Oh, Yuno! escrita por Mercenário pobre


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Olá! Bom eu já queria me desculpar pelos erros de ortografia, fiz essa fic enquanto estava sem internet e não tinha previsão pra postar. A fic ficou mt grande, então com certesa vai ter erros. Fiquei com uma preguiça imensa de corrigir e como ficou mt grande eu dei uma revisada, apenas, por cima. Foi mal.

Ah! Bom, eu tbm qria dizer q essa sinal aqui ó (‘’ ‘’) significa um sussurro, ok?


A fic não tem mts detalhes pq como eu disse, eu tava sem net no dia e não tive a ideia de postar essa fanfic ou não. Acabou q eu decide postar pq demorou pra fazer.

Eu queria dizer tbm, juro q é a última coisa, q talvez eu poste essa fic no SF, então se vc ver essa fic lá, fica traquile q foi eu que postei. Ok?


Bom, era só isso e boa leitura.



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Seria tão estranho dizer que estou gostando do meu irmão? Bem, não somos irmãos de sangue, então está tudo bem... certo? Como será que ele reagiria ao saber sobre isso? Ah, Yuno. Você me deixa tão confuso!

 

 

Yuno; com cabelos de altura até o pescoço, escuros igual a noite. Olhos encantadores de cor dourado. De altura mais elevada que a minha. E o que mais destaca, além de sua beleza absurda, é o seu poder.

Detalhe importante que deixei passar. Yuno é um garoto.

 

 

Na igreja de Hage, em que fomos criados, nos ensinaram a respeitar o próximo independente das diferenças. Então, pela lógica, ele não iria me tratar com indiferença... ia? 

 

 

Sempre achei que eu amava a irmã Lily, então por que sinto essa atração justo pelo Yuno?! Meus planos, meus belos e trabalhosos planos, de se casar com a irmã Lily são vistos, por mim mesmo, como brincadeira de uma criança inocente e que ainda não se conheceu o suficiente.

 

 

Treinar tem sido chato, mas basta ele aparecer que fica, um tanto, mais divertido. Luck tem pedido para lutar-mos cada vez mais, talvez ele tenha percebido minha falta de vontade nos treinos dessa semana.

 

 

Para ser sincero, nem mesmo eu entendo do porquê dessa falta de ânimo que tem se instalado em mim.

 

 

 

 

— Ahm... bem... talvez uma missão o ajude com isso! – Noelle dizia a todos presente na sala, naquele momento.

 

— Boa, garota! Tenho certeza que logo após essa missão ele volta a ser o Asta de sempre! – Vanessa dizia animada.

 

— Certo, mas... como vamos conseguir uma missão da noite pro dia?

 

— Isso nós deixamos na mão do capitão Yami! 

 

— Não me metam no assunto não!

 

 

—--------------

 

 

Ok, uma missão da noite pro dia, sem aviso prévio, me deixou confuso, mas eles insistiram em me levar junto não posso recusar. Não é como se eu fosse morto por um lobo ou algo do tipo... né? Bem, eu espero que isso não aconteça.

 

 

Olhando pelo lado bom, esparecer um pouco, respirar um ar puro, não será de má opção. Talvez eu até consiga entender melhor sobre tudo que vem me atormentando esses dias.

 

 

— Oe Asta! Você está no meio de uma missão, o que é essa cara de bunda?!

 

—...

 

— Shi... ele tá no mundo da lua.

 

— Oe Asta!!

 

—...

 

— Astupido, você está me ouvindo?!!

 

— Noelle fale mais baixo, ok? Nos chamaram de loucos daqui a pouco.

 

— É esse idiota que não me responde!

 

— Certo, certo. Asta poderia, por obséquio, responder a vossa senhoria, Noella Silva? 

 

— Ok, ok. Depois pode ser?

 

— Ãhn? Como ousa me responder dessa forma! Eu sou da realeza sabia?

 

— Ei, Vanessa pode me dizer se falta muito para chegarmos? — Digo, ignorando a de cabelos lilases.

 

—  Oe seu idiota!!

 

— Não muito Asta, não muito.

 

 

—--------------

 

 

— Acabou que o Asta ficou a missão inteira distraído. — Noelle diz com a cara emburrada. 

