Like a Vampire 4: Endgame Volume 2 escrita por NicNight


Capítulo 1
Prólogo- Encontrados e perdidos


Notas iniciais do capítulo

Começo da última temporadaaaaaa
Nem creio que ja chegamos aqui, e que jaja vamos dizer adeus 3
Enfim, boa leitura



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Algumas horas haviam se passado. Poucas. Tudo acontecia rápido demais naquela fortaleza.

E claro, o clima não poderia estar pior.

O clima do lado de fora era completamente dominado por uma leve neblina, além da neve que parecia piorar a cada minuto, como se estivessem chegando no inverno.

Já no de dentro…

As Herbert estavam (quase) todas reunidas na sala principal da fortaleza, tentando ignorar o pequeno falatório Sakamaki que vinha da sala de jantar ao lado

—Então…- Marie começou- A gente só vai ignorar o que acabou de acontecer?

As outras Herbert deram de ombros, observando Mun comendo na cozinha da fortaleza.

—Eu só sei de uma coisa.- Sofie respirou fundo- Podemos ter dado uma mini pausa por causa da desaparecida que chegou, mas isso aqui tá virando uma bola de neve.

—Eu concordo. E a gente tem que resolver isso. Tipo, o mais rápido possível.- Sarah concordou.- Agora que a Neyo foi embora, finalmente eu posso pensar direito e com liberdade.

—É, mas agora temos que lidar com outra crise bem pior do que a capeta da sua ex namorada.- Victoria opinou- Isso me lembra, por aca…

—Pessoal, vocês viram a Lua?- Nikki chegou, e arregalou os olhos- Fizeram reunião de família sem mim?

—Não exatamente.- Marie foi rápida em explicar- A gente tá deixando a família se reunir na cozinha, e você subiu correndo.

—Porque eu estava procurando a Lua.- Nikki se justificou.

—Bem, ela não deve estar muito longe.- Sofie se levantou.- Quer ajuda pra procurar?

—Ela não tá no quarto?- Sarah questionou.

Nikki negou com a cabeça.

—Isso é preocupante.- Victoria afirmou- Reijii me falou que a partir de hoje está marcado pro inverno piorar, então melhor procurarmos ela lá fora antes que a noite chegue.

—Reijii te falou, hein?- Sarah provocou- Quer dizer que vocês dois agora se falam?

—Não enche.- Victoria revirou os olhos com um sorriso.

—Se falar com o Reijii é o necessário pra você parar de ser cretina, por favor, prossiga.- Sofie insistiu.

Marie segurou a risada.

—Pessoal! Foco, por favor?- Nikki resmungou.- E venham rápido.

Assim ela saiu pela porta da frente.

—Por que diabos todo mundo dessa família tem uma fase problemática?!- Marie brigou, a voz quase desaparecendo de tão fina.

—Não olhe pra mim, eu não fiz nada.- Sofie cruzou os braços.

—Podemos guardar essa conversa pra mais tarde? Eu não quero a Nikki berrando no nosso ouvido sobre a gente não ligar pra Lua.- Sarah foi indo atrás de Nikki.

—Então vamos procurar a irmã perdida!- Victoria meio que comemorou, e fez uma careta- Ai. Isso soou tão Victoria de 18 anos.

—Foi a 4 anos atrás.- Marie retrucou.

—Dá na mesma.

—Vamos.- Sofie virou as 3 irmãs mais velhas na direção da porta- Ah, oi, Jackson!

Jackson estava bem ao lado delas numa questão de segundos.

—Ouvi que Mun voltou.- Jackson respondeu.

—Sim, sim. Ela está tendo que… justificar sua ausência pros irmãos agora.- Marie explicou.

—Faz sentido. Também me preocuparia se uma das minhas irmãs tivesse sumido assim.

—Falando sobre isso, a Lua sumiu.- Victoria explicou de maneira nada delicada.

—…Por que vocês não falaram isso logo no começo da conversa?- Jackson cerrou o cenho.- Mas como assim sumida?

—Sei lá. Nikki falou que não achou ela aqui dentro da fortaleza.- Marie suspirou- Quer ajudar a gente na busca?

Jackson pareceu hesitante. Seu corpo tensionou, quase como se estivesse num momento intenso de dúvida.

—É. Vamos procurar a Lua.- Jackson deu um pequeno sorriso.

