Nosso noivado de mentirinha escrita por Gabby Araujo


Capítulo 3
Capítulo 2 - Trato feito


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, obrigada por todo o apoio e cada comentario. Aqui está mais um capitulo que eu espero que vocês curtam. Nós vemos lá em baixo, boa Leitura :)



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Capítulo 2 

Trato feito 

“Bons casamentos são o meu negócio.” 

Licença para casar 

O quê? Eu não consigo acreditar no que eu acabei de ouvir, ele quer casar comigo? Eu só posso ter ouvido errado. 

—Casar com você? - Eu pergunto incrédula, meu coração acelerado. - Eu não posso me casar com você, eu nem te conheço, não sei o tipo de pessoa que você é. - Apesar de ter minhas suspeitas de que não é alguém agradável como aparenta. 

—Como você é dramática. - Ele se senta e se serve de um copo de água. - Não é um casamento de verdade, eu apenas quero que você finja. - Ele explica. 

—Como assim? - Pergunto confusa. Ele gesticula para que eu me sente também e ele pega um outro copo e me serve.  

—Aqui. Beba isso e se acalme. -Ele me entrega o copo, e fala de devagar como se eu fosse uma criança, tenho vontade de retrucar, mas deixo ele continuar - Meus pais me pressionam para que eu me case a algum tempo, porém agora a cobrança está ficando mais recorrente e insuportável. Eu não estou interessado em uma esposa no momento, mas minha mãe não me escuta. E então ela me ameaçou de arranjar um casamento queira eu ou não. - Ele suspira e passa a mão pelos cabelos em um ato de frustração.  

—Forçado a se casar?  - Você também? Quase acrescento, mas me seguro. -Deve ser difícil brigar com sua família desse jeito e por eles não respeitarem as suas vontades.  - Assim como meus pais não respeitam as minhas, não sei por que mas sinto uma vontade de consola-lo. - Eu posso entender o porque de você estar chateado com eles. Edward parece baixar a guarda, mas então volta a ficar frio. 

—Não importa, eu não vou me casar por causa dela, isso é inaceitável.  

—Olha eu te entendo, mas o que isso tem haver comigo? -Pergunto. 

—Pra ela largar do meu pé, eu disse que já tenho uma noiva. - Ele responde. - Eu disse que minha noiva queria um longo noivado para terminar a faculdade e que ela tava estudando longe, e por um ano minha mãe tem engolido essa história. - Edward se levante e começa a andar pelo camarim de um lado pro outro. - Mas daqui uns dias ela estará vindo para cidade e quer conhecer minha noiva. Que não existe aliás, eu inventei.  

—E se ela descobrir que você mentiu... 

—Eu vou ser forçado a um casamento com alguém que ela escolher. - Diz Edward com um suspiro, suas mãos fechadas.  

—Okay, mas por que eu? - Aposto que um monte de garotas lá fora assim como Alice iriam gostar muito de ser a noiva de Edward, mas por que eu? Eu nem sou fã dele, e já tenho problemas demais com o meu próprio casamento arranjado. Ele caminha até ficar de frente pra mim. 

—Você vai ser minha noiva, vai morar comigo por algumas semanas enquanto minha mãe estiver na cidade... 

—Morar com você? - O interrompo. 

 -Ela vai te conhecer, nos ver juntos... - Ele explica devagar como se eu fosse uma débil mental. - E aí ela vai voltar pra casa e cuidar da vida dela e não encher mais o meu saco. 

—Eu não posso ser sua noiva e eu não vou. - Respondo categoricamente. 

 Nem pensar que vou sair de um casamento pra entrar em outro, mesmo que falso, apesar da ideia me atrair por poder funcionar com meus pais também, mas eu sou uma péssima mentirosa isso nunca daria certo. Edward então sorri maliciosamente e balança os pedaços do seu broche partido.  

—Okay, já que você não vai me ajudar... Eu espero que você pague completamente pelo que quebrou. - E lá está aquele sorriso torto. - Você escolhe o peso de uma divida enorme que você não pode pagar, ou passar algumas semanas usando roupas caras, indo nos melhores restaurantes e eventos do ano? 

—Eu ainda estou na faculdade eu não tenho essa quantia de dinheiro... - Exclamo. Porém sou interrompida pelo meu celular que começa a tocar, olho no visor e é a minha mãe. Droga, Edward está me olhando com as sobrancelhas arqueadas. 

—Não vai atender? parece importante. - Aí que vontade de soca-lo, eu suspiro e então atendo meu celular. 

