Hinata no Time 7 escrita por dellnat


Capítulo 21
Fase I: Havia um Herói no país das Ondas




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Hinata já estava sonolenta e cansada. Como guarda da construção da ponte de Tazuna, mudou a impressão que tinha do homem até então. 

Tazuna executava um trabalho super pesado na construção da ponte. O país das ondas era um local quente, um pouco mais que o país do fogo.  No entanto,  o homem trabalhava por horas seguidas debaixo do sol e carregava imensas e pesadas toras de madeira e de ferro, embora conte também com a ajuda de umas máquinas estranhas. Outros poucos homens o ajudavam.

Hinata poderia ter ajudado, porém foi o próprio Tazuna que recusou, alegando que aqueles materiais eram pesados para uma garota pequena como ela. Mas ela era uma ninja, não deixou de pensar nisso. 

Tazuna, porém, reparou nos sinais de cansaço de Hinata:

—Parece que você está cansada de não fazer nada. 

Hinata, no entanto, acena em negativa.

—Estou fazendo a guarda para a proteção do senhor, Tazuna- san.

—Cadê aquele menino loirinho e o outro metido que estavam com você?

—Estão treinando nas árvores. 

—Você não deveria treinar também? 

—A missão ninja se restringe principalmente a cumprir indiscutivelmente as ordens. Minhas ordens é proteger o senhor.

—Sério?

—Sim.

Hinata não deixou de achar graça ao fato de Tazuna duvidar de sua proteção. Riu discretamente. 

—Ei, Tazuna. - chama um outro homem que também trabalhava na construção.

—O que foi, Giichi?

—Ah…Bom….Eu estive pensando bastante ultimamente , e… eu posso parar de trabalhar na Ponte?

Hinata olhava a conversa dos homens com atenção.  Tazuna,  no entanto, se exaltava ao conversar com o homem.

—Mas, por quê? Tão de repente! Até você. 

"Até você? "Quer dizer que ele não foi o primeiro a desistir?

—Tazuna, nós estivemos juntos há um bom tempo. Eu queria muito te ajudar, mas se continuarmos assim, Gatou virá atrás da gente também. - o homem apresentava um misto de medo e remorso. Tazuna olhava firme para ele. - Se você for morto, qual é a função disso tudo? Por que não paramos agora de construir a ponte? 

Hinata observava que um tempo passou até que Tazuna respondesse. 

—Eu não posso. 

—Hã?

—Essa Ponte é nossa Ponte. Essa é a Ponte que começamos a construir juntos na esperança de trazer recursos ao nosso pobre país. 

—Mas se perdermos as nossas vidas.

—Já está tarde. Vamos parar por hoje. 

Tazuna caminha e passa por Giichi sem olhar para ele.

— Tazuna! - o homem o chama.

—Giichi, você não precisa vir amanhã. 

Tazuna vai embora sem se despedir do outro homem.

Ao fim da tarde,  Naruto ainda treina com Sasuke a escalada da árvore. Porém ambos já estão subindo uma altura considerável, próximo de chegar a à base da copa. Naruto está um pouco atrás de Sasuke. Ambos estão muito cansados e sujos, mas só de um olhar para o outro é motivo para continuar.

Hinata acompanha Tazuna em uma simples região de comércio no país das ondas. Tazuna tinha que comprar comida para preparar o jantar. 

O local é desolado e sombrio. Tem muitos moradores de rua de todas as idades. Quando alguém grita "ladrão", Hinata reparou que quem está correndo é uma criança menor do que ela. "O que há de errado com essa Vila?"

Chegam no mercado e o local tem pouquíssimas coisas para comprar. Um homem para atrás dela, mexendo em sua bolsa ninja. O byakugan ativa espontaneamente e rapidamente Hinata se vira e acerta um golpe no abdome do homem. Como não era ninja e estava despreparado, o homem é atirado e cai metros longe dela.

—Você realmente me surpreendeu. - fala Tazuna depois que saíram do mercado.

— O que há de errado com essa Vila?

Novamente, alguém agarra sua roupa por trás. Mas na hora que ela se vira, era apenas uma criancinha. Estava surrada e pedia esmola.

A criança olhava para ela em um misto de expectativa e susto. Ela olha por um bom tempo, antes de lhe dar um pequeno agrado. Os olhos da criança brilha antes dela agradecer e sair correndo.

—Foi assim desde que Gatou chegou. Todos perderam as esperanças. - Tazuna olhava sério para ela - É por isso que precisamos da ponte agora.

Hinata acena, compreendendo o que aquela gente vive e a necessidade de ajudá-los. Se sente bem por estar minimamente contribuindo para isso. A ponte representa um símbolo de esperança para eles.

—A Ponte é um símbolo de coragem. Nós precisamos que as pessoas percam o medo e tenham vontade de lutar por elas mesmas. Se aquela … se aquela Ponte puder ser completada, a cidade voltaria a ser o que era antes.

Hinata se sente um pouquinho triste.

—Ela será. Tazuna-san, estamos aqui para protegê-lo para o senhor completar a ponte!

...

—DAAAAA

Naruto e Sasuke ainda correm ofegantes árvore acima. "Droga! Droga! O Sasuke continua subindo". pensa Naruto.

"Droga! Ele está me alcançando!" Pensa Sasuke.

"Droga! Não, não!  Para de pensar em Sasuke! Assim perderei minha concentração".

—Ei, Hinata. Você pode me dar umas dicas?

—Hum?

—Hein, Hein?

—Hum, tudo bem! O chakra usa energia espiritual. Então você tem que se concentrar. Não pode ficar ansioso, nem agitado. Tenta se conectar com a árvore, foi assim que eu comecei a conseguir - sorriso - Você é muito esforçado, vai ficar bom rapidinho. 

