40 Dias escrita por Saori


Capítulo 1
Todo azar é pouco.


Notas iniciais do capítulo

Oi, amores! Eis aqui a minha contribuição para o Junho Scorose. Quero dizer que estou muito feliz de compartilhar essa história com vocês e que está sendo muito divertido escrevê-la.

Bom, não sei se leram o disclaimer, mas, caso não tenham lido, eu fiz uma playlist pra essa fic. Aqui está o link: https://open.spotify.com/playlist/1V6nPCB0AiucOxo0XSKkHN?si=GZwQNdAQRCSDPTvPXn31VQ&nd=1

Como agradecimento especial, quero deixar aqui o meu "obrigada" para a Felina, que me ajudou a betar a fanfic e aturou os meus surtos.

Agora, devo dizer que estou muito feliz de participar novamente do Junho Scorose, tenho um carinho enorme por esse mês. Enfim, façam uma boa leitura e espero que gostem. ♥



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Existiam pessoas azaradas no mundo. E então, existia eu. Uma categoria específica de azar que incluía unicamente a minha pessoa. Eu não deveria odiar tanto isso, na verdade, eu deveria agradecer ao universo por criar algo tão especial só para mim, mesmo que fosse ruim. Isso significava que eu tinha alguma relevância no mundo, seja lá qual fosse.

Era a primeira vez que eu estava fora da Inglaterra, e eu sempre quis fazer isso. Eu sempre quis viajar o mundo. Sempre que me perguntavam qual era o meu sonho, essa era, e sempre fora, a minha única resposta. Eu queria conhecer quantos lugares pudesse; explorar novas culturas e enfrentar novas aventuras. Porque eu sempre fui assim, desprendida, independente e sonhadora. Confesso que eram coisas que eu admirava em mim mesma. E eu estava feliz por estar tendo a oportunidade de realizar um pouco do meu sonho.

Eu estava na França. Não era tão longe de casa, mas era o mais distante que eu conseguia ir naquele momento, e estava ótimo. Eu nunca imaginei que, um dia, eu conheceria, de fato, a torre Eiffel. Afinal, não era como se eu colhesse dinheiro em árvores, então, por muito tempo, eu me limitei apenas a sonhar.

Seria uma viagem de dez dias, e estava absolutamente tudo perfeito. Até exatos sete dias atrás, quando um vírus insano invadiu a Europa sem qualquer aviso prévio, e transformou a minha viagem, que era um sonho, em um pesadelo. E então, de uma hora para a outra, todas as fronteiras se fecharam, e eu estava presa em um lugar que não era o meu país, sem a minha família e quase sem dinheiro. Ah, e, acima de tudo, sem qualquer possibilidade de fuga.

Como se não bastasse isso para me desesperar, a minha estadia no hotel acabava no dia seguinte, e eu, definitivamente, não tinha como pagar por mais dias, porque ou eu me alimentava ou eu pagava pelo hotel. Então, sim, eu estava em pânico. Um pavor que eu nunca senti na minha vida.

As pessoas falavam sobre quarentena nos jornais e nas ruas, mas como diabos eu ficaria em um país que não é a minha casa, sozinha, sem ajuda e sem muito dinheiro? Por que o mundo tinha acabar quando eu estava realizando o meu grande sonho? Será que não poderia ser em outro momento?

Eu posso estar parecendo uma grande insensível agora, mas a verdade era que eu estava de mãos atadas, sem ter ideia do que fazer ou para onde correr. Na verdade, não havia para onde ir, eu estava completamente perdida.

Despertei dos meus devaneios quando escutei o som característico das notificações do meu celular e percebi a tela clarear. Era uma mensagem de Albus, um dos meus primos mais próximos e quase o meu melhor amigo, porque ele nunca ouviria isso sair da minha boca. Eu estava aflita e ansiosa, a ponto das minhas mãos tremerem quando peguei o aparelho.

