My Medical Romance escrita por Alina Black


Capítulo 13
Renesmee – Edward Cullen




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Coloquei uma cédula na maquina de bebidas e retirei um energético, segui bebendo enquanto retornava para a minha sala na emergência, eu precisava me manter firme, eu estava sendo testada e eu passaria no teste.

Como esperado não fiz muitos atendimentos pela manhã, mas tinha que admitir que me sentia cansada, quando terminei o atendimento de uma criança a porta da sala se abriu e para meu azar quem entrava na sala era Jacob Black, me perguntei se sentiram de imediato a falta dele se eu o matasse naquele momento, esquartejasse seu corpo e colocasse dentro de saco de lixo hospitalar.

— Atrapalho? Ele perguntou cruzando os braços.

— Não – respondi – Você precisa de alguma coisa Jacob?

Ele sorriu – Não – Eu apenas vim avisa-la que o medico que vai assumir já chegou portanto você está dispensada.

A surpresa me dominou – Obrigada por ter vindo me avisar pessoalmente.

— Não precisa agradecer – Disse ele voltando a se aproximar da porta – Eu também preciso saber se ha algum problema em Jade ir para casa, ela ainda não iniciou o tratamento e eu também estarei de folga hoje.

— Ela pode ir, Jade está bem então não vejo porque mantermos ela no hospital, ao menos até ela iniciar o tratamento ela pode ir para casa.

— Foi o que eu imaginei obrigado Renesmee e bom descanso.

— Para você também Jacob – respondi de forma gentil e o observei sair da sala.

Eu relaxei em minha cadeira e sorri, finalmente eu poderia ir para casa e dormir, não que eu não gostasse do hospital, eu amava estar alí mas precisava resolver muitas questões com relação a minha mudança para Portland e ligar para minha mãe, aquelas alturas Isabella Swan deveria estar atrás de mim e eu precisava dar muitas explicações para ela.

Imediatamente troquei de roupa e arrumei minha bolsa, e após bater meu cartão sai do hospital pegando um taxi, eu havia alugado um apartamento pequeno em um bairro próximo chamado Northwest, não era um apartamento muito elegante mas era o que eu podia pagar no momento, além disso era o único que estava mobilhado.

Ao chegar em frente ao prédio paguei o taxista e sai do carro, decidi entrar primeiro na livraria, aquela tinha sido outra razão para minha escolha, havia uma livraria e um café bem debaixo do meu andar e isso era tudo que eu precisava quando queria relaxar.

Após escolher dois livros eu entrei no meu prédio e subi as escadas apressada, procurei a chave em minha bolsa e quando finalmente encontrei entrei no cantinho que eu já amava – Lar, doce, Lar! Eu falei em meio a um sorriso e me joguei no sofá.

Exausta eu acabei adormecendo.

Quando meus olhos se abriram o apartamento estava escuro, ainda sonolenta me sentei no sofá e peguei o celular, haviam algumas mensagens de Claire e ligações não atendidas de Forks – Droga eu esqueci de tirar do silencioso – Reclamei dando um bocejo – Deve ser a mamãe, depois eu retorno para ela – Falei me levantando e caminhei para o quarto.

Após um banho demorado peguei o celular, como havia dormido praticamente o dia todo estava com fome, usei o aplicativo e pedi algo para comer enquanto lia as mensagens de Claire.

— Barzinho hoje, o que acha?

Eu sorri respondendo a mensagem dela – Pedi meu Ifood agora pouco.

— Não seja chata.

— Tudo bem depois do meu ifood.

— Te mando uma mensagem quando decidimos o lugar.

— Ok!

Fiz um coque no cabelo e gastei alguns minutos com a maquiagem, após me vestir olhei novamente meu celular e peguei minha carteira ao ouvir o som da campainha tocar – Chegou meu ifood – murmurei rindo saindo apressada do quarto e cortei a sala abrindo a porta.

Meu sorriso se desfez ao ver Isabella Swan ao lado de Edward Cullen na minha porta.

— Mamãe...eu murmurei sem reação.

— Não vai me convidar para entrar Renesmee? Mamãe perguntou em um tom sério de voz.

— Claro! Eu disse dando espaço para que os dois entrassem e em seguida fechei a porta – Mãe eu...

— Eu imagino que possa explicar – disse ela me interrompendo, Edward Cullen ficou em silêncio enquanto olhava para cada canto do meu apartamento e em seguida sua atenção se voltou para mim e ele sorriu, aquela atitude me deixou ainda mais confusa.

