Don't Forget escrita por YuukiS2Chan


Capítulo 3
Aulas Diferentes


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem!



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As últimas aulas passaram, sai da sala e fui em direção ao portão, quando ouvi Reira me chamar.
— Taka-san! Taka-san! Ah! Taka-san! -
— Hã? O que foi? -
— Ufa, aqui, você ia esquecer na sala - disse ela, me entregando uma caixinha;
— Ah, Arigato! Não posso esquecer isso! -
— O que é? -
— O presente da minha mãe... É o aniversário dela então, comprei hoje de manhã -
— Ah entendi, ainda bem que deu tempo! - disse ela, sorrindo;
— Sim! Arigato! -
— Bom então te vejo amanhã - disse ela, acenando;
— Até amanhã! - acenei de volta;

Continuei andando até o portão da escola, guardei a caixinha na bolsa, já estava fora da escola quando meu irmão gritou.
— Taka! Aqui! Vamos! - gritou;

Corri até ele, precisávamos correr, era hora da surpresa que dariamos para minha mãe, meu irmão e eu tinhamos comprado presentes para ela, e a caixinha em minha bolsa era mais um deles, quando chegamos em casa, estava vazia, a mesa estava decorada, com um bolo não muito grande, logo ouvimos a campainha, meu irmão abriu, eram algumas pessoas da família.

Estava tudo pronto, quando meu primo disse que minha mãe estava chegando, meu pai a levara para comprar alguma coisa, e estava quase em casa.
— Taka, fica ali perto da porta pra quando ela chegar, fica de olho ai! -
— Ta -

Fui até a porta, fiquei olhando enquanto ela não chegava, quando chegou até a porta, me afastei, todos olharam para mim, perceberam que ela chegara, estavam prontos para gritar, eu sabia que ela iria se assustar, mas não tem problema, vai ser engraçado!
— ... Será que os meninos já chegaram? - ela perguntava para meu pai enquanto abria a porta;
— Vamos ver - disse meu pai;

Quando ela entrou, vi seus olhos arregalarem, todos gritaram, e como eu disse, ela se assustou mas logo riu, colocou as mãos no rosto, meu irmão levantou e logo correu para abraçá-la, fiquei no canto da porta, nem tinham me visto, peguei a caixinha em meu bolso.
— Nee... Quero que o meu seja o primeiro! - eu disse, entregando a caixinha;
— Ah querido! Arigato! - ela disse, me abraçando e pegando a caixinha;

Todos a cumprimentaram, arranjei um jeito de sair daquele bando de gente, apesar de não ser muita, sai e sentei no sofá, logo vi meu pai sentado em uma das poltronas da sala, sua atenção estava para a tv, ignorei, olhei para minha mãe, estava rindo, isso já era o bastante por hoje, me levantei e ia em direção ao meu quarto quando me chamaram.
— Já vai para o quarto? - disse meu pai;
— Estou um pouco cansado -
— Cansado da escola? - perguntou, com sua expressão irônica de sempre;
— Só vou fazer minhas tarefas - é uma ótima desculpa para se trancar no seu quarto quando quer dormir;

Ele fez novamente a cara de irônico e disse mais alguma coisa, mas não escutei, subi as escadas e fui para meu quarto, peguei minha bolsa e joguei na cama, passei quase meia hora fazendo toda a tarefa, quando acabei, peguei minha guitarra e começei a tocar. Sempre que encosto na guitarra parece que um radar é passado pra cabeça de alguém da casa que as obriga a vir ao meu quarto por um único motivo, ver se estou tocando ou estudando, não tme muita necessidade de estudar no começo do ano, afinal as avaliações iam chegar bem mais tarde, mas sempre tem uma nova pra tirar a minha quase única diversão. Ouvi a porta do meu quarto abrir, continuei a tocar, rezei para que fosse meu irmão, que era o único que não me tirava a atenção enquanto tocava guitarra, mas como na maioria das vezes, não funcionou.
— Então veio tocar guitarra? - perguntou meu pai;
— Depois de meia hora de tarefas acho que mereço -
— Não acha que é bom estudar um pouco? -
— Na verdade no começo do ano nem é tão necessário começar a estudar cedo -

Sempre digo isso e sei que estou certo, funciona todo ano, porque ele continua tentando? Nem sei mais se isso é para que eu estude mais ou para que eu não me divirta, o que ele quer? Um nerd? Estou quase lá, só ele que estraga! Quer um filho perfeito? Compre um robô e o chame de Takanori², é mais fácil que tentar me transformar no filho que ele quer!
— Claro que é necessário, você tem que... - lá vem ele com os sermões;
— Tá pai, vou estudar então - larguei a guitarra e a encostei na parede ao lado de minha cama, peguei meus livros e joguei na cama;

