Best Friends escrita por Julie Kress


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Hey, como prometido, aqui está mais uma One, pessoal.

Focando numa amizade que eu simplesmente amo tanto

Essa sem dúvidas é uma das minhas Ones favoritas.

Espero que gostem tanto quanto eu!!!

Boa leitura a todos!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/798830/chapter/1

P.O.V Da Sam

1: Flashback on...

— Sam, o Jake não me ama. Ele estava me traindo esse tempo todo. Como eu pude ser tão cega? Fui tão tola, você tinha razão. O Jake não presta, ele só me usou... - Carly apareceu na minha casa aquela noite, estava arrasada.

Passei as mãos por suas bochechas molhadas, sua maquiagem toda borrada, o rímel escorrendo com as lágrimas. A puxei para meus braços, abraçando-a com força.

— Essa dor que está sentindo vai passar, Carls, eu prometo. - Afaguei suas costas.

— Foi assim que se sentiu quando o Freddie foi embora? Como se tivesse o coração arrancado? - Perguntou com a voz completamente embargada.

— Não quero falar sobre aquele... Aquele nerd idiota. - Ainda doía e doía muito.

— Me desculpa, Sammy. - Me olhou arrependida.

— Vem, entra. Você precisa de um banho quente, não devia ter saído nesse temporal. Você dorme aqui hoje, minha mãe não está mesmo. Suba para o meu quarto, vou preparar um chocolate quente para a gente. - Fechei a porta.

Era como se o céu estivesse desabando lá fora. E minha melhor amiga estava desabando por dentro. Tudo culpa daquele maldito do Jake.

Ele com certeza iria se arrepender daquilo.

[...]

2: Flashback on...

— O Spencer me ligou desesperado. Carly, você por acaso perdeu a razão de vez? Você não era assim, supere essa merda, estou aqui para te ajudar. Você também têm o Spencer que está com medo do que pode acontecer se você continuar seguindo esse rumo. Vem comigo, vou te levar para casa! - Puxei ela.

Já era a terceira vez que eu ia pegá-la naquele Pub. Carly começou a sair com uma galerinha que Spencer e eu reprovávamos. Ela não estava nada bem, por isso passou a afogar as mágoas indo curtir com aquele grupinho que não queria nada com a vida.

Minha amiga estava se afundando na bebedeira.

— Ai, me deixa, Sam! Relaxa, loira. Toma uma comigo! - Se soltou e se virou para o balcão. - Carter, manda mais dois desse, com dose dupla e rodelas de limão! - Ergueu o copo quase vazio.

Ela virou o restante da bebida numa golada só.

— Não quero beber. Eu só vim te buscar, se você não for por bem, vai por mal, Shay! Estou falando sério! - Avisei.

— Qual é, Puckett? Desde quando virou estraga prazeres? - Se aproximou cambaleante, ela riu na minha cara baforando o forte cheiro de álcool.

Aquela não era a Carly que eu conhecia.

[...]

3: Flashback on...

— SOU MAIOR DE IDADE, ME DEIXE EM PAZ! VOCÊ NÃO É MINHA MÃE, QUERO QUE VOCÊ E O SPENCER VÃO PARA A MERDA! PORRA, PUCKETT, PARA DE ENCHER O SACO! - Berrou comigo.

— Você quer mesmo foder com a sua vida? Jake não tá nem aí, ele tá seguindo em frente, caramba! - Eu não queria me estressar, mas acabei me estressando. - NÃO ENTENDE QUE EU ME PREOCUPO? CANSEI DE TE VER SE AFUNDANDO NESSA MERDA DE VIDA! VOCÊ ABANDONOU A FACULDADE! TÊM DADO TRABALHO PARA O SEU IRMÃO! E AGORA VOCÊ AGE COMO UMA VADIA QUE NÃO LIGA PARA PORRA NENHUMA! - Gritei exaltada.

— Pelo menos eu não fui abandonada, você passou 5 meses depressiva por causa do Benson! - Jogou na minha cara.

A olhei chocada. Aquilo me atingiu de cheio.