Eu suspirei – Mãe, olha eu sei que está aborrecida comigo, mas eu juro que eu só quis.

— Nessie- Dessa vez foi o senhor Cullen que me interrompeu, me perguntei como ele sabia meu apelido – Nós não estamos aqui por isso, não se preocupe.

Minha preocupação só aumentou com o que ele disse – Aconteceu alguma coisa com o meu avô? Perguntei olhando para minha mãe.

— Charlie esta bem! Ela respondeu – Nós precisamos conversar com você.

Apesar de confusa eu concordei – Tudo bem – Respondi me sentando e mamãe se sentou ao meu lado – Desculpa mas você está me deixando preocupada – falei olhando para ela.

Mamãe sorriu – Eu sei que está se perguntando porque eu estou aqui e Edward também.

— Estou, não me diga que o convenceu a me demitir? Fiz uma piada, eu sempre fazia uma piada quando estava nervosa, e naquele momento era assim que eu estava tão nervosa que senti que minhas mãos começaram a soar.

— A verdade é que não estamos aqui porque você me omitiu seu verdadeiro trabalho, mas porque tem coisas que omiti de você.

Olhei para Edward Cullen e ele parecia tenso, ele caminhou até o sofá a frente do nosso e se sentou – Ouça sua mãe com atenção – disse ele.

— Certo! Falei ansiosa – Falem logo de uma vez o que precisam me falar, aconteceu alguma coisa, eu conheço você Isabella Swan, você sempre faz essa expressão quando tem uma bomba para soltar.

Edward riu e mamãe também.

As mãos da minha mãe buscaram as minhas, suas mãos estavam trêmulas e frias, só então tive a noção do quanto ela estava nervosa – Mãe – eu murmurei colocando as mãos dela entre as minhas – Está tudo bem você sabe que pode confiar em mim como eu sempre pude confiar em você.

Novamente Edward Cullen sorriu, mas eu senti que era um sorriso terno e cheio de carinho.

Mamãe fechou os olhos e suspirou, em seguida voltou a olhar para mim – Querida – murmurou ela – Espero que compreenda tudo que vai saber, que entenda que eu só quis proteger você e não vê-la sofrer.

— Você está me assustando Isabella Swan – Falei tentando amenizar o clima entre nós.

Ela sorriu – Eu menti para você, eu menti quando disse que seu pai morreu.

— O que?  Eu perguntei tentando acreditar no que ela havia dito – Eu não estou entendendo porque está me dizendo isso.

— Nessie – Ela apertou minhas mãos  - Seu pai está vivo.

— Porque está me dizendo isso, agora, assim do nada?

— Tem muitas coisas que aconteceram nas ultimas vinte e quatro horas e para que você compreenda é preciso que saiba disso filha.

Soltei as mãos dela e me levantei – Espera, deixa eu vê se entendi, você viajou por horas de Forks para Portland apenas para me dizer que meu pai está vivo?

— Filha ouça sua mãe! Disse Edward e eu o olhei assustada, ao perceber o que ele havia dito mamãe e ele trocaram olhares.

— Filha? Perguntei olhando para ambos – De onde conhece Edward Cullen?

— Nessie...

— De onde conhece Edward Cullen? Insisti.

— Renesmee se acalme- Disse Edward se colocando ao lado da minha mãe.

— Me responda!

— Eu conheço Edwad a 25 anos Nessie – mamãe respondeu – Edward Cullen é o seu pai.

Ao ouvir a resposta de Isabella Swan um riso alto escapou entre meus lábios e os dois me olharam assustados – Que piada é essa?

— Não é piada Nessie – Disse Edward – Sua mãe está falando sério.

— Meu pai morreu antes do meu nascimento – Insisti, aquilo não era verdade, era uma história absurda, Edward Cullen meu pai? Foi quando a lembrança das minhas primeiras horas no hospital vieram aos meus pensamentos, todos estavam me confundido com Ella Cullen, a filha de Edward, não eu estava ficando louca.

— Você é minha filha, minha e de Bella, eu só soube disso quando você entrou em minha sala ontem pela manhã!

Naquele momento eu me senti perdida, como se eu tivesse dentro de um labirinto cheio de saídas que levavam a lugar nenhum, mamãe novamente se aproximou e me puxou pela mão me fazendo sentar e sentou ao meu lado mais uma vez – Nessie, nós vamos contar tudo a você, você vai compreender melhor depois de ouvir a mim e ao seu pai.