****

Mas no andar de cima, as coisas estavam mais beirando a um ar trágico do que nervoso.

O quarto de Brunna e Ruki estava bem cheio, o que era incomum pros recém-noivos.

Priya soltou mais um berro, dessa vez abafado pela almofada no seu rosto.

Brunna segurava a xícara de chá da menina, claramente assustada.

—Talvez você tenha mais sucesso em se acalmar se beber o chá que preparei pra você…- Ruki sugeriu, olhando pra noiva como se pedisse ajuda.

—Eu realmente agradeço sua gentileza, Ruki, mas eu preciso descontar meu ódio em alguma coisa e essa almofada é a única opção que não vai me levar pra cadeia.- Priya tirou a almofada do rosto, seu cabelo meio bagunçado.

Anna e Azusa observavam a situação da cama de casal. Haviam decidido em silêncio que apesar de toda a raiva, era melhor não entrar no caminho de Priya.

—Eu não sei como vocês conseguem estar tão calmos.- A voz de Priya se embargou, finalmente pegando a xícara da mão da irmã.

—Estamos com tanta raiva quanto você, Pri.- Brunna respirou fundo- A diferença é que não vai ajudar em absolutamente nada ficarmos com raiva.

—Acredite em mim. Terei uma conversa com a Creedley quando as emoções de todos se acalmarem.- Ruki consolou- O que fizeram aqui foi completamente injusto.

—E cruel.- Anna completo, baixinho.

Azusa apertou a mão da namorada.

—É. E cruel.- Ruki completou..

—Eu juro que todas as coisas que aconteceram na minha vida, eu acho que nunca me senti tão traída.- Priya coçou os olhos, tentando esconder o fato que estava quase chorando- E olha que eu já levei chifre.

Brunna abaixou os olhos, claramente com dor.

—A gente precisa achar a Daayene. Se por algum milagre ela não souber ainda.- A voz de Brunna tremeu. Ela engoliu em seco.

—Onde… Daay… estaria?- Azusa pensou alto?

—Do jeito que eu conheço ela, ou ela já teria feito um barraco com todo mundo ou se trancou no quarto pra chorar em paz.- Anna falou, também meio baixo.- Se quiserem eu posso ir buscar ela…

A porta se abriu, revelando Yuma e Kou.

—Ah, não. Vocês não.- Priya reclamou.

—Calma, Priya. A gente é família.- Yuma resmungou de volta.

—Em todas as situações que vocês estiveram, vocês mais pioram do que melhoram meu ânimo.- Priya revirou os olhos- Eu adoro vocês, mas se for pra vir aqui pra fazer piadinha sem graça e me zoar, prefiro que se retirem.

—Eu preciso te lembrar que foi você que se demitiu na frente da rainha e ainda tentou bater nela?!- Yuma retrucou.

—Não me arrependo de nada.

—Mas talvez devesse. Com o poder dela, te executa em dois segundos.

—Ei, pessoal.- Brunna se levantou- O que a gente menos precisa agora de verdade é briga entre a gente. Já basta as outras famílias terem nos largado ás traças.

—Brunna está certa.- Ruki concordou- Acabamos de presenciar em primeira mão o que acontece com discórdia e desconfiança nesse grupo. Podemos pelo menos nós 8 ficarmos unidos?

Um pequeno silêncio se instaurou, e Kou se intrometeu:

—Pelos dois, eu vou dar a palavra que ninguém aqui vai brigar.

—Eu não falei nada.- Yuma comentou.

—Eu sou seu irmão mais velho. Você só me obedece.- Kou brincou.

Yuma estava prestes a brigar, mas foi interrompido pelo olhar ríspido de Ruki.

—…O que vamos fazer agora?- Yuma hesitou.

—Uma ótima pergunta.- Priya respondeu- Se Cousie não resolver nos expulsar depois desse nosso pequeno problema, já está de bom tamanho.

—Mas o mais importante é conversarmos com a Daay. Eu nem consigo imaginar o que deve estar passando na cabeça dela nesse exato momento.- Brunna fez uma careta, e Ruki a abraçou de lado.

—Alguém tem alguma ideia de onde ela está?- Kou perguntou- Eu não vi ela hoje.

—Só vi durante nossa conversa…- Yuma pareceu meio pensativo- Ela parecia já bem estressada antes de tudo explodir.

—Eu e Azusa podemos procurar nos quartos.- Anna se levantou- Brunna e Ruki, vocês topam procurar no resto da fortaleza?

