o prazo para a entrega? 

— Até amanhã a noite. — disse a ruiva com uma pitada de ódio na voz. 

A ideia de passar a noite fazendo um relatório com Rose Weasley ao seu encalço não era algo desejável, dado seus pensamentos mais recentes. Ainda tinha que finalizar a tarefa de Poções e se Merlin o ajudasse, gostaria de dormir. O que não parecia o caso. 

— Vou terminar a tarefa de Poções e podemos começar o relatório — sentenciou cansado. Não havia saída, não teria seu merecido descanso tão cedo. 

— Ok. Vou começar o meu relato e depois você complementa, pode ser? 

Scorpius deu de ombros e puxou o seu material novamente. Não escreveu nem duas palavras sobre o uso de aloés para a Poção de Furúnculos, quando a Weasley lhe chamou: 

— Malfoy? 

O loiro ergueu os olhos e ela continuou: 

— Não queria retratar o episódio com o Jeremy. Digo, não acho que foi nada demais, contudo ele estava fora do seu Salão Comunal após o toque de recolher. 

Scorpius abaixou a pena e desviou o olhar da Weasley, ela tinha razão. Não era nada demais, mas Jeremy poderia causar problemas tanto para ele quanto para a dupla de monitores. Não castigaram-lhe e os professores notariam sua ausência na detenção. Não era a favor de mentiras, a honestidade deveria ser preservada. 

— Acho que poderíamos abordar a situação sem mencionar os nomes.

Voltou seu olhar para a ruiva que concordou com um meneio de cabeça. Scorpius retornou sua atenção ao aloés. 

— Foi muito legal da sua parte levar o garoto para assistir o jogo. — disse Scorpius com ar distraído. Procurou parecer mais alheio aos olhos da Weasley possível. Não era nada demais, porém tinha que dar o braço a torcer. Fora uma atitude formidável. 

A Weasley o fitou com intensidade, procurando qualquer resquício de escárnio em suas palavras. Não encontrou, sua sinceridade era visível.  

— Obrigada. —  respondeu atônita, incrédula do próprio agradecimento. Scorpius acreditou que o assunto morreria ali, porém a Weasley continuou — Fiquei comovida, se quer saber. Já imaginou como é para um nascido-trouxa estar aqui? A mudança que é em sua vida? 

— Na verdade, não — proferiu Scorpius de forma sincera, encarando a ruiva e abandonado sua pena novamente. — O que me deixa envergonhado, porque convivemos com vários alunos da mesma origem e nunca perguntei nada.  Se Hogwarts era um desafio para mim, não posso imaginar o que representa para alguém como Jeremy. 

— Exatamente! — Rose disse rápido demais. Scorpius franziu o cenho, estavam concordando. Concordando em algo. Era a noite mais bizarra de sua vida. — Seria maravilhoso se Hogwarts flexibilizasse o uso de alguns artefatos…Uma televisão, por exemplo. 

— Onde você quer chegar, Weasley? 

— Malfoy, pense comigo. Se a escola permitisse o uso de certos aparelhos trouxas, alguns alunos poderiam sentir-se mais acolhidos e não tão deslocados. — disse a Weasley. 

Ela tinha razão neste ponto, era obrigado a concordar e por isso afirmou: 

— Você tem razão. 

— Como é? — a garota parecia incrédula. Seu rosto estava em choque e podia notar as sobrancelhas arqueadas. — Você está concordando comigo? 

— Por mais que doa admitir, sim. Hogwarts precisa de algumas mudanças e duvido que grandes mudanças ocorreram desde… a época dos nossos avós. — Scorpius ficou tonto com as próprias palavras. Piscou algumas vezes. Ele e Weasley tinham muitas desavenças e baixar a guarda é aterrorizante. Algumas regras  da escola eram antiquadas, sempre achou. — E se mudanças beneficarem o Jeremy e tantos outros seriam bem-vindas. 

— Falarei com a minha mãe, ela saberá nos orientar. — sentenciou Rose, endireitando-se na cadeira. 

— Está me incluindo em um plano seu, ou seja lá o que for? — O loiro estava pasmo, incrédulo. 

— Depois de tudo o que conversamos aqui e por seu evidente carinho com Jeremy, não vejo porque não. — foi a vez de Rose Weasley dar o braço a torcer. Era uma noite estranha.

