Novos Rumos escrita por CM Winchester


Capítulo 26
Capitulo 25 por Stephanie Potter




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Entrei na casa com os outros. Katherine estava alheia a tudo e Charlotte devastada. Eu já tinha visto essas mesmas expressões em seus rostos.
Fleur foi muito gentil em nos levar para trocar de roupa e tomar um banho. Charlotte estava sentada no sofá, estava com os olhos vermelhos e o rosto inchado. Já estava limpa e vestia uma calça jeans preta, camiseta vermelho escuro, cardigan marrom e sapatilha preta.
Kate e eu seguimos ate o banheiro. A morena tomou banho primeiro e foi rápida. Saiu do banheiro vestindo uma calça de moletom preta, cropped preto de mangas compridas e tênis vans preto com branco.
Entrei no banheiro e tomei um banho, quase demorado. Era muita sujeira e sangue em minha pele. Vesti uma camiseta branca com botões na gola, jaqueta jeans, calça jeans e coturno preto. Prendi meus cabelos em um coque.
Encontrei com os outros na sala, só faltava o meu irmão. Lancei um olhar a Gui que estava com uma capa de viagem.
— Esta indo ate a casa dos Weasley?
— Já fui de madrugada. Por sorte Gina esta de férias. Se estivesse em Hogwarts poderiam tê-la levado antes de chegarmos a ela. Agora sabemos que tambem esta a salvo. - Harry parou na porta. - Estou tirando todos da Toca. Levei-os para a casa de Muriel. Os Comensais da Morte já sabem que Rony esta com você, fatalmente irão perseguir nossa família, não se desculpe. Sempre foi uma questão de tempo, papai vem dizendo isso há meses. Somos os maiores traidores do sangue que existem.
— Como estão protegidos? - Harry perguntou.
— Feitiço Fidelius, Papai é o fiel do segredo. E fizemos o mesmo com este chalé, aqui sou o fiel do segredo. Nenhum de nós pode ir trabalhar, mas isso não é o mais importante no momento. Quando Olivaras e Grampo melhorarem, vamos transferi-los para a casa de Muriel tambem. Não temos muito espaço, mas ela tem. As pernas de Grampo estão se refazendo, Fleur lhe deu Esquelesce, provavelmente poderemos fazer a transferência dentro de uma hora ou...
— Não. - Harry falou. - Preciso dos dois aqui. Preciso falar com eles. É importante. Vou me lavar. Em seguida preciso vê-los imediatamente. - Gui assentiu e saiu.
— Esta vendo ele? - Perguntei a Harry.
— Sim. Ele esta atas da varinha. Esta furioso. - Fez uma careta. - Preciso descobrir isso agora. Estou tão confuso.
— Dumbledore nos deixou missões, meios de nos encontrar. Mas... Não deixou nada explicado. - Coloquei a mão em seu ombro. - Estamos juntos Harry. Sempre estivemos e sempre estaremos. Para sempre. Nada vai mudar isso. Eu não... Não entendia as coisas. As pessoas. Na verdade não entendia a vida. Nunca parei para pensar em nada só que era orfã. Usando a penseira... Eu vi que tinha uma família. Não é de sangue, mas... São a melhor família que posso ter. E você tambem a tem. Vamos passar por isso juntos. - Ele assentiu.
Assim que terminou de limpar as mãos retornamos a sala e encontramos Gui e Fleur na escada.
— Preciso falar com Grampo e Olivaras. - Harry falou.
— Nam. - Fleur falou. - Você vai terr que esperrarr, Arry. Os dois stam muite ruins, cansades...
— Lamento, mas não posso esperar. Preciso falar com eles agora. Em particular e separadamente. É urgente.
— Harry, que diabo esta acontecendo? - Gui perguntou. - Você aparece aqui com um elfo domestico morto e um duende semi inconsciente, Hermione com a aparência de que foi torturada, Charlotte em choque e muito abalada, e Rony se recusa a me contar o que aconteceu...
— Não podemos lhe contar o que estamos fazendo. Você pertence a Ordem, Gui sabe que Dumbledore nos confiou uma missão. Não podemos discuti-la com mais ninguém.
Gui continuou encarando meu irmão ate que se deu por vencido.
— Tudo bem. Com quem quer falar primeiro?
— Grampo. Falaremos com Grampo primeiro.
— Aqui em cima então. - Gui mostrou o caminho.
Estávamos subindo os degraus quando Harry parou e se virou.
— Preciso de vocês quatro tambem. - Rony e Hermione apareceram.
Demorou alguns minutos para Kate e Charlotte aparecerem tambem. Eles nos alcançaram.
— Como vai? - Harry perguntou a Hermione. - Você foi fantástica, inventando aquela historia enquanto ela a machucava daquele jeito... - Mione sorriu.
— Que estamos fazendo agora, Harry? - Rony perguntou.
— Vocês verão. Venham.
Seguimos Gui ate o quarto deles. Era espetacular o quarto com vista para o mar. Hermione sentou em uma poltrona enquanto Charlotte ficava parada perto da enorme janela olhando as ondas quebrando na praia. Rony sentou no braço da poltrona e Kate se encostou a parede. Harry e eu ficamos em pé. Gui apareceu trazendo o duende e o colocou em cima da cama. Depois saiu nos deixando a sós.
— Lamento faze-lo se levantar. - Harry falou. - Como estão suas pernas?
— Doloridas. Mas se recuperando. - O duende respondeu ainda segurando a espada.