—Alô Belinha filhinha ainda bem que você atendeu estou te ligando o dia todo. - Minha mãe começa a falar sem parar. 

—Eu estava ocupada mãe, por isso não consegui atender. - Respondo nem um pouco sincera e Edward nota achando graça, eu faço uma careta. 

—Mas enfim Jacob vai estar vindo pra cá nas próximas semanas e está louco pra te reencontrar. E pelo que conversei com a mãe dele ele também está contente com a ideia do casamento. - Era só o que me faltava. 

—Mãe será que você não pode me ligar outra hora? Não é um bom momento pra conversar sobre isso. - Suplico. 

—Por quê? Você está com alguém? - Eu confirmo. -Alice está aí, quero muito conversar com ela e pedir dicas para o vestido e... 

—Não mãe, a Alice não está comigo. - Eu a corto. 

—Por favor não me diga que você está em um encontro com um rapaz. - Minha mãe diz desesperada. E então eu tomo coragem e resolvo embarcar na ideia de Edward. 

—Sim mãe eu estou, e não é com um rapaz é com o meu noivo. - Respondo de uma vez sem perder a coragem e então minha mãe fica muda e encaro um Edward surpreso. Minha mãe não responde por uns segundos e começo a me arrepender do que fiz. 

—Noivo? Desde quando Isabella? - Oh, oh, ela está brava. 

—Mãe eu não quero falar sobre isso agora e por telefone, você pode me ligar depois? Eu preciso ir. - Respondo apressadamente. 

 

—Isabella não ouse desligar na casa da sua mãe. -Ela ameaça. 

—Tchau mãe, também te amo. - E então desligo. 

—Pelo visto ficou com a segunda opção. - Diz Edward com um sorriso presunçoso.  

—Cala a boca. - Respondo. 

—Mas estou curioso porque contou a sua mãe? - Droga, esqueci que ele tava ouvindo tudo. 

—Resumindo você não é o único cujo os pais querem arranjar um casamento. -  Respondo simplesmente. E então cai a ficha. - Nós vamos ter de nos beijar? - Na hora me arrependo da minha pergunta e fico com muita vergonha, mas não sou a única já que Edward fica as bochechas rosadas. 

—Bom... Talvez tenhamos. - Edward diz pensativo. - Uma ou outra vez pra mostrar. 

—Certo, entendi. - Respondo. 

—Não me entenda mal, vamos evitar o máximo que pudermos. - Ele responde me olhando nos olhos e falando sério. - Eu não sou nenhum pervertido tentando te atacar, eu preciso da sua ajuda, mas não vou me aproveitar. - Eu fico vermelha. - Não pedirei nada mais do que andar de mãos dadas e alguns beijos em público quando necessário.  

—Obrigada.... Isso é reconfortante. -  Preciso limpar minha garganta antes de falar.  

—Então o que me diz. Você aceita ser minha noiva pra acalmar minha família? - Edward me estende sua mão. Eu hesito um pouco mais então aceito. 

—Okay, serei sua noiva e peço que você também me ajude com minha família.  

—Feito. - Balançamos nossas mãos. 

Fomos até um shopping próximo para tomarmos um café e discutirmos os detalhes de nosso falso noivado, e compramos algumas coisas para eu passar um tempo na casa de Edward. Ele foi pegar um café enquanto releio o tópico que fizemos. 

O noivado de mentira precisará durar por pelo menos 1 ano. Sem nenhuma das partes poder desistir com o risco de pagar o preço da quebra de contrato de 10 mil dólares. Ambos terão de comparecer a reuniões e eventos socias da família sempre que necessário.  É proibido que ambas as partes se envolvam romanticamente com outras pessoas, quebrando essa regra a multa é de 15 mil dólares Nada de contanto físico desnecessário É proibido falar deste contrato pra qualquer pessoa. 

Até agora foram apenas cinco tópicos riscados no guardanapo, Edward disse que se surgissem mais coisas poderíamos ir acrescentando. Edward volta se senta ao meu lado, ele me entrega o meu café e bebemos nossos cafés em silencio, meu celular vibra com mensagens de texto de Alice perguntando pra onde eu fui. 

—Você não pode falar pra ela sobre o nosso acordo e pra onde você foi. -  Diz Edward por cima dos meus ombros.  

—Eí, você está lendo minhas mensagens? - Pergunto indignada. 

—Você estava com o celular bem nas minhas vistas não me culpe. - Ele se defende. -Pra isso dar certo ninguém pode saber a verdade, nem mesmo seus amigos.  

