A Pedra Filosofal - Por Rony W.e Hermione G. escrita por overexposedxx, Popione


Capítulo 8
Capítulo 8 - Recesso de Natal




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O Natal se aproximava. A Profa. Minerva passara a semana anterior fazendo uma lista dos alunos que iam ficar em Hogwarts no Natal, e Harry assinara seu nome na mesma hora - não tinha a menor pretensão de voltar à casa dos tios. Rony e os irmãos também iam ficar, porque o Sr. e a Sra. Weasley iam à Romênia visitar Carlinhos e como não poderiam bancar a viagem para todos, eles permaneceriam no castelo. Hermione era a única dos três que voltaria para a casa. 

 

Quando os três deixaram as masmorras ao final da aula de Poções, encontraram um grande tronco de pinheiro bloqueando o corredor à frente. Dois pés enormes que apareciam por baixo do tronco e alguém bufando alto denunciou a todos que Hagrid estava por trás dele.

 

— Oi, Rúbeo, quer ajuda? – perguntou Rony, metendo a cabeça por entre os ramos.

— Não, estou bem, obrigado, Rony.

— Você se importaria de sair do caminho? – Ouviu-se a voz arrastada e seca de Draco atrás deles. 

—Está tentando ganhar uns trocadinhos, Weasley? Vai ver quer virar guarda-caça quando terminar Hogwarts. A cabana de Rúbeo deve parecer um palácio comparada ao que sua família está acostumada.

 

Hermione mal podia acreditar na ousadia daquele garoto. Ele achava que só porque era rico podia tratar os outros daquele jeito, cruel e humilhante?

 

Rony não ficava para trás em sua impressão de Draco, no entanto, era muito maior que ele e já estava muito mais cheio de suas atitudes estúpidas. Num segundo partiu pra cima dele, segurando-o pelas vestes - por azar, justamente naquela hora Snape subia as escadas.

 

— WEASLEY!

 

Rony largou a frente das vestes de Draco.

 

— Ele foi provocado, Prof. Snape – explicou Hagrid, deixando aparecer por trás da árvore a cara peluda. – Draco ofendeu a família dele.

 

— Seja por que for, brigar é contra o regulamento de Hogwarts, Hagrid – disse Snape, insinuante. – Cinco pontos a menos para Grifinória, Weasley, e dê graças a Deus por não ser mais. Agora, vamos andando, todos vocês.

 

Draco, Crabbe e Goyle passaram pela árvore com brutalidade, espalhando folhas para todo lado com sorrisos nos rostos.

 

— Eu pego ele – prometeu Rony, rilhando os dentes às costas de Draco –, um dia desses, eu pego ele. 

 

— Odeio os dois – disse Harry. – Draco e Snape.

 

— Vamos, ânimo, o Natal está aí – disse Hagrid. – Vou lhes dizer o que vamos fazer, venham comigo ver o Salão Principal, está lindo.

 

Então os três acompanharam Hagrid e sua árvore até o Salão Principal, onde a Profa. Minerva e o Prof. Flitwick estavam trabalhando na decoração para o Natal.

 

— Ah, Hagrid, a última árvore... ponha naquele canto ali, por favor.

 

O salão estava espetacular. Festões de azevinho e visco pendurados a toda a volta das paredes e nada menos que doze enormes árvores de Natal estavam dispostas pelo salão, umas cintilando com cristais de neve, outras iluminadas por centenas de velas.

 

— Quantos dias ainda faltam até as férias? – perguntou Hagrid.

— Um – respondeu Hermione. – Ah, isso me lembra: Harry, Rony, falta meia hora para o almoço, devíamos estar na biblioteca.

— Ih, é mesmo – disse Rony, despregando os olhos do Prof. Flitwick, que fazia sair bolhas azuis da ponta da varinha e as levava para cima dos galhos da árvore que acabara de chegar.

— Biblioteca? – espantou-se Hagrid, acompanhando-os para fora da sala. – Na véspera das férias? Não estão estudando demais?

— Ah, não estamos estudando – respondeu Harry, animado. – Desde que você mencionou o Nicolau Flamel estamos tentando descobrir quem ele é.

— Vocês o quê? – Hagrid parecia chocado. – Ouçam aqui: já disse a vocês, parem com isso. Não é da sua conta o que o cachorro está guardando.