Eu concordei com a cabeça totalmente atônica, Edward se aproximou novamente e se sentou na mesinha de centro a minha frente e ambos começaram a me contar a história de como haviam se conhecido.

Eu não sabia o que dizer a eles, aquela era a história mais inacreditável que eu havia ouvido em toda a minha vida, eu tinha uma irmã gêmea, haviam nos separado, Edward Cullen era meu pai.

A campainha tocou e eu estava tão desorientada que Edward se levantou para atender, ouvi a voz desconhecida de um homem e depois Edward retornou com as sacolas do ifood e as deixou sobre a pequena mesa da sala, mas eu havia perdido a fome.

— Fale alguma coisa Nessie, por favor – Mamãe insistiu colocando uma mecha do meu cabelo para trás, mas eu não tinha o que dizer, aquela história vagava em minha mente confusa e perdida, Edward era meu pai, eu tinha uma irmã que havia sido separada de mim quando nasceu pelos meus avôs, meus pais não sabiam de nada, senti que ia enlouquecer.

Impulsivamente eu m levantei pegando a minha carteira que estava ao meu lado no sofá – Eu preciso respirar – Falei caminhando apressada na direção da porta.

—Renesmee, espere! Edward falou em um tom alto tentando me segurar.

—Nessie você está nervosa – Disse mamãe.

— Saiam da minha frente, os dois!

— Renesmee – Mamãe segurou meu braço.

— Você mentiu para mim! Falei em um tom mais exaltado de voz – Você disse que meu pai estava morto!

— Você não vai sair dessa forma! Disse Edward tentando me impedir de abrir a porta.

— Sendo meu pai ou não você não manda em mim!

— Deixa ela Edward! Mamãe falou soltando meu braço, Edward saiu da frente da porta e eu sai do apartamento descendo as escadas apressada sem olhar para trás.

Atordoada peguei o primeiro taxi que encontrei pela frente, tudo que ambos haviam me dito se repetia em minha mente e senti que eu estava prestes a explodir, um pai vivo, uma irmã, minha vida não era o que eu imaginei que fosse, por isso minha mãe não queria que eu viesse para Portland, tudo começava a fazer sentido.

— Senhorita, estamos rodando a mais de uma hora, onde deseja ir? Perguntou o motorista.

— Conhece algum lugar onde eu possa beber alguma coisa?

— Sim – o motorista respondeu – tem um muito bom perto daqui.

— Me leve até lá!

O motorista concordou, eu voltei a tentar organizar meus pensamentos quando o carro estacionou, após o chegamos do motorista eu paguei a corrida e sai do carro.

Olhei para o local Bonfire Country Bar Portland e então entrei, era um lugar bem aconchegante para um bar, caminhei até o balcão e me sentei observando cada canto, havia um letreiro com o nome do bar a minha frente logo acima de algumas garrafas de vodca e luzes no teto, os moveis e mesas eram de madeira dando uma r rústico ao local.

— Boa noite, o que deseja, perguntou o barmen de forma gentil.

— O que tem de mais forte na casa! Respondi.

— Certo – Disse ele sorrindo.

Apoiei os cotovelos no balcão tentando digerir tudo que haviam me dito – Renesmee Cullen – eu sussurrei para mim mesma e balancei a cabeça negativamente, o rapaz se aproximou colocando um copo a minha frente e o encheu – Deixa a garrafa – pedi e forma gentil pegando o copo com a bebida.

— Você tem certeza? Ele perguntou.

— Absoluta!

— Tudo bem – Disse ele deixando a garrafa e se afastou.

Cada lembrança das explicações de Isabella e Edward me faziam beber ainda mais – Esme Cullen – murmurei voltando a encher meu copo – Carlisle Cullen – Entornei a bebida de uma só vez e fiz uma careta.

Olhei para as luzes do bar e elas estavam mais coloridas, ri baixinho de mim mesma e quando enchi meu copo com o restante da bebida um homem sentou ao meu lado – Posso acompanhar a princesa? Perguntou ele tocando uma mecha do meu cabelo que estava em meu rosto.

— Não! Respondi afastando meu corpo fazendo com que ele soltasse meu cabelo e voltei a tomar minha bebida.

— Ela não está sozinha! Uma outra voz masculina falou em um tom mais alto, deixei o copo sobre o balcão e virei meu rosto  na direção da voz.

— Jacob! Eu murmurei surpresa enquanto ele fazia o homem se levantar e ir embora.


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