A casa dos Sawada encontrava-se um pouco agitada, com os preparativos para receber os convidados que vão ficar ali durante o feriado nacional. Fazia um bom tempo que Tsunayoshi não via a sua amiga de infância que tinha mudado de cidade já alguns anos. 

  — Tsu-kun, nossos convidados estão quase chegando. Podes ir para o jardim para os recebê-los? — perguntou Nana na porta da cozinha que estava terminando de fazer o almoço.

 — Está bem, mãe — concordou Tsuna e dirigiu para o quintal, sentando no banco que existe ali no jardim. Os seus amigos que sempre estão ali na sua casa foram visitar alguns amigos ou a família, só ficou por ali as crianças I-pin e Lambo, por isso a casa não se encontrava muito barulhenta como de costume.

   O jovem encontrava-se um pouco nervoso e foi por isso que sua mãe mandou ele vir para o jardim esperar pelos convidados. Antes que causasse outro desastre como partir a loiça quando tropeçou no tapete da sala e deixou-os cair.

    O futuro líder da Vongola queria aproveitar bem este feriado com a sua amiga de infância, já que não sabe quando vai voltar a poder vê-la. Quando for suceder ao cargo de líder na máfia ia ter muito tempo da sua vida muito ocupada e não iria reunir muito com [Nome] para não colocar a vida dela em risco.  

  Como estava perdido dos seus pensamentos, não viu que os convidados tinham acabado de chegar e estavam se aproximando do jovem. 

   — Crescestes imenso Tsuna-kun — comentou mãe da [Nome] que tocou no ombro do filho da sua amiga Nana.

  — Obrigada. Já faz bom tempo que não nos reunimos — agradeceu Tsuna, que cresceu durante estes meses graças ao treinamento que Reborn deu a ele para praticar.

   — Tsu-kun manda as nossas visitas entrar. É feio deixar na rua a espera — disse Nana que segurava uma travessa de comida, quando olhou para janela viu o seu filho a falar com os convidados.

 — Bem, é melhor entrarmos. Antes que minha mãe venha aqui puxar minha orelha — avisou Tsuna olhando para sua amiga de infância que ainda continuava calada, viu que algo se passava ali.

   As visitas seguiram o dono da casa, reparam que a decoração da casa mudou um pouco. Havia muitas molduras novas que não existiam antes ali, com fotografias dos novos moradores que vivem ali junto com os Sawada.

 — Muita coisa mudou aqui quando foram embora — contou Nana, referindo-se ao Lambo e I-pin que estavam escondidos atrás das pernas dela.

  — Deve ser uma alegria ter uma casa cheia de crianças — falou mãe da [Nome] que estava sorrindo, olhou para sua filha e viu que ainda continuava com a cara triste, mesmo estando uns dias atrás desejosa para rever o amigo.

   — Mas quem sofre sou eu — murmurou Tsuna que sempre tentava impedir Lambo de atacar Reborn que o provocava.

   O filho da Nana reparou que [Nome] não abriu a boca para falar desde que chegou ali. Já não via a sua amiga de infância a 2 anos quando foi embora para outra cidade. Mas conhecia ela como ninguém, sabia que algo estava a passar pela cara dela, isso estava o deixando preocupado. 

  As mais velhas foram para a cozinha depois de terem terminado a sobremesa, Tsuna viu uma oportunidade ali para estar a sós com [Nome], levantou-se do seu lugar e foi ao lado oposto, onde se encontra a sua amiga. 

   [Nome] ficou surpresa quando o seu amigo aproximou-se dela e pegou na sua mão, que a fez levantar do banco e viu pelo olhar do Tsuna que queria falar com ela em privado. Resolveu seguir ele até ao seu quarto, sentou-se na cama quando ele ajoelhou-se no chão e colocou as mãos apoiadas no joelho dela.

