— Salazar tinha dois filhos, Mamba e Dafne. O primeiro era mais burro que uma porta com qualquer assunto que não fosse agressão ou assassinato, já a segunda, é o que poderíamos chamar de cobra criada. Ela queria ser a dona do castelo, mas isso só seria possível se eu morresse, e como eu era o único empecilho dela completar os planos, resolveu me tirar da jogada, do mesmo jeito que havia feito com Abel, mas sabia que eu conseguiria notar se uma parede estivesse vindo na minha direção, então resolveu de outra forma.

(Flashback)

Dafne vinha andando pelo jardim, batia no ombro de Leo e quando este se virou, ela acabou por dar um beijo em sua boca, ele como homem, não se importou muito, ela era bonita com seus cabelos negros, sua pele branca e aquele vestido verde e preto, marcando um pouco seu corpo, destacando os seios volumosos. Suas mãos percorriam as costas do jovem, explorando cada centímetro. Ele sentia seu membro começar a se enrijecer, então se afastou.

— Vamos com calma! - Ele fecha sua capa vermelha e dourada, para não revelar a total falta de compostura - Me encontra na sala precisa, como os alunos fazem normalmente.

— Não demora!

Ela dá um novo beijo e segue para lá. Ela aparata na frente de uma parede, onde a porta escondida acaba por se revelar. Depois de encerrar a aula, ele vai para um canto do lado de fora do castelo, e uma portinha abre. Assim que ele entra, encontra com ela deitada numa cama de casal, ela começa a desamarrar o espartilho. Assim sendo, ele se joga na cama e ambos tem uma noite de luxúria desenfreada. Esta brincadeira entre os dois durou mais duas semanas, até que ela resolve chamá-lo para dar uma volta na floresta proibida. Ele aceita, pois a floresta era um sinônimo de paz para ele. Em meio a caminhada, Leo começa a sentir o chão tremer com um galope de cavalo. Olhando para trás, ele dá de cara com um cavaleiro de armadura negra. Este cavaleiro desce do cavalo parando em sua frente, enquanto Leo puxa a varinha para ele.

— Confundus! - Dafne murmurou o feitiço, o concentrando em seu amante. - Me ajuda Léo, ele quer nos matar.

— Flipendor.

Ele erra o feitiço, pois ele ainda estava influenciado pelo feitiço de Dafne. O Cavaleiro se aproxima dele e com ele ainda confuso, crava a espada em seu peito, acertando o pulmão. Ele nota o feitiço e consegue murmurar o contra feitiço, olhando para Dafne sorrindo e empunhando a varinha.

— Você armou isso?

— Seu idiota!

Quando ela armou para lançar um feitiço, Léo aparata para dentro do salão comunal, saindo apressado e sendo seguido por Fawkes. Até o grande salão, onde seus pais estavam reunidos com sua madrinha, caindo poucos metros após abrir a porta. Godric e Rowena saem correndo.

— Meu filho! - Rowena puxava sua varinha, se aproximando do jovem caído - Quem fez isso contigo?

O sangue já o estava sufocando, sua mãe ficou sentada ao seu lado enquanto seu pai o puxou para seu colo.

— Fawkes, só você pode salvá-lo. - Godric implorava a ave que o ajudasse, mas ela somente o olhava, suas lágrimas tinham poderes curativos, mas ele deveria ter parado antes, pois, pelo sangue no pulmão, seu corpo acabou ficando muito debilitado. - Me recuso a perder meu filho assim.

Nesse momento, Fawkes fecha seus olhos e surgem penas diferentes, brilhosas. Ela grita para tirar Godric e Rowena do transe do desespero. Léo estava quase sucumbindo ao ferimento, quando sua madrinha, que estava em meio a lágrimas entende o que a fênix queria dizer.

— Godric, Rowena, levantem e deixe com Fawkes, ele sabe o que fazer. - Eles levantaram, Godric e Helga empunharam suas varinhas, se afastaram e apontaram suas varinhas, contribuindo com a magia da ave. - Muito bem Fawkes, pode começar.