— Só queremos saber quem é Nicolau Flamel, só isso – falou Hermione.

— A não ser que você queira nos dizer e nos poupar o trabalho – acrescentou Harry. – Já devemos ter consultado uns cem livros e não o encontramos em lugar nenhum. Que tal nos dar uma pista? Sei que já li o nome dele em algum lugar.

— Não digo uma palavra – respondeu Hagrid, decidido.

— Então vamos ter que descobrir sozinhos – disse Rony, e saíram depressa para a biblioteca, deixando Hagrid desapontado.

 

Hermione puxou uma lista de assuntos e títulos que decidira pesquisar, enquanto Rony se dirigiu a uma carreira de livros e começou a tirá-los da prateleira aleatoriamente. Harry vagou até a Seção Reservada. Era a seção de livros que continham poderosa magia negra jamais ensinada em Hogwarts e somente lida por alunos mais velhos que estudavam no curso avançado de Defesa Contra as Artes das Trevas.

 

Rony e Hermione ouviram Madame Pince expulsando Harry da seção reservada e cinco minutos depois se reuniram a ele no corredor, balançando negativamente a cabeça. E foram almoçar.

 

— Vocês vão continuar procurando enquanto eu estiver fora, não vão? – recomendou Hermione. – E me mandem uma coruja se encontrarem alguma coisa.

 

— E você poderia perguntar aos seus pais se sabem quem é Flamel – disse Rony, dando de ombros – Não haveria perigo em perguntar a eles.

 

—Nenhum perigo, os dois são dentistas.

 

Uma vez começadas as férias, Rony e Harry estavam se divertindo à beça para se lembrar de Flamel. Tinham o dormitório só para eles e a sala comunal estava muito mais vazia do que o normal, por isso podiam usar as poltronas confortáveis ao pé da lareira. Sentavam-se a toda hora para comer tudo que pudessem espetar em um garfo de assar – pão, bolinhos, marshmallows – e tramavam maneiras de fazer Draco ser expulso, o que se divertiam em discutir, mesmo que não fosse produzir resultados.

 

Rony começou a ensinar Harry a jogar xadrez de bruxo. Seu jogo era muito velho e gasto, como todo o resto que possuía, tinha herdado este do seu avô e a vantagem era que conhecia muito bem suas peças e estas faziam tudo que ele pedia - coisa que Harry estava tendo dificuldade com as peças que Simas Finnigan lhe emprestara e que não confiavam nada nele. 

 

Na manhã de Natal, Rony acordou primeiro que Harry e ainda estava deitado quando o amigo acordou. 

 

— Feliz Natal – disse Rony, sonolento, vendo Harry pular da cama e vestir o roupão.

 

— Para você também – falou Harry, e se animou de repente – Olhe só isso! Ganhei presentes?

 

— E o que é que você esperava, nabos? – respondeu Rony, achando graça e virando-se para a sua pilha, que era bem maior do que a de Harry.

 

Rony começou a abrir seus presentes. O primeiro pacote era um envelope pequeno com uma cartinha em letra bonita, que ele reconheceu ser de Gina. Dentro, junto à um bilhete, estava uma figurinha do sapo de chocolate da Agripa - uma das que lhe faltava. O bilhete dizia: 

 

“Achei um dos cartões que faltava em sua coleção - espero que goste!

 

 Saudades e Feliz Natal! 

Gina”. 

 

Rony sorriu e correu para guardar o envelope com a figurinha no malão, para colocar junto aos outros quando voltasse para casa. Fez uma nota mental para depois enviar uma resposta à irmã agradecendo o presente - graças a ela agora só faltaria o Ptolomeu.

 

Pegou então o segundo pacote, mas antes de abri-lo viu o que Harry tinha na mão. Era uma moeda estranha, muito diferente de todas que já havia visto na vida, e ficou fascinado na mesma hora. 

 

—Que esquisito! – disse. – Que formato! Isso é dinheiro?

 

—Pode ficar com ela. - disse Harry, lhe entregando a moeda.

 

Rony ia voltar a seu pacote quando Harry comentou:

 

—E quem mandou esses?