O segundo casal concordou, e Priya parecia horrorizada:

—Isso significa que eu fico com os Trapalhões aqui?

—Ei!- Kou reclamou.

—Podemos procurar do lado de fora. Vai que ela decidiu caminhar pela neve. Espairar os pensamentos.- Yuma sugeriu.

—Você sabe o que é espairar?- Kou questionou de brincadeira.

—Espero de verdade que ela esteja aqui dentro. Ouvi os meninos falando sobre a nevasca piorar…- Brunna murmurou.

***

—Então…-  Kino engoliu em seco, olhando pra irmã mais nova meio assustado.

Ela semicerrou os olhos na direção dele.

—Desde quando você cresceu tanto?- Kino finalmente conseguiu questionar.

—Puberdade. Foi a Lilith que me falou.

—Ah. E Lilith é…

—Nossa prima.

—Ah. Sim. Claro. Eu sabia disso.- Kino pigarreou- Eu fiquei bem preocupado com você, sabia?

Mun não parecia nada impressionada.

—Sabe o que eu fiz pra te achar? Eu fui obrigado a atravessar todo o Mundo Humano. Vim até o Reino Vampiro, aí velejei até o Reino Demônio. E ainda naufraguei no Reino Lobisomem.

—Parece uma jornada e tanto.- Mun prosseguiu- Nada disso teria acontecido se você tivesse me impedido de ir pro festival.

—Você é uma CRIANÇA!- Kino retrucou.

—Eu ainda aguentei mais coisa que você!- Mun brigou.

Kino abriu a boca e a fechou antes de tentar falar de novo:

—Tudo o que eu fiz até hoje foi por sua causa. Não seja mal-agradecida a esse ponto!

—Kino, eu acabei de chegar em casa!- Mun fez uma expressão emburrada- Se você não tem mais nada pra falar, podemos levar a comida pra mesa de uma vez?

Kino pareceu com bastante raiva. Todo aquele esforço pra mal se ter um abraço e um obrigada da irmã.

Mun não o deu o direito de falar mais nada, já que foi levar os potes de comida pra mesa e seus outros irmãos.

—Sua discussão pareceu bem exaltada- Reijii percebeu.

—Ele merece. Ninguém mexe com Sakamaki!- Ayato comemorou.

—Ele é um Sakamaki. Idiota.- Shu revirou os olhos.

—Você tem certeza que está com energia o suficiente pra ficar andando pra lá e pra cá?- Subaru se preocupou.

—Eu passei por coisa pior que exaustão.- Mun respondeu.

—Disso ninguém duvida.- Kanato murmurou, silenciosamente julgando o corpo sujo da irmã mais nova.

—E Lilith?- Laito questionou.

Mun pareceu momentaneamente confusa.

—Vocês duas tinham ido embora junto.- Shu a lembrou.

—Ah. Sim. Mas tivemos que nos separar por… divergências morais?

—…Você claramente passou tempo demais com a Lilith.- Ayato murmurou- Olha como ela tá falando.

—É porque quando ela morava com o Kino o nível intelectual dela era inferior a zero.- Shu respondeu.

—EU ESTOU BEM AQUI!- Kino brigou.

Mun chegou a fazer uma careta com a voz repentina e alta do irmão mais velho.

Ele deixou os potes em cima da mesa.

—A gente só estava falando sobre como Mun aprende rápido.- Reijii tentou amenizar o clima.

—Eu sempre tive bons professores.- Mun sorriu, e seu lado mais doce apareceu por alguns segundos.

—É uma Sakamaki bem esperta.- Laito brincou.- Aprenderia de qualquer jeito.

—Assim como Lilith aprendeu.- Reijii se lembrou.

—Claramente as meninas Sakamaki tem mais sucesso em serem boas do que os meninos.- Shu zombou.

—…Eu vou ignorar vocês, fingir que isso não foi uma afronta a mim e jogar.- Kino murmurou e foi embora.

—Ele sempre foi chato assim?- Ayato mal esperou ele sair.

—Você se acostuma. Ele é meio irritante e fala alto demais, mas sempre teve as melhores das intenções.- Mun riu.

—Claro, grande boa intenção ele tentar sequestrar a Nikki.- Kanato resmungou- E ainda nem conseguiu fazer isso.