Na noite anterior, eu passei exatamente uma hora e dezessete minutos choramingando e esperneando com o meu primo no telefone, até que ele disse que havia tido uma excelente ideia, mas que não me diria até ter certeza de que daria realmente certo. Eu insisti de todas as maneiras possíveis para que ele me contasse qual havia sido a ideia brilhante que passara pela mente dele, mas, mesmo assim, ele não disse uma palavra. E eu aceitei, porque aquilo era melhor do que nada, e Albus era quase tão teimoso quanto eu, por isso, eu sabia que, mesmo que eu implorasse e ajoelhasse na frente dele por meio de uma videoconferência, o meu primo se negaria a me contar qualquer coisa.

“O meu plano deu certo.”

Era o que a mensagem dizia e, pela primeira vez nos últimos dois dias, eu sorri. Estava completamente aliviada, mesmo que não soubesse qual era a solução que ele me arranjara. Enfim, qualquer coisa seria melhor do que ter que dormir nas ruas parisienses morrendo de frio.

Eu: “Muito obrigada, panaca. Te devo uma. Agora, me conte, o que é?”

Albus: “Sem essa de panaca.”

Albus: “Hum... Eu preciso mesmo te contar? Você não quer só... descobrir?”

Eu estremeci ao ler aquela mensagem, porque a intenção do Potter era clara: ele queria esconder algo de mim, mesmo sabendo que eu detestava omissões.

Eu: “Desembucha. Rápido.”

Albus: “Uh... ok...”

E ele ficou digitando pelo que pareceram uns cinco minutos. Eu já estava a ponto de roer as minhas unhas, de tão ansiosa que me encontrava. Será que ele não compreendia a situação em que eu estava?

Albus: “Ok, lá vai, de uma vez só, acho que vai ser mais... indolor? Enfim, você se lembra do Malfoy? Digo, Scorpius Malfoy? Então, ele se mudou para França há algum tempo e... Bem, ele é a única pessoa que eu conheço que mora aí. Eu pedi para que ele te abrigasse, e ele aceitou.”

Eu congelei. Porque se havia algo que era pior do que dormir nas ruas francesas, era ter que conviver com Scorpius Malfoy. Encarei aquela mensagem por longos segundos, enquanto um filme se passava pela minha cabeça.

Honestamente, aquela ideia não me agradava nem um pouco. Albus e Scorpius eram melhores amigos de infância. Daqueles inseparáveis, que todas as vezes que alguém via um deles sozinho, estranhava, porque andavam sempre juntos. Por isso, eu convivi com Scorpius durante uma boa parte da minha vida, mas não foi uma dinâmica muito agradável. A verdade era que não nos dávamos bem. Nem um pouco. Albus, mais do que ninguém, sabia disso, porque era quem mais sofria com as nossas implicâncias mútuas, e era sempre ele quem tentava apaziguar as situações.

Engoli seco ao reler a mensagem e senti meu corpo tenso. Céus, por que raios Scorpius Hyperion Malfoy me abrigaria em sua casa? Primeiro, ele não me suportava. Segundo, eu não o suportava. E, terceiro, nós não suportávamos um ao outro. Nada, absolutamente nada, fazia sentido naquela mensagem enviada por Albus. Por isso, eu gargalhei, como se fosse uma piada e, por fim, respondi sua mensagem.

Eu: “HAHAHA, muito engraçado, Albus!! Agora, diga a verdade.”

Albus: “Você sabe que eu sei, melhor do que ninguém, que vocês não se dão bem, mas essa é a única alternativa, Rose. Não seja cabeça dura.”

Li e reli aquelas palavras três vezes e esperei para ver se ele diria alguma coisa, mas nenhuma mensagem chegou.

Eu: “Albus, não, eu não posso. Quero dizer, eu não vou suportar.”

Albus: “Rose, é sério, não é como se você tivesse outras alternativas.”

Eu: “Ah... E quanto à família da tia Fleur?”

Albus: “Você sabe muito bem que estão todos na Inglaterra.”

Eu: “Albus, por que diabos o Malfoy iria me querer por perto? Ele me odeia.”

Albus: “Querer não é a palavra certa, mas ele não queria negar um favor ao seu melhor amigo.”