 

 

— Que bela ideia você teve Noelle, não ajudou em nada! — Luck a provoca.

 

 

— Da 'pra calar a boca? Primeiro que não é assim que se fala com uma pessoa da realeza. Segundo que você não deu uma ideia que prestasse, então shiu!

 

 

— Nhe, nhe, nhe... realeza... nhe, nhe, nhe... 

 

— Ah seu idiota!

 

 

— Gente paro?! Estamos aqui para resolver o problema do Asta que não está normal, não precisamos de mais problemas! — Vanessa diz, por fim, dando um basta naquela discussão, ou quase pelo menos.

 

 

— Foi ele quem começou!

 

 

— E você continuou!

 

 

— Chega! Eu já não aguento mais! Vocês querem resolver o “problema” dele? Então perguntem diretamente a ele! Simples, fácil e prático! — diz Magma.

 

 

— Do jeito que o Asta é, capaz de nem ele saber do que tá rolando.

 

 

— Certo. Quem vai chamar ele? — Vanessa fala.

 

 

— Quê!! Vamos mesmo fazer o que ele tá falando?

 

 

— É mais fácil... né?

 

 

— Ah droga, eu ainda enlouqueço.

 

 

— Quem vai chamar?

 

 

— ASTA!! — Magma começa gritando.

 

 

—ERA 'PRA CHAMAR ELE E NÃO NOS DEIXAR SURDOS!!

 

 

— ENTÃO PARA DE GRITAR!

 

 

— PARA VOCÊ!

 

 

— Por que estão gritando?! — Asta, enfim aparece.

 

 

— Asta? A quanto tempo está aí meu amigo fiel e leal?

 

 

—... O que... foi? Está estranho, precisa de algo?

 

 

— ‘’Ele realmente não está bem, 'tá até usando a cabeça.‘’ — Magma sussurra mais pra si do que pros outros.

 

 

— Ahm... bem... conte-nos sobre o que está havendo contigo. — Noelle pergunta.

 

 

—... Sobre?

 

 

— Está estranho Asta. Não treina mais como treinava antes. Não se importa quando te chamo de Astupido, ou de qualquer outro apelido. Quase não está comendo direito, você esta rejeitando batata, Asta! Isso obviamente não é algo que você, normalmente, faria.

 

 

—...

 

 

— Vai nos contar ou não? Tem haver com alguém?

 

 

—...

 

 

— Há o que foi Asta... 'tá apaixonado né?

 

 

— Quê?!

 

 

— Eu sabia! Eu falei 'pra vocês! 

 

 

— Asta... é.. é verdade?

 

 

— Não! Pelo menos eu acho que não...

 

...

 

— Ok, isso me pegou de surpresa... de tudo que estava na lista, como mais provável de ter acontecido, isso não estava nem perto de ser considerado uma opção. — Vanessa fala e Noelle acente levemente.

 

 

— Não é como se eu realmente estivesse, é apenas... uma suspeita...

 

 

— HÁ! ELE CONFESSOU!! Vamos Noelle, quero meus cem yenes! — Luck comemora.

 

 

— Tcs... idiota — resmunga

 

 

— Quando vocês apostaram? Ah, isso não vem ao caso. Asta, me explica, você realmente tá gostando dessa pessoa? — Vanessa, ainda não acreditando, pergunta.

 

 

— Bem... não, mas... sim?

 

 

— Ah, eu desisto! Assim você não ajuda. 

 

 

— Desculpe, mas eu não sei!

 

 

— ‘’Isso vai demorar.‘’ — Yami diz.

 

 

— Vamos fazer um acordo, você me diz quem é a pessoa, dependendo de quem for você pode, até, ter uma chance! — Noelle fala.

 

 

— Não é tão fácil assim, mas agradeço a ajuda...

 

 

— Ah, deixa de ser egoísta, passamos uma semana tentando te trazer de volta sem nem saber o que você tinha e é assim que agradece?

 

 

— Não é como se eu tivesse pedido...

 

 

— Como é?! Ah se eu te pego seu idiota! — Noelle, praticamente, grita indo em direção do garoto quando é parada ao ouvir ele dar um sussurro inaudível.