 

—Acho que sei quem mandou esse – disse Rony, ficando um pouco vermelho e apontando para o embrulho disforme que estava em sua mão. – Mamãe. Eu disse a ela que você não estava esperando receber presentes... ah, não... – gemeu, lamentando pelo garoto –, ela fez para você uma suéter Weasley.

 

Harry tinha rasgado o papel e levantava uma suéter tricotada com linha grossa verde-clara e uma grande caixa de barras de chocolate feito em casa.

 

— Todos os anos ela faz para nós uma suéter – disse Rony, desembrulhando a dele –, e a minha é sempre cor de tijolo - constatou mostrando para Harry.

 

— Foi realmente muita gentileza dela – disse Harry, experimentando as barrinhas de chocolate, que estavam muito gostosas.

 

O terceiro embrulho que abriu era de Mione: ela havia dado pra ele uma caixa de feijãozinho de todos os sabores. Ele sorriu quietamente, animado com o presente. Não esperava ganhar algo dela e achou aquilo realmente simpático de sua parte. 

 

Depois abriu o presente de Gui: um novo conjunto de peças de xadrez, que ele adorou, por finalmente poder jogar com peças novas. O seguinte era dos gêmeos: um doce estranho que ele achou melhor perguntar do que se tratava antes de comer. Por fim, abriu o último pacote, que era de Carlinhos: ele enviara um pôster autografado da seleção de quadribol da Romênia - o que o garoto achou magnífico também, e admirou-o animado por vários segundos antes de guardar com os outros, pensando em mais tarde agradecê-los por carta. 

 

Rony já tinha guardado todos os presentes e começava a abrir a caixa de feijãozinho, quando viu Harry abrir seu último pacote, e soltou uma exclamação:

 

— Já ouvi falar nisso – disse em voz baixa, deixando cair a caixa – Se isso é o que eu penso que é, é realmente raro e realmente valioso.

 

— E o que é?

 

Harry apanhou o pano brilhoso e prateado do chão. Tinha uma textura estranha, parecia tecida com fios de água

.

— É uma capa da invisibilidade – disse Rony, com uma expressão de assombro no rosto. – Tenho certeza de que é. Experimente.

 

Harry jogou a capa em volta dos ombros e Rony deu um berro.

— É, sim! Olhe para baixo!

 

Harry olhou para os pés, mas eles tinham desaparecido. Correu então para o espelho. Não deu outra: o espelho refletiu sua imagem, só a cabeça suspensa no ar, o corpo completamente invisível. Ele cobriu a cabeça e a imagem desapareceu completamente.

 

— Tem um cartão! – disse Rony de repente. – Caiu um cartão!

 

Harry tirou a capa e apanhou o cartão. Enquanto Harry lia, Rony admirava a capa, mal acreditando que estava vendo uma daquelas de verdade. 

 

— Eu daria qualquer coisa para ter uma dessas. Qualquer coisa... Que foi? - Rony percebeu que o amigo estava com um olhar parado, como se pensasse em algo importante.

 

— Nada. - ele respondeu, ainda um pouco estranho.

 

Naquele momento, a porta do dormitório se escancarou e Fred e Jorge Weasley entraram aos pulos. E Rony viu Harry rapidamente dar sumiço na capa. 

 

— Feliz Natal!

— Ei, olhe só, o Harry ganhou uma suéter Weasley também!

 

Fred e Jorge estavam usando suéteres azuis, uma com um grande F, a outra com um J.

— Mas a do Harry é melhor do que a nossa – comentou Fred, erguendo a suéter de Harry. – Ela com certeza capricha mais se a pessoa não é da família.

 

— Por que você não está usando a sua? – perguntou Jorge. – Vamos, vista logo, elas são ótimas e quentes.

 

— Detesto cor de tijolo – lamentou-se Rony, desanimado enquanto vestia a suéter.

 

— Pelo menos você não tem uma letra na sua – comentou Jorge. – Ela deve pensar que você não esquece o seu nome. Mas nós não somos burros, sabemos que nos chamamos Jred e Forge.

 

— Que barulheira é essa?

Percy Weasley meteu a cabeça para dentro da porta, com um olhar de censura. Era visível que já desembrulhara metade dos seus presentes porque trazia também uma suéter grossa pendurada no braço, que Fred logo agarrou.

 

— M de monitor! Vista logo, Percy, todos estamos usando as nossas, até Harry ganhou uma.

