Nova Iorque a cidade que nunca para, foi esse lugar que eu escolhi para procurar por uma oportunidade, meu grande sonho é me tornar uma renomada chefe de cozinha.

— É incrível Esme, eu nem acredito que estou aqui! Eu falava ao telefone com minha avó paterna enquanto caminhava pela estação de metrô.

— Estou feliz por você querida, não esqueça de me avisar quando chegar na casa de Alice.

— Pode deixar, obrigada vó eu não estaria aqui se não fosse por você!

— Você merece querida, cuide-se!

Após encerrar uma chamada segui para a saída principal, o celular tocou em minha mão e sorri ao ver a mensagem de minha melhor amiga.

—Consegui uma audição, acho bom você se apressar ou ficará sem a chave.

— Eu estou a caminho!

 Respondi apressando meus passos.

Joguei o aparelho celular na bolsa de viagem e corri na direção da porta olhando um mapa da cidade que eu havia comprado no metrô tentando me lembrar das explicações dadas por Alice para que eu encontrasse o caminho do seu apartamento- Como ela disse que era mesmo? Sussurrei comigo mesma – primeiro a linha G ou depois da L? em seguida suspirei – Que mapa complicado.

Fiquei pensativa por alguns minutos tentando desvendar o bendito mapa, ao lembrar da mensagem de Alice franzi as sobrancelhas tentando me decidir caminhando com os olhos fixos no mapa me chocando com alguém que eu não havia visto vir a minha frente.

Em um movimento rápido o rapaz moreno jogou os braços em volta das minhas costas evitando que eu caísse para trás – Cuidado garota! Murmurou ele olhando para mim.

Eu ruborizei.

O cara era lindo, se eu soubesse que em Nova Iorque havia homens bonitos como ele eu teria viajando a mais tempo, pensei comigo mesma enquanto olhava para ele, ele era moreno, alto, acho que deveria ter no mínimo um metro e oitenta, o suéter de grife caia bem sob os músculos dos braços dele, cabelos e olhos castanhos, movi meus lábios tentando expressar meus pedidos de desculpas mas ele sorriu para mim.

— Me desculpe! Eu sussurrei enquanto ele me ajudava a ficar novamente de pé.

— Sem problemas! Ele respondeu com os olhos fazendo um pequeno “tour” sobre meu corpo, “ safado” ou ele era descarado demais ou achava que eu era tão inocente a ponto de não perceber.

— Acho que estou...

—Perdida? Perguntou ele me interrompendo enquanto eu juntava o mapa que havia caído no chão.

— É, perdida- eu concordei sorrindo timidamente.

O rapaz sorriu olhando para minhas mãos – Será difícil de se encontrar se continuar olhando o mapa ao contrário.

Fiz uma careta envergonhada – Nossa! Sussurrei constrangida – Como eu faço para chegar no Greenpoint?

— A essa hora é mais conveniente  fazer uma conexão das 6 com L e depois G! disse ele.

— Vou demorar muito? Eu estou atrasada!

O rapaz fez uma careta pensativo – Bom, tem uma opção mais rápida, se não tiver medo de pegar carona com estranhos eu posso te levar vou passar por perto.

Eu sorri timidamente e novamente fiquei pensativa, realmente seria mais rápido mais e se ele fosse um tarado? Se bem que com esse sorriso e esse corpo não precisa de nada para agarrar uma mulher, qual mulher não adoraria ser agarrada por ele?

— Não sei se deveria ir ao carro de um estranho – Eu respondi um pouco desconfiada.

Ele sorriu, meu pai amado que homem lindo – Eu também não sei se deveria levar uma estranha no meu carro, mas algo me diz que você não é uma assassina em série, a propósito – disse ele estendendo a mão para mim – Sou Jacob!

— Renesmee – Respondi apertando a mão dele – Mas pode me chamar de Nessie!

— Pronto não somos mais estranhos – ele falou sorrindo soltando a minha mão – Podemos ir agora?

Sorri concordando com a cabeça e o segui até seu carro que estava estacionado a alguns metros do metrô.

— Você ainda não me contou por que veio a Nova Yorque – Disse ele enquanto dirigia e olhava para a movimentada rua – Férias, trabalho, algum amor...talvez?

Ele olhou para mim pelo espelho retrovisor e eu corei – Eu vim para uma entrevista de trabalho.

— Ah, compreendo, vai ficar na cidade.

— É esse o plano! Respondi.

— Você vai adorar, essa cidade é maravilhosa, cheia de estrangeiros e culturas diferentes.

— E você o que faz? Perguntei tentando não demonstrar que eu começava a ficar interessada.

— No momento estou na direção de algumas empresas – disse ele olhando para a pista e em seguida pisou no freio, meu corpo foi jogado para frente e como eu estava no banco de trás me choquei com o banco da frente – AH QUAL É? Gritou ele apertando a buzina e seu corpo se debruçou sobre a janela – ONDE VOCÊ COMPROU SUA CARTEIRA? Gritou ele batendo com uma das mãos na buzina.

O carro passou ao lado do que estávamos e buzinou, Jacob passou ambas as mãos no rosto e o virou em minha direção, eu percebi que ele havia ficado constrangido com o que acabará de fazer a minha frente – Desculpe, você está bem?

—Claro! Não se preocupe – Respondi arrumando meu cabelo.

— Que bom! Disse ele arrancando novamente com o carro e minutos depois estacionou a frente de um prédio – Chegamos.

— Quem pena...murmurei..quer dizer, que bom, chegamos a tempo!

— Bom eu gostei da conversa! Jacob falou de forma gentil.

— Eu também! Respondi instantaneamente, tive o enorme desejo de perdi seu número, mas será que eu não estaria sendo uma oferecida, alguns segundos após meu silencio eu tomei uma decisão – Eu vou precisar de um guia turístico, você me parece o ideal.

— Está pedindo meu número? Perguntou ele sorrindo.

(Que lindo Renesmee, cave um buraco agora para se enterrar)

— É uma má ideia? (isso seja debochada)

— Nem um pouco – respondeu ele – me passa seu celular eu anoto nos seus contatos.

Eu entreguei meu celular a ele e o observei digitar os números com atenção, mordi a pontinha da unha do meu polegar direito e em seguida sorri quando ele finalmente me devolveu o aparelho.

Saímos do carro e ele me ajudou com a bagagem deixando sobre a calçada – Muito obrigada pela carona, Jacob!

— Jake, pode me chamar de Jake, disponha Nessie! Ele respondeu assentindo e em seguida deu a volta em torno do carro, ouvi o bater da porta do veículo e depois ele partiu.

— Início interessante – murmurei olhando para a escada do prédio novaiorquino, para minha surpresa Alice me esperava na entrada, ao me ver ela sorriu vindo ao meu encontro.

Sorri para ele enquanto ela se aproximava, parece que muitas emoções me aguardavam na nova cidade.