Albus: “Vamos lá, Rose, não é como se você tivesse outra opção. Pela primeira vez na vida, não seja durona.”

Eu respirei fundo e passei as mãos pelos meus fios de cabelo bagunçados e naturalmente encaracolados. Droga. Foi o primeiro pensamento que surgiu na minha mente, porque, no fundo, eu sabia que meu primo estava certo. Eu queria gritar feito uma criança, fazer pirraça e dizer que não faria aquilo sob circunstância nenhuma, mas eu estava arruinada. Talvez fosse isso. Talvez Scorpius Malfoy, aquele ser das trevas, estivesse apenas com pena de sua maior arquirrival. Naquele momento, eu precisava deixar o meu orgulho de lado, porque eu não tinha qualquer alternativa. Suspirei e, por fim, dei o meu veredito.

Eu: “Ok.”

Albus: “Ótimo. Ele disse que passará no seu hotel amanhã, uma hora da tarde. Vai te ajudar a pegar as malas.”

Eu: “Eu não preciso disso.”

Albus: “Sim, você precisa. Não é um ato de caridade, é um favor que Scorpius está fazendo a mim, certo? Eu já o livrei de muitas encrencas, então ele me deve muito. Não fique preocupada com isso. Apenas arrume as suas malas e esteja pronta no horário amanhã.”

Eu: “Certo. Obrigada, Albus.”

Albus: “Por nada, agora vá dormir.”

Eu: “Boa noite.”

Albus: “Boa noite.”

Bloqueei o meu celular, coloquei-o sobre a mesa de canto e joguei o meu corpo sobre o colchão macio. Deitada sobre a cama, tentando relaxar, eu suspirei, pensando sobre como havia chegado àquela situação. Não havia resposta correta para o meu questionamento, mas, definitivamente, a sorte não estava ao meu lado. Nunca esteve.

Deitada ali, permitindo que aqueles pensamentos incoerentes rodeassem a minha mente, eu adormeci.

 

...

 

 Passei a manhã toda arrumando as minhas malas e talvez fosse por isso que as horas tivessem passado tão rápido. Quando me dei conta, já era quase uma da tarde e, felizmente, já estava com tudo pronto. Exceto pela minha ansiedade esquisita em reencontrar o Malfoy depois de anos. Eu nunca estaria pronta para isso. Na verdade, até umas catorze horas atrás, eu sequer imaginaria isso.

Assustei-me quando o meu celular vibrou, era uma hora em ponto. Havia uma mensagem de um número desconhecido, que abri rapidamente, como a boa curiosa que era.

Desconhecido: “Estou aqui embaixo. Já está pronta?”

Eu: “Malfoy?”

Desconhecido: “Não, o papai Noel. Feliz Natal, Rosie.”

Desgraçado. Isso porque ainda nem havíamos nos encontrado pessoalmente ainda. Às vezes, eu tinha vontade de dar uma surra nele por ser tão chato.

Eu: “Ha ha ha, estou morrendo de rir.”

Desconhecido: “Eu não tenho o dia todo, sabia?”

Eu: “Descendo.”

Guardei o meu celular na bolsa lateral que estava usando, peguei as minhas malas e desci para o saguão do hotel, onde entreguei as chaves e fiz o check-out. Assim que terminei os procedimentos, fui para a frente do hotel, onde encontrava-se um Audi preto estacionado. Não sei exatamente o porquê, mas eu tive certeza que aquele era o carro do Malfoy. Não estava errada.

Ele abaixou uma das janelas, revelando o rosto que eu não via há anos. A verdade era que ele não havia mudado tanto. Eu podia odiar Scorpius Malfoy com todo o meu ser, mas jamais seria capaz de negar a sua beleza. Ele tinha os cabelos loiros razoavelmente compridos. Mais longos do que da última vez que eu o vira. Seus olhos eram cinzentos e profundos como sempre. O rosto parecia milimetricamente planejado, como se cada um dos seus elementos tivesse sido criados para se alinharem um ao outro, em uma face quase simétrica. Agora, suas feições eram bem mais maduras do que eu me recordava.