 

— Eu... não... quero – disse Percy com a voz embargada, enquanto os gêmeos forçavam a suéter por sua cabeça, entortando seus óculos.

 

— E você hoje não vai se sentar com os monitores – disse Jorge. – Natal é uma festa da família.

 

E os dois carregaram Percy para fora do quarto, com os braços presos dos lados pela suéter.

 

O almoço de Natal estava maravilhoso. Sua mãe, Molly, sempre cozinhava muitas coisas deliciosas, mas de fato, nada podia se comparar àquela fartura: cem perus gordos assados, montanhas de batatas assadas e cozidas, travessas de salsichas, terrinas de ervilhas passadas na manteiga, molheiras com uva-do-monte em molho espesso e bem temperado – e, a pequenos intervalos sobre a mesa, pilhas de bombinhas de bruxo, que quando explodiam traziam surpresas. Na mesa principal, Dumbledore tinha trocado o chapéu de bruxo por um toucado florido e ria alegremente de uma piada que o Prof. Flitwick acabara de ler para ele.

 

Pudins de Natal flamejantes seguiram-se ao peru. Percy quase quebrou os dentes em uma foice de prata que estava escondida em sua fatia. Os Weasley passaram com Harry uma tarde muito alegre, ocupados em uma furiosa guerra de bolas de neve. Depois, frios, molhados e ofegantes, voltaram para junto da lareira na sala comunal de Grifinória, onde Harry estreou o seu novo jogo de xadrez, perdendo espetacularmente para Rony. Suspeitou que não teria levado uma surra tão grande se Percy não tivesse tentado ajudá-lo tanto.

 

Depois de lancharem sanduíches de peru, bolinhos, gelatina e bolo de frutas, todos se sentiram demasiado fartos e sonolentos para fazer outra coisa senão sentar e assistir a Percy correr atrás de Fred e Jorge por toda a torre de Grifinória porque eles tinham furtado seu crachá de monitor. Rony, cheio de peru e bolo, caiu no sono assim que puxou as cortinas de sua cama de dossel. 

 

Na manhã seguinte, assim que acordou, foi surpreendido por um Harry empolgado, falando sem parar durante o café da manhã sobre ter tentado ir na seção reservada ver sobre Flamel,  com a capa, quase ter sido pego por Filch e Snape, e na fuga encontrar uma sala com um espelho que lhe mostrou seus pais.

 

— Você podia ter me acordado – falou Rony, aborrecido.

— Você pode vir hoje à noite. Vou voltar, quero lhe mostrar o espelho.

— Eu gostaria de ver sua mãe e seu pai – disse Rony, animado. Já ouvira muitas vezes sobre Lilian e Tiago Potter, mas nunca os virá, é claro, e agora que eram pais de seu melhor amigo, queria mesmo poder vê-los de alguma forma. 

 

— E eu quero ver toda a sua família, todos os Weasley, você vai poder me mostrar os seus outros irmãos e todo o mundo. - disse Harry, parecendo animado também. 

 

— Você pode vê-los a qualquer hora. É só vir à minha casa neste verão. - Rony constatou, convidando-o com empolgação, e voltou ao assunto do espelho, pensativo - Em todo o caso, talvez o espelho só mostre gente morta. Mas é uma pena você não ter achado o Flamel. Coma um pouco de bacon ou outra coisa qualquer, por que é que você não está comendo nada? - o ruivo estranhou, preocupando-se. 

 

— Você está bem? – perguntou Rony. – Está com uma cara tão estranha.

 

Mas, ele não teve nenhuma resposta. 

 

Quando a noite chegou, os dois pegaram a capa e foram atrás do espelho.

 

Com Rony coberto pela capa também, eles tiveram de andar muito mais devagar. Tentaram refazer o caminho de Harry ao sair da biblioteca, andando a esmo pelos corredores escuros durante quase uma hora.

 

— Estou falando, vamos esquecer tudo e voltar. - disse Rony já cansado.

— Não! – sibilou Harry. – Sei que é em algum lugar por aqui.

 

Passaram pelo fantasma de uma bruxa alta que deslizava na direção oposta, mas não viram mais ninguém. Na hora em que Rony começou a reclamar que seus pés estavam dormentes de frio, Harry identificou a armadura.

 

— É aqui... logo aqui... é.