Ele saiu do quarto, de cara feia, acho que o que ele queria ver quando entrasse era livros espalhados pelo quarto, e eu sentado na mesa com um óculos gigante e redondo lendo um dos livros, mas a culpa é dele se chega sempre depois que acabo a tarefa que ele nem vem verificar se preciso de ajuda, sempre foi assim e sempre vai ser, nem adianta se estressar. Peguei meu livro e o abri em uma das páginas que paramos hoje na sala, em momentos como esse minha mãe deveria entrar no quarto para ver o que estou fazendo, mas como sempre, não vai, só quando eu decidir sentar e mexer no computador, ai o radar vai tocar e logo vem correndo pra me tirar dele, sempre foi assim então não duvido que seja diferente. Decidi descer, ver o que rolava na festinha da minha mãe, quando desci, logo vi meus pais conversando e meu irmão, provavelmente zoando com meus primos. Mal apareci e já me chamaram no grupinho.
— Nee Taka-san! Vem aqui perdidinho! - disse um de meus primos;
— O que é? -
— E ai como vai a guitarra? -
— Ela vai bem - brinquei, fazendo eles rirem;
— Engraçadinho -
— E como vai as garotas na escola? Pegou alguma? - perguntou outro de meus primos;
— Ah Idiota - disse andando até a cozinha;
— Nenhuma! - gritou meu irmão;

Meu irmão adora brincar comigo, um dia ele ainda levar uma surra! Fui atrás de minha mãe, estava na cozinha como sempre, junto com minha tia, e mais algumas pessoas.
— A filho! Adorei o seu presente! Arigato! - disse minha mãe;
— É realmente lindo! Eu quero um também no meu aniversário, hein, Taka! - disse minha tia;
— Tudo bem! Quando chegar volto na loja e vejo se tem um igual, ou parecido caso não tenha! -
— Espertinho! - disse minha mãe;

Porque será que todo mundo que me conhece fala comigo no diminutivo, isso é estranho, eu sou pequeno mas precisa falar comigo feito criança? É maldade! "Engraçadinho", "Espertinho", porque o "inho"? Maldade!!!
— Takanori - ouvi meu pai me chamar na sala;
— O que foi Pai? -
— Já terminou as tarefas? - perguntou ele;
— Sim - respondi;

Ele só fala comigo por isso? Já terminei? Eu terminei faz uns 20 minutos! Contando o resto estudando sem necessidade!

Cansei, subi, peguei meu celular, minhas chaves de casa, desci e sai sem ninguém perceber, estava cheio do meu pai só conversar comigo sobre minhas tarefas e obrigações, mesmo eu  tendo feito todas elas! Sentei em um dos degraus no jardim, deixando o estresse passar.
— Taka! - gritou Yuu;
— Cara vocês me amam mesmo hein! É em casa, é na escola, até na rua! Argh! Meu Deus! -
— Calma véi! Só tava passando! Já tão estressado assim? Tem motivo? -
— Meu pai de novo, sempre pegando no meu pé por coisa que eu já fiz várias vezes - expliquei;
— Diga pra ele que já acabou as bendita das tarefas da escola! - ele sabe do que eu passo com meu pai, tarefas! Sempre as benditas tarefas!
— Eu falo! Mas ele entende grego! Nem perco mais o meu tempo! -
— Esquece! Olha só o que eu pensei! Porque não pede umas aulas de guitarra pro seu primo? - ele sugeriu;
— Mas eu já disse que não dá, meu pai nem queria que eu ganhasse uma guitarra, muito menos aprender a tocá-la! -
— Mas pensa nisso! E que tal de bateria? - sugeriu novamente;
— Eu já disse, ele não iria querer nada de barulhento em casa, muito menos uma bateria! -
— A gente pode tocar no estúdio aqui perto! -
— E tem um? -

Eu e Yuu levamos a sério essa história de guitarra e bateria, mas meu pai não, mas agora eu não tenho o que fazer, posso muito bem me virar.

Decidi pedir para meu primo me encinar o básico, depois iria usar o dinheiro que guardei do trabalho para pagar umas aulas de bateria ou algo do gênero, acho que pode funcionar!
Voltei para dentro e conversei com meu primo, ele topou me encinar, e me ajudaria com a bateria também, meu irmão me enprestou um par de baquetas que guardou a um tempo, assim como a guitarra que ele me dera. Tudo corria bem com as aulas, foram bem rápidas, e quando acabei, ainda tinha muito tempo para aprender muito mais, nem hesitei.
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Notas finais do capítulo

Vejo vocês no próximo capítulo!



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