Mun fez uma expressão confusa, mas entendeu rápido que não seriam eles que explicariam as coisas pra ela.

—Mas e você, Mun?- Laito mudou de assunto- Você parece que se meteu em muitas desventuras.

—Ah.- Mun sorriu.- Você nem imagina.

Mun não se deu o trabalho de desenvolver a frase. Como se eles pudessem compreender a missão de vingança dela.

Ou sua lista de pessoas para matar.

Mun não era idiota o suficiente pra confiar esse tipo de coisa nos irmãos mais velhos. Provavelmente só ia render mais reclamações sobre Lilith ignorar o fato dela ser uma criança.

Mas Mun sobrevivera até lá sem falar nada, e assim permaneceria.

****

E um pouco mais beirando ao subsolo, a sala do trono estava cheia da tensão das duas famílias reais.

—Eu nunca vi tanta hipocrisia por metro quadrado!- Cousie parecia estar tentando segurar sua raiva.

—É compreensível que estejamos todos nervosos. Foi uma situação desastrosa.- Carla tentava a acalmar se sentar a esposa no trono.

—Eu só estou tentando fazer o melhor pra todos.- Cousie retrucou- Lutar belo bem maior, custe o que custar. É isso que uma rainha faz, não é?

Shin e Eliza trocaram um olhar discreto.

—Sendo bem sincera, eu achei meio desnecessário aquele drama PLÁ, sabe?- Haruka opinou- Tudo pode ser resolvido numa conversa. Mas não, teve fofoca, demissão e ainda a criança chegou.

—Pelo menos alguma família vai ficar bem resolvida quando isso acabar.- Shin murmurou.

—Eu nem sei por onde começar. Talvez agora seja tarde demais pra não mandar a Daayene embora. Pra treinar, digo.- Cousie continuou-   Mas o que fazer com o resto das Hudison e os Mukami?

—Eles certamente não estão do nosso lado mais.- Carla disse.

—Não posso dizer que os julgo.- Eliza murmurou.

Cousie pareceu a ouvir, mas prontamente ignorou o comentário.

—Eu digo que deixemos tudo do jeito que está.- Haruka respirou fundo- Perdemos muito tempo nessa encrenca. Impostor, agora essa treta… por que a gente não só esquece tudo e começa do 0.

—Tipo… que todo mundo se perdoe?- Shin pareceu confuso.

—Na medida do possível, né. A realidade é que perdemos quase um ano nessa brincadeira. E a cada dia que passa o KarlHeinz fica mais poderoso.- Haruka então se virou pra Cousie- Sei o quanto isso deve te incomodar, mas nossa patrulha é forte e equilibrada. Mas se tirarmos uma coisa da equação a coisa toda desanda.

Eliza respirou fundo pra se pronunciar como irmã Creedley, e foi aí que a porta se escancarou.

A família Herbert marchava completa, Nikki enrolando um cobertor na irmã mais nova, que tinha um ferimento sangrando na boca.

Logo atrás vinham as Hudison e os Mukami, parecendo um misto de preocupação e raiva.

—A que devo essa reunião inesperada e essa intromissão grosseira?- Cousie questionou.

—Não é intromissão se é urgente.- Victoria retrucou.

—Achamos Lua jogada no meio da neve. Desacordada.- Sofie explicou- Acho que ela foi atacada por alguém.

Eliza engoliu em seco.

—Podemos chamar o médico pra cuidar da sua ferida, Herbert.- Carla acolheu.

—Foi uma invasão? Você lembra quem te atacou?- Haruka parecia cheia de urgência.

—Eu não…- Lua estava com dificuldades de falar, graças ao machucado.- Não me lembro bem. É um borrão e… 

—Você sabe o que fizeram com você, pelo menos?- Cousie insistiu.

—Eu só lembro de uma dor na cabeça e um breu.- Lua fez uma careta de dor.- Um barulho estranho, tipo um zumbido. E algo dourado.

Eliza claramente ficou aliviada. Shin apertou sua mão, como um pedido pra ela manter a pose.

—Posso interromper?- Brunna pediu.- Por mais que eu esteja totalmente preocupada com o que atacou a Eliza, acho que temos algo mais preocupante pra lidar.

—E o que seria?- Carla questionou.

Todas as 3 irmãs Hudison presentes trocaram um olhar nervoso.

Ruki foi o que se pronunciou:

—É a Daayene. Ela não está em lugar algum.


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