Titanium Man escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 9
Capítulo 9




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Depois que Márcio saiu apressadamente do esconderijo, Karen sentiu que ele precisava de ajuda, não se sabia do que mais Adamastor era capaz de fazer com ele, então virou-se para Nélio.

— Precisamos agir rápido! - disse.

— Sim, atenção todos vocês, precisamos de tropas se formando pela cidade, esse cara pode aparecer a qualquer momento! - ordenou ele.

— Sim senhor! - disse um deles, já mandando a ordem.

Um pequeno caos se formou nas ruas da cidade quando várias viaturas bloquearam ruas e avenidas, tentando encontrar o robô que sobrevoava a três mil pés de altura pelo céu escuro da cidade.

— Caramba, até quanto de altura ele pode chegar? - perguntou Maurício, enquanto olhava, pelo monitor gigante, a armadura sendo controlada por Adamastor.

— Não sei, você quem fez, você quem devia saber. - retrucou Adamastor.

— Não criei nada! Isso é uma ideia vinda do Márcio Sterling que eu praticamente copiei.

Adamastor olhou para Maurício com uma cara de poucos amigos, mas não teve tempo de fazer nada, pois logo ouviu som de passos do lado de fora.

— Vai lá verificar que barulho é esse. - pediu ele.

— Sim senhor. - assentiu Maurício, pegando uma arma e indo para a porta.

Do lado de fora, um carro se aproximava dos arredores da empresa Sterling.

— Fique de olho em tudo aqui fora, se ouvir barulho de tiros, se proteja. Eu vou entrar pelos fundos e tentar capturá-lo. - disse Karen, do banco de trás do carro, onde tirava a blusa colocando uma espécie de uniforme preto com detalhes em azul-anil.

— Pode deixar. - assentiu Lúcio, enquanto dirigia, se segurando para não ver a mulher se trocando no banco de trás.

Quando o carro chegou no portão da frente, os seguranças que Adamastor havia subornado para fazer a vigia enquanto ele e Maurício estivessem lá apontaram as armas pra ele, então Lúcio parou o carro, com medo, pensando na sua filha.

Os homens se aproximaram lentamente, sem abaixar as armas, mas Karen abriu a janela do lado direito e arremessou uma corda que amarrou o corpo de ambos e causavam choques muito fortes, capazes de desacordá-los.

— Uau. - disse Lúcio, impressionado.

— Obrigada... Agora foca no plano. - respondeu ela, saindo do carro.

Caminhando rapidamente até o local, ela se preocupa com Márcio.

— E então Senhor Sterling? Achou ele? - perguntou.

— Não Karen, cheguei aqui já estava tudo em cinzas, mas ao menos todos já foram resgatados e estão bem. - respondeu Márcio, pelo comunicador da armadura.

— Menos mal, continue procurando, estou à caça dele. - ela respondeu e ambos desligaram.

Assim, Karen tentou entrar pela porta da frente, mas Adamastor havia trancado a mesma com cadeados e barricadas de metal, impedindo-a de ser aberta. Karen bufou, o jeito então, era arrombar. Com isso, ela apertou um dos milhares de botões que o seu bracelete azul-turquesa tinha e de lá, saíram várias mini bombas, que se formaram em volta da porta e explodiram com tanta força que derrubou os seguranças que estavam lá e deixou toda a área do saguão coberta por uma nuvem de poeira.

— Agora chega! Vamos! - ordenou outro segurança, segurando a arma.

Cinco seguranças foram juntos para lá, mas não encontraram nada. Mesmo assim, não desistiram, ficaram rodando lentamente, observando tudo, até que um foi surpreendido por Karen, que estava no teto, amarrada por uma corda, logo ela se soltou, ficando de cabeça para baixo na frente de um deles.

— Você... - ele ia dizer, mas Karen jogou spray de pimenta em seus olhos, fazendo-o gritar de dor.

