Doce Surpresa escrita por ShiroyamaLily


Capítulo 1
Capítulo 1 - Visão dela


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO: Fanfic também postada no site Social Spirit, porém, lá a fanfic está desmembrada em duas: "Doce Surpresa" e "Doce Surpresa - o nosso ponto de vista".
Haverá uma pequena diferença porque por lá a história está apenas no nome da autora ShiroyamaLily e aqui é porque houve a betagem da coautora NykaraMika, onde, juntas, decidimos unir essas shots em uma por aqui.
Qualquer dúvida estamos a disposição e esperamos que gostem!
Logo mais pretendemos postar a continuação dela, a "Doce Surpresa - O Recomeço" que por hora só está postada no outro site e está em revisão.
Boa leitura!



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POV Lily on

 

 Avião para Tóquio, 22:00 

 

Eu estava a caminho da minha nova vida. 

 

Descobri por acaso que era meia irmã de um de meus ídolos, Tanabe Yutaka, ou Kai para os fãs de The GazettE e sabia que iríamos nos dar muito bem enquanto sorria e fechava os olhos lembrando das horas que antecederam a minha repentina, porém, desejada viagem. 

Flashback on 

Eu chegava de mais um curso de maquiagem, agora com mais um certificado para colocar na pastinha junto aos outros que já tinha, além de mais fotos para o meu portfólio. 

Se tem uma coisa que eu adoro é reproduzir maquiagens de visual kei nas minhas fotos e todos sempre acharam estranho a minha ligação com o Japão, insistindo em dizer que era por causa do que eu assistia, lia ou ouvia, mas eu sabia que não. 

Me deitei e suspirei olhando para o passaporte que tinha chegado semanas antes e quando estava pegando no sono, minha mãe entrou no quarto e começou a falar repentinamente do caso que teve com um japonês que dissera a ela que estava separado e com isso, a engravidou por descuido, acrescentando ainda que eu era um erro em sua vida por ter que abrir mão de todos os seus sonhos de modelo. Quantas vezes eu ouvi isso e me reprimi? 

Eu normalmente sofria calada, preferindo me virar na cama e fingir dormir, escutando a mulher mais velha sair do quarto, talvez já satisfeita depois de tanto reclamar, contudo, não contava eu que ela iniciava uma chamava via vídeo por Skype, contando sobre mim para um senhor aparentemente de meia idade e no meio da conversa de ambos, o filho dele aparecer para saber da história e que pelo o que eu ouvia de longe, pareceu chocado. 

Minha curiosidade falou mais alto e sai do quarto para eu mesma averiguar a questão, descalça em busca do quarto ao lado em que ouvia aquela videochamada, logo dando de cara com aquele senhor e seu filho, surpresa por reconhecer o mais novo dos homens do outro lado da tela e perguntar sem medo quem era aquele senhor, assustando um pouco a minha mãe pois apareci de surpresa à suas costas mesmo que eu estivesse vidrada na tela e, sem saída, ela revelou que aquele era meu pai e meu meio irmão respectivamente. 

O que fez melhorar meu dia foi o sorriso do rapaz. Aquelas covinhas me fizeram quase perder o equilíbrio, ainda mais quando ele me convidou para ir conhecê-lo já que o pai não queria vínculo comigo e sem pensar duas vezes, aceitei o convite, correndo para o quarto para arrumar tudo o que precisava, logicamente não me esquecendo de minhas inseparáveis maquiagens.

Claro que aquele meu ato súbito gerou uma pequena discussão que imediatamente contornei, já cansada de ter que aturar tudo aquilo de minha mãe, não me preocupando em gastar as minhas reservas para ir até o aeroporto e dar a sorte de comprar o próximo voo para o Japão.  

Era uma loucura, tudo poderia acontecer, mas estava disposta a me arriscar. 

Flashback off 

Tinha acabado de desembarcar e logo vi alguém correndo e tentando ser o mais discreto possível. 

Acabei rindo com aquilo. 

Era fácil reconhecê-lo de longe apesar das roupas casuais, mas foi fácil também nos encontrarmos ali pois no caminho, após aquela troca de informações rápidas como número de celular e afins naquele momento de vídeo chamada feita pela minha mãe, tirei uma foto minha para que ele me identificasse até porque tudo foi muito súbito, mesmo não me arrependendo nem um pouco de ter tomado a decisão de vir para a Terra do Sol Nascente, sorrindo ao abraçar o rapaz enquanto me sentia verdadeiramente em casa.

— Irmãzinha, terei de te levar para o meu ensaio da banda que eu participo. Sabe, eu sou… –  Kai me dizia em inglês já que com toda aquela correria, nem tínhamos trocado tantas informações que não o necessário com a minha súbita vinda.

—  Eu sei. –  Fiz questão de responder em japonês. Eu tinha uma certa fluência no idioma justamente por gostar do país e me dediquei a isso esperando que esse dia chegasse. – Como a gente se conheceu rápido demais, já digo que sou fã da sua banda faz algum tempo, se quer saber. Mas acho que não convém falar isso aqui no meio de muita gente ou você mal chega para o seu ensaio, né? –  Acabei lhe mostrando a minha blusa do The GazettE toda feliz para finalizar.

Ele me sorriu com aquelas covinhas que eram ainda mais adoráveis de perto, me abraçando mais uma vez enquanto ditava, em japonês, o quanto estava feliz, dizendo que logo após o ensaio nós passaríamos em seu apartamento, não perdendo tempo em pegar minhas malas, colocando-as no carro e assim partir para a PSC.

Ao chegar lá, Kai andava comigo todo animado me puxando pela mão, apenas trocando algumas palavras com o pessoal para permitir a minha entrada. Era só sorrisos e sinceramente aquilo me alegrava, me fazendo pensar que tomei mesmo a decisão certa, mal percebendo quando entramos no estúdio e os demais quatro rapazes nos olharem com espanto, já lançando as perguntas de quem eu era. 