— Você provavelmente não lembra...
— Que fui o duende que o levou ao seu cofre, na primeira vez que visitou o Gringtones? Lembro, Harry Potter. Mesmo entre os duendes você é muito famoso. - Ele ficou em silencio por um tempo. - Vocês enterraram o elfo. Observei-os da janela do quarto ao lado.
— Enterramos.
— Vocês são três bruxos incomuns. - Ele falou observando Harry, Kate e eu.
— Como assim?
— Vocês cavaram a sepultura.
— E? - Harry perguntou, mas o duende não respondeu deixando tudo silencioso de novo. - Grampo, preciso lhe perguntar...
— Você tambem salvou um duende.
— Que?
— Você me trouxe para cá. Me salvou.
— Bem espero que não esteja se lamentando.
— Não Harry Potter, mas você é um bruxo estranho.
— Certo. Bem preciso de ajuda Grampo e você pode dá-la. - O duende franziu a testa encarando Harry. - Preciso arrombar um cofre em Gringotes.
— Harry... - Hermione começou, mas foi interrompida pelo duende.
— Arrombar um cofre em Gringotes. É impossível!
— Não, não é. - Rony falou. - Já foi feito.
— É. - Harry falou. - No mesmo dia em que eu o conheci, Grampo. Meu aniversario, faz sete anos.
— Na época o cofre em questão estava vazio. - O duende retrucou. - Tinha uma proteção mínima.
— Bem o cofre que precisamos entrar não esta vazio, e imagino que deva contar com fortíssima proteção. Pertence aos Lestrange.
Charlotte se virou para encarar Harry e Kate pareceu finalmente prestar atenção na conversa como se agora tivesse algo do seu interesse.
— Sem chance. Não há a menor chance. "Se procuram sob o nosso chão, um tesouro que nunca enterraram..."
— "Ladrão, você foi avisado, cuidado..." é eu sei, lembro bem. Mas não estou tentando roubar um tesouro para mim, não estou tentando apanhar nada para meu lucro pessoal. Da pra você acreditar?
— Se houve um bruxo em que fosse possível crer que não visa a um lucro pessoal este seria você Harry Potter. Duendes e elfos não estão acostumados a proteção ou ao respeito que você e essas três garotas demonstraram esta noite. Não de porta-varinhas.
— Porta-varinhas. - Harry repetiu.
— O direito de portar uma varinha tem sido há muito tempo motivo de contestação entre bruxos e duendes.
— Bem os duendes são capazes de fazer magia sem o auxilio de uma varinhas. - Rony falou.
— Isto não vem ao caso! Os bruxos se recusam a dividir os segredos tradicionais sobre varinhas com os outros seres mágicos, nos negam a possibilidade de ampliar nossos poderes!
— Bem os duendes tambem não querem nos contar como fazem suas espadas e armaduras. Os duendes sabem trabalhar o metal de uma maneira que os bruxos jamais...
— Não importa. - Harry falou. - O que esta em questão não são os bruxos contra os duendes, ou qualquer outra criatura magica. - Grampo forçou uma risada.
— Mas é essa, a questão é exatamente essa! A medida que o Lorde das Trevas se torna mais poderoso, a sua raça se coloca mais firmemente acima da minha! O Gringotes cai sob o domínio dos bruxos, os elfos domésticos são massacrados e quem entre os porta-varinhas protesta?
— Nós protestamos! - Hermione falou. - E sou caçada do mesmo modo que um duende ou um elfo, Grampo. Sou uma sangue ruim.
— Não se chame de... - Rony começou, mas ela o interrompeu.
— Por que não? Sou sangue ruim com muito orgulho! Sob a nova ordem, não tenho uma posição melhor que você, Grampo! Foi a mim que escolheram para torturar na casa dos Malfoy! - Ela afastou a gola para mostrar o corte fina em sua garganta. - Você sabia que foi Harry quem libertou Dobby? Você sabia que há anos queremos que os elfos sejam livres? Você não pode desejar a derrota de você-sabe-quem mais do que desejamos, Grampo!
— Que procuram no cofre dos Lestrange? - Grampo perguntou. - A espada que esta lá é falsa. Esta é a verdadeira. - Ele nos encarou. - Acho que já sabem isso. Você me pediu para mentir lá no porão.
— Mas a espada falsa não é o único objeto naquele cofre é? - Harry perguntou. - Talvez você tenha visto outras coisas lá dentro não?
— É contra o nosso código de ética falar sobre os segredos de Gringotes. Somos guardiões de tesouros fabulosos. Temos um dever para com os objetos postos sob nossa guarda e que foram muitas vezes feitos por nossas mãos. - Ele acariciou a espada enquanto nos encarava. - Tão jovens para estarem lutando contra tantos.
— Você nos ajudara? Não temos a menor esperança de arrombar o cofre sem a ajuda de um duende. Você é a nossa única chance.
— Vou... Pensar no pedido.
— Mas... - Rony começou só que Harry o interrompeu.
— Muito obrigado.
— Acho que aquela Esquelesce já fez efeito. Poderei enfim dormir. Me deem licença...
— É claro. - Harry falou.
Kate se afastou da parede e agarrou a espada antes de seguir ate a porta. Grampo não impediu, mas seus olhos continham rancor. Saímos para o corredor e fechamos a porta.


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