 

 

— “” ... Yuno... “”

 

 

— Quê? Fala mais alto, eu não ouvi.

 

 

— Azar o seu então.

 

 

— Alguém me segura...

 

 

— Fala mais uma vez.

 

 

— “” ... Yuno... “”

 

 

— Como? Repet--

 

 

— O YUNO?!! — Luck grita surpreso.

 

 

—...

 

 

— Asta... está apaixonado pelo Yuno? — Magma pergunta.

 

 

— Não! Eu acho...

 

 

 

— Esses adolescentes de hoje.

 

— Fala como se nunca tivesse sido um.

 

 

 

— Asta não pode esconder seus sentimentos do seu príncipe encantado.

 

 

— Mas o quê? CALA A BOCA SEU PROGETO DE ANÃO!

 

 

— OLHA QUEM FALA, JUSTO QUEM MEDE UM E CINQUENTA E CINCO DE ALTURA!

 

 

— DESCULPE SENHOR POSTE!

 

— SOU MAIS ALTO QUE VOCÊ!

 

— OE SEUS BRUTOS! DA 'PRA PARAR DE GRITAR! ESTAMOS TENTANDO DIGERIR A INFORMAÇÃO AQUI!!

 

 

— Não é lá grande coisa.

 

 

— Quanto exagero, deixa o garoto se apaixonar pelo irmão... dele... ok, pensando melhor isso ficou estranho...

 

 

— Ih Asta, 'cê deu uma bola fora em.

 

 

— Não é como se fossemos de sangue, é apenas de criação... não é errado... é?

 

 

— Hum... depende de como o Yuno irá ver essa situação. — Vanessa diz tentando consola-lo passando a palma da mão por seus cabelos.

 

 

— Puf, é como se o Asta tivesse coragem, o suficiente, para contar a ele.

 

 

— Ah, seu curto circuito fajuto!

 

 

— Certo! Vamos ao QG do Alvorecer Dourado, amanhã, e você vai falar com o Yuno! — Noelle fala.

 

— Você tem cada ideia, heim — Luck diz balançando a cabeça, meio que reprovando. 

 

— O QUÊ?!!

 

 

— É isso aí, partiremos amanhã. O capitão Yami irá avisá-los de nossa visita!

 

 

— OE! ME TIRE DESSA PALHAÇADA AÍ!!

 

 

 

—--------------

 

 

 

... O que eu 'tô fazendo aqui?

 

Como eles conseguiram me convencer a vir aqui?

 

Ah! Já sei! Sair de fininho, eu vou sair até dar tempo de ir. Agora a desculpa... o Yuno pode ter saindo em uma missão! Ah como eu sou incrível. A única dificuldade vai ser se eles se encontrarem com o Yuno.

 

 

 

 

— O que foi Astupido? 'Tá pensando em como fugir dessa situação né?

 

 

— Mas o quê? Como você sabe?

 

 

— Na verdade eu não sei, apenas chutei qualquer coisa.

 

 

—... 

 

 

— Quem mandou ser idiota.

 

 

— O que eu faço 'pra sair de fininho?

 

 

— Hum... eu não faço a menor ideia.

 

 

— Valeu a ajuda.

 

 

— De nada.

 

 

 

—--------------

 

 

 

 

— Hãn? Como assim o Yuno está em uma missão? — Vanessa fala desapontada.

 

 

— Ele saiu faz cinco dias e não à previsão de sua volta. Desculpe.

 

 

— Mas... o capitão Yami avisou que iríamos vir... ele avisou, não avisou?

 

 

— Hãn.. sim! E nós avisamos que o senhor Yuno havia saído.

 

 

 

— ‘’ Senhor Yuno? ‘’ — Magma sussurra para Luck.

 

 

— Ele não nos avisou nada disso. Bom, nos desculpe a inconveniência.

 

 

— Se quiserem, podem deixar o recado, avisaremos ao senhor Yuno quando ele voltar.

 

 

— Obrigada, mas é importante... poderia nos avisar quando ele chegar?

 

 

— Sim, claro! Avisaremos assim que ele chegar, fiquem tranquilos.

 

 

— Novamente, obrigada. Vamos pessoal!

 

 

— Você se deu bem Asta.

