Tão doce e tão fatal: Mel com limão e sal ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 64
Capítulo 37 - Parte 01 (064)


Notas iniciais do capítulo

Desfrutem ♥



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Parecia que aquela noite não terminaria para Gilbert, principalmente quando pela madrugada sentiu empurrões em seu ombro. Com dificuldade abriu os olhos. Levantou o rosto e viu Sara sentada na cama chamando-o com insistência.

— Gris! Gris! Acorda Gris...  – A voz de Sara era manhosa enquanto lhe sacudia insistentemente.

Demorou mais que alguns segundos para Gilbert conseguir sair do mundo dos sonhos e vir para a realidade. Fora quando pensou que poderia ter algo errado com Sara ou com seu filho. Ele em um salto sentou-se na cama.

— Sara. Está tudo bem?

— Está sim. – Murmurou manhosa. – É que eu...

— Você?

— Eu acordei meio estranha, deve ser coisa de grávida, mas é que... – Sara estava visivelmente envergonhada, seu rosto rosado, o jeito manhoso de falar. Com certeza queria pedir algo e não sabia como.

— É que... – Ele a incentivou.

— Eu estou com desejo. – Falou por fim. 

Gilbert demorou alguns segundos para responder, na realidade ainda tentava acordar, sentia-se meio lento de ter sido acordado ao meio da noite – coisa que teria de se acostumar quando nascesse o bebê –, antes de fazer a fatídica pergunta apenas torceu mentalmente para que não fosse algo muito difícil de conseguir, principalmente ele que estava sem carro em um país que não conhecia a metade das coisas e mal sabia a língua. Se possível que pudessem entregar no hotel.

— O que você quer meu amor? – Ele finalmente tomou coragem de perguntar, porém o olhar de Sara dizia que não era fácil de responder.

— Quero muito, muito. De verdade. Comer... – Ela ainda hesitou antes de falar. – Frango empanado com brigadeiro. 

— O que? – Ele perguntou apenas por via das duvidas. Sabia que mulheres grávidas tinham desejos estranhos. 

— Isso que você ouviu. – Ela se encolheu envergonhada. – Não me faça repetir.

— Está certo. Está certo. – Ele sorriu compreensivo. – Vou ligar para o saguão do hotel e perguntar onde consigo isto.

O olhar de Sara fora de extremo agradecimento. Ele então a deixou na cama e fora para a sala, lá pegaria o telefone para falar com o hotel, e pedir para Sara – por mais estranho que fosse – o que ela queria comer. Não poderia imaginar o que seria dele se seu filho nascesse com cara de frango empanado com brigadeiro.

Riu de seus próprios pensamentos. 

Fora mais fácil do que imaginava. Quando falou do seu problema com o responsável pela gerencia a noite, ele conseguira que alguns de seus cozinheiros de plantão fizessem o que ele havia pedido e lhe disse que em breve estariam lhe entregando no próprio quarto de hotel.

Gilbert dormia já no sofá quando finalmente a camareira chegou com o que havia pedido, agradecido ele lhe deu uma gorjeta e pegou a bandeja para levar para Sara no quarto. Do jeito que estava ansiosa, ele esperava encontrar uma Sara acordada ansiando pelo que havia pedido.

Ao contrário, Sara estava em um sono profundo.

— O que eu faço com você minha pequena? – Não havia como ficar irritado com a mulher que estava em sua cama. Ao contrário, parecia agora mais desperto, analisando cada curva e marca de sua adorável pele. Seus traços da face. 

Largou então a bandeja sobre a cômoda ao lado da cama. Ela ainda estava nua com o lençol a cobrindo, ele por outro lado teve de botar uma roupa para trazer a comida que provavelmente ela nem comeria. Puxou o lençol descobrindo a morena e admirou alguns instantes seu corpo nu. Logo levou sua mão até a barriga dela, e acariciou levemente.

Ainda não havia crescido, mas ele já imaginava seu bebê grande ali dentro, chutando-lhe a mão quando fizesse o mesmo carinho daqui há alguns meses. Era estranho, pois ao mesmo tempo que ele não sentia nada do bebê ao tocar o ventre de Sara, parecia que ele sentia muito, como se pudesse pegar aquele pequeno em sua mão e niná-lo e o pior sentia como se ele pudesse entender. 

Não era um pensamento, era apenas uma sensação. Por isto continuou acariciando.

— Olá minha filha. – Murmurou baixinho. – Eu sei que a mamãe diz que é um menino, mas sei que é você Julia que está aqui dentro. Sempre soube. Desde que sua mãe disse que estava grávida. Parece que é uma conexão, não sei. Pode ser tudo muito louco... É tudo muito louco. – Constatou com um riso baixo. – Mas é o que eu sinto de verdade. Eu te amo minha filha.

— E ela também te ama. – Murmurou Sara, recém acordada, com um sorriso lindo nos lábios.

— Desculpe. Não queria te acordar. – Ele sorriu. – Apenas queria ter uma conversa com o bebê. – Ele sorriu.

— Com Julia? – Indagou.

— Com o bebê. – Repetiu.

— Sabe Gris. – Sara disse se levantando da cama. – No começo eu achava que você dizia isto por pura implicância sabe? Mas agora quando ouvi você falar com o bebê, aquilo parecia tão profundo, que até eu comecei a acreditar que é uma menina. – Ela riu enquanto buscava no guarda-roupa uma camisa de Gilbert para vestir. Ao encontrar o fez. – Apenas não quero que se iluda demais, caso esteja errado pode acabar se frustrando. 

Em seguida Sara sentou-se na cama novamente, e puxou a bandeja para si. De alguma maneira aquele desejo não havia passado, ela realmente precisava comer frango empanado com brigadeiro. O pior é que Sara literalmente mergulhava o frango no brigadeiro, e pegando com a mão colocava na boca, como uma criança comendo.

— Eu sei Sar, não vou me frustrar. Sinceramente ficaria muito feliz se viesse um menino, que pai não quer um campeão? – Ele tentava evitar rir ao ver Sara comendo daquele jeito. – Mas na verdade é o que meu coração diz: Julia Sidle Grissom. 


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