Steampunk escrita por Aiwa Schawa


Capítulo 15
Capítulo V




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Capítulo V

O Mundo em Paz

 

Haaji ordenou que Cake deixasse guarda e correse para nos ajudar, ela agarrou Yuki, a qual ainda estavav viva. Apenas por muito pouco, o coração havia a mantido estavel, porém os danos que ela sofreu, sem duvidas não a deixariam lutar mais.

Com algum tratamente de diversas ervas e coisas que não eram exatamente o que eu via em hospitais, ela havia sido colocada no equivalente de um sono profundo.

Cake também usou dessas metodos para nós ajudar, ela fechou nossos ferimentos, os tiros que passaram perto de nos matar…

—Valeu, Cake.

Mesmo sabendo que era só um robô, eu não consegui me impedir da tentativa de demonstrar gratidão pela ajuda.

Quando nossos ferimentos foram fechado, eu finalmente podia andar novamente, todos nós conseguiamos.

Haaji se preparou para o confronto final, nós tivemos munição suficiente para seja lá o que fosse a acontecer após abrirmos a porta daquela sala. Chris também, parecia estar determinado a completar a missão, acima de tudo, levar seu futuro a frente.

E assim, nós caminhamos o ultimo corredor, quando estávamos ainda na metade dele, no entanto, o começo do fim veio até nós.

Quando as portas se abriram com força, batendo nas paredes e soltando os parafusos que as seguravam, então caindo ao chão. Quem havia feito isso era o homem no centro da porta, quem havia a aberto em nosso lugar, um homem de terno e um monóculo, esperando do lado de dentro da sala onde havia mais vários cientistas, ao redor de uma mesa com diversos papéis…

O único homem em pé dentre eles, era Edwin Thursby.

—Edwin! Você realmente estava aqui!

—Ora, ora… eu não consigo acreditar que fui seguido até os confins da Alemanha, até essa fábrica, ainda mais por… você…

—Explique isso! O que você estava planejando?! Por que traiu a Inglaterra?

—Trair? Nunca houve uma aliança, portanto, nunca houve uma traição! Eu não poderia levar minha ciência a frente naquele lugar! Eles só viam meu invento como “mais uma” arma “mais um” invento de Edwin Thursby… eu não posso aceitar isso. Essa é a maior criação que a humanidade já viu, uma forma de termos dominio sobre a vida e a morte, sobre nossos próprios corpos…

—O que…? Edwin! Você não estava fazendo isso…

—Minha esposa…? Não. Não me entenda mal, com certeza o usaria nela, foi sua “morte” que me deu tal idéia, contudo. Sentimentos são irracionais, o luto, a tristeza, raiva e felicidade. Tudo isso são emoções que não tem lugar em meus laboratórios, é por isso que os cientistas daquele país não tinham como compreender meu invento. Ele é um objetivo além dos desejos triviais daqueles homens. Os desejos de “paz” e “prosperidade” 

—Luto é irracional…? O que era o que eu vi naquele dia então? Quando ela havia ido ao hospital…?

—Cale a boca! Você nunca entenderia o que foi aquilo… isso foi uma falha minha, eu, Edwin Thursby, um dia cometi a falha de olhar para algo além da ciência e da minha pesquisa. Isso me impediu de progredir, isso me deixou preso em anos que não pude fazer nada…

—Está dizendo que a morte dela foi algo bom!? Que todos aqueles anos…

—Sim! Inuteis! Uma perda de tempo e da minha expectativa de vida!... Observe, Aiwa, você deve entender. O motivo que você nunca será como eu, é porque mesmo agora você não deixou suas fraquezas para trás, as carrega como correntes em seus braços, sua mente tem fraquezas. E é por isso que eu sequer considerei em lhe dizer meus planos.

—...!

—Agora, eu vejo que você não quer mais tentar me convencer de desistir disso, também sei que nunca será alguém como eu e continuara acorrentado…! Portanto! Vamos acabar com isso!

Quando nós vimos, ele havia começado a “crescer” seus musculos aumentaram primeiro, mas logo suas pernas, suas mãos e pés… ele estava se tornando cada vez maior e desproporcional, seu peito e braços muito maiores relativos ao corpo e… não parecia parar.

—Edwin! O que é isso!?

—Obrigado… a verdade é que… eu não teria conseguido terminar o coração sem você, os pistões e a maneira com que você conectou o coração ao sistema nervoso humano… é brilhante… agora! Eu vou usar isso com tudo o que tenho!

Enfim, ele ficou quasse do tamanho do gigante de açõ que havia visto antes, uma abominação, algo que sequer poderia ser chamado de um humano. Um desastre e um erro cometido por um cientista louco, alguém que havia abandonado os mais básicos principios da ética, Edwin naquele ponto, não era mais um cientista… apenas um monstro.

—Nós temos que dar um jeito nisso…

Chris falou isso, apontando sua arma em direção dele.

—Cake! Ative o projeto ganesha.

Foi assim, que o Haaji puxou seu maior trunfo, o que o daria a chance de lutar contra qualquer monstro.

Em alguns segundo, nós ouvimos algo sobrevoando, então, caindo do teto quebrando, uma caixa apareceu, ela se abriu, Haaji pulou em sua direção e…

Aquilo, aquilo era a maior arma que eu já havia visto, a coisa mais bruta que um homem sozinho poderia construir e usar.

Uma armadura que se conectava ao corpo do usuario, tal qual um exoesqueleto, não apenas uma armadura, pois também havia diversas extensões que faziam-se como braços, esses que possuiam metralhadoras enormes que atiravam 300 vezes por minuto com a precisão equiparevel a um mero fuzil de assalto.

