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Mais gente chegando, mais celulares ligados prontos para filmar, mais nervosismo surgia antes de entrar no palco, mas ficamos todos juntos, Kai nos chamou para um abraço em grupo, disse algumas coisas, palavras curtas, e logo depois gritou feito louco, seguido de todos nós, gostei da ideia dele, até que era divertido, me deixou mais confiante, assim que chegou a hora de subir, entrei, vi algumas luzes, fumaça, e mãos sacudindo para todos os lados, apesar do lugar ser pequeno, estava cheio, bem cheio, o que me surpreendeu, mas mesmo assim começamos bem.
    Não vi Reira na frente, onde ela disse que ficaria, já na segunda música ela apareceu, sorriu e começou a pular ao lado de Ayano, que chegara no começo do show, Reira estava agitada e alegre, curtia a música e sorria.
    No final do show, Kai pediu á um dos ajudantes de palco que ficava por perto para tirar uma foto nossa, nem me importei, estava animado demais para me arrumar direito ou pelo menos ajeitar a zona que deve estar meu cabelo, Kai destribuiu camisetas para nós, nela estava escrito "Gazerock is not Dead", e admito, QUASE MORRI QUANDO VI! Era tão foda! Quase infartei quando ele disse que era um presente dele, a vesti por cima da que eu estava, sem me importar com o resto, só queria vestí-la para ver como ficava, e ficou muito boa! O oustro fizeram o mesmo, Kai se jogou no chão, seguido de Reita e Aoi, eu estava todo animado ainda, Kai parecia um louco de tão feliz, mal tinha percebido que alguns fans usavam a mesma camiseta, Kai devia te rgastado muito pra fazer tantas camisas assim!
    Levantei meu braço fazendo  sinal de ' V ' com os dedos, Uruha olhou e fez o mesmo, rindo, e o mais engraçado era que logo a platéia já fazia poses e os mesmos sinais, sorrindo e alguns gritando.
    Todos estávamos exaustos, foram cinco músicas seguidas, isso porque gravamos mais duas no tempo que tivemos, que foram "Cockroach" e "Anata No Tame No Kono Inochi".
    Quando saíamos, algumas pessoas, umas cinco ou seis, vieram nos cumprimentar, todas sorridentes, pareciam mais animadas que nós, parecia que o show ainda não tinha acabado, cumprimentamos todas, assim que foram embora, Reira e Ayano chegaram, Ayano estava alegre, já Reira estava muito animada, estranhei de primeira, mas decidi perguntar depois.
— O que acharam? - perguntou Uruha;
— Incrível! Adorei! - disse Ayano, alegre;
— E Você Reira-chan o que achou? - perguntou Aoi;
— Foi incrível, quase fui esmagada pela plateia! - ela riu, animada;
— Eita - disse Kai, rindo;
— Que horas são hein? - perguntou Reita;
— Ah... 01:45 - disse Kai;
— O que?! - eu e Reira falamos ao mesmo tempo;
— 01:45! - ele repetiu;
— Puta merda! - gritei;
— O que foi? - perguntou Reita;
— Minha mãe vai me esganar mas tudo bem - expliquei;
— Meu pai vai me matar! - disse Reira;
— Não se preocupe, vamos correr antes que fique mais tarde - eu disse;
— Vamos, até depois meninos! Te vejo depois Aya-chan! - gritou Reira enquanto corria comigo;
    Corremos até metade do caminho, não aguentei correr muito por conta do cansaço do show, parei de correr para pegar fôlego, Reira parou logo em seguida.
— Ah... Calma... Ui - disse ela, ofegante;
— Parada pra descansar... - sorri;
— Sim - ela sorriu de volta;
Começamos a andar mais devagar, Reira apoiou o braço em meu ombro, rindo em seguida.
— Nee, por que o atraso no Show? - perguntei;
— Ah, não foi nada - ela tirou o braço de meu ombro;
Olhei para ela, com um olhar irônico.
— Tá bom, meu pai não queria me deixar sair, ai... Tive que sair a força, não queria perder esse Show por nada! - ela sorriu;
— Mas ele fez o que? Te trancou em casa? -
— Não, simplesmente ficou discutindo, dizendo que ele não permitia eu ir nesses lugares, mas eu ignorei e fui mesmo assim -
— Por que ele faz isso? Ele me conhece, sabe que não vai ter nada de mau lá -
— Eu sei, mas ele deve ter problema, deve ser a nova "Namoradinha" que ele achou num sei aonde, fica enchendo a cabeça dele de coisas idiotas - ela fez uma cara de desprezo;
— Ah, a "Namoradinha"... - repeti;
— Éh, uma tal de Kuroyama Saru, não gostei nem um pouco dela, parecia uma louca desmiolada, má companhia até para meu pai - ela ficou séria;
— Quero só ver quem é ela -
    Estranhei aquele nome, e por que um cara de quase 40 anos iria achar uma namorada tão fácil? Ela estava realmente com problemas em casa.
— Nem queira, chega a dar nojo, meu pai deve ter algum problema! - agora ela parecia irritada;
— Mas ela te fez algo? - perguntei sem pensar, fiquei preocupado;
— Não que eu saiba, mas to começando a suspeitar -
— Hum, qualquer coisa me chame que eu ajudo no que precisar - ofereci;
— Valeu Taka - ela se aproximou e me abraçou de lado;
    Me surpreendi, mas retribui o abraço, foi só agora que percebi que já tínhamos chegado á sua casa, ela me soltou, sorriu para mim e me deu um beijo no rosto, como de costume, assim que entrou em casa, vi pela janela o pai dela, olhando para mim, parecia me fuzilar, e então ele saiu, parecia brigar com Reira, mas ela ignorou e subiu as escadas, me senti um idiota por espiar a casa dela assim, quando vi uma silhueta magra na janela, uma japonesa, acredito que era mestiça, cabelos cacheados e ruivos, me olhava com uma cara estranha, parecia querer me devorar, me afastei de lá, comecei a ficar preocupado com Reira. Depois de andar um pouco, ouvi um barulho, parecia algo se quebrando, o barulho fora alto o bastante para que eu ouvisse, pois já era madrugada e a rua estava vazia, olhei para a casa de Reira, o barulho veio de lá, arregalei os olhos, corri em direção á casa.
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