Scorpius sorriu e foi genuíno. Se seus avós o escutassem seria deserdado, mas graças a Merlin, havia sua mãe, que o ensinara a lutar pelo que acredita  - mesmo que isso causasse brigas terríveis com a família Malfoy. Scorpius ponderou, se era algo que seus avós reprovariam, definitivamente, estava no caminho certo. Sem contar que teria a companhia de uma Weasley, famosos traidores de sangue e muito influentes na comunidade bruxa.

— Ah sim, eu estou considerando a possibilidade em assistir o “Despertar da Força” aqui em Hogwarts! Minha maior preocupação. — disse Scorpius, desviando o assunto. A imagem do herói não combinava com ele, não mesmo. Seu sonho era trazer o sobrenome Malfoy para um campo respeitável para o mundo bruxo, contudo não pautado em heroísmos e sim em honestidade, mudanças sinceras de postura. Por algo que acreditava. Também não se enxergava em lideranças de movimentos, oh não. Scorpius preferia o trabalho que não lhe rendesse tanta exposição, que não o colocasse no centro de uma roda de discussão.  

— Poxa, você estava indo tão bem! — exclamou a ruiva, tinha um ar de decepção. 

Scorpius lhe dirigiu uma piscadela, para sua ira. Sabia que odiava e não entendia muito bem o porquê. No final das contas, não fazia diferença, era sua arma contra a ruiva. 

— Aliás, ainda não combinamos a nossa tradicional aposta deste ano. — o sorriso malicioso brotou nos lábios de Scorpius. Rose e Scorpius disputavam todos os anos o melhor desempenho em sala de aula. Iniciou-se como uma competição velada. No primeiro ano, disputavam para responder aos professores, era comum um gabar do outro melhor desempenho em uma tarefa ou em uma prova. No final do primeiro ano, os professores estavam fartos. A partir do segundo, a disputa foi devidamente programada. Ainda perturbavam os professores, especialmente para atividades extras, mas não havia tanta algazarra em sala de aula. Era uma disputa silenciosa e ao final, jogavam um na cara do outro seus resultados. Nos últimos dois anos a Weasley levou a melhor, seu histórico escolar era impecável, com pelo menos cinco Ótimos nas principais disciplinas. Para a infelicidade de Malfoy, que perdia por muito pouco. Era uma disputa acirrada e até infantil, ainda era uma incógnita os motivos que levaram Rose Weasley aceitar participar. De repente, um pensamento malicioso e arriscado cortou o pensamento de Scorpius na velocidade da luz. Seria genial e elevaria o patamar de competição. 

— Tive uma ideia, Weasley! — a ruiva o admirou atentamente. — Este ano, temos os NOM's nós dois estamos nos preparando há muito tempo. Poderíamos apostar o melhor desempenho e com o adicional de um castigo para o lado perdedor. 

— Você só pode estar ficando louco! — exclamou a ruiva, suas bochechas se tornaram vermelhas. Era raiva e Scorpius sorriu vitorioso. — Apostar os NOM 's, é o nosso futuro. 

— Está com medo de perder, Weasley? — Scorpius não poderia deixar de chateá-la. — Não confia no seu potencial? 

— É claro que não! Isso é um absurdo. 

— Sempre acreditei que uma característica importante dos alunos da Grifinoria é a coragem! — O loiro provocou. Era inevitável. Rose estava soltando genuinamente brava, seu rosto se tornou tão quente quanto a cor de seus cabelos. 

Após alguns segundos e de inspirar profundamente, a Weasley respondeu: 

— Existem vários tipos de coragem e se fosse você não estaria tão confiante. Afinal, eu sou a vitoriosa há quantos anos mesmo? Três? Quatro? 

— Dois anos, Weasley. — Scorpius cuspiu as palavras. — Esse ano estou preparado, irei ganhar e você terá o pior dos castigos! 

— É o que veremos! — a ruiva respondeu com o olhar vidrado no rosto de Scorpius. 

— Isso é um sim? 

— Planeje seu castigo muito ambiciosamente, Malfoy! — Rose Weasley se levantou e jogou o pergaminho para Scorpius e saiu da biblioteca a passos largos, com seus volumosos cabelos dançando em suas costas. Oh céus, Scorpius Malfoy estava em apuros!


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Notas finais do capítulo

Me contem o que acharam! Até breve e beijos carinhosos!



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