 

 

— Apenas sou muito sortudo. 

 

 

— Atá bom, irei fingir que acredito.

 

 

— No final, você nem precisou sair de fininho.

 

 

— Ainda bem.

 

 

 

— Asta? O que te trás aqui?

 

 

 

— Mas o quê? — Asta diz sem, ao menos, virar o rosto para encara-lo.

 

 

— Puf, sorte, aham sei.

 

 

— Ah, não é nada de mais não.

 

 

— Ele veio conversar com você! — Noelle diz tentando segurar a risada.

 

 

— Não, não vim!

 

 

— Veio sim!

 

 

— NÃO VIM!

 

 

— VEIO SIM!

 

 

 

— Aí que vergonha. — Vanessa fala cobrindo o rosto.

 

 

 

— VEIO SIM!!

 

 

— Tá, mas você veio, ou não? — o moreno pergunta confuso.

 

 

— NÃO!

 

 

— VEIO SIM! NÃO ADIANTA MENTIR! — dessa vez quem grita é Luck.

 

 

— 'TÁ ME CHAMANDO DE MENTIROSO SENHOR SUPER CHOQUE!!

 

 

— SEM MAGIA MANÍACO!!

 

 

— REPETE!!

 

 

— S! E! M!  M! A! G! I! A!  M! A! N! I! O! C! O!

 

 

— AH COMO EU VOU TE ESMURRAR!!

 

 

— JÁ CHEGA VOCÊS DOIS! Asta vai conversar com o Yuno. Você, Luck, pega seu rumo.

 

 

— Se eu não for?

 

 

— Leva tapa, eai, o que vai escolher? — Noelle disse, já sem paciência.

 

 

— ‘’ Droga ‘’.

 

 

— Querem que eu vá junto? — Mimosa pergunta gentilmente virando o centro das atenções já que, até agora, ninguém havia percebido que ela estava alí.

 

 

— Por mim tudo bem. — Yuno diz sem se importar com os olhares meio tortos que recebeu. 

 

 

— Não! Mimosa... a Noelle quer falar com você!

 

 

— Hãn... sério? — pergunta, confusa.

 

 

— É, é sim.

 

 

— E onde ela está? 

 

 

— Vem, nós te levamos. Boa sorte Asta! — Vanessa deseja, já se retirando do local.

 

 

— Puf, é Asta, boa sorte.

 

 

— Sobre o que quer falar, Asta?

 

 

— Hum, não aqui.

 

 

— Onde então?

 

 

— Ah eu 'vô lá saber? 

 

 

— Você adora complicar as coisas né.

 

 

 

—--------------

 

 

 

 

— Certo, ahm... promete não ficar... 

 

 

— Não ficar...?

 

 

— Estranho. Ahm...

 

 

— Continue, Asta. Não tenho o dia todo, acabei de voltar de uma missão, estou exausto.

 

 

—...

 

 

— Asta...? Vamos, me conte...

 

 

—...

 

 

— Asta me fale logo, ou irei embora...

 

 

— Bom... 

 

 

— Por qual razão está envergonhado? Você, normalmente, estaria gritando.

 

 

— É que... eu... ahm... como é difícil...

 

 

— Difícil o quê?

 

 

— Me declarar oras, o que mais seria?

 

 

—...

 

 

— Ahn... bom, Yuno eu... ahn, gosto de você?

 

 

— Asta...

 

 

— Calma, não ficou do jeito que eu queria, pêra...

 

 

— Asta.

 

 

— Yuno eu estou apaixonado por você? 

 

 

— Asta!

 

 

— Yuno espera... assim... Yuno eu quero ficar com você e demonstrar o meu amor por ti... só... só não sei como...

 

 

— Ei, Asta!

 

 

— O que foi? — pergunta confuso e completamente atrapalhado. Parecia procurar as palavras certas ficando ainda mais confuso.

 

 

—  Asta pare de brincar. Olha eu estou realmente muito cansado, então, chega de brincadeira e me fale o real motivo de ter vindo aqui!

 

 

— Tenho cara de mentiroso por acasa?

 

 

— Tem!

 

 

— Como eu me apaixonei por você?

 

 

— Por que está dizendo isso? Essa brincadeira foi longe demais.