— Você sabe muito bem que não foi assim, Freddie e eu terminamos, ele foi cursar faculdade em NY, e eu...

— Aposto que até hoje não superou, não foi? Ele te abandonou sim, você ficou aqui em Seattle sofrendo e se culpando por não ter sido aceita em nenhuma faculdade de lá, e ele não pensou duas vezes, correu atrás dos sonhos dele te deixando para trás! - Era verdade.

O pior de tudo é que ela tinha razão.

— Que se dane, Shay! Precisa mesmo ficar jogando isso na minha cara? Quer saber? Faça o que quiser da sua vida, tô largando de mão. A partir de hoje não me intrometo mais. Só tenho pena do Spencer, é realmente triste! Se não quer ser ajudada, só lamento muito mesmo! Eu tentei, Carlotta! Mas agora não posso fazer mais nada, nossa amizade acaba aqui! - Foi doloroso, eu havia chegado no limite.

— Foda-se, eu não preciso mesmo de você! - Disse raivosa.

— Adeus! - Lhe dei as costas indo embora.

Fui para a casa arrasada, foi a nossa primeira e última discussão grave. Dei um ponto final na nossa amizade, eu não aguentava mais ter que ver a Carly decaindo.

[...]

anos depois...

Voltei para Seattle, após a discussão com a Shay que acabou em rompimento da nossa amizade, me mudei para Sacramento onde cursei Artes Visuais, após me formar decidi voltar para casa, não havia mais nada que me prendesse em Sacramento. E além do mais, eu já estava com saudades do Spencer e da desmiolada da minha mãe.

Pam foi me pegar no aeroporto, estava animada com a minha chegada. Paramos para almoçar no nosso restaurante preferido, pedi um bife sucolento com uma grande porção de batata frita, arroz e salada de maionese.

Estava morrendo de saudades da comida de Seattle, não só da culinária. Em Sacramento, me mantive à base de Fast-Food, o clima também era diferente. Caloroso.

Senti falta das manhãs nubladas, das garoas das tardes e das noites chuvosas, até mesmo do céu cinza, de tudo da minha cidade.

Seattle sempre seria meu lar.

— Estou saindo com um empresário. Ele têm uma rede de lojas, o homem está perdidamente apaixonado por mim, Rolinha. Quero você como minha madrinha de casamento. - Mamãe começou a tagarelar empolgada.

Fingi prestar atenção. Anos havia se passado, Pam Puckett não mudava mesmo.

— E aquele seu ex do colegial? Frednard, não é mesmo? O engomadinho musculoso, filho daquela neurótica. - Ela estava falando do Benson.

— Fredward, mãe. Eu não sei por onde ele anda e nem quero saber dele. Será que podemos mudar de assunto, por favor? - Tentei manter a calma.

— Desculpa, Rolinha. Pensei que... Deixa pra lá. - Fez um gesto descartando com a mão.

Ela voltou a comer o macarrão com queijo.

— Concluí meu curso com as melhores notas, mãe. Você acredita? Foram 8 semestres, estudei pra caramba. Aprendi muito. - Eu disse toda contente.

— Fico feliz, meu bem. Estou orgulhosa. Tenho orgulho de você e da sua irmã. - Abriu um grande sorriu.

— Melanie também pretende vir pra Seattle, a gente manteve contato como você sabe. Estou ansiosa para revê-la. - Falei.

— Um dia desses eu vi aquele seu amigo, o irmão da Carly. Spencer, não é mesmo? Ele me perguntou se eu tinha notícias sobre você. - Meu coração se apertou com aquilo.

Quando me mudei para Sacramento, cortei laço com todos os meus amigos de Seattle.

— O que disse para ele? - A olhei preocupada.

— A verdade. Que foi cursar Artes Visuais em Sacramento. - Sua resposta me tranquilizou.

No entanto, aquela não era a verdade.

Eu tive que ir embora para não ter mais que sofrer. Eu precisava de um escape.

[...]

1 semana depois...

— Sam? Samantha Puckett? - Acabei esbarrando com Gibby no mercado.