—Tenho certeza que Alice nunca diria nada a ninguém... - Sou interrompida por mais mensagens de Alice. 

Me conta tudo, mal vejo a hora de contar tudo o que aconteceu no meu blog da faculdade. 

—Ta bom pode ser que ela conte a alguém. -Droga Alice sua traidora, Edward ergue a sobrancelha como se disse-se eu avisei, e do seu sorriso torto. 

—Ou a internet inteira. - Responde ele sarcástico. 

Eu pego meu celular e dígito rapidamente que estou bem, e que vou passar alguns dias no antigo apartamento dos meus pais no centro pois preciso resolver algumas coisas, e dava um jeito de passar no nosso apê assim que possível para pegar umas roupas. E desligo meu celular o guardando na minha bolsinha. 

—Vamos precisamos comprar roupas pra você. - Edward diz se levantando. 

—Eu não preciso de roupas novas, eu posso dar um jeito e buscar as minhas no meu apartamento. 

—Já que você vai se passar por minha noiva tem de estar à altura. - Ele responde simplesmente me arrastando pelos corredores do shopping.  - A propósito qual é o seu nome? 

—Você não devia ter me perguntado isso antes de me pedir pra casar com você? - Eu pergunto indignada me dando conta de que nem meu nome ele sabe. - É Isabella, mas prefiro que me chamem de Bella.  - Respondo cansada demais pela corrida pra discutir. 

Assim que entramos na loja uma atendente toda sorridente vem nos atender, tento evitar mais os olhares nada discretos que ela da para Edward me deixam desconfortável. Eu pego algumas peças, mas Edward não aprova e saí escolhendo várias peças entre as araras e entrega a atendente. Ele se senta em um dos pufes enquanto eu vou experimentar uma das roupas que ele escolheu. Um vestido rosé com uma leve saia rodada e um salto baixinho. Eu tomo coragem e saiu do provador. Edward continua sentado no pufe, ele está distraído mexendo no celular. 

—Edward? - O chamo. - Que tal isso? -Pergunto. 

Edward tira os olhos do telefone, e congela quando me vê. 

—Isso é... - Edward engole seco e desvia o olhar, será que ele não gostou? 

—Eu sei que talvez não me caia também, talvez eu devesse pegar algo mais escuro...  

—Não é isso. Você está...bem. - A forma como ele está me olhando faz meu coração acelerar. 

Edward se vira pra vendedora e compra tudo o que escolheu, do mesmo tamanho do que eu estou vestindo.  

—Você gostou? - Pergunto curiosa. 

—É aceitável. Agora vamos. - Responde ele me puxando pra fora de loja cheio de sacolas na mão. 

—E agora pra onde vamos? - Questiono. 

—Porque você não vem junto e descobre? - Edward me estende sua mão.  

Não sei porque, mas sinto meu rosto ficar quente e me coração acelerar de novo, eu pego sua mão e sinto faíscas passar por todo o meu corpo. Caminhamos pelo shopping de mãos dadas. 

—Pra onde estamos indo? - Pergunto 

—Surpresa. - Responde ele sorrindo. - Chegamos. - Diz ele parando abruptamente.  

Me deparo com um lindo jardim, eu olho em volta e avisto um lindo chafariz cheio de luzes posicionado no meio. 

—É lindo. - Eu exclamo admirando a beleza do chafariz. 

Sem me dar conta estou correndo em direção ao chafariz puxando Edward no processo. 

—Ei, se você vai sair correndo pelo menos solte a minha mão. - Edward reclama, eu o ignoro, mas ando um pouco mais devagar 

Quando chegamos bem próximos ao chafariz, os arcos de água borrifam de leve no meu rosto fazendo leve cócegas. E então percebo algo. 

—Olha como se mechem de acordo com a música. - Exclamo admirada, é a primeira vez que vejo algo assim ao vivo. 

—Eu achei mesmo que você ia gostar. - Diz Edward tão baixo que não sei se falou pra mim ou para ele, eu sinto ele acariciar minha mão e a puxo surpresa. Edward não parece ter notado já que sua expressão não muda. 

Um brilho vindo do chafariz chama minha atenção. Me curvo olhando pra dentro e observo várias moedas no fundo do chafariz.  

—Eu acho que tenho moedas, peraí... -Digo a Edward, procurando dentro da minha bolsinha. 

—Moedas? - Pergunta Edward confuso. 

