Chamas Azuis escrita por Naty Santos


Capítulo 8
Ciúmes




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Naru fechou os olhos e suspirou, sorriu, abrindo novamente os olhos com um olhar determinado. Assim, ela iniciou sua canção:

 

— Eu não gostaria de ser nenhuma outra pessoa

 

Você me deixou insegura

Me disse que eu não era boa o bastante

Mas quem é você para julgar

Sendo que você é um diamante a ser lapidado?

Tenho certeza que tem algumas coisas

Que você gostaria de mudar em si mesma

Mas quando se trata de mim

Eu não gostaria de ser mais ninguém

 

Nananana nananana nanananana

Nananana nananana nanananana

Eu não sou nenhuma rainha da beleza

Só sou bonita do meu jeito

Nananana nananana nanananana

Nananana nananana nanananana

 

Naru parou de olhar para Sayuri, e começou a cantar para as garotas que a assistiam:

 

— Você tem todo o direito

De ter uma bela vida

Vamos lá

 

Quem disse? Quem disse que você não é perfeita?

Quem disse que você não vale a pena?

Quem disse que você é a única que está sofrendo?

Acredite em mim, esse é o preço da beleza

Quem disse que você não é bonita?

Quem disse que você não é linda?

Quem disse?

 

Naru se voltou para Sayuri:

 

— Chega a ser engraçado

Como nada é engraçado quando se trata de você

Você diz a eles o que você pensa

Mas eles continuam querendo arrancar a verdade

É como uma obra de arte

Que nunca chega a ver a luz

Eles te mantém abaixo das estrelas

E não te deixam tocar o céu

 

Nananana nananana nanananana

Nananana nananana nanananana

Eu não sou nenhuma rainha da beleza

Só sou bonita do meu jeito

Nananana nananana nanananana

Nananana nananana nanananana

 

Naru se dirigiu novamente as garotas que lhe escutavam:

 

— Você tem todo o direito

De ter uma bela vida

Vamos lá

 

Quem disse? Quem disse que você não é perfeita?

Quem disse que você não vale a pena?

Quem disse que você é a única que está sofrendo?

Acredite em mim, esse é o preço da beleza

Quem disse que você não é bonita?

Quem disse que você não é linda?

Quem disse?

 

Quem disse que você não tem potencial pra ser uma estrela?

Quem disse que você não pode ser presidente?

Quem disse que você não pode estrelar filmes?

Me escute, me escute

Quem disse que você não consegue passar no teste?

Quem disse que você não pode ser a melhor?

Quem disse, quem disse?

Você não vai me dizer quem disse isso?

É, quem disse?

 

Quem disse? Quem disse que você não é perfeita? 

Quem disse que você não vale a pena?

Quem disse que você é a única que está sofrendo? 

Acredite em mim, esse é o preço da beleza 

Quem disse que você não é bonita? 

Quem disse que você não é linda? Quem disse? Eu só sou bonita do meu jeito

Quem disse?

 

Quem disse que você não é perfeita?

Quem disse que você não vale a pena?

Quem disse que você é a única que está sofrendo?

Acredite em mim, esse é o preço da beleza (sim, sim)

Quem disse que você não é bonita? (Quem disse que você não é linda?)

Quem disse que você não é linda?

Quem disse?

 

Naru foi aplaudida. Ela tinha uma voz linda, verdadeiramente angelical. Ela cantou com seu coração, com sua ternura e gentileza. Se dirigindo a todas as garotas, as fazendo sorrir.

Sayuri saiu do palco. Sem olhar para trás. 

Lui Shirosagi estava impressionado não apenas com a voz de Naru, mas também em como ela estava lidando com a situação. Ele sentiu orgulho, apesar de preferir, pessoalmente, que Naru ofendesse terrivelmente Sayuri e a colocasse no lugar dela.

Lui notou o bey de Naru brilhar em sua mão, enquanto ela cantava. E se surpreendeu.

A garota saiu do palco, com olhos vidrados nos olhos violetas de Shirosagi. Ela caminhou, se aproximando dele:

 

— Seu bey brilhou enquanto você cantava. Ele reagiu à música. Interessante! - Dissera, Lui, estando pensativo.-

 

— Eu percebi que o Kirin Nirik gosta de música tanto quanto eu! Acho que somos perfeitos um para o outro. Não vejo a hora de estar em uma batalha de verdade. - Naru falara, animadamente.- 

 

— Ainda não está na hora. Mas... Por mais irritante que isso seja. - Lui revirou os olhos.- Continue cantando. Isso vai te ajudar a ressoar.

