Bem-vindo a Lawrence escrita por Mari Pattinson


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá amiga secreta e leitoras!
Aqui estou com a minha fanfic! Não vou escrever uma nota muito longa nestes primeiros capítulos, porque a dedicatória à Carol (@blueberrytree) está no epílogo. E, por favor, não leiam as notas do epílogo antes de terem lido a história toda ?“ ou pelo menos até o último capítulo ?“ para não lerem “spoilers” ?“ eu particularmente os odeio!
Espero que gostem. A história está dividida em cinco capítulos ?“ sendo um prólogo e um epílogo, que são mais curtos ?“ e será postada completamente hoje (19/12/2020).
Nos vemos no epílogo!
Com carinho,
Mari.



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Narração: 3ª Pessoa

Prólogo: Isabella/Bella Swan.

Sábado, 4 de novembro de 2017 – 05:42h, Mansão Witherdale, Aspen, Colorado, 12°C – nuvens passageiras.

Ao suave toque do despertador de seu celular, Isabella acordou e desligou-o rapidamente para que o homem ao seu lado permanecesse dormindo. Com movimentos delicados e quase elegantes demais, como se calculados ou praticados há muito, desvencilhou-se dos lençóis, sentando-se na borda da cama. Espreguiçou-se e os longos cabelos dourados caíram pelas costas pálidas e estreitas da moça. Ela levantou-se, e ao adentrar o banheiro, fez suas necessidades matinais e cuidou de sua higiene superficial; ela precisava ser rápida e discreta, sem fazer alardes ou barulhos que despertassem, desnecessária e inconvenientemente, o homem deitado na luxuosa e gigante cama.

Vestiu-se e, antes que esquecesse, pegou seus pertences, assim como a pequena caixa de veludo azul em cima da mesa da cabeceira e colocou-as na bolsa preta Louis Vuitton, estes últimos sendo presentes de James Witherdale, sua mais recente presa. Ela retirou o colar, cujo pingente era em forma de J – inicial dele – e deixou-o na mesma mesa, sabendo que assim que ele o encontrasse, saberia que ela tinha colocado um ponto final na “relação deles”. Também ignorou a revista da semana anterior que estampava o rosto de James e o corpo dela, que, de costas para a fotografia, não fora reconhecida. Para os tabloides e a imprensa, Bella era sempre uma dentre tantas outras meninas misteriosas e namoradeiras que conquistavam caras ricos para desfrutar do dinheiro deles.

Bella suspirou, sabendo que nunca mais o veria assim que cruzasse a porta de entrada da cobertura, mas era o trabalho dela; era dessa forma que sempre agiu e deveria continuar agindo. Não era como se ela estivesse apaixonada por ele, mas ele fora um dos melhores “namorados secretos”, não só por dar exatamente tudo o que ela queria, mas também por não tê-la tratado como um objeto no quase um mês de relacionamento, como já havia acontecido em vários outros.

Ela, então, adentrou o elevador, foi até a garagem do prédio e deu a partida em seu Chevy Impala 2018 – também um presente de James; o carro não era tão luxuoso quanto gostaria, mas era melhor porque não chamava tanta atenção – e saiu da propriedade; quanto mais cedo saísse, mais fácil seria se desapegar. Isabella estava deixando um potencial relacionamento, como em muitas outras vezes, em nome do negócio de sua família. Mas, sem dúvidas, ela seria consolada ao poder desfrutar dos ganhos da venda do anel de brilhantes – encomendado por mais um dos clientes antigos de seus pais – e também teria a bolsa e o carro como troféus para manter de sua mais nova conquista.

09:33h – Denver, Colorado, 16°C – nuvens dispersas.

Ao chegar a sua mansão, escondida nas áreas rurais de Denver, Colorado, deparou-se com um Bugatti Chiron Sport – extremamente luxuoso, raro e exorbitante – e não pôde evitar revirar os olhos ao perceber a quem ele pertencia: Jacob Black. Um dos clientes mais antigos e chatos de seus pais. Ele era arrogante, prepotente e achava que poderia conquistá-la com palavras elegantes, mas vazias em seus significados. Isabella queria, ela merecia mais. Ela não era uma santa, sabia dos limites que ultrapassava quando ficava com homens por interesse, mas ela não agia, não os tratava como se eles fossem o troféu dela – os objetos deles sim, ah, esses eram – e não gostaria de ser tratada como tal, o que aconteceria, com a maior certeza, se ela se envolvesse com Jacob.

