Luta Pela Liberdade escrita por Fanfictionwriter


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo Yona está sofrendo as consequências de sua decisão de defender seus amigos, assim como seu povo. Mas há uma ponta de esperança!



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Este é o presente. Yona está acorrentada nos pés e mãos, impossibilitada de dar mais que dois passos em direção à entrada da cela na qual se encontra. Seus cabelos, que antes alcançavam a altura dos ombros, foram raspados. Seus olhos não apresentam mais o mesmo brilho de antes, pois sua inocência fora roubada, ou melhor, dada em troca de algo de valor imensurável: a liberdade dos que ela mais ama. O lugar que está é escuro e úmido. Não há janelas. O cheiro é praticamente insuportável, assim como a presença de ratos e insetos indesejados. Suas vestes estavam puídas e rasgadas, além de muito sujas. Entre os buracos no tecido podia-se ver as marcas de tortura em sua pele, que já fora macia e leitosa. Eram incontáveis os hematomas e cortes, tanto causados pelas mãos de seu mestre, quanto pelo seu chicote. Quantos dias se passaram desde que fora tomada à força? Perdera a conta ainda no primeiro mês. Não poder ver o sol lhe tira a noção do tempo, o que a tem enlouquecido mais rapidamente.

Não há ninguém para conversar, sua vida se tornou vazia e sem sentido. O que lhe traz esperança? As memórias que criou ao lado deles. Todos os dias relembrava seus dias de glória ao lado de seu estranho grupo. Imaginava como estariam agora, depois de livres de tamanho fardo. Zeno pode finalmente viver uma vida normal, ter seus dias contados e envelhecer como qualquer outra pessoa. Seu corpo ainda é mais resistente que o normal, mas com a idade estará fadado à morte. Shin-ha, Jae-ha e Kija são os últimos portadores do sangue do dragão manifesto, tendo seus corpos fortalecidos e podendo viver normalmente também, ao menos, na medida do possível. Nunca mais nascerá outro dragão! Hak tornara-se soberano em Kouka, o novo rei. Soo-Won é agora seu primeiro general, curado da doença Camesin que o assolava. Parece tudo perfeito! Quase um sonho! As tribos estão unificadas e o Império Kai oferece total proteção sobre o reino. Pensando assim o preço não foi alto demais… Nem nunca será. O que é a sua vida em comparação com a libertação de seu povo? Era isso o que procurava manter na cabeça, sempre que o passar doloroso das horas vinha, assim como o seu visitante frequente, o homem ao qual se submeteu para que esse sonho se realizasse. Podia ouvir ao longe o barulho pesado de seus passos no chão. Ela sabia o que lhe esperava a seguir. Após um momento de pânico, enxugou as lágrimas que insistiam em cair, cobriu-se da melhor forma que podia, e encostou na parede esperando temerosamente pelo mal que lhe sucederia. O que ela não esperava era que, atrás daquelas enormes grades que a aterrorizavam, fosse ver os olhos dele, o homem que ela mais amava na vida. Certa de que era uma alucinação, assim como tantas outras que tivera antes, abaixou novamente a cabeça. Ouviu então seu nome ser chamado, parecia tanto ser real. O som do cadeado batendo no chão ecoou, assim como o dos passos do moreno em sua direção. Ele vinha lento e com o olhar fixo nela. Mesmo evitando vê-lo sabia que a encarava. Mas não podia ser real. Apertou os braços ao redor dos joelhos, enfiando fortemente a cabeça contra seu próprio corpo. Balançou em negação, na esperança de que aquela estranha tortura acabace e de que ela voltasse à realidade. Assustada e com medo de que aquela estranha figura a tocasse, surpreendeu-se ao sentir as correntes que a prendiam sendo rompidas por uma lâmina enorme. Com o susto levantou a cabeça e percebeu que, de fato ele estava ali. Mas como? Seria possível? Ele então ajoelhara na sua frente e, com uma chave, abriu as travas em seus pulsos e tornozelos, a libertando completamente. O lugar em que apertavam estava em carne viva, pois o suor e o roçar da pele com o metal a machucara muito. Instintivamente pôs as mãos sobre tais feridas, esfregando levemente, sem acreditar que realmente estava livre. Ainda com medo de olhar no rosto dessa criatura, respirou fundo e se encolheu novamente. Devia ser algum truque. Sentiu então uma capa ser jogada sobre sua cabeça, cobrindo sua parcial nudez. Ela conhecia aquele cheiro. Apertou o tecido contra si, como num abraço e tomou coragem para o encarar. Se deparou com olhos de brilho intenso e de um azul mais profundo que o oceano. Como ela conhecia aquele olhar. Era ele. Antes que pudesse processar o que estava lhe acontecendo, caiu em lágrimas, em um choro desesperado, com gemidos de sofrimento. Tossia e tremia. Por quanto tempo chorou? Quem sabe. Só sabia de uma coisa: Era real.

Ele só conseguia olhar para aquela frágil figura na sua frente. Sua amada estava completamente machucada. Tinha os joelhos ralados e as pernas cobertas por cortes, alguns superficiais, o que ele julgava serem de unhas, e outros profundos, provavelmente de facas ou chicotes. Seu rosto, a face mais bela de todo o reino, era agora pele e osso, com olhos inchados e sangue nos lábios. Quando a encontrou podia ver seus seios expostos, feridos, ela tinha tido sua dignidade roubada. Os cabelos vermelhos foram cortados completamente, estando apenas com alguns novos fios sobre a cabeça nua. Havia sujeira por toda ela. Será que algum dia voltaria a ver o sorriso daquela que cuidou com tanto carinho durante toda a vida? Quando seus olhos se encontraram tudo o que ele foi capaz de fazer foi chorar.

Agora chegou a hora de explicar como chegamos neste ponto da história.


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Notas finais do capítulo

Estarei ansiosa para ler os comentários ♥



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