 

 

— Mas não é brincadeira. Mais não é possível, até de uma declaração você desconfia, credo. Bom, saiba que não estou zuando com a sua cara.

 

 

—...

 

 

— O que foi Yuno? 

 

 

— Eu... preciso dormir. Desculpa, Asta. Depois eu te... respondo... ok?

 

 

— Yuno... ahn... você 'tá bem? 

 

 

— Estou... eu só, preciso descansar.

 

 

— Ahm... certo... tchau?

 

 

—...

 

 

 

 

—--------------

 

 

 

 

— ASTA!! COMO FOI?!

 

 

— Foi normal... bem, nem tanto.

 

 

— Como assim “ nem tanto ”?

 

 

— Bom, eu contei, mas ele ficou estranho.

 

 

— Não pode ser tão confuso assim... é?

 

 

— Sério isso? Você que está vivendo a situação na pele e não sabe a profundidade que é? Que imbecil.

 

 

— Oe! Da 'pra parar. Asta você sabe como o Yuno estava?

 

 

— Pálido... e 'tava suando frio também.

 

 

— Pra mim ele ficou com medo. Afinal, não é todo dia que recebemos uma declaração de amor.

 

 

— Mas do jeito que ele é, capaz de receber todos os dias sim.

 

 

— Bom, ele pode ter ficado nervoso... 

 

 

— Ele acabou de voltar de cinco dias em uma missão, obviamente ele ia ficar cansado. 

 

 

— Cadê a Noelle?

 

 

— Hãn? Ah! Ela 'tá conversando com a Mimosa até agora?

 

 

— Ih, sei não em...

 

 

— Silêncio, Lucky block.

 

 

— Ora seu!

 

 

 

 

—--------------

 

 

 

 

— Oe, Asta. O que foi? Você se declarou 'pro Yuno, certo. Então por que está assim?

 

 

— Nhu... não é nada...

 

 

— Aham, e eu sou da realeza. Agora me fala Astupido. Anda!

 

 

— Não é nada, apenas estou preocupado com o Yuno. Ele estava bem estranho.

 

 

— Deve ter sido apenas o calor do momento. Logo a ficha cai e ele te dará uma resposta digna.

 

 

— Noelle?

 

 

— Diga.

 

 

—... 'Tá com febre?

 

 

—Ai seu ignorante. Eu aqui, tentando te ajudar e você fazendo brincadeiras.

 

 

— Desculpe.

 

 

 

—--------------

 

 

 

Fazem duas semanas que eu me confessei a ele. Sem cartas, ligações ou algo do tipo. Não falo com ele dês de aquela vez. Parece que está me ignorando, mas, sendo sincero, eu prefiro assim, seria um pouco – lê-se bocado – vergonhoso.

 

 

— Ah qual foi, Asta? Vamos vai! Vai ser legal! — Luck começa.

 

 

— Não vai ser legal.

 

 

— Asta o que que adianta ficar trancado em um quarto esperando uma resposta que você espera a... uma, duas, três... a três semanas? — o loiro finge contar os dedos, mesmo sabendo a resposta, não poderia deixar a chance passar. Teria de zoar a situação, vai ver a deixava menos tensa.

 

 

— É duas, seu bocó.

 

 

— É, é, duas. O que adianta?

 

 

— Vou me encontrar com ele lá, e se ele não me respondeu em duas semanas isso significa que ele não quer me ver, ou seja. Ele não gosta de mim! — o garoto diz olhando para o nada.

 

 

— Isso só tem lógica na sua cabeça de girico, Asta.

 

 

— Você está com inveja da minha inteligência que eu sei.

 

 

— Não importa, você vai sim e ponto final.

 

 

— Não 'vô não!

 

 

— Vai si--

 

 

— OE, ASTA!! CHE-- CHEGOU UMA--- CHEGOU UMA CARTA-- aí, perai que eu não consigo respirar... — Charmy chega, correndo e eufórica.

 

 

— Se acalme, ok, Charmy- senpai? O que chegou 'pra ele

 

 

— Uma car-- ta do Yuno, aí meu pulmão. — dizia tentando puxar ar.