— Gibson! Uau, você tá bonitão! - Fiquei surpresa.

— Valeu. E você continua gata, loira. - Sorriu para mim.

Meu ex-colega de colégio, amigo em comum, o gordinho que costumava arrancar a camisa e fazer idiotices quando éramos mais novos. Estava ali na minha frente após anos sem termos qualquer contato, e estava mudado.

Pelo visto estava malhando.

— O que te trouxe de volta à Seattle? - Ele segurava uma cestinha.

— Eu não parti para sempre. Um dia eu voltaria, não é mesmo? - Voltei a empurrar o carrinho, ele me acompanhou.

— É, você têm razão. - Concordou.

— Ainda continua namorando a Tasha? - Mudei de assunto.

— Não. Passamos um ano e meio juntos, não deu certo. Ela se mudou para Miami e virou modelo de roupa de banho, até saiu numa revista famosa no verão passado. Agora estou com a Shannon, moramos juntos. - Contou as novidades.

— Shannon Mitchell? - Indaguei e ele assentiu. - Nossa, cara, que notícia boa. Fico feliz por vocês. - Fui sincera.

— Obrigado, Sam. Mas e você? Nunca mais falou com o Freddie, né? Ele me disse. Ainda mantemos contato, ele continua em NY, ele trabalha numa das redes da Apple, você sabe, agora ele cria aplicativos. O nosso nerd prodígio. - Riu.

— Que bom. Pelo visto ele está bem. - Melhor que eu. Pensei.

— Você deveria ir visitar a Carly. Ela com certeza vai ficar feliz quando souber que voltou. - Disse ele.

Apenas assenti. Meu coração havia disparado quando ele mencionou o nome dela.

— Foi bom te ver, Gibson. Tenho que ir agora, tchau. - Me despedi.

Ele sorriu para mim, os olhos verdes brilhando. Mesmo mudado fisicamente, ainda parecia o mesmo menino que conheci quando estudava na Ridgeway.

[...]

— Eu fiz o jantar, agora a louça fica por sua conta. - Falei para minha mãe.

— Estou tão cansada. - Fingiu um bocejo.

— Mãe, deixa essa sua preguiça de lado. Estou de saída, não tenho hora para voltar. - Eu disse saindo da cozinha.

Minha jaqueta estava pendurada no cabideiro da sala. Apanhei já me vestindo apressada, Pam havia me emprestado o carro.

Eram apenas 10 minutos até Bushwell Plaza.

Quando cheguei no prédio, vi que Lewbert não trabalhava mais ali. Havia um novo porteiro, um senhor bastante simpático. Peguei o elevador, subi para o andar tão conhecido, logo me senti nostálgica.

Havia inúmeras lembranças naquele lugar. Foi ali que dei meu primeiro beijo na saída de emergência. Também rompi meu namoro com o nerd dentro de um certo elevador. E também reatamos após meses, até o colegial terminar para nós e cada um tomar seu rumo...

Quando dei por mim, já estava parada em frente ao 8-C.

Toquei a maçaneta, pensei melhor e decidi apertar a campainha. Eu não podia mais entrar como costumava fazer, os Shay sempre esqueciam a porta destrancada.

Acho que fiquei plantada ali por cerca de 1 minuto. Quando já ia tocar a campainha de novo, a porta foi aberta.

O mundo parou de girar assim que meus olhos se depararam com aqueles olhos castanhos.

— Sam? - Ela ficou pálida como se tivesse diante de um fantasma.

— Carly. - Minha voz saiu baixa, rouca.

O silêncio caiu sobre nós. Ficamos nos encarando.

Um milhão de sentimentos misturados. Um turbilhão de sensações me arrebataram.

Saímos do turpor quase ao mesmo tempo.

Ela continuava linda, mesmo que tivesse mudado. Estava com o corpo diferente, os quadris largos e o busto maior.

— Você voltou... - Sua voz embargou.

— Senti sua falta, Carls. - Foi tudo que consegui falar.

Me joguei em seus braços. Carly chorou. Eu chorei. Caimos em prantos.