—Faz um pedido. - Abro as mãos mostrando as moedas que achei em minha bolsa.  

—Como assim? - Ele encara a moeda. 

—Você nunca fez um pedido em uma fonte antes? -Eu pergunto curiosa. - Você faz um pedido e joga a moeda por traz dos seus ombros no chafariz. - Eu explico. 

—E o pedido se torna realidade? - Ele pergunta descrente.  

—Deveria, mas não pode contar o pedido pra ninguém. Ou então ele não vai se realizar nunca. - Eu explico. 

—Eu não preciso fazer pedidos pra ter o que eu quero. - Ele responde. 

—Edward, faz logo. - Tomo a frente colocando a moeda na mão dele, meus dedos roçam sua pele eu o viro pra que ele fique de costas pra fonte e não veja o quão vermelha eu estou. 

—Ta bom. - Ele suspira derrotado. 

—Ótimo vamos fazer isso juntos. -Digo animada. - Aperte firme a moeda nas mãos, e feche os olhos, e faça seu pedido. - Ele ainda está carrancudo, mas faz o que eu digo. 

Eu paro pra observar o quão lindo ele está, apesar da carranca ele parece uma escultura que faz parte do jardim, tão lindo e tão misterioso. Apesar da máscara de frieza e indiferença tenho certeza que ele esconde algo. Eu suspiro e então aperto a moeda em minha mão e fecho meus olhos, e desejo que a mãe de Edward acredite que sou sua noiva e que meus pais acreditem que Edward é meu noivo e esqueçam o casamento com Jacob. Espero que tudo ocorra bem. 

—Quando eu contar até três nos jogamos a moeda sobre os ombros. - Eu digo ainda de olhos fechados. - Três... Dois... Um... - Jogo a moeda e escuto a minha e a moeda de Edward caindo no chafariz, e abro meus olhos.  

Eu me viro pra ver onde minha moeda caiu, observando a ondulação na água, e não consigo evitar de rir me sentindo uma criança de novo. Lembrando quando meu pai me levava pra passear em um lago onde ele pescava quase todo o fim de semana com seus amigos, perto do lago tinha um poço que ele dizia ser o poço dos desejos, e toda vez fazíamos o “ritual do pedido”, sinto falta daquela época. Fazer isso depois de tanto tempo continua divertido. 

—E agora nossos desejos irão se tornar realidade. - Digo sorrindo, Edward apenas revira os olhos, mas retribui meu sorriso. 

Eu subo na borda do chafariz e começo a caminhar como uma verdadeira criança me sentindo nostálgica.  

—Toma cuidado. - Edward alerta. 

—Está tudo bem, eu sei...- Eu perco o equilíbrio e Edward me puxa, me segurando em seus braços, meu rosto colado em seu peito. 

—D-Desculpa. - Peço sem jeito, eu rapidamente me afasto dele, sentindo meu rosto quente. Obrigada por me segurar de novo. - Agradeço sem encara-lo. 

—Que seja, se minha noiva se encharcasse no meio de um shopping seria vergonhoso. - Ele responde com a mesma cara fria de sempre. 

—Desculpa. -Peço de novo. 

—Você é sempre desastrada assim? - Ele pergunta tentando esconder a curiosidade. 

—Eí. Eu não sou desastrada. -Respondo me defendendo, Edward ri. 

—Como você sobreviveu esse tempo todo... - Edward continua me provocando enquanto voltamos pro carro. 

Chegamos em frente a uma linda mansão com um jardim espetacular na frente, Edward abre a porta pra que eu desça do carro, parada em frente a casa não consigo não ficar de boca aberta. Apesar de ter crescido em uma mansão ela não se compara a essa. 

—Você mora aqui sozinho? - Pergunto. 

—Meus pais quase nunca veem aqui já que trabalham no exterior e passam grandes períodos lá, deixando apenas eu e meu irmão morando aqui, porém a vários empregados. - Ele explica. - Então vamos ou você vai continuar parada aí. - Ele abre a porta da frente e faz um gesto pra que eu entre. 

Dentro da mansão é tão lindo quando o lado de fora, á várias esculturas e quadros modernos espalhados. Edward me guia até uma das salas, onde a um garoto loiro sentando lendo um livro, ele ergue a cabeça quando escuta nossos passos. O garoto parece ser muito mais novo que o Edward, ele é loiro e tem os cabelos ondulados, acho que tem mais ou menos minha altura, talvez só um pouco maior. Ele abre um sorriso malicioso. 

