O primeiro natal de Fhany e Cam escrita por CM Winchester


Capítulo 1
Capítulo Único




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Seria o primeiro natal que passaríamos todos juntos. Todos mesmo. Acho que a ultima reunião de todos lobisomens, vampiros e imortais foi no meu nascimento.
Observei todos da família Cullen andando de um lado para o outro tentando deixar a mansão de Alaric o mais aconchegante possível. Olhei na direção em que mamãe estava conversando com Alaric.
— Hey baixinha não vai escapar dessa. - Tio Calleb se aproximou me entregando uma caixa cheia de decorações de natal. - Vou ajudar Emm com a arvore.
— Por que tinha que ser uma arvore de verdade?
— Ele gosta de exagerar. - Sorriu e sumiu.
Carreguei a caixa enorme, mas que não pesava nada. Encontrei com Cam no meio do caminho, ele estava carregando outra caixa, sorriu e piscou para mim.
— Primeiro natal juntos.
— Já esta apavorado?
— Não. - Sorriu. - Deveria?
— Mamãe conta que eles sempre deixavam tia Bella apavorada. - Sorri. - Mas ela sempre odiou festas, ao contrario da minha mãe. - Cam riu antes de se inclinar e beijar meus lábios.
Meses atrás eu não tinha muita certeza nos meus sentimentos. Não entendia direito por que nunca tinha amado ninguém como amante, só amor fraternal que eu tinha pela minha família.
O tempo passou e eu entendi o que era amar alguém. Cam era perfeito. Se a minha família ficou com ciúme? Ficou. Os homens é claro. Mas tiveram que se acostumar com o fato de que eu tinha crescido e era dona do meu nariz.
— Vamos com isso. - Alice gritou de algum canto da casa fazendo Cam se afastar de mim e sorrir.
— Sorte que ela nunca pensou em usar um chicote. - Emm murmurou baixinho para nós quando passou levando uma arvore enquanto Calleb o ajudava com a outra ponta.
Cam beijou minha bochecha e eu segui os meninos com a arvore.
— Lizz. - Calleb gritou. - Da uma mãozinha aqui.
— Claro cunhadinho. - Mamãe sorriu e um simples movimento de mãos a arvore estava em pé.
Emm e Calleb arrumaram a arvore.
— Como vocês vão fazer para colocar esses enfeites na arvore? - Perguntei depois de largar a caixa no chão e ambos sorriram.
— Você vai coloca-los lá em cima.
Balancei a cabeça depois abri a caixa. Comecei o trabalho de enfeitar a arvore com uma ótima ideia de Emm e Calleb que jogavam as bolas para mim que estava voando. Éramos três crianças? Éramos. Quando quebramos três bolas Alice apareceu furiosa nos xingando e expulsando os dois me deixando fazer o trabalho sozinha.
— Alice o ritual é enfeitar a arvore no começo de dezembro não no dia 24. - Resmunguei do alto da arvore e ela bufou se afastando.
Quando voltei ao chão a arvore estava completamente enfeitada com uma enorme estrela dourada na ponta e bolas vermelhas e douradas em toda a arvore. Modéstia a parte, eu tinha feito um ótimo trabalho. Sorri orgulhosa antes de fugir para longe de Alice.
Como as crianças estavam correndo pela casa avisei mamãe que as levaria para correr pela floresta.
— Tem certeza?
— Sim. Não deve ser difícil. - Ela sorriu.
— Boa sorte.
Virei para as crianças.
— Ok, cambada! Todo mundo para rua. Quem chegar por ultimo no jardim atrás da casa é mulher do padre! - Gritei e eles gritaram saindo correndo.
Agarrei Alexia no colo, enganchei no quadril e parti para a rua. Encontrei todos no jardim esperando. Inventei qualquer brincadeira que lembrava já ter visto na tv. Eles se distraíram brincando, correndo. Tentando pegar flocos de neve. Quem conseguia pegar o primeiro esquilo ou cervo. Alexia não se incomodou com o agito da criançada.
Já estava acostumada com os gritos.
Quando retornamos para casa estava anoitecendo, meus cabelos cortados curtos estavam uma bagunça de folhas e neve, as roupas sujas de sangue. Era estranhos ver alguns com roupas curtas por que não sentiam frio, outros com varias roupas por que estavam congelando.
Estavam sujos e molhados quando entramos na mansão agora toda organizada. Alice prevendo a algazarra apareceu correndo e fazendo caretas para a sujeira na casa.
Emm e Calleb surgiram nas escadas com expressões ansiosas.
— Eu disse que ela dava conta. - Calleb sorriu estendendo a mão.
Emmett bufou entregando uma nota de dinheiro que não consegui identificar. Entreguei Alexia para Alice e subi as escadas.
— Emm, apostou que eles iriam amarra-la em uma arvore e brincar de indiozinho. - Tio Calleb comentou e eu sorri antes de passar por eles.
Vesti um cropped branco com detalhes de rendas, saia cintura alta preta e sapato oxford preto.
Quando cheguei ao enorme salão encontrei todos conversando, tinha uma mesa enorme onde seria a ceia. Cam me esperou no final da escada e eu sorri apressando os passos. Beijei seus lábios.
Sorri ao ver Serena e Derek ali e fui abraça-los.
— Achei que não viriam. - Comentei depois de abraça-los.
— Foi uma decisão de ultima hora. - Serena falou antes de lançar um olhar para Derek.
Ambos estavam com sorrisos bobos nos rostos e um brilho no olhar.