   — [Nome] sei que algo está passando. Estás deixando preocupado — comentou Tsuna que já não estava sorrindo quando viu que sua amiga queria chorar.

 — Mesmo estando distante um do outro. Conheces-me como ninguém — falou [Nome] que decidiu finalmente abrir o seu coração e contar o que se passava. 

   O jovem ficou à espera que sua amiga ficasse mais calma e sabia o que estava a deixar ela preocupada, devia ser algo muito grave.

— Faz uns dias que fui passear com meu cão. A trela partiu-se e ele começou a correr. Desviou o caminho para a estrada e o carro veio de repente. Ele agora se encontra hospitalizado e não sei se ele vai conseguir voltar andar — contou [Nome] que tentava segurar as suas lágrimas mas não aguentou, queria ver o seu amigo de estimação bem.

  — Não se preocupe, ele vai melhorar e logo estará em casa novamente — aconselhou Tsuna que limpou as lágrimas da [Nome] e depois abraçou-a. Sabia que mudar de cidade de um momento para outro fez que sua amiga não tivesse muitos amigos e os pais dela decidiram dar um animal de estimação para fazer companhia.

  Como não queria que a sua amiga ficasse triste o dia todo. Pensou em algo que a pudesse distrair. Para ter energia para tomar conta do cachorro quando vir do veterinário, porque ele vai precisar muito da dona durante o tempo de recuperação.

 — Vamos passear um pouco aqui. Quero mostrar o que mudou por aqui — disse Tsuna não queria que o resto da tarde da [Nome] terminasse assim na casa dele. 

 — Já tinha saudades de estar contigo. Tu és o único que me compreende e sempre tentas me animar — comentou [Nome] que olhou para outro, só de olhar para ele deixa muito calma.

  Tsuna ajudou [Nome] a se levantar da cama e desceram as escadas abaixo com as mãos dadas. Passaram pela sala e as mães deles ainda continuavam na cozinha a fofocar algo.

— Mãe, nós vamos dar um passeio — gritou Tsuna ao passar pelo corredor e ao lado da cozinha. Não esperou por ouvir a resposta da sua mãe, saiu pela porta a fora com sua amiga.

 Andaram calmamente pelas ruas de Namimori, [Nome] reparou que a cidade não mudou muito desde que foi embora. Continuava igual como se lembrava, Tsuna contava algumas confusões por onde se meteu, a fugir dos cães que adorava o perseguir.

Até finalmente param no destino que tinha em mente para mostrar [Nome], o parquinho. A maior parte da infância dos dois foi passada ali a brincar. Antes de saber o que era o amor, Tsuna até tinha confessado o que sentia pela [Nome] mas ajudou mostrando a ele que os sentimentos que eles tinham daquela época eram de irmãos.

— Eu ainda lembro daquele momento da confissão. — Riu [Nome] aquela memória ficou para sua memória, tinham uns cinco ou seis anos naquele tempo.

— Não convivia com mais nenhuma garota, sem ser tu. Era muito envergonhado, ainda continuo a ser — explicou Tsuna que naquele momento encontrava-se corado, não gostava de chamar atenção.

Aproveitou a deixa para ir buscar sorvete para ficarem ali, apreciar as outras crianças a brincar ali e continuar a falar das memórias que tiveram juntos.

— Obrigada por sempre me animar nos meus momentos péssimos e também nos bons — agradeceu [Nome] para o seu amigo que aproximou dela, já com os sorvetes da mão. O Tsuna é um ótimo amigo e sempre se preocupa com todas as pessoas que convivem com ele. Esperava que ele nunca mudasse esta personalidade que têm.

Os amigos de infância ficaram até ao final da tarde ali a comentar, o que mudou na vida deles no tempo que estiveram afastados um do outro. [Nome] esperava que Tsuna pudesse ser sempre seu confidente até ao resto da sua vida. Sabia que o futuro é um mistério mas esperava nunca perder o contacto com o seu amigo.