Então… Haaji começou a atirar.

Uma muralha de chumbo e fumaça se formou:

—AAAAAAHHH!! MORRA EDWIN!!!! EU VOU TE DESPEDAÇAR! UM CENTIMETRO QUADRADO POR VEZ! (sim, fez referência a jojo sim) 

Essse era o projeto do qual ele mais se orgulhava, algo que poderia tornar qualquer homem em uma máquina de guerra, uma armadura que servia tanto para atacar quanto para defender.

A cada bala, eu via como Edwin perdia mais sangue, mais um pedaço de sua pele era arrancado e apesar dele ter tanto orgulho daquela invenção, tal qual eu havia ouvido… o verdadeiro coração a vapor um projeto tão ambicioso que ele disse que em toda sua vida, só seria capaz de fazer um unico, ainda assim, ele parecia estar se ferindo…

Mas… ele estava indo para frente…

—Droga! Ele não vai parar!

Eu mirei bem, procurei o ponto que o coração deveria estar, senti meu overclock ativar sem minha intenção, porém isso só me deixou ainda mais focado, então eu mirei…

Aquele tiro, não havia sido suficiente, mal tinha sido mais efetivo que as outras balas até agora, o Chris também tentava quebrar o crânio dele com balas, mas não servia, essa invenção dele.

—Aiwa… tem alguma fraqueza?

Enquanto Haaji continuava a tentar segurar Edwin, o Chris me perguntou aquilo…

Olhei para ele, meu overclock então… ele se ativou mais uma vez, eu sabia que naquele estado, eu não duraria muito, teria só alguns segundos antes de passar do limite do meu corpo e desmaiar de vez.

“Uma fraqueza… uma fraqueza… talvez seja algo que eu vi… uma coisa que alguém com o coração… alguém com o coração…”

—AAHH…!

Um segundo antes do meu tempo acabar, eu senti que tinha alguns fios do meu cabelo caindo por contra própria, meus olhos e meus nariz tinha tanto sangue que falar e ver já estava quase impossível, porém… eu havia conseguido.

—Sobrecarregue aquilo.... use aquilo

Após falar isso, imaginando o que viria depois, eu comecei a me arrastar para a direção oposta, e tentando alcançar o pilar.

Chris então… ele entendeu o que deveria fazer.

—EDWIN!!!!!

Mais um grito que podia ser ouvido apesar da chuva de balas que vinha.

Quando finalmente, por um momento, os tiros pareceram ficar mais fracos, Chris disparou na direção de Edwin.

O cientista que havia se tornado um monstro sequer pode compreender aquilo, porém ele havia alcançado seu fim.

Com um soco, canalizando toda a energia de outro mundo, tomando por emprestado a força de um outro eu, ele fez um soco no peito de Edwin, era onde o coração devia estar, um pequeno ponto fraco criado pelos meus tiros e pelos de Haaji.

Chris, pois havia usado de tudo, conseguiu alcançar o coração, então… ele canalizou a energia que o permitia repentinamente mudar para um outro homem, outro eu que vinha de um mundo totalmente diferente.

O que houve… é que tal energia temporal é extremamente poderosa, ele havia então conseguido o milagre de a canalizar em um unico ponto, em sua mão, a mão ao qual o coração a vapor estava.

E assim… o coração, que era tão poderoso, recebeu o poder que era além do que jamais encontraria naquele mundo, ele havia encontrado o poder de outra linha do tempo.

Tanta energia, tanto poder… que chegou a ser demais para ele.

Com uma sobrecarga, Edwin sequer percebeu o que havia ocorrido, sua alma já havia morrido quando ele se deixou ser implatado seu “verdadeiro” coração. E agora, seu corpo seguiria.

Tal sobrecarga, que levou a uma explosão poderosa suficiente para que em um instante, não houvessem mais sinais de que um dia… aquele campo verde, havia sido uma fábrica.

....

Eu acordei, algum tempo depois, havia sido protegido pela pilastra e apesar de ter sido lançado a vários metros ao longe, a Cake havia me estabilizado e impediu que eu morresse.

Haaji, ele teve que sacrificar sua armadura, a qual agora era apenas um esqueleto de sua grande invenção, o propósito do projeto ganesha… havia sido completado. E Haaji sobreviveu.

Yuki… ela estava no dirigivel, se recuperando ainda da explosão que ela mesma havia causado, a que me deu a chance de achar a fraqueza do coração, assegurando nossa vitória…

Enquanto Christian… seu corpo nunca foi encontrado, ele havia sido vaporizado até a última molécula. Assim como Edwin… apesar de ser um homem que havia vivido tão pouco, mas apenas vivido pensando em si mesmo, talvez por influência daquele outro Christian, inescrupuloso e sádico… no fim, ele usou esse outro eu para um nobre sacrifício, um o qual não será esquecido, poucas pessoas sabem o papel que ele tomou na batalha, eu sou um deles. E… eu não vou esquecer daquilo.

Ao olhar nos destroços, foi claro como não havia nenhum sinal do “verdadeiro” coração, ou seu projeto, eu também, achei que tal coisa deveria nunca mais ser falada, o propósito que eu dei aquele coração nunca foi nefasto, ele é uma ferramenta para o bem. Não importa o que me apontem, eu não tirarei essa afirmação.

E assim… com o vento soprando os destroços para longe, nós voltamos ao dirigível…

De volta a Inglaterra, com um gosto pouco amargo da vitória em nossas bocas, porém, de qualquer forma…

A primeira missão da esquadrilha real… foi um sucesso.


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