 

 

— Uma carta duas semanas depois do ocorrido...? Sei não em Asta, acho que ele vai debochar do seu belo amor.

 

 

— Nada haver!

 

 

— Querido, Asta. Agradeço o seu amor, mas sou uma pessoa muito disputada entre às mais belas garotas da capital. Com amor, seu querido irmão, Yuno. (Ps: Se poder me esquecer, não falar e não olhar mais na minha cara, irei agradecer eternamente.)

 

 

— Trovão quebrado não fala assim.

 

 

— VOCÊ ME CHAMOU DE QUÊ?!

 

 

— TROVÃO QUEBRADO. POR QUÊ?

 

 

— FAÇA O QUE QUISER POSTE AMBULANTE!

 

 

— DÁ PRA VOCÊS PARAREM POR PELO MENOS DOIS MINUTOS?! Toma Asta lê aí. Vem Luck, vamos deixar ele sozinho. Caso queira ir conosco, Asta. Estaremos esperando na porta principal, mas por apenas quinze minutos, nem mais e nem menos. Entendido?

 

 

— Certo.

 

 

— Ótimo, vamos indo.

 

 

—-

 

 

Olá, Asta. Como está indo? Não sou muito bom em fazer cartas, principalmente esse tipo, mil desculpas. Desculpe também a forma em que agi quando conversou comigo. Estava cansado, por causa da missão, e sua declaração foi algo que me deixou nervoso e em choque. Gostei de saber que gostava de mim, sempre pensei que fosse a irmã Lily, afinal, você deixava claro que amava ela. Talvez você esteja apenas confuso, as missões são desgastante, sei disso, então você deve ter misturado as coisas, mas por favor não ache que estou recusando seu amor pelo, ao contrário, estou os aceitando. Mas bom, escrever tudo que eu quero em apenas uma carta será difícil; por isso quero que venha me ver. 

 

 

Ok, isso me pegou de surpresa...

Bom se ele quer me ver, apenas, vamos.

 

 

— Chegou a margarida. — Luck diz.

 

— Então você resolveu ir? 

 

— O que 'tá escrito na carta, Asta?

 

 

— Ele te rejeitou não foi?

 

 

— Tadinho, vem cá que eu irei fazer a sua comida favorita, certo?

 

 

— Ahn... bom... ér...

 

— Uma pergunta de cada vez, vamos lá. Você vai ir com a gente, Asta? — Vanessa pergunta.

 

— Ahn... sim!

 

— O que está escrito na carta? — dessa vez é Noelle.

 

— Nada de mais.

 

— Ele te rejeitou né? É por isso que está indo na festa, acertei não acertei? — por fim, Magma.

 

— Bom, não, ele não e rejeitou. E eu não estou indo pra festa por isso, e sim porquê ele quer me ver.

 

 

— Ah, mas você ainda quer que eu faça a sua comida favorita, certo?

 

 

— Não, obrigado.

 

 

— Como? Eu ouvi certo? O Asta? Recusando comida? E a favorita dele? Que a terceira Guerra mundial se inicie! — Noelle provoca.

 

— Puf, não é 'pra tanto!

 

— Certo, vamos logo porque o Asta tem um assunto a se tratar.

 

 

 

 

—--------------

 

 

 

 

— Sorte aí, Asta!

 

— Boa sorte, Astupido!

 

 

— Certo, certo... obrigado... eu vou precisar.

 

 

 

 

—--------------

 

 

 

 

— Oe, Asta. Que bom que veio, você não veio me ver antes, então já estava desistindo.

 

 

— Bom, você só me mandou a carta agora, então estamos quites.

 

 

— Bem, na verdade, eu já tinha te mandado a carta a muito tempo...

 

 

— Eu recebi apenas hoje... estranho. Mas sobre o que você quer falar comigo que não dá por carta?

 

 

—... Você... tem certeza que gosta de mim e que não está confundindo?

 

 

— Você fala como se eu não fosse capaz de diferenciar amor e carinho por inspiração e curiosidade.

 

 

— São coisas bem diferentes, Asta.

 

 

— Por isso.

 

 

— Ahn... bom... 

 

 

— Ah! Falando nisso! Cadê a ervilha de asa?

 

 

— A Bell? Por que quer saber?