Bella desceu de seu carro, adentrando o seu lar provisório – já que a família dela nunca ficava por muito tempo num local – e o “fiel escudeiro” de seu pai, Waylon, avisou-a de que a aguardavam no escritório do “Chefe Swan”. Ela conteve um xingamento ao notar que, mal chegara em casa e provavelmente já receberia outra “missão”, sem nem ter a chance de descansar. Ela mal pôde tomar um banho àquela manhã!

Ignorando o “chamado” de seu pai, encaminhou-se para o seu quarto e, dessa vez, não pôde evitar que um sonoro palavrão escapasse dos lábios dela quando viu o “Esquadrão Nova Missão” a postos no cômodo em que ela mais se sentia – ou deveria se sentir – confortável naquela enorme mansão.

“Isabella!” Renée, mãe dela, repreendeu “Eu lhe eduquei melhor do que isso!”.

Ela apenas revirou os olhos e resmungou: “Mãe, acabei de voltar de uma missão...”

“Você já falou com o seu pai?” Renée interrompeu-a, fitando-a com seus brilhantes olhos azulados.

“Não!” Bella respondeu, jogando a bolsa de marca em cima da cama “Queria tomar um banho e descansar primeiro!”.

“Você conhece as regras! Ao chegar de uma missão deve falar imediatamente com o seu pai e dar a ele a encomenda. Você a conseguiu, não?” a voz de Renée demonstrava um misto de preocupação e descontentamento com a possibilidade de a filha mais habilidosa ter falhado numa missão.

“Claro que sim!” Isabella murmurou, abrindo a bolsa e retirando a caixinha de veludo azul dela e hesitou ao tornar a prestar atenção nas pessoas no quarto: tão conhecidas e desconhecidas ao mesmo tempo! A única coisa que sabia a respeito delas é que elas quem sempre cuidavam do visual dos Swan, garantindo que eles tivessem aparências diferentes a cada nova missão, assim, diminuiriam consideravelmente a chance de serem reconhecidos, ainda mais depois da traição de John. Um arrepio percorria a coluna de dela toda vez que pensava nele e o que muito certamente acontecera com ele, afinal, não o via há muitos meses.

“Esperem-nos aqui!” Renée disse ao Esquadrão, puxando a filha pelo braço e saindo do quarto com ela “Leve-o ao seu pai. Ele lhe explicará tudo sobre a nova missão”.

“Mamãe!” Bella resmungou, estava exausta, dirigira por quase quatro horas seguidas e era assim que seria recebida? Tendo que encarar o grande nojento do Senhor Black?

“Vá, Bella. Será rápido e você terá muito tempo para descansar depois!” Renée fez questão de enfatizar, ao que Isabella relutou, mas, afinal, obedeceu a mãe; ela sabia que não adiantaria nada tentar desobedecê-la. Nunca conseguira.

Ao final da escada, Isabella deparou-se com seu pai, de braços cruzados e com uma carranca no rosto: “Olá, papai, também estou muito feliz em vê-lo!” ela ironizou.

“Você conhece as regras!” Charlie ralhou “Conseguiu?!” perguntou ele, já começando a gesticular os braços desordenadamente; ele fazia isso quando estava realmente irritado, então Bella sabia que era melhor realmente não contrariá-lo. Ela simplesmente mostrou-lhe a caixinha de veludo e ele soltou um suspiro, aliviado “Essa é a minha garota!” ele exclamou, abrindo um pequeno sorriso e pegando o objeto das mãos dela “Venha, Bella!”.

Charlie meneou em direção ao escritório dele e Bella, sabendo que não tinha escolha, apenas o seguiu, reprimindo um palavrão ao notar que estava certa: Jacob Black era o dono do Bugatti estacionado na frente da propriedade.

“Bella, é ótimo vê-la novamente!” Jacob se pronunciou, levantando-se da cadeira em que estava sentado e ela mal conseguiu se desvencilhar dos braços dele, que a rodearam com força. Enrijeceu o corpo esperando que ele percebesse que ela não o queria tocando-a, ou sequer perto dela. Mas é óbvio, Jacob não era acostumado a sutilezas, ou simplesmente resolveu ignorar o fato de Bella não retribuir o abraço e Charlie precisou pigarrear para que ele a soltasse.

