Imperdoável escrita por Siaht


Capítulo 1
U: Imperdoável


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas lindas!
Tudo bem com vocês?
Bom, estou aqui com mais uma história para esse mês sobre a família Black. Essa é bem curtinha, mas espero que gostem! ♥



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{imperdoável}

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Amor. Substantivo masculino.

1. Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atração; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa

2. Sentimento intenso de atração entre duas pessoas.

3. Ligação afetiva com outrem.

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Era uma vez três irmãs que viajavam solitárias pela estrada tortuosa que era a vida. Três irmãs amaldiçoadas e que carregavam consigo o peso de anátemas imperdoáveis. A mais velha delas recebera o nome de uma estrela, mas possuía um coração tão sombrio quanto o sobrenome que carregava. Bellatrix Black nascera distorcida. Moldada para o mal e para a perversão. Havia algo errado dentro dela. Solo putrefato que impedia o florescimento de tudo o que fosse bom ou puro.

A primogênita era uma criatura maldita e, assim sendo, nunca fora capaz de amar outro ser vivo. Família, amigos, animais... nada era capaz de tocar seu coração de pedra. Todo seu amor – ou o mais perto disso que ela conseguira chegar – fora dedicado a uma causa. Uma causa tão nefasta quanto a própria moça. Uma causa que aniquilaria sua vida e destruiria sua mente. Uma causa que não fizera nada além de espalhar dor e sofrimento. Para Bellatrix, o amor fora fanatismo e insanidade. Fora Cruciatus. A maldição da tortura. A maldição da loucura.

A mais jovem das irmãs era também a mais bela e, ao desabrochar, recebera um nome de flor. Narcisa Black tinha um cadeado em seu coração. Ao contrário da mais velha, a caçula sabia que não fora feita de pedras rudes. Havia suavidade em seu espírito. Uma suavidade que, quando cativada, podia se tornar perigosa. Ela não amava com facilidade – suas barreiras estrategicamente colocadas funcionavam, afinal – e dificilmente amaria alguém com quem não compartilhasse o reflexo. Ainda assim, quando o sentimento conseguia penetrar por suas trincheiras, chegava até ela de forma pura e sincera. Abnegada e devotada.

Amar sempre seria sua maior fraqueza, a forçando a aceitar o inaceitável e a fazer o impensável. A forçando a engolir o próprio orgulho, a mentir para Lordes, a arriscar a própria vida. Não por si mesma, mas pelo objeto de seu afeto. Para Narcisa, o amor fora perda de controle e de autonomia. Fora Imperius, a maldição da coerção.

A irmã do meio era também a mais intensa. Aquela que, ao contrário das outras  duas, tinha fogo correndo por suas veias. Havia recebido o nome de uma constelação e era tão caótica, intensa e viva como tal. Um amontoado de estrelas, nebulosas, poeira e gás. Gigante. Brilhante. Cósmica. Uma galáxia espiral que tão bem representava o vórtice enérgico e luminosos que a garota sempre possuirá dentro de si.

Todos os sentimentos de Andrômeda Black eram galácticos. Intensos. Flamejantes como o fogo de mil estrelas. O amor não poderia ser diferente. Ela amava com fervor e ferocidade, indo até às últimas consequências, transformando seus sentimentos em chamas que incendiariam o mundo inteiro. Um fogo capaz de consumir árvores genealógicas, laços sanguíneos e dinastias ancestrais. Para Andrômeda, o amor fora renascimento após uma longa morte. Fora assassinar Andrômeda Black para que Adrômeda Tonks pudesse emergir de suas cinzas. Fora o cadáver da vida que deixara para trás. Avada Kedavra, a maldição da destruição completa. A maldição da morte.


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Notas finais do capítulo

Eu estava com vontade de escrever isso há séculos e o July Black pareceu a oportunidade perfeita. É algo bem curtinho e reflexivo, mas espero que tenham gostado! ♥
Beijinhos,
Thaís



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