 

Eles empurraram a porta. Harry deixou cair a capa dos ombros e correu para o espelho. 

 

Lá estavam eles. Sua mãe e seu pai sorriram ao vê-lo.

 

— Está vendo? – Harry cochichou, parecendo admirado e feliz.

— Não consigo ver nada. - Rony estranhou, vendo apenas o reflexo do amigo no grande espelho. 

— Olhe! Olhe eles todos... ali, montes deles… - Harry insistiu, apontando. 

— Só consigo ver você.

— Olhe direito, vamos, fique aqui onde eu estou.

 

Harry deu um passo para o lado, mas com Rony diante do espelho, não conseguiu mais ver sua família. Era apenas Rony com o seu pijama de lã escocesa.

 

Rony, porém, estava mirando a própria imagem, petrificado. Era ele mesmo alguns anos mais velho, um crachá bonito como o de Gui, de Monitor Chefe, no lado direito do peito, e um pouco acima, na gola de seu uniforme, um crachá de prata de Capitão do Time de Quadribol da Grifinória, como o de Carlinhos. Carregava nos dois braços taças reluzentes: a Taça das Casas e a Taça de Quadribol. 

 

— Olhe só para mim! – exclamou, encantado. Era exatamente tudo com o que já sonhara na vida, sem precisar dizer. 

 

— Você está vendo toda a sua família à sua volta?

 

— Não, estou sozinho, mas estou diferente... pareço mais velho, e sou chefe dos monitores. - contou, ainda admirando a visão que tinha. 

— O quê?

— Estou... estou usando um crachá igual ao do Gui... E estou segurando a taça das casas e a taça de quadribol, sou capitão do time de quadribol também!

 

Rony despregou os olhos dessa visão magnífica para olhar animado para Harry.

 

— Você acha que esse espelho mostra o futuro? - ele se animou de repente, os olhos cintilantes com a possibilidade. 

 

— Como pode mostrar? A minha família está toda morta. - Harry franziu o cenho, e Rony ponderou - Me deixe dar outra espiada.

 

— Você teve o espelho só para você a noite passada, me deixa olhar mais um pouco. - disse, aborrecido, não querendo deixar de ver sua imagem com toda aquela glória inimaginável. 

 

— Você só está segurando a taça de quadribol, que interesse tem isso? Eu quero ver os meus pais. – Não me empurre…

 

Um ruído repentino do lado de fora no corredor pôs fim à discussão dos dois. Não tinham se dado conta do como estavam falando alto.

 

— Depressa!

 

Rony atirou a capa de volta para cobri-los na hora que os olhos luminosos de Madame Nor-r-ra apareceram à porta. Rony e Harry ficaram imóveis, ambos pensando a mesma coisa – será que a capa fazia efeito para os gatos? Passado um tempo que pareceu uma eternidade, ela se virou e foi embora.

 

— Isto é perigoso. Ela pode ter ido buscar o Filch, aposto que nos ouviu. Vamos. - e Rony puxou Harry para fora do quarto.

 

A neve ainda não derretera na manhã seguinte.

 

— Quer jogar xadrez, Harry? – convidou Rony.

— Não.

— Por que não descemos para visitar Rúbeo? - sugeriu, percebendo que o amigo estava muito quieto de novo. 

— Não... vai você...

— Sei o que é que você está pensando, Harry, naquele espelho. Não volte lá hoje à noite. - pediu, sentindo uma pontada de ansiedade e medo com a ideia. 

— Por que não?

— Não sei, estou com uma intuição ruim, e de qualquer forma você já escapou por um triz muitas vezes, demais. Filch, Snape e Madame Nor-r-ra estão andando por lá. E daí se eles não conseguem ver você? E se esbarrarem em você? E se você derrubar alguma coisa?

— Você está falando igual à Hermione. - Harry reclamou, mas Rony não se importou e insistiu. 

— Estou falando sério, Harry, não vai não.

 

Mas Harry pareceu ignorar o que ele dizia.

 

Naquela noite, Rony o viu saindo do dormitório com a capa. Sabia que ele estava indo atrás do espelho, mas decidiu não dizer mais nada - apenas se viu por um momento desejando que Hermione estivesse ali para tentar dissuadir Harry daquela ideia perigosa, e voltou a deitar-se.

 


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