Singelamente me apresentei e falei que era meia irmã de Kai.

— Não, não! Apenas minha imoto-chan! Vamos abolir esse negócio de meio. –  Kai continuava a sorrir.

—  Ah, prazer Lily-san! Não sabíamos que o Kai tinha uma irmã. – Ruki se apressou em dizer, fazendo uma reverência respeitosa que foi copiada pelos outros que me conheciam agora  – Etto… Só por curiosidade, podemos saber a sua idade?

Verdade. Ter essa carinha de menininha enganava muita gente e não foi de se espantar que Kai, junto aos outros quatro, me olhassem curiosos para saber a minha resposta.

—  Vinte e sete. 

Foi clara as expressões de espanto, até mesmo de meu irmão, o que rendeu piadas feitas por Reita que proporcionou um momento rápido de tira dúvidas sobre mim, elogiando-me em seguida junto aos demais, porém, por já estarem em cima da hora para ensaiarem, Kai pediu para que eu ficasse a vontade, observando-os de longe, toda orgulhosa de poder ver meu irmão na bateria. Ele estava lindo!

Mas ok. Que a verdade seja dita: Aoi. Era sempre Aoi que prendia meu olhar e fazia meu coração acelerar desde que me tornei fã da banda, logo já deitada no sofá em que estava os observando como se estivesse com fones de ouvido e ouvindo pela milésima vez a música deles. Era gostoso ouvir mais de perto, tendo a leve impressão de que às vezes Aoi me olhava e sorria virando o rosto rapidamente quando eu notava, não tardando para que Kai anunciasse o fim do ensaio e dissesse que amanhã estariam de folga.

Aoi logo tomou a frente e perguntou repentinamente se ele e os outros poderiam ajudar com as minhas coisas, o que logicamente tinha me deixado com todas as cores do arco-íris no rosto. Aquilo pareceu preocupar Kai, perguntando se eu estava sentindo algo, o que deixava ele mais fofo ainda ao meu ver, percebendo que não somente meu irmão tinha se preocupado, mas Aoi também.

Eu me sentia nas nuvens!

Chegando ao apartamento de Kai algum tempo depois, que era bem grande por sinal, meu irmão me mostrou o meu agora quarto enquanto os meninos traziam as malas e colocavam ali, não tardando para desfazer as minhas coisas e arrumar o local ao meu jeito.

Montei um mural que foi tomado por fotos deles, as maquiagens com seus lugares na penteadeira e estante e pouco a pouco, tudo foi ficando com a minha cara. Parece que me distrai bem ao me acomodar ali, notando que os meninos ainda estavam pelo apartamento, restando-me então pedir licença para tomar um banho e logo após vestir minha calça preta, uma blusinha de alças vermelhas e um casaquinho preto, notando um cheirinho de comida gostosa que segui e averiguei ser de Kai que me convidou a me sentar à mesa farta e rodeada pelos rapazes.

Engraçado que o único espaço vago era ao lado de Aoi, dando a entender que o destino estava conspirando a meu favor, ouvindo incessantemente, mas prazerosamente, meu irmão dizer que estava feliz em me ter como irmã, já respondendo a ele que agora estava em casa e estava preparada para recomeçar minha vida, deveras bem confortável em estar ali.

Com isso, iniciamos mais conversas agradáveis e amenas, percebendo que os meninos eram ótimas pessoas que até perguntaram sobre o que eu fazia antes de vir, restando-me mostrar meus portfólios que peguei do meu novo quarto para lhes mostrar. 

Havia fotos feitas em clientes e até mesmo minhas que consistiam em reproduções e releituras das maquiagens que eles usavam nos pv's ou apenas inspirações das músicas deles, me sentindo lisonjeada por gostarem do que eu fazia a ponto de decidirem que eu seria a nova maquiadora da banda já que a antiga tinha saído da PSC, dando-me a chance de pensar com calma sobre o assunto, mas eu já estava decidida e logo disse a todos que seria uma honra para mim trabalhar com eles, ditando que quando estivesse trabalhando, não seria a irmã do Kai e sim seria a Lily maquiadora, profissional. 

Eles pareceram satisfeitos com isso, concordaram e tão logo começamos a jogar vídeo-game e por mágica, atração, destino ou sei lá o que, parecia que eu e Aoi estávamos nos aproximando muito.

Enquanto nos divertíamos jogando video game, Ruki falou que agora eu não teria mais só um irmão e sim teria mais três, exceto por Aoi que parecia não querer uma mera amizade, literalmente me fazendo morrer de vergonha ouvindo aquilo, parecendo um morango de tão vermelha, mas logo tive que voltar minha atenção ao jogo pois eu me desconcentrei e estava perdendo para o meu moreno. Ah! Antes que eu me esqueça, o jogo era Mortal Kombat, coisa que eu achei curiosa pois amava aquele jogo e parecia ser o um dos favoritos de meu irmão também. 

A noite foi tão divertida que passou tão rápido e na hora de se despedirem, cada um me deu um beijo no rosto, combinando algo com o Kai na qual não prestei muita atenção, ajudando em seguida na cozinha assim que os demais se foram, me deixando a sós com meu irmão.

A dinâmica entre nós dois era boa que acabamos limpando tudo rapidinho em meio a conversas para nos conhecermos melhor como irmãos e assim que estava tudo em ordem, fui para o quarto, colocando o pijama e caindo na cama, realmente caindo num sono gostoso, leve e feliz. 

Aquilo tudo era um recomeço, uma nova vida, um novo sonho... E, quem sabe, um novo amor. 

Estava ansiosa para conferir o que me aguardava.


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