— Perdi algo? - Perguntei confusa os encarando e ambos riram.
— Um pouco. - Sorriu animada. - Estou gravida.
— Fala serio? - Ela assentiu sorrindo e eu me joguei nela a abraçando. - Parabéns! Família vai crescer mais. Um vampirinho vem ai.
A felicidade deles era tanta que parecia contagiante. Amanda e Embry vieram se juntar ao abraço.
— Mais um motivo para comemorar. - Amanda falou e Serena assentiu sorrindo.
— Quem será os próximos? - Embry debochou e Cam ficou vermelho principalmente com um olhar mortal do meu pai.
— O Jake e a Ness. - Falei e Embry riu.
— Esta prevendo? - Derek perguntou sorrindo.
— Não só estou livrando meu namorado de ter a cabeça deslocada do corpo. - Eles riram e eu abracei Cam.
Quem comia sentou-se a mesa e aproveitou o jantar e a bebida, em respeito aos Quileutes os lobisomens e vampiros não se alimentaram. Se o jantar fosse em Nova Iorque teriam taças de sangue e alguns alimentos crus. Era desconcertante no começo, mas com o tempo a gente se acostuma.
As crianças estavam se alimentando enquanto suas mães tentavam manter seus pratos cheios, nada como serem híbridos em fase de crescimento. Eles tinham um crescimento mais lento que o de Nessie o que foi perfeito para suas mães que poderiam aproveitar cada fase deles. Mas nenhum cresceria como eu cresci, como uma humana.
Sorri para Claire ao lado de Quil. Ela finalmente tinha feito a sua escolha e seria transformada em imortal, o que deixou todos felizes.
Quando o relógio badalou sinalizando a meia noite começamos nos abraçar, era o primeiro natal que passávamos com a família toda reunida e era com certeza lindo.
Meus pais me abraçaram e eu me aconcheguei contra eles, eu os amava incondicionalmente.
Cam se aproximou sorrindo e abraçou meu corpo contra o dele, depositou um beijo na minha bochecha.
— Feliz Natal! - Sussurrou.
— O primeiro de muitos que vamos passar juntos! - Sussurrei de volta.
Seus olhos azuis brilharam me encarando, ele segurou minha nuca e beijou meus lábios com vontade me deixando completamente entregue, mas ao mesmo tempo envergonhada por que toda a família estava ali.
Quando nos afastamos ele abraçou meu corpo fortemente e beijou minha testa.
Nos afastamos para eu poder abraçar o resto da família, fui erguida do chão algumas vezes, quase tive algumas costelas quebradas outras vezes. Fizemos um amigo secreto, algo bem humano. Mas deixou as crianças animadas. Os adultos fingiram estar animados, outros como tio Emm estavam animados.
De madrugada quem dormia acabou caindo no sono, vi alguns subindo para dormir com seus filhos já adormecidos, outros somente indo dormir. As crianças pareciam exaustas, mas estavam felizes. Os que não dormiam ficaram espalhados pela casa conversando sobre assuntos variados.
A mansão de Alaric tinha uns 20 quartos. Só isso. Nada demais. Era quase maior que a casa em Nova Iorque. Subi as escadas e sentei na varanda observando a noite entre as arvores, Cam sentou ao meu lado e abraçou minha cintura, encostei a cabeça em seu ombro.
— Obrigada por essa noite incrível. - Ele falou.
— Minha família é meia louca, mas... São divertidos.
— Eles são incríveis.
— Sente falta dos seus pais? - Perguntei. o encarando e ele suspirou.
— Eu os convidei como você pediu, mas eles não quiseram vir. Esta tudo bem.
— Tem a ver com a minha família?
— Não. Eles só são assim mesmo. - Me encarou e sorriu tocando meu nariz. - Pode acreditar. - Assenti. - Esses meses... Nunca me senti tão feliz. Alguns levam a eternidade para encontrar suas almas gêmeas, tive sorte de conhecer você no começo da minha imortalidade.
— Temos a eternidade juntos? - Perguntei.
— E muito mais. - Acariciou meu rosto com a mão livre. - Esta apaixonada?
— Sempre estive. Desde o momento em que entrou na cozinha todo tímido e ficou mais tímido ainda quando falei quem era. - Sorri. - Esse seu jeitinho de menino certinho e estudioso. - Beijei seus lábios.
— E esse seu jeitinho divertido e brincalhona. - Ele rebateu. - Cheia de sorrisos.
— Esses seus olhos azuis brilhantes, sua boca rosada. Seu jeito mais serio. - Ele sorriu. - Você me deixa maluca, garoto.
— Maluca de um jeito bom? - Juntou as sobrancelhas me encarando e eu sorri abertamente.
— Vai do ponto de vista. - Sussurrei perto dos seus lábios. - Temos que fugir alguma hora. - Ele riu baixinho.
Beijei seus lábios.
— Vou ter toda a sua família me caçando. - Sussurrou de volta. - Mas um dia talvez eu consiga te sequestrar. - Sorri me sentindo completa e feliz.
— Amo você, Cam. - Falei as tão temidas palavras.
Foi um momento de silencio, Cam estava absorvendo as palavras. Não era um bicho de 7 cabeças, na verdade era algo bem simples. Poderia dizer que o amava varias vezes ao dia. Um sorriso bobo nasceu em seus lábios.
— Amo você, Fhany. - E seus lábios cobriram os meus em um beijo apaixonado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse especial de natal. Um abraço a todos. Feliz Natal!!! CM.



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