 

 

— Do jeito que ela é enxerida, já deve saber da minha declaração, certo?

 

 

— É... bem... quase. Ela não sabe quem é. 

 

 

— Ufa, isso é uma alívio. Se ela soubesse certeza que todos do Alvorecer Dourado saberiam também.

 

 

— É, saberiam... o que eu faço com ela?

 

 

— A ervilha é sua! Você resolve!

 

 

— Gosto de ervilha...

 

 

— Poderia reformular a frase... ficou estranha...?

 

 

— Ou... bom, ahn... eu gosto dela... mesmo sendo incoveniente em boa parte do tempo.

 

 

— Bom, você falou, falou, falou, mas não falou nada. Por que quer me ver?

 

 

— Aé... bem, é mais 'pra dizer que eu gosto de você também.

 

 

— Era, apenas isso?

 

 

— Ahn... sim...

 

 

— Sabe que eu poderia estar descansando agora né? 

 

 

— A sua rotina não é nada, nada arrumada, não faço a menor ideia do que você estaria fazendo agora.

 

 

— Bom, dormindo, comendo ou treinando.

 

 

— Hum, mesmo assim, era apenas isso. Pode ir embora agora.

 

 

—... Esperei duas semanas, para isso? 

 

 

— Não é como se eu tivesse pedido para você esperar. A culpa é da carta que chegou atrasada.

 

 

— Hunf. Bom, eu vou comer.

 

 

— Me diga uma coisa, sem ser dormir, treinar ou comer, que você faz durante o seu dia?

 

 

— Ahn... bom... uma pergunta difícil.

 

 

...

 

 

— Asta.

 

 

— Oi?

 

 

— Bom... correspondemos o amor um do outro, certo?

 

 

— Bem, sim.

 

 

— Então, o que somos agora?

 

 

— Ah... sei lá, você que é o disputado da relação, você deveria saber.

 

 

— Você fala como seu eu tivesse tempo 'pra corresponder os sentimentos de pessoas que eu nem conheço.

 

 

— Hum... eu acho que somos... ahn... estamos... namorando?

 

 

— Não acho que seria tão fácil assim, Asta. Você vivia pedindo a irmã Lily em casamento, como não sabe o que é considerado o nosso “ relacionamento ”?

 

 

— Eu pulava o namoro, ou qualquer outra coisa que existe, eu só queria me casar com ela logo...

 

 

— Credo Asta, assim parece que você é um abusador ou algo do tipo.

 

 

— Você entendeu o que eu quis dizer.

 

 

— É, certo, mas o que somos?

 

 

— Ahn... esquece isso e só me pede logo em namoro 'pra acabar logo com tudo isso!

 

 

— Ahn... certo, bom... Asta você aceita ser o meu... namorado?

 

 

— Nhe... não foi tão impactante assim. Yuno, você aceita ser meu namorado e aceita dividir suas batatas comigo?

 

 

— Asta, batatas não é tudo sabia?

 

 

— Sim, sim, mas iai, aceita ou não?

 

 

— Aceito, Asta, aceito.

 

 

— Certo, então agora somos namorados... certo?

 

 

— É, bem isso aí mesmo.

 

 

— Tá, mas o que faremos agora?

 

 

— Eu vou saber? Ahn... pensa em algo.

 

 

—... Alianças? 

 

 

— Não estou com dinheiro agora.

 

 

— Dividir as batatas?

 

 

— Não agora Asta. Mais tarde pode ser?

 

 

— Hum... ah, claro!

 

 

— O quê?

 

 

— Temos que nos beijar.

 

 

— Todo esse escândalo por isso?

 

 

— Vai me beijar ou não?

 

 

— Hum. Não.

 

 

— O quê?! Ah Yuno! Por quê?

 

 

— Por que não, seria uma resposta para você?

 

 

— Não!

 

 

— Então não tenho outra mais convincente.

 

 

— Yuno...!!

 

 

 

 

 

                             (Bônus)

— Certo, ahn... só não bata seus dentes nos meus viu? — Pergunta Yuno, com o rosto rubro, mas com sua expressão calma de sempre.

 

 

— Certo! — Respondo com ansiedade transparecendo no tom de voz usado para confirmar sua pergunta.