— Não vai colocar as malas no porta-malas, Weasley? — indagou, como se estivesse apressado.

Eu bufei. Mal havia aberto a boca, mas como era chato.

— Se você puder abrir — pedi, tentando, no mínimo, parecer educada.

Afinal, ele estava me concedendo um favor, e minha mãe sempre me ensinou que ter educação é algo importante.

— Obrigada — falei, assim que ouvi o som do porta-malas destrancando.

Retornei para a parte traseira do carro e coloquei as minhas duas malas no compartimento. Em seguida, fui até a porta do banco do carona; abri e sentei-me bem ao lado dele, sem dizer uma única palavra.

Por um instante, ele também não disse nada, apenas olhou para mim, como se estivesse fazendo uma análise. Eu não o culpei, porque há segundos atrás eu estava fazendo o mesmo com ele, e era algo perfeitamente normal de se fazer quando não se via alguém há muito tempo. Erro meu não tê-lo julgado, porque seu comentário foi o suficiente para me irritar.

— Você não mudou nada, não é? — perguntou retoricamente. — Continua a mesma tampinha de oito anos atrás.

Eu odiava, simplesmente odiava, quando ele me chamava de tampinha. Eu não era alta, mas isso não vinha ao caso. Scorpius Malfoy conseguiu me tirar do sério em menos de dois minutos de conversa. Talvez fosse o nosso tempo recorde. Sob outras circunstâncias, eu discutiria, gritaria e faria um escarcéu, mas eu não podia, porque se ele decidisse não dividir seu teto comigo, então eu não teria onde morar nos próximos dias. Droga, aquele maldito estava com sorte. Optei por um suspiro demorado, que o fez arquear as sobrancelhas enquanto saía com o carro. No entanto, eu não resisti.

— Você não mudou nada, não é? — copiei-o. — Continua o mesmo idiota.

Ele franziu o nariz e era como se quisesse dizer algo, mas tivesse optado pelo silêncio. Por isso, eu não disse mais nada e seguimos todo o resto do caminho até a sua casa sem trocar uma única palavra durante uma hora inteira.

Quando passamos pela frente da casa dele, eu arregalei os olhos, mas, felizmente, ele não pareceu perceber, justamente por estar focado na direção. A casa de Scorpius Malfoy dava cerca cinco apartamentos meus. Claro, eu morava em um local pequeno e bem humilde, já Scorpius tinha uma realidade completamente diferente da minha. Sua residência era enorme, tinha um dois andares e, de longe, eu podia ver que o segundo era um terraço exclusivo para ele.

A família dele sempre teve dinheiro, é verdade, mas lembrava-me muito bem de como ele sempre dizia querer conseguir as coisas por seu próprio mérito. Eu não sabia qual era a situação atual em que ele se encontrava, e nunca admitiria, mas aquela era uma das poucas — ou talvez a única — coisas que eu admirava nele.

— Chegamos — falou, despreocupado, assim que estacionou o veículo.

Não senti necessidade de respondê-lo, apenas me levantei, fui até o porta-malas e, com um pouco de dificuldade, retirei as duas bagagens do carro. De canto de olho, eu poderia jurar ver um vestígio de sorriso nos lábios do Malfoy, que não moveu um dedo para me ajudar. Inspire e expire, Rose. Você consegue se manter calma. Repeti mentalmente, como um mantra.

— Você não vem? — perguntou Scorpius, já alguns passos na minha frente.

— Claro — respondi, apressando meu caminhar para alcançá-lo.

Quando Scorpius abriu a porta de entrada da residência, eu ameacei perder o fôlego. Sua casa era absolutamente perfeita. Era como se tudo estivesse encaixado perfeitamente, exatamente onde deveria estar. O misto entre os tons cinza e preto, de algum modo, faziam jus a sua personalidade. Não havia um arranhão na tintura da parede e os móveis pareciam novos. Eu não poderia esperar outra coisa de Scorpius Malfoy, porque ele tinha muitos defeitos, mas sempre fora extremamente organizado e cuidadoso, isso nem mesmo eu era capaz de negar.

