Extinção escrita por Alina Black


Capítulo 2
Jacob: Esperança


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, finalmente de volta a vida das fanfics, hoje teremos varias atualizações mas antes decidi postar um capitulo da fic nova, e quem lê as outras fics fiquem no aguardo para as surpresas.
Sobre essa Fic, bom é uma história bem diferente, dei mais espaço a personagens esquecidos da saga que dariam muito pano pra manga como a Jessica a rival da nossa ruiva nessa história e a Reneé que vai aparecer nos próximos capítulos ( spoiler kkk), espero que curtam e não desistam dessa escritora que as vezes some porque a vida não ta fácil mas que jamais vai abadona-los.



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Forks, dezembro de 2001

 

 

Corri por várias luas até pisar novamente no chão de La Push. Não sabia qual era o dia da semana e tampouco o mês do ano; minha única certeza era que nada mais seria como antes. Estar de volta significava reviver tudo o que eu havia deixado para trás: a garota morta dentro de um caixão, Charlie e Renée inconsoláveis, e meu coração totalmente destruído.

Eu deveria ter evitado.

Se Bella tivesse me ouvido (embora eu soubesse que ela jamais me ouviria), eu deveria tê-la sequestrado, mesmo que isso gerasse uma grande guerra entre aqueles sanguessugas malditos e a matilha. No entanto, fui fraco. Ainda devia a maldita lealdade à matilha de Sam. Se eu soubesse que poderia me desfazer das algemas invisíveis, teria feito algo. Mas não fiz. Fui um fraco.

Por que evitei uma guerra? Se, neste exato momento, o mundo está em guerra? Agora, só me restava a esperança de encontrar meu pai em casa.

Cruzei a floresta escura e silenciosa. Era a primeira vez em anos que não ouvia o som dos animais. Até as árvores pareciam se silenciar, temerosas de tudo o que estava acontecendo. Mas era apenas a nova realidade; o mundo havia se silenciado por medo dos predadores.

A pequena casa vermelha desbotada ainda estava lá, inteira e intacta. O vento forte balançava as cortinas que Rachel havia colocado nas janelas quando retornou para casa naquele verão. Não hesitei em sorrir, mesmo que o silêncio insistisse em me dizer que eles não estavam mais lá. Ao me aproximar da porta, cuja altura agora era abaixo dos meus ombros, o medo de encontrar apenas corpos sem vida me dominou a ponto de travar todas as articulações do meu corpo. Quando consegui, curvei-me, passando por ela. Tudo estava como da última vez que estive ali: os mesmos móveis, a mesma TV e a cadeira de rodas do velho Billy deixada em um canto da sala.

— Pai... — minha voz saiu falha enquanto eu dava passos silenciosos pelo pequeno cômodo. Segui pelo nosso mini corredor e entrei no quarto de meu pai. Meus olhos se direcionaram à cama, iluminada pela luz da lua que invadia o lugar pela pequena janela. Sobre ela estava o pedaço de esperança ao qual me apegaria por longos anos.

*"Charlie e Sam encontraram um local seguro. Não tínhamos como avisá-lo, pois ambas matilhas não se comunicam. Eu estou bem. Faça o que for necessário. Confiamos em você. Eu te amo, filho."*

Refúgio subterrâneo de Wichita - 34°46'N 98°42'W - Oklahoma.

Fevereiro de 2021 - 72 horas antes do desaparecimento de Sara Black.

— Hey, lobão, estão atrás de você.

Virei-me na cama, sonolento, após acordar com o som da voz de Jessica Stanley. Enquanto sua mão macia percorria toda a extensão da minha coluna, parando na minha nuca, ela fez um carinho suave em meus cabelos.

— Eu sei que não dormimos muitas horas durante a noite, mas a Clearwater parece bastante aflita — insistiu ela, sussurrando em meu ouvido.

Meus olhos finalmente se abriram, e meu corpo girou na cama, caindo instantaneamente sobre o corpo de Jess, que deixou escapar um gargalhar.

— Você é ótima em acordar um homem cansado — falei em tom zombeteiro, selando os lábios dela.

— Eu entenderia isso como um convite, mas acredito que, se começarmos com isso, Leah vai usar a arma secreta contra você.

Não hesitei em rir.

— Sara.

