Don't Forget escrita por YuukiS2Chan


Capítulo 6
O meu estilo, Eu que escolho!


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem ^-^



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Era quinta, parado em frente ao meu armário, pensando no que vestir, na verdade não tinha o que vestir, estava agoniado, precisava de roupas novas, depois do trabalho iria a uma loja de roupas, era dia de pagamento, então aproveitei, fui com meu irmão, passamos em uma loja conhecida em Tokyo.
— Nem está tão cheia - disse ele;
— Não mesmo, isso é bom, vamos entrar -
— O que vai comprar? - ele perguntou;
— Roupas e algumas outras coisas - respondi;
— Okay - disse ele;
— Vou olhar ali - eu disse apontando para umas roupas penduradas;
— Tá, vou olhar algumas pra mim também - disse andando pela loja;
    Fui até as roupas e começei a olhar, tinham várias horriveis, até que achei uma camisa xadrez, azul, adorei, tirei e continuei olhando, tinham vários estilos daquela camisa, peguei várias, já tinha muitas na mão, andei pela loja e vi algumas camisas com algumas coisas escritas em inglês, peguei algumas e fui ver calças jeans, tinham várias, peguei umas três, vi uma que tinha alguns rasguinhos, logo corri para pegá-la. Fui até o procador, meu irmão já me esperava sentado no banco em frente aos provadores, me vesti e sai, vi seus olhos arregalarem.
— Tá horrível! - disse ele, fazendo uma cara de irônico;
— Não tá nada seu palerma - eu disse rindo;
— To brincando, tá bonito - ele disse, sorrindo;
— Que bom! - eu disse, voltando para o provador;
— Ei, será que essa fica boa em mim? - ele disse mostrando uma calça jeans escura;
— Não sei, mas só sei que não vou pagar nem fodendo! - eu disse, rindo;
— Nem vai me dar de presente? - ele riu;
— Você já viu o preço dela? -
— Sim, tá barato, olha -
    Cheguei perto, não consegui enchergar, meus óculos estavam quebrados, guardados em casa, não contei a ninguém que tinham quebrado, me matariam, mas acho que valeu a pena quebrá-los, eram horríveis, nem fui eu que escolhi! Foi meu pai, pra variar.
— Nossa cadê seus óculos seguinho? -
— Quebraram, não conte para eles hein! -
— De novo? -
— Hai -
— Ainda bem, eram horrorosos em você - ele disse rindo;
— Também acho -
— Mas enfim vai comprar pra mim ou não? - ele insistiu;
— Não - eu disse voltando pro provador;
— Nossa valeu - ele disse rindo - deposi eu te pago! - ele gritou;
— Ai sim - gritei do provador, ouvindo a risada dele;
Provei o resto das roupas, algumas não ficaram muito boas, fiquei com preguiça de procurar de novo, então comprei as que serviram e fomos para outra loja.
    Quando terminei, percebi que comprei muita coisa, ainda bem, agora tenho algo para vestir quando sair, voltamos para casa e logo vi meu pai reclamando de algo, mas não dei atenção, fui até a lavanderia e coloquei as roupas novas para lavar, minha mãe perguntou sobre as roupas, eu disse que as comprei, logo ela pediu para ver como ficaram mais tarde, eu confirmei e subi para meu quarto, sentei no computador e logo vi várias mensagens, eram de Uruha, ele dizia que iriam se encontrar no mesmo bosque, olhei para o relógio, eram 17:47, ele dissera que iriam se encontrar as 18:00, me levantei e corri para o armário e peguei a primeira camisa que vi, ainda bem que eu escolho bem, peguei uma xadrez vermelha, coloquei, fui para o banheiro, ajeitei o cabelo, peguei minhas chaves, meu celular e desci, dei de cara com meu pai, para o meu azar.
— Vai sair de novo? - perguntou ele;
— Sim, vou até uma livraria - a tal livraria ficava na mesma rua do parque, nem foi uma mentira muito grave;
— Que livro vai comprar? - ele perguntou em seguida;
— Vou ver o que tem de novo pra ler - eu até queria comprar outro livro para passar o tempo;
— Entendi, pelo menos vai fazer algo que presta ao invés de sair com aqueles garotos de novo - disse ele;
— O que tem com meus amigos? - já suspeitava;
— São todos más companhias, você sempre sai com eles e acaba voltando pior do que antes -
— Você que pensa, eles me ajudam mais do que ninguém, se não gosta deles, sinto muito mas eles sim são amigos de verdade - eu disse;
    Me irritei e sai, bati a porta, minha mão voou ao rosto, estava furioso, sentei no degrau perto do portão, ainda com a mão no rosto e de olhos fechados, começei a ficar estressado quando ouvi  meu pai reclamando com minha mãe de novo, isso me irrita muito, ela não tem nada a ver com a teimosia dele. Ouvi alguém me chamar, abri os olhos devagar, não os abri muito, vi alguém usando uma sapatilha preta, fui subindo os olhos, usava calça jeans, uma blusa branca, um colete jeans por cima, quando prestei atenção, vi que era Reira, eu realmente a achei linda, seus cabelos estavam presos de um jeito diferente, ela costuma usá-lo solto, seu cabelo é um pouco longo, castanho, liso e enrolado nas pontas, dessa vez, estava preso para atrás, achei lindo, não sei poruqe fiquei feliz por ela estar aqui.