Ele murmura o nome da ave, levantando seu braço para tocar sua cabeça com suas últimas forças, mas esta bica exatamente sobre seu coração. Em um último suspiro, seu braço tomba e seus olhos ficam vidrados. As penas de Fawkes voam e caem a volta, a fênix pega fogo e incendeia o corpo do jovem. Quando as chamas abaixam, ele ressurge das cinzas, acompanhado de sua fênix, agora filhote. Seu corpo estava quente, coberto de foligem e uma fumaça constante, seus olhos estavam vermelhos e com o tempo voltaram ao azul de sempre.

— Accio varinha!

Quando a varinha tocou em suas mãos, ele a passou em sua frente, limpando seu corpo e fazendo surgir uma roupa e limpando todas as marcas de algum ritual ter sido feito. Dafne entra chorando desesperada.

— Tio, tias, me ajudem, alguém atacou Léo e eu não consigo achar ele.

— Não se preocupe minha amiga. - Dafne toma um susto, não o imaginava ali - Não me lembro direito do que aconteceu, lembro de sair contigo, mas depois minha cabeça está meio confusa. Só sei que me feri e Fawkes me salvou.

— Que bom! - Ela corre e abraça seu "amigo" - Ainda bem que temos este herói entre nós!

Léo alisa a cabeça de Fawkes, agora sendo um filhote. No dia seguinte, Léo já estava com uma turma para dar aula sobre feitiços, quando escuta os gritos de alguns alunos, e uma aluna prestes a ser empalada pela espada que no dia anterior havia o ferido.

— Mobilicorpus! - A aluna voa para trás, e o cavaleiro crava a espada no chão. - Corre daqui.

Ele caminha na direção do caveleiro, que puxa sua espada a apontando para Léo que corre em sua direção, lançando diversos feitiços mas com outras intenções. Dafne lança um feitiço que ele se defende, e quando ele volta a olhar para o cavaleiro, este crava novamente a espada em seu corpo, mas desta vez, não surte efeito nenhum

— Surpreso? - ele encosta a ponta da varinha no peito do cavaleiro e a transforma em espada, empalando seu inimigo. - Agora quem morre é você. - Ele o empurra para longe, quando o cavaleiro cai, ele transforma sua espada em varinha novamente, e com um aceno, o capacete sai voando. - Só podia ser você, Mamba.

— Irmão! - Dafne corre ficando ao lado de seu irmão, o levantando. Quando ela encara o assassino de seu irmão, ele puxa a espada, a jogando do lado e o buraco em seu peito pega fogo, se fechando por completo. - Como pode?

— Você realmente achava que eu não me lembrava? Eu sabia que você não iria desistir. Por isso eu resolvi te enganar, achando que eu não sabia. Agora pode ir enterrar seu irmão, e você está banida do castelo.

— Seu maldito! Avada Kedavra!

No momento que o feitiço atinge seu corpo, ele se incendeia, mas quando ela para o feitiço, ele está como antes, normal. Ela se assusta e toca em seu irmão, aparatando para perto de seu pai. Salazar estava diante de um imenso livro, que ao notar o filho caído, larga-o de lado e vai ajudar.

— O que aconteceu com ele Dafne?

— O Léo, eu tentei mata-lo, mas não consegui! - Ela pressionava o ferimento de Mamba, mas não ajudava muito - O que nós podemos fazer?

— Este corpo não pertence mais a ele, mas já sei o que fazer.

Salazar pega um livro que tinha em sua estante, pega um ovo e um sapo. Colocando ambos, um do lado do outro e fazendo um feitiço antigo, ambos ficam ligados por correntes de luz dourada. Ele olha para seu filho e aponta a varinha para ele.

— Sacrifício!

Mamba dá um grito e estica seu corpo, logo parando de respirar e Salazar guia sua alma até onde ele havia posto o ovo. Quando sua alma entra, o ovo eclode, saindo uma pequena serpente, que logo cresce.

— Agora meu filho, posso considerar que você está imortal. Além de me dar umas idéias.