Conforme ele andava pelos extensos corredores, eu apenas mantive-me atrás dele, seguindo seus passos em total silêncio, até que, por fim, viramos à direita e ele abriu uma das portas.

— Esse é o seu quarto — proferiu, extremamente calmo.

Aquele cômodo provavelmente era o triplo do quarto do meu quarto. Talvez o quádruplo.

— O meu fica logo ali — Apontou para uma porta um pouco mais à frente, na diagonal de onde estávamos. — Você já viu a sala, bem, a cozinha fica para a esquerda. — Apontou, mais uma vez. — Precisa de alguma coisa?

Perguntei-me umas dez vezes o motivo de ele estar sendo tão solicito. Não era do feitio dele agir assim. Ao menos, não comigo.

— Não, eu acho que vou guardar as minhas coisas agora. — Apontei para o dentro do quarto.

 — Certo — retrucou, sem muita emoção.           

Eu tentei controlar a minha língua, juro que tentei, mas algo dentro de mim falava mais alto. O papai dizia que eu havia puxado a teimosia da mamãe, já meu irmão, Hugo, havia puxado a ele. De certo modo, eu concordava.

— Por que você está fazendo isso? — indaguei, então ele deu meia volta e se virou para mim, com as sobrancelhas arqueadas.

— O que? — perguntou, parecendo completamente inocente.

Eu bufei.

 — Por que você está me deixando ficar aqui?

Por alguns segundos, ele deu de ombros. Até mesmo cheguei a pensar que não iria me responder.

— Porque o Albus pediu — respondeu, sucinto.

Eu contraí levemente as sobrancelhas, em desconfiança.

 — Só por isso? — insisti, ainda desconfiada.

Ele soltou um suspiro de frustração.

 — Não, Rose, esse não é um plano maligno meu para matá-la sem que ninguém perceba, se é o que está querendo me perguntar — disse, como se fosse óbvio.

Confesso que duvidei um pouco de suas palavras.

— Idiota — murmurei baixinho, mas não o suficiente.

— Tampinha — ele retrucou, nada maduro.

— Não me chame assim — pedi, irritada.

— Tampinha — repetiu, como se não tivesse amor à própria vida.

Revirei os olhos, impaciente.

— Mais alguma coisa? — ele perguntou, com seus olhos cinzentos encarando os meus.

Respondi negativamente, movendo minha cabeça de um lado para o outro.

— Ok. Eu vou para o meu quarto, então — começou, mas antes de se retirar, retomou a fala. — Ah, eu tenho duas regras. A primeira: você não entrará no meu quarto ou no meu escritório sob hipótese alguma. A segunda: definitivamente, você não bisbilhotará as minhas coisas. Entendido?

— Entendido — assenti e revirei os olhos. — Como se eu quisesse bisbilhotar qualquer coisa sua.

— Você sempre foi um pouco... — parou, como se estivesse escolhendo uma palavra adequada. — Fofoqueira.

— Não, Malfoy. Eu sou curiosa, não saio espalhando nada por aí, como os fofoqueiros fazem, existe uma grande diferença — expliquei. — Mas fique tranquilo, absolutamente nada sobre você me deixa curiosa. Você é o cara mais desinteressante do mundo.

— Tanto faz — ignorou qualquer um dos meus insultos. — Sendo assim, acho que não teremos problemas. Vou estar no meu quarto, se precisar de qualquer coisa, tampinha.

— Rose — corrigi.

— Tampinha — ele reforçou.

Pela milésima vez naquele dia, eu revirei os olhos. Só havia uma coisa pior do que enfrentar o que parecia o fim do mundo. Enfrentar o fim do mundo ao lado de Scorpius Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Chegamos ao final desse capítulo. Espero que tenha gostado! O que acham que vai acontecer futuramente? Curiosa para saber o que vocês pensam. Bem, obrigada por ter lido esse capítulo e ter dado uma chance pra essa fic. Vejo vocês no próximo. Beijinhos. ♥



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