Aang usava muito amarelo.

Vivia dizendo que era uma cor simbólica para os Nômades do Ar, que representava alegria e entusiasmo. Deveria representar luz e renascimento.

Para Zuko, amarelo era feliz demais.

Amarelo era brilhante demais, chamativo demais.

Nas pinturas, nas paredes, em tudo na Nação do Fogo, amarelo representava a luz do Sol dos qual o fogo dos dobradores se alimentava. Amarelo representava Agni, o Espírito do Sol, patrono do fogo, de sua dobra e sua nação.

Amarelo deveria ser tudo isso, mas não era. Não para Zuko.

Amarelo era a cor dos olhos de seu pai quando o olhavam com desprezo.

Eram a cor dos olhos de Azula, cheios de lágrimas e tormentos, olhos que nunca enxergaram a paz dentro de si mesmos.

A cor dos olhos de sua mãe, com um sorriso que não os alcançava, aqueles olhos com lágrimas escondidas atrás deles.

A cor dos olhos de seu tio, voltando decepcionado das paredes de Ba Sing Se, sem seu mais amado e único filho.

A cor dos olhos de Mai, quase sempre entediados, mas machucados de alguma maneira.

Amarelo representa tudo na vida de Zuko, menos felicidade.

Até ela chegar.

Os olhos amarelos de Izumi representavam tudo que amarelo deveria ser. Alegria, entusiasmo, luz, renascimento. Os olhos dela chegavam a ser dourados até. Ela sabia o significado de amarelo, e foi ela que ensinou a Zuko esse significado.

Ela era um caleidoscópio, com as cores certas.

As cores dela eram especiais.