Invisible String escrita por airotivs


Capítulo 1
Cowboy Like Me


Notas iniciais do capítulo

Bem-vinde ao universo de headcanon que eu criei ao longo de 9 anos lendo a saga Harry Potter. Sintam-se livre para comentar os hc de vocês.
Novamente, gostaria de enfatizar que está história também está sendo postada no wattpad (mesmo user do nyah!).
O próximo capítulo sairá essa semana, por motivos de: estou de férias e consegui escrevê-lo. No mais, atualizações serão semanalmente ou - talvez - quinzenalmente.



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COWBOY LIKE ME

I've got some tricks up my sleeve  
       Takes one to know one   
       You're a cowboy like me  
       Never wanted love  
       Just a fancy car  
       Now I'm waiting by the phone  
       Like I'm sitting in an airport bar 
       You had some tricks up your sleeve  


Sirius Black estava escorado na janela da torre de astronomia enquanto inalava calmamente a fumaça do seu cigarro. Hoje não era um dia bom – ele sabia disso – e, se tratando do moreno de olhos cinzas, isso queria dizer alguma coisa. Olhou a carta em suas mãos, mais uma vez, e lembrou da pergunta que havia lido em um livro trouxa, que havia pegado emprestado – o que seria um belo eufemismo para roubo – de Lily Evans, em seu quinto ano em Hogwarts, “Quantas vezes um homem pode afundar e continuar vivo?”. Se conhecesse o autor do livro, poderia lhe dar a resposta. Vezes demais. Um homem pode afundar vezes demais, e ainda continuar vivo. Sirius Black sabia disso por excelência.  

Foi interrompido de seus pensamentos quando ouviu uma voz feminina chamando-lhe a atenção.

— Você não deveria estar comemorando a vitória do time da grifinória? - Questionou Marlene Mckinnon. 

— Você não deveria estar comemorando a vitória do time da grifinória? - O moreno devolveu a pergunta.

— Touché. 

— O que traz você à torre de astronomia? - Perguntou Black, chegando para o lado e dando espaço para a de olhos azuis se sentar junto a ele. 

— Não estava no clima de celebrações... Aqui costuma ser bem vazio durantes as festas de quadribol. - Respondeu Marlene, sentado à janela e encostando a cabeça no ombro do amigo.

— De fato. 

— Não vai me oferecer um cigarro? - Indagou a loira, levantando a cabeça para encarar os olhos cinzas de Black.

— Pelo que me lembro do nosso quinto ano, você abominava cigarro. - Comentou o garoto com um tom de graça, levando a mão até o bolso da sua camisa branca e retirando de lá um pacote de cigarros bruxo. Estendeu a mão, oferecendo-os para a loira ao seu lado.

— Ah, eu abomino. - Concordou Marlene, pegando o pequeno objeto e acendendo a ponta com sua varinha. Inalou vagarosamente a fumaça, sem qualquer indício de que aquele era sua primeira vez. 

— Quer falar sobre o que está se passando na sua cabeça? - Perguntou Black, porque conhecia Marlene. E conhecia a melancolia que a atingia sempre que as coisas, mais uma vez, saiam de eixo. E conhecia aquele olhar desesperançoso e vago. E conhecia porque era o mesmo olhar que carregava consigo. 

— Dessa vez não. Você quer? 

— Dessa vez não. - Concordou o moreno, após um longo suspiro. 

Assim, em silêncio, o casal terminou o cigarro que estavam em mãos. Marlene havia notado o papel, completamente amassado, nas mãos de Black e, entretanto, não reunira coragem o suficiente para lhe perguntar o que significava. Sabia que a amizade deles funcionava como um acordo silencioso de não questionar o que se passava na vida do outro, até que este se sentisse completamente pronto para desabafar. O mesmo se estendia para James Potter, melhor amigo de ambos. Por isso, ficou um pouco surpresa quando o moreno quebrou o silêncio. 

— Reg vai ser juntar aos comensais assim que acabar seu quinto ano.  

— O que? O quinto ano? Ele está no quinto ano! - Marlene virou o rosto para encarar o moreno. Terror poderia ser lido no rosto da menina – Isso é apenas... barbárico.  

— Barbárico. - Repetiu Black, como se fosse uma palavra sem qualquer significado - É como as coisas são daquele lado, eu suponho. 

— Como você ficou sabendo?  

Sirius apenas levantou a carta que estava em sua mão. 

— Prima Andromeda me enviou isso... contando as novidades. Acho que pensava que eu teria algum poder de persuasão sobre o idiota.  

— Andromeda? Achei que ela tivesse sido expulsa da família. - Comentou a loira.  

— Ah, ela foi. Mas eu tenho outro parente semi-decente, Chepheus Black. Não é muito conhecido, mantém a descrição e o nome Black... deve ter descoberto em algum almoço de família, ou algo assim.  

— E o que você pretende fazer a respeito disso? - Questionou Mckinnon. 

— No momento estou conversando com você. Quem sabe o que farei daqui alguns minutos. - Replicou Black –Pensei em invadir a sala comunal da Sonserina, pegar o idiota e azará-lo até colocar algum senso dentro daquela cabeça oca. 

— Bem, eu lhe proíbo de fazer algo tão estúpido.

—  Estupidez é meu nome do meio. - Disse o moreno, com um leve humor ameaçando aparecer em sua voz.  

— Exato, chega de azarações. - Concordou a loira - Você poderia... não sei, conversar com ele?  

— Não, não poderia. Eu fiz minha escolha, ele fez a dele. Não acho que exista algo que possamos conversar a respeito. 

A loira apenas concordou com a cabeça, porque, de fato, não havia nada a ser dito. Sirius e Regulus Black nunca tiveram um relacionamento tranquilo, pelo menos não desde que o primeiro havia ingressado na escolha de magia e bruxaria de Hogwarts, e, não obstante, o mais velho ter optado – aqui, outro eufemismo, dessa vez para a palavra obrigado – por deixar a Mui Antiga e Nobre Casa dos Black não fora exatamente uma decisão que havia aproximado os irmãos.  

Entretanto, o universo trabalha de uma forma bastante curiosa e, por isso, Sirius Black jamais saberia das dúvidas de seu irmão em relação aos Comensais, jamais saberia de sua hesitação em se tornar um membro daquele exército, jamais saberia que uma conversa poderia, na verdade, alterar todo o curso dessa história - da história que todos vocês já conhecem. Mas, bem, o que é o destino senão uma linha invisível, que conecta cada acontecimento e cada pessoa, delimitando um final – sempre um pouco irônico - para todos que optam por dançar a dança da vida?  

Sirius Black e Regulus Black não sabiam, mas o cominho de ambos já havia sido traçado, e haviam sido traçados excepcionalmente através dos eventos que seguiram essa fria noite de outubro. Ah, se um apenas tivesse o poder de prever o futuro...  


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Notas finais do capítulo

Opa, o que vocês acharam??
Comentários são o que me movem :)



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