Minutos depois...

— Você tinha razão. Eu fodi com minha vida. - Disse quando estávamos acomodadas no mesmo sofá.

Spencer estava em Yakima cuidando do vovô Shay.

— Fiz um monte de coisas das quais me arrependo... Até experimentei drogas. Fiz o Spencer passar por um inferno, o nosso pai teve que tomar medidas drásticas. Fiquei 6 meses internada numa clínica de reabilitação por causa do álcool... Me envolvi com tanta gente errada. Eu... Eu...

— Shh, já passou. Já passou... Sinto muito, Carly. Eu não deveria ter partido, eu te abandonei. Eu devia ter ficado, eu lamento por tudo, foi...

— Não foi sua culpa, Sam. Não foi. O Spencer fez de tudo. Eu não dei a mínima para nada. Eu recusei toda a ajuda. Fiz escolhas erradas. - Pegou minha mão.

— Eu voltei para ficar. - Entrelacei nossos dedos.

— Fico feliz por saber disso. - Sorriu. - Vem comigo, quero que conheça alguém que mudou a minha vida. - Levantou me chamando.

Subimos para o segundo patamar, fomos para o seu quarto. Carly estava toda sorridente, ela abriu a porta e pediu para eu fazer silêncio.

Entramos juntas de mãos dadas.

O papel de parede havia sido trocado. Mudaram os móveis de lugar. Mas o que me chamou mesmo atenção foi o berço cor de creme colocado num cantinho, com móbiles de estrelinhas.

Carly me guiou até lá.

Dentro do berço, continha a menininha mais fofa que já tinha visto, o cabelinho enfeitado com uma tiara azul, as bochechas fofas e rosadas, a boquinha pequena e delicada.

— Essa é a Louise, a minha bonequinha. - Mostrou a bebê que era tão linda como ela, estava num sono profundo, dormindo ao lado de um coelho de pelúcia.

Fiquei surpresa... Gostei de saber que ela era mãe.

— Foi a Lou que mudou a minha vida. - Contou usando o apelido de forma tão terna.

— Ela é... Tão linda. - Eu sabia que não poderia tocar, nem tinha lavado as mãos para tal coisa.

— Sim, ela é. Obrigada. Ela têm 5 meses.  - Afagou a cabecinha da filha.

— O pai está trabalhando? - Perguntei.

— Lou não têm pai, só o tio babão. Spencer é louco por ela. Fui abandonada assim que o babaca soube da gravidez. - Disse num tom lamentoso.

— Sinto muito. - Toquei seu ombro. - Agora pode contar comigo. Para tudo. Eu nunca mais vou te abandonar, Carls. - Falei emocionada.

— Você promete? - Seus olhos marejaram.

— Prometo. - Dei minha palavra.

— Sofri muito sem você aqui, Sammy. - Já estávamos chorando.

— Eu também sofri estando longe de você. Você sempre foi minha melhor amiga... Eu te amo, Carly. - Ela era muito especial e importante para mim.

— Eu também te amo, Sam. - Nos abraçamos.

Eu havia mesmo voltado para ficar. Queria ajudar a cuidar da Louise, aquela bebezinha linda. Filha da minha melhor amiga. Carly precisava de mim, assim como eu precisava dela.

— Freddie vem visitar a Sra. Benson, parece que ele chega nessa sexta. - Ela tinha mesmo que tocar no nome dele?

Por quê todos tinham que me lembrar da existência do Benson?

— Ela está acordando. - Sorri para a bebê que estava agitando os bracinhos.

Eu estava muito feliz por estar de volta, embora tivesse assuntos pendentes com o nerd.

Pelo menos fiz as pazes com a Carly.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam???

Não sei vocês, mas eu me emocionei.

Carly passou por tantas coisas. A Sam também sofreu.

Gostaram da bebê Louise???

E o que acharam desse finalzinho???

Preciso mesmo dizer que vou focar num certo casal em outra One como continuação??? #MoonFace

Não esqueçam de comentar e favoritar. É importante. Bjs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Best Friends" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.