—Obrigado, Hina-chan! - sorriso - Você é demais! 

—HINATA! Vamos! Vocês dois, continuem os treinos. 

...

"Concentre, concentre. Ótimo, está funcionando! Certo, aqui vou eu!"

Naruto está empenhado na concentração.  Junta chakra no pé e começa a correr

—OI! NARUTO!

—daaa!

Naruto perde a concentração e cai.

—QUAL É O SEU PROBLEMA? NÃO DÁ PRA VER QUE EU TO TENTANDO ME CONCENTRAR?

—Hum...bom...é quem…

—O que foi? 

Naruto cruza os braços, desconfiado. Não era comum Sasuke querer conversar com ele. Sasuke desviou o olhar um instante, antes de falar.

—Mais cedo.. você… pediu...umas dicas para Hinata,  não foi? O que ela te disse? 

Primeiro,  Naruto ficou surpreso. Depois abriu aos poucos um sorriso.

—Eu não vou dizer!

O que aconteceu a seguir foi um tempo de silêncio mortal entre os dois. Sasuke fechou a cara. No fundo, esperava e sabia que merecia isso. Mas, no fim, devolveu para Naruto com o mesmo sorriso que o mesmo havia antes lhe dado:

—Então… depois eu vou perguntar para ela.

...

A noite, na hora do jantar, assim que Naruto e Sasuke colocaram a comida na boca, começaram a comer rapidinho. Não sabiam dizer se foi por causa do treino intenso, ou se era porque a comida estava muito gostosa. Mas, eles realmente estavam com fome e apreciando o alimento. Fora a necessidade natural de se alimentar, Sasuke e Naruto também estavam levando o senso de rivalidade até ali. 

—Ah, isso é muito divertido, Faz muito tempo que eu não sento para comer com tantas pessoas! 

Tazuna, estava contente por ter tanta gente fazendo a refeição junto de si. Estavam à mesa, os Naruto, Sasuke, Kakashi, Hinata, Inari, e sua filha, a moça de cabelos pretos que se chamava Tsunami. 

Tsunami também estava contente. Hinata, a garota havia ajudado no preparo da refeição, deixando a comida com um gosto levemente diferente, mas extremamente deliciosa. Kakashi também ficou ali presente e, embora não tenha trabalhado muito, visto que estava severamente debilitado, dava dicas e palpites, mas que deu um gosto a mais. Ficou pensando que aquele grupo sabia cozinhar muito bem.

Quando Naruto e Sasuke pediram por mais, Hinata arregalou os olhos assustada, pois realmente aqueles dois meninos já haviam comido demais. Ambos olhavam feio um para o outro. Mas sentaram e respiraram ofegantes sinalizando que estavam de barriga muito cheia, e não estavam aguentando comer.

—Chega! Desse jeito vocês não aguentam. - diz Kakashi, impedindo que eles comessem mais.

—Não, eu preciso comer. - Diz Sasuke

—Não importa como, precisamos ficar mais fortes o mais rápido possível. - Fala Naruto.

—Sim, sim. Mas não vai adiantar em nada se acabarem vomitando. - completa kakashi.

—Além disso, isso aqui está muito bom. - Sasuke devolve.

Hinata havia reparado na única criança da família, aquela que observava os treinos deles cedo. Era um menino pequeno, triste, sempre calado, de cara fechada, parecia um certo alguém. Até que tentou lançar algum sorriso ou aceno discreto, mas havia sido ignorada desde então. Reparou que o garotinho vez ou outra olhava para um quadro que estava rasgado de uma forma que parecia que o rosto de alguém havia sido arrancado de propósito. 

Talvez tenha olhado por tempo demais, quando Naruto reparou também na foto rasgada.

—Ei, por que tem uma foto rasgada na parede?

—Parece que tem alguém que rasgou propositalmente a pessoa dessa foto. 

Depois de um breve silêncio, a mulher se pronunciou:

—É o meu Marido. 

—O homem que um dia foi chamado de herói desta cidade. 

Sem dizer uma palavra, Inari se levanta da mesa e sai da cozinha. Brava com Tazuna, a mãe vai atrás do menino. 

—Otousan! Eu disse para não falar dele na frente de Inari! 

O silêncio preenche o ambiente novamente. Escuta-se apenas um suspiro e o respira fundo de Tazuna. Kakashi é quem o quebra:

—Parece que há uma história por trás disso. 

Então Tazuna conta. Conta que o homem chamado foi de herói daquele país. De como Inari gostava dele, depois que o homem salvou Inari de um afogamento provocado por outros meninos. De como que, apesar de não ter laços de sangue, era um pai para Inari, e o mesmo gostava muito dele, era muito unido a ele e muito feliz com ele. De como o homem ensinou Inari a ser corajoso e defender que ele ama e era precioso para ele com a força dos Braços. O homem se chamava Kaisa, e era um pescador que veio de outro país, mas fazia de tudo por aquele povo. Um dia, Kaisa salvou uma região de uma inundação durante uma tempestade, enfrentando uma correnteza sem pensar duas vezes, amarrando uma barragem estourada pela tempestade. E como Inari via e se inspirava nas ações desse homem. E como era orgulhoso dele. Além do mais, era um bom marido para sua filha, e a havia feito feliz como nunca fora antes. Quando Gatou chegou a cidade, a primeira coisa que fez foi ir atrás de subjugar o “Herói da cidade”. O amarrou, espancou, quebrou seus braços, amarrou no tronco e o executou na frente de todos. Inari presenciou toda a cena. Viu o homem que admirava como herói e como pai, todo machucado e sendo morto. Inari gritava pelo homem, que, apesar de todos os fardos, morreu sorrindo para o garoto.


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