 

 

‘ Não é como se eu estivesse esperando, mas também, não é como se eu não estivesse esperando. Eu sabia que ele ia me beijar, mas não agora, logo após fechar a boca. ’

 

Não é um beijo, é apenas um selinho, um escostar de lábios 'pra ser mais exato. Meu nervosismo é transparente, meus lábios tremem e minhas pernas estão bambas – tenho certeza que se o Yuno não estivesse me segurando, iria cair. 

 

Yuno descola – se é que podemos usar essa palavra – nossos lábios. Logo após ele quebra o silêncio, começando a falar:

 

— Asta, tente se acalmar, ok? — Ele fala.

 

‘ Como se fosse fácil né? ’

 

— Vamos fazer o seguinte, você abri a boca e eu comando pode ser?

 

Nada digo, apenas um acenar, correspondente a “ sim ” , usando a cabeça. 

 

— Olha não precisa ficar com vergonha, é o meu primeiro beijo também. — Ele fala, na tentativa de me acalmar.

 

 

A voz de Yuno é calma e aconchegante, me passa uma segurança que chega a ser impossível se pôr em palavras. Talvez seja por isso que eu adoro a companhia dele, mesmo que seja apenas para ficarmos brigando ou competindo 'pra ver que é melhor em fazer tal coisa. 

 

 

— Certo. — Digo tentando passar o mesmo nível de confiança que ele me passou na tentativa de me acalmar. 

 

 

Inspiro fundo, puxando todo ar que consigo, e, depois, expiro todo ar que puxei, ou pelo menos boa parte, abrindo a boca seguidamente. Abro-a de leve, nem muito aberta, mas também nem muito fechada, o suficiente para deixá-lo entrar e se aprofundar.

 

 

E é justamente isso que ele faz logo em seguida. Sinto meu rosto ficar mais quente e meus pelos se eriçarem, apenas com o encostar de sua língua em meus lábios. 

 

 

Após por sua língua em toda a extensão, ou pelo menos quase toda, de minha boca, ele toca seus lábios aos meus. 

 

Aceno novamente, o mostrando que permito sua próxima exploração, em um lugar e que ele nunca explorou. 

 

 

Sempre de olhos fechados – bem fechados na verdade – coragem é o que me falta para abrir os olhos e o encarar. Só em pensar que suas orbes douradas estão a me olhar nesse momento, sinto coisas que são totalmente desconhecidos por mim. 

 

 

Sua língua explora minha boca com vastidão, ele a explora como se fosse a última coisa que fará em toda a sua vida. É realmente maravilhoso. A cada lugar em que ele passa, eu me arrepio mais e mais. É realmente Incrível.

 

 

Sentindo sua língua tocar desajeitadamente a minha, entendo o que ele quer dizer. Certo Yuno. Levantando nervosamente a minha língua, toco a sua por acidente, mas um acidente bom. Continuo a tocar a mesma com a minha. Tocando cada vez mais seus lábios aos meus, que começavam a ficar menos trêmulos que antes.

 

Percebendo que a falta de ar nos fez presente, paramos o beijo para repor o ar e aproveitamos para nos olhar. Uma bela visão.

 

Yuno tinha suas pupilas, levemente, dilatadas; sua boca estava entreaberta para conseguir respirar melhor; seu peito descia e subia rápido, mas nem tanto, tentando ao máximo puxar ar para “ reabastece-los ”. Não demorou muito para voltar-mos a nos beijar, só que dessa vez, menos delicado que dá última.

 

 

 

Seus lábios realmente são da maneira em que eu imaginei.


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Notas finais do capítulo

Olá, q bom q vc leu até aqui. Eu realmente escrevi mt coisa né? O pior nem é eu ter escrito isso tudo de coisa, o pior é eu ter escrito tudo isso e ter ficado confuso. Desculpe, realmente não foi pq eu quis é q na minha cabeça a ideia era fantástica.

Obg por ter lido essa história até aqui e bye, bye!


(Aceito críticas, elogios e qlqr outra coisa q me faça melhorar nas coisas em q escrevo)

(Espero q, pelo menos, o beijo não tenha ficado tão confuso kk-)



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