 

— Isso é INCRÍVEL! Eu realmente acredito de verdade que isso vai dar certo! - Naru disse, empolgada.-

 

Lui sorriu. Fazendo Naru ganhar um brilho em seus olhos e sorrir instantaneamente. Shirosagi não conseguiu evitar, ele corou levemente, com sorriso de Naru, e imediatamente se encontrou em martírio, por isso. Ele estava perdendo o controle:

 

— Vem Lui, vamos comer alguma coisa! - Naru o chamou, o segurando pelo pulso, porém não de forma bruta, mas com gentileza.-

 

Lui puxou seu braço, fazendo Naru o soltar. Ele ainda estava constrangido e consequentemente, ainda mais corado:

 

— Eu vou ir sozinho. Já falei para você desgrudar, garota. - Lui reagiu pelo constrangimento.-

 

Quando Shirosagi deu alguns passos, um dos populares do colégio se aproximou de Naru. Seu nome era Hideki. Lui parou imediatamente, e olhou para trás, vendo o rapaz falar com ela:

 

— Você ensinou uma boa lição para Sayuri! Foi demais! Mas, e aí, como você está? Sabe, foi bem chato o que fizeram com você ontem! - Hideki disse se aproximando dela.-

 

Lui rosnou. Não apreciou de forma alguma outro cara se aproximar tanto de Naru. A verdade é que ele sentiu ciúmes.

Agindo por instinto, como se quisesse marcar território, Lui se aproximou dos dois, ficando lado a lado com Naru, colocando sua mão na cintura dela, e a puxando para perto dele. Enquanto ele encarava o rapaz com intensa fúria em seus olhos:

 

— Se acha isso, porque não fez nada? Inútil. Você não passa de um covarde. - Lui, dissera, alterado.-

 

— Você agiu primeiro. Mas eu ia ajudar você, mocinha! - Hideki respondeu. Um tanto intimidado.-

 

Lui revirou os olhos, e rosnou:

 

— Eu estou bem, e muito obrigada por se preocupar. De verdade! Você é muito gentil. - Naru sorriu.-

 

Lui bufou, incomodado:

 

— Mas, agora, com sua licença, eu vou no refeitório, com o Lui. Tchau! - Naru falara, com um sorriso gentil.-

 

Shirosagi sorriu satisfeito. Ele e Naru seguiram seu caminho. Quando já estavam corredor do refeitório, Naru não conseguiu mais conter seu riso:

 

— Qual o seu problema? - Lui questionou.- 

 

— Você fica fofo com ciúmes! - Naru respondeu.-

 

Lui corou, se sentindo contra a parede:

 

— Não seja estúpida! Garota ridícula. Porque eu teria ciúmes de você? Se enxerga... Eu não tô nem aí para você. Francamente. - Lui revirou os olhos, estando ele ainda corado.-

 

Naru riu, e em seguida tomou uma atitude, que deixou Lui e ela mesma, surpresos. Ela beijou novamente seu rosto, deixando Lui Shirosagi estático, ainda mais vermelho, algo que sempre se destacava em sua pele claríssima:

 

— Tá bem! Desculpa, eu devo ter me enganado! - Naru falara de forma cínica e sarcástica.-

 

Ela se virou e continuou seu caminho. Todos olhavam para Lui que ainda se encontrava atônito. Mas, ele logo se compôs:

 

— Perderam alguma coisa? - Ele gritou para os adolescentes ao seu redor.-

 

Lui seguiu seu caminho. Não se sentou com Naru, mas no balcão sozinho. Estava bravo com ela, mas muito mais constrangido do que bravo. 

Naru achou graça em como o grandioso Lui Shirosagi se encontrava.

Ela estava surpresa com sua própria ousadia. Talvez, tivesse tomado tal atitude, porque no fundo, ela estava começando a acreditar que Lui estava realmente nutrindo sentimentos românticos por ela. Algo que fazia seu coração acelerar insanamente, só de pensar. Naru estava em uma felicidade sublime. 


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