—Olá, você chegou, quem é essa? - Pergunta ele curioso erguendo uma de suas sobrancelhas. 

—Essa é a minha noiva, Bella. Bella esse é Jasper meu irmão mais novo. - Edward nós apresenta. 

—Ahh. Você sempre disse que tinha uma noiva, mas como eu nunca a conheci, já tava acreditando que ela não existia. - Diz Jasper num tom brincalhão.   

—Como você pode ver ela existe, e é bem real. - Diz Edward sorrindo e gesticulando pra mim. 

Jasper então me olha me analisando e eu fico desconfortável com seu olhar, será que ele vai notar que tem algo de errado?  

—Bella, o quarto de hospedes é no segundo andar, sinta-se a vontade. - Edward me indica apontando para as escadas no fim do corredor atrás de mim. 

—Ta bom... Obrigada. - Digo sem jeito, ainda me sentido desconfortável. 

—Por que ela não vai ficar no seu quarto? - Pergunta Jasper de forma direta. Me pegando desprevenida me fazendo morder os lábios sem saber o que dizer. 

—Que tipo de pergunta grosseira é essa? E por que está tão interessado no que fazemos em nosso quarto? - Pergunta Edward respondendo ao irmão.  

—É... Que é estranho. - Responde Jasper envergonhado. 

—Você que é estranho, estou apenas sendo cavalheiro e dando espaço a ela. - Responde Edward. 

—Okay, não é da minha conta mesmo. - Responde Jasper dando de ombros. 

—Não é mesmo. - Responde Edward pondo fim ao assunto. - Estou indo dormir, já que você está aí que tal mostrar a ela o quarto de hospedes? Os empregados já devem ter ajeitado tudo. 

—Por que eu? A noiva é sua, você é quem devia fazer isso. - Os dois se encaram furiosos. 

O clima fica tenso, será que eles são sempre assim um com o outro? No que eu fui me meter, isso fica cada vez mais difícil. 

—Está tudo bem, Edward deve estar cansado, eu ficarei bem pode ir descansar. - Respondo tentando por panos quentes. 

—Eu também estou cansado isso não é desculpa pra que outras pessoas tenham de fazer as obrigações dele. - Jasper responde indignado. 

Edward apenas se levanta e caminha pelo corredor indo para seu quarto eu imagino. Jasper bufa e então me encara. 

—Aquele filho da... - Eu o encaro, e ele suspira. - Okay vamos logo acabar com isso, me siga. - Pede Jasper indo em direção as escadas, e eu o sigo. 

No caminho passamos por uma grande sala, um salão eu presumo. E eu fico embasbacada com o tamanho. 

—Vocês tem um salão? -  Eu pergunto. 

—Sim este é um salão menor, o principal fica do outro lado da casa. - Ele explica e não posso contar minha cara de surpresa. E um sorriso surge em seu rosto. - Você não é de uma família rica né. - Ele praticamente afirma. E eu aceno afirmando com a cabeça. 

Minha família não é pobre, mas também não diríamos que somos tão ricos a esse ponto. A empresa é estável e bem rentável o que nos da oportunidade de usufruirmos de muitas coisas boas. Mas não vou dizer isso a ele, quanto menos eu falar, melhor. 

—Não quero ser grosso, mas você não se parece com as garotas com que Edward geralmente saí. - Ele diz pensativo. 

—Eu acho que não, eu sou apenas uma estudante normal. - Respondo simplesmente. - Me desculpa se não sou tão refinada como as outras.  

—Não, não se desculpe. É... revigorante de certa forma. - Ele responde sorrindo. - Pra ser sincero eu também não me encaixo com esses tipos de pessoas. Apesar de Edward e eu crescermos juntos tivemos criações diferentes. - Jasper suspira e se escora em uma das paredes da sala, sua expressão é triste. - Desculpa não quero te encher com isso. 

—Não por favor me conte.  - Eu peço 

—Edward sempre foi o prodígio, a estrela da família, e eu nunca consegui o acompanhar. -Confessa Jasper, um misto de raiva e vergonha. - Enquanto Edward viajava o mundo por conta da sua educação musical, rodeado de professores particulares, enquanto eu ficava aqui e frequentava as escolas locais, e meus pais nem notavam minha existência. - Jasper parecia querer falar mais, porém se interrompe. - Esquece isso, você não quer ouvir sobre meus problemas pessoas, vou te levar ao seu quarto. 

—Não tem problema. - Eu respondo dando um sorriso caloroso, ele retribui com um sorriso tímido.  