— Taka-san? - disse Reira;
— Olá - eu disse;
— Tudo bem? - ela perguntou;
— To bem sim -
— Então você mora aqui? - perguntou em seguida, com um sorriso;
— Sim - eu disse, sorrindo;
— Algo errado? Você parece chateado - disse enquanto sentava ao meu lado;
— Na verdade sim -
— O que aconteceu? -
— É o meu pai, continua me perturbando -
— E tem motivo? -
— Sim, ele não gosta dos meus amigos, ele acha que são má companhia - coloquei a mão no rosto de novo, senti que iria explodir de raiva;
— Mas eles te ajudam tanto! Como ele pode pensar assim? - ela parecia surpresa;
— Ele é teimoso, não entendo o que ele pensa deles, deve ser porque não viu como eles me ajudaram - disse abaixando a cabeça;
    O que eu menos queria era parecer um coitado perdido na rua, muito menos um fracote, mas acho que se fosse um estaria chorando agora, mas não tem problema chorar as vezes, só não quero chorar, nem preciso, ai sim vou parecer um coitado, de cabeça baixa, abraçava meus joelhos um pouco separados, estava irritado, estressado, nem sabia que horas eram. Logo senti uma mão acariciando levemente minhas costas, levantei a cabeça, olhei para Reira, estava sorrindo para mim.
— Não se preocupe, logo ele entende - ela disse, sorrindo;
    Fiquei em siencio por alguns segundos, olhava para ela, surpreso, não esperava um sorriso tão suave, reparei que ela usava maquiagem, olhei para seus olhos, estavam diferentes, só não sabia dizer onde.
— Arigato... Ah... Etto, o que faz aqui na rua? - perguntei;
— Eu vim para encontrar vocês no bosque -
— Ah! É mesmo! Que horas são? - ainda bem que ela me lembrou, já estava esquecendo;
— 17:56! - ela disse, olhando no celular e arregalando os olhos;
    Sorri e levantei rápido, seguido dela, abri o portão, ela saiu e fui atrás, fechei e começamos a andar em direção ao bosque, quando chegamos, conversando, vi Uruha, Aoi correndo, Reita sentado no banco, e Kai rindo alto ao lado de Uruha, eles sim eram um grupinho divertido.
— Ah! Ru-san! - disse Uruha;
— Ru-san? - repeti o que ele dissera;
— Sim, inventei agora - disse ele;
— Sério? - era um apeido estranho, mas pelo menos não era no diminutivo;
— Olá Reira-san! - disse Aoi;
— Olá meninos - disse Reira;
— O que queriam conversar, mandou até mensagem - eu disse;
— Sim, sobre uma melodia que eu fiz - disse Uruha;
— E eu acompanhei - disse Aoi;
— Vocês gravaram? - perguntou Kai;
— Sim, tá aqui - disse Uruha, entregando o pen-drive para Kai;
— Ah, por isso me pediu para trazer o computador? - disse Kai, rindo;
    Kai colocou o pen-drive e pos para tocar, era muito boa, por sorte, dava certo com uma das minhas letras, Kai começou a bater os dedos na mesa, acompanhando a música, Reita balançava a cabeça, Aoi batia os dedos na perna, como se tocasse guitarra, Uruha também balançava a cabeça, comecei a cantar em minha mente, a letra se encaixava certinho no som da guitarra de Uruha, com a base da guitarra de Aoi, olhei para Reira, ela balançava a cabeça de leve, olhava para a tela do computador de Kai, sorrindo de leve, me contagiou, sorri e olhei para a tela.
    Ficamos um tempo conversando sobre o trabalho de Uruha, fui para casa acompanhado por Reira, descobri que ela não morava muito longe de mim, cheguei em casa, entrei e subi, nem olhei se meu pai estava na sala, apenas subi e fechei a porta.
No dia segunte, logo de manhã meu pai decidiu me enfernizar.
— De quem são essas roupas? - perguntou meu pai, apontando para as roupas na lavanderia;
— São minhas - respondi;
— São suas? E quem as comprou? -
— Eu, paguei com o salário do trabalho -
— E você gasta em roupas? E ainda por cima feias? Por que não guarda o dinheiro para algo que preste e não gaste com roupas horríveis -
— Pronto, agora deu pra controlar o dinheiro que eu ganho trabalhando? Eu precisava de roupas e comprei algumas - já estava ficando irritado;
— E para que comprar essas roupas horrorosas? -
— Eu que escolhi, eu que vou usar, eu gostei de todas elas -
— Mas eu não - lá vem ele querendo controlar a minha vida;
— O que queria? Eu gosto! -
— Algo mais sofisticado, que prestasse -
— Pai, eu tenho um estilo só meu, não venha querer controlar o que eu visto também! Deixe que eu escolho o que eu visto - disse, saindo e batendo a porta;
    Ouvi minha mãe me chamar, mas não dava tempo de parar para escutar, Eu já tenho 16! Tenho o direito de escolher o que eu visto! Afinal, quem vai usar sou eu, não ele, e se eu gosto, eu compro quando tenho dinheiro, além dos yenes que guardei desde o ano passado, que nem sei mais quanto tem porque nem encostei no cofre que guardei todo o dinheiro, e além disso, o estilo é meu e eu tenho o direito de escolher!
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Notas finais do capítulo

Vejo vocês no próximo capítulo!



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