Enluarado escrita por Camí Sander


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse Cânon... e não me matem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/799325/chapter/1

Isso está fora dos padrões, Edward — murmurou ela. — Não deveria ser assim. Está sendo tão impossível esquecê-lo! Não está certo. Poderíamos voltar.

Mas não vamos — respondi rapidamente.

Aquela velha dor, a dor de deixá-la partir, insistiu em engolir meu ser outra vez. O buraco negro em meu peito alcançou toda a sombra de felicidade que consegui reunir nos últimos meses.

Não faz sentido, Edward — insistiu a morena. — Não tem nenhum cabimento ficarmos separados se nós…

Eu fiz uma promessa, Bella — retruquei baixinho na tentativa falha de encobrir a angústia. — Entenda isso! Não vou deixar Megára sofrendo com dois filhos pequenos para criar só para satisfazer a minha vontade! Já fui egoísta uma vez e isso me custou o teu coração. Não vou quebrar minha promessa. Meg precisa de mim.

Também sou fraca e preciso dos teus cuidados — choramingou. — Fiz muita besteira sem você por perto.

Percebi — rosnei trincando os dentes. — Você quebrou o pacto de Ephraim e Carlisle.

Aturdida, Isabella virou o rosto para me encarar com os olhos avermelhados.

Não quebrei! Eu comprei sangue. Nunca ataquei ninguém, Edward!

Ciente do aperto que receberia assim que fixasse meus olhos nos dela, fitei-a.

Por que sangue humano, Isabella?

Minha antiga mulher ergueu o queixo e sustentou meu olhar.

Um teste — respondeu arrogantemente. — Para ver se você viria me impedir.

Mas eu não fui — assinalei.

E eu bebi — concluiu. Então seus olhos nublaram com uma tristeza profunda que transpareceu na voz macia. — Não consigo te olhar.

Embora dissesse isso, em nenhum momento fez sinal de que desviaria os olhos. Decidi tirá-la daquela tortura e voltei a encarar o chão, brincando com uma folha caída.

Não consigo parar de te olhar — rebati infeliz e suspirei. — Que vida injusta!

Bella estendeu a mão e alcançou a minha para puxar próxima ao seu rosto. Toda a eletricidade ainda estava lá e a maciez de sua pele fazia com que minha própria alma sombria gritasse para laçá-la com os braços e absorvê-la para dentro de meu corpo. Imediatamente, tentei recolher minha mão.

Não quer me tocar? — perguntou parecendo ofendida.

Não posso te tocar, Isabella — expliquei vagamente. — Não quero magoar Megára.

E tentei outra vez puxar minha mão da sua.

No entanto, Bella agora era forte. Ainda mais com os últimos resquícios de sangue humano nas veias. Ignorando-me, ela pousou minha mão em seu rosto e estilhaçou toda a força de vontade que concentrei desde a última luta.

Com o cuidado que usava quando seu coração ainda batia, afaguei a face perfeita e suspirei. Tracei cada linha, cada milímetro de pele, cada fio das sobrancelhas e cílios espessos, com a ponta dos dedos. Deixei a boca por último. Minha maior tentação.

Estremeci quando o hálito doce atingiu minha pele. E prendi a respiração quando a ponta da língua molhou ali. Instintivamente, inclinei-me em sua direção, meus olhos pousados nos lábios carnudos e minha própria boca entreaberta.

Foi a falta de respiração dela e a mordida breve no lábio inferior que me trouxeram para a realidade. Recuei com brusquidão, trazendo minhas mãos de volta ao chão, e cerrei os olhos com força, estremecendo diante da possibilidade de quebrar promessas outra vez.

Não! — ordenei, tanto para mim quanto para ela. — É errado o que estamos fazendo!

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, Querem mais???
Querem conhecer a Meg e tudo?
Passem lá no spin-off do início da história dela!
Link: https://fanfiction.com.br/historia/799062/Amor_Uma_Historia_de_Equinocio/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Enluarado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.