Beijei novamente os lábios de Jessica e levantei apressado procurando pelas minhas roupas, só então lembrei que não estava em meu quarto essa havia sido a razão para não ter sido flagrado pelado na cama de Jessica – Ela sabe que sua filha não gosta de mim, e sempre vai usar isso! Disse Jessica sentando-se na cama enquanto eu me vestia.

— Nós já conversamos sobre isso – respondi fechando o botão da minha calça.

— Sobre o fato de Sara não gostar de mim? Ou sobre Leah Clearwater ser apaixonada por você e usar sua filha contra mim?

Neguei com a cabeça sentando a beira da cama e calcei minhas botas – Nem uma coisa , nem outra!

— Jake! Murmurou Jess.

— Jess! A interrompi- Primeiro, Leah não é apaixonada por mim, se fosse eu saberia, segundo não tente disputar com a minha filha, não é a primeira vez que eu digo isso – Conclui me levantando.

Jessica sorriu em ironia – Pelo amor Jacob, tudo que tenho feito nos últimos anos é tentando me aproximar de Sara desde que a mãe dela...

— Chega! Enchi meus pulmões de ar e cerrei os punhos – Não é hora para uma DR, eu preciso ir.

Ignorei os protestos de Jessica e bati a porta do quarto após sair, eram naqueles momentos em que eu compreendia porque Leah sempre me perguntava o porquê de sempre eu acabar transando com Jessica quando eu poderia transar com qualquer uma outra mulher daquela pequena fortaleza, tinha que admitir que sempre usava a disculpa do fato dela sempre tentar cuidar de Sara, tinha algo em mim que sempre me dizia que Sara precisava de uma mãe mas a realidade sempre me mostrava que não era Jessica quem Sara escolheria como mãe dela.

— Até que enfim – Disse Collin encostado com os braços cruzados a alguns metros da parede próxima a porta.

—Nós achávamos que íamos ouvir os gemidos – Brad me provocou se colocando ao lado de Collin.

— Qual era a emergência? Ignorei as gracinhas e caminhei pelo corredor.

— Você precisa ir a sala de segurança, recebemos uma mensagem via rádio, anotamos a frequência...

Olhei de soslaio para Collin enquanto eles me acompanhavam – O que mais? Recebemos muitas frequências, vocês não estariam tão desesperados se não tivesse algo mais.

— Não queremos te dar falsas esperanças – Respondeu Brad.

Meus olhos se moveram de um lado para o outro buscando a expressão dos dois homens  e uma corrente percorreu por meu corpo, meus passos se tornaram mais rápidos e quando percebi eu estava correndo, não demorou mais de dois minutos para que eu passasse pela porta de aço e entrasse na saleta cheia de câmeras e rádios.

— Você precisa ouvir isso – Disse Leah ao perceber minha euforia.

— Eu estava verificando as frequências para ver se alguém havia invadido a nossa, sempre faço isso para evitar que eles nos localizem – Explicou Howard. Howard era um militar que encontramos enquanto procurávamos alimento em uma cidade próxima, ferido mais ainda com vida o trouxemos para nosso abrigo, desde então ele se tornou responsável em nos ajudar com a segurança, sempre que saímos em exposição por suplementos ele traz para o abrigo um equipamento militar dessa forma sabemos quando o perigo se aproxima das montanhas.

Após o soldado apertar o botão som de um chiado se misturou a fala do homem - Aqui é Charlie Swan, alguém na escuta? Câmbio – um novo chiado – estamos com pouco sinal, buscamos por – chiado e mais chiado.

A mistura de medo e emoção me dominou, o chefe Swan havia conseguido entrar em nossa frequência após tantos anos de cansável procura, havia chegado a possibilitar que não os encontraria com vida, mas eu precisava ao menos me despedir de meu pai mesmo que fosse diante de seu tumulo.

— Você consegue localizar? Perguntei a Howard.

— Sim, mas eu preciso de algumas horas – respondeu o soldado, que em seguida me olhou, dando um tímido sorriso – Não me olhe assim, Alpha. Estou fazendo o que é possível. Não esqueça que nenhuma outra frequência pode entrar na nossa ou seremos descobertos.

Levei ambas as mãos ao rosto e, mesmo ansioso, concordei. A mão de Leah pousou em meu ombro, e assenti. Por mais difícil que fosse, eu precisava manter o controle sobre minhas emoções. Para minha sorte, a minha dose de calmante entrou na sala, chamando minha atenção.

— Eu sabia que ia encontrar o papai aqui!

Disse o projeto de gente, de 1,27 m, mas que sempre me fazia sorrir.


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