Karen se soltou da corda e quando viu um segurança apontar a arma pra ela, a mesma segurou seu pulso, o girando e prendeu o pescoço dele com suas pernas, dando um mortal para trás. Segurando-se com o braço direito, girou no chão 360 graus, acertando um segurança pelo pé e o mesmo caiu. Outro tentou segurá-la, mas levou um chute no rosto e ela aproveitou para escorregar por baixo dele enquanto sacava sua arma e atirava em outro, que mesmo com um colete à prova de balas, caiu. Usando um golpe de luta infalível com as mãos, ela também conseguiu derrubar o último, mas acabou se surpreendendo quando, ao se levantar, um tiro acertou o chão, a poucos centímetros dela. 

Ao olhar pra frente, congelou.

— Professor Maurício? - ela disse, chocada.

— Karen Lellis? - ele disse, igualmente chocado.

— O que está fazendo aqui? 

— Eu que te pergunto.

Como um flashback, tudo voltou à sua mente em um piscar de olhos. Desde o momento em que ela foi surpreendida na rua pelo professor lhe oferecendo sexo em troca de aumentar suas notas, a aflição da gravidez, a dor da perda do filho no hospital, a tentativa fracassada de suicídio, até chegar ali, naquele ponto, virando uma mulher corajosa e decidida.

— Karen, achei algo, vou verificar - chamou Márcio, voando de volta para a empresa.

Isso fez Karen retomar o controle da sua mente, estabilizando-se outra vez.

— Não tenho tempo para conversar, preciso capturar o Adamastor Nolasco! - ela disse, indo na direção dele.

— Você não vai encostar nele! - ameaçou Maurício, voltando a sacar a arma.

— Quer dizer que além de devorador de virgens e pedófilo, agora você virou comparsa daquele bandido? - vociferou ela, apontando sua arma pra ele também.

— Do que está falando? Adamastor é um homem bom.

— Ele que pôs baboseiras na sua cabeça, queria que você acreditasse nisso!

— Cala essa boca garota! - rosnou ele.

— Vem calar então! 

Karen já ia se preparando para atirar, quando Maurício abriu fogo primeiro. Pois, ao contrário dela, por mais que tivesse passado anos na cadeia, não sentia absolutamente nada por ela, então não teve pena de atirar. 

Mas, como não tinha experiência com armas, assim que atirou, a força do revólver foi maior e ele não a manteve firme e a bala pegou no ombro dela, a fazendo dar um passo pra trás. 

Já Karen, como boa de mira e experiente, atirou em seu joelho sem problemas.

— VADIA DESGRAÇADA!!! - gritou ele, enquanto segurava seu joelho, caído no chão.

— Você que me obrigou, nojento! - ela rebateu, pegando a arma dele e indo abrir a porta da sala de Adamastor, mas a mesma estava trancada.

Ela então, usou a bala do revólver para atirar na fechadura, abrindo a porta.

Ao entrar, viu Adamastor parado, em pé, de costas pra ela.

— Parado Adamastor Nolasco, você está preso! - ela disparou, apontando a arma dela para ele.

Adamastor ergueu os braços para o ar, como se estivesse se rendendo, mas na verdade, não era bem assim.

O seu corpo, começando pelos braços, começou a ser preenchido pela armadura. Aquele sinal dos braços era um comando para a armadura ir até ela. E isso fez com que Karen baixasse a guarda, então Adamastor aproveitou-se disso para mirar em sua direção e acertar um tiro na sua direção. 

Ágil como um esquilo, ela se esquiva, mas acaba sendo ferida na perna.

Enquanto urrava de dor, ela viu Adamastor se virar para ela, totalmente coberto pela armadura.

— Você não vai me impedir de me vingar! Meu sonho era começar minha própria empresa fazendo parceria com o Márcio, mas ele tomou tudo para ele e me deixou na merda até hoje, ele destruiu a minha vida! Agora, tá na hora de eu destruir a dele! 

E saiu voando rapidamente, antes que Karen pudesse falar algo.


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Notas finais do capítulo

Perto do fim...



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