Eu observo em volta e um piano do outro lado do salão me chama a atenção, caminhamos até ele. 

—É do Edward, ele usa esse piano pra praticar. - Responde Jasper como se lesse meus pensamentos. 

—Você não toca piano? - Pergunto. 

—Eu costumava tocar. Mas eu não sou tão bom quanto ao Edward, e qual o sentido tocar se ele é melhor do que eu? - Responde Jasper um pouco ressentido. 

—Como assim? - Pergunto indignada. - Sempre tem sentindo em fazer algo que você ame, você não precisa ser mundialmente famoso, ou tocar extremamente bem, pra apreciar alguma coisa. - Jasper me encara. - Especialmente quando se trata de música, é muito importante ter paixão. 

—Eu costumava me perder enquanto estava tocando, as horas passavam sem eu nem perceber. Eu era mais feliz quando fazia música. - Responde Jasper encarando o piano, ele passa a mão sobre as teclas.  

—Sabe... A música ajuda a expressar as emoções. - Digo a ele. - Tem emoções tristes que só a música consegue explicar. Ou quando você está com muita raiva, e cantar uma música alta de forma agressiva consegue te aliviar. - Então observo que Jasper está me encarando com um sorriso. - Me empolguei né? É que a arte e a música são minhas paixões, estou estudando sobre a história da música e posso falar sobre isso por horas se deixar.   

—Percebi. - Ele responde rindo, e eu o acompanho. Mas então o sorriso some. - Acho que você e Edward tem muito em comum então. -É impressão minha? Ou ele parece triste. 

—Talvez, eu não sei dizer. - Respondo com sinceridade. 

—Vamos, vou te mostrar seu quarto. - Jasper deixa o salão e eu sigo. 

Chegamos em um imenso corredor no segundo andar, ele para em uma das portas e a abre.  

—Tem outros quartos de hospedes, mas esse é o melhor. - Explica Jasper. - O meu quarto é o primeiro no corredor.  

—Obrigada Jasper, por me trazer e por me mostrar a casa. - Eu agradeço. 

—Tanto faz, durma bem. - Lá está a mesma cara fria de Edward.  

Jasper some no corredor entrando em seu quarto. Eu faço o mesmo e fecho minha porta. O quarto é realmente lindo. Tem uma varanda e um banheiro enorme com banheira. As minhas roupas estão no closet. Em cima da cama a artigos de higiene pessoal, e um pijama. Eu o visto e depois de escovar os dentes eu deito na cama, e não demoro muito a pegar no sono, pensando na loucura que foi o meu dia.  

Eu acordo em uma casa estranha, e então memorias do dia passado me voltam a mente. Eu suspiro, visto uma das roupas que estão no guarda roupa, pego uma saia e uma blusa e visto um salto baixinho. Quando desço as escadas escuto vozes, eu vou seguindo, as vozes ficam mais altas conforme me aproximo. 

—Eu te falei não vou passar por isso. - Responde Edward zangado, ele parece estar brigando com alguém. 

—Edward eu sei que você não gosta, mas nada me fara mudar de ideia. - A voz é de uma mulher, quem será? 

Eu entro na sala de jantar, uma mulher alta, não parece ser tão velha, está em uma das pontas da mesa discutindo com Edward. Os dois não notam minha presença e continuam brigando. Jasper está sentando tomando seu café calmamente quando me avista.  

—Bom dia, Bella. Dormiu bem? - Jasper me cumprimenta. Chamando a atenção de todos pra mim. 

Eu congelo quando Edward e a mulher se viram para me encarar.  

—Ótimo, você acordou. Mãe eu gostaria que você conhecesse a Bella minha noiva. - Edward fala vindo em minha direção com um sorriso. 

Ele deposita um beijo em minha testa e me passa os braços pela minha cintura., que tento retribuir sem parecer falso, mas o contato físico não me deixa me concentrar em mais nada. Então essa é a mãe dele? Ela não é exatamente como pensei que seria. Ela me observa de cima a baixo. 

—Prazer em te conhecer Senhora Cullen. - A comprimento tentando não demostrar nervosismo. 

—Me chame de Esme querida. - Ela responde vindo em minha direção, com os saltos ecoando sobre o piso de mármore. - Então é você a noiva que eu tanto ouvi falar. 


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Notas finais do capítulo

E aí, como será esse encontro com a sogra, ja to com pena da Bella, ela não parece ser fácil. Espero que tenham gostado e por favor não esqueçam de comentar. Bjs e até o proximo capítulo.



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