“Desculpe, Charlie, estava com saudades da nossa menina!” Black disse sorrindo maliciosamente para o Chefe Swan e Bella bufou, cruzando os braços a frente do corpo esperando que isso evitasse qualquer outro tipo de contato físico com o homem que ela tanto detestava.

Charlie ergueu uma sobrancelha para a filha, ele havia percebido o comportamento dela, mas, para o alívio dele, Jacob não. Ele sorriu para um dos seus clientes mais fiéis e deu a volta a mesa, sentando-se em sua cadeira de couro confortável e fez menção para que os dois se sentassem a sua frente.

“Do que precisa, pai?” Bella perguntou, cansada de sutilezas. Ela só queria voltar ao seu quarto e dormir pelo resto da semana, estava exausta de tantas missões!

“Tenho uma missão especial para você!” Charlie revelou, não surpreendendo Bella nem um pouco, mas não a impediu de proferir um sonoro palavrão, seguido de acusações sobre as irmãs, Jéssica e Lauren, nunca mais terem participado das missões e que ela estava sobrecarregada. Além do fato de Charlie ter prometido férias a ela há um bom tempo e nunca cumprir com a palavra “Basta, Isabella!” Charlie a interrompeu, quando ela tentava lembrar a ele do fato de que mal tivera tempo para descansar desde a última missão “Sabe que é a melhor detetive desta família, você deveria se sentir lisonjeada com tantas encomendas. Essa será a sua última por um bom tempo!”.

“Você disse isso da última vez!” Bella vociferou, levantando-se e não se importando que o detestável Jacob Black estava assistindo ao seu rompante de raiva, ele que explodisse junto com a maldita missão dele.

“Sente-se agora!” Charlie ordenou, levantando-se também, numa tentativa de intimidá-la, mas ele conhecia Bella muito bem para saber que ela não o obedeceria. Ela era igualzinha a ele “Jacob pagará tanto a nossa família que não precisaremos pegar novas encomendas por um bom tempo, Isabella! Você terá a eternidade de férias depois desta missão, é uma promessa”.

“Quanto?” ela perguntou, ainda de pé.

“Duzentos e cinquenta milhões!” Jacob respondeu; Bella, perplexa, não conseguiu esconder a sua surpresa, ao que Black apenas riu. Mas Charlie estava certo. Esse valor permitiria que eles vivessem uma vida ‘normal’ por um bom tempo, ainda assim...

“Que porra é essa que custa mais de duzentos milhões de dólares?” Bella perguntou, franzindo o cenho e tentando se lembrar de todos os artefatos raros e antigos – esses costumavam ser os mais caros – que já ouvira falar. Mas a não ser que Jacob estivesse querendo todos os objetos existentes no planeta, a conta não fechava, Bella não entendia como poderia fechar... A não ser... “Pai, o Senhor sabe que eu não faço esse tipo de trabalho!”.

Isabella sentiu-se enojada ao pensar na possibilidade de ter que entrar numa missão para conseguir órgãos do mercado negro. Jacob era realmente repulsivo!

“Modos, Isabella!” Charlie a repreendeu, olhando feio para ela “Não se preocupe, Jacob sabe a área em que trabalhamos. Você vai para Lawrence, no Kansas procurar esse espaçador aqui!” continuou ele, abrindo uma pasta sobre a sua mesa e mostrando a foto de um espaçador tribal para Bella.

“Ele serve para colocar as penas e fixá-las no cocar, principalmente do chefe, se chama Espaçador da Vitória e pertence a tribo rival a que eu nasci. Nossos antepassados viviam em guerra e até hoje, de vez em quando, entram em conflito. Quero o espaçador para dar a eles como num gesto de Paz” Jacob explicou e Bella voltou-se para ele, se decidindo se acreditava nas palavras dele ou não, afinal, aquela era uma mudança da água para o vinho. Talvez, como em tantas outras ocasiões, ele esperasse que Bella se atirasse em seus braços, mas ela não era boba: os olhos dele permaneciam com aquele brilho malicioso e então ela soube que aquela não era a verdade. Restava então, encarar o pai.

Bella olhou desconfiada de Jacob para Charlie, detendo-se particularmente nos olhos castanhos do pai, espelhos dos dela, tentando pegá-lo também na mentira, mas ele continuava sereno... Sereno demais! Ela era uma detetive altamente habilidosa, sabia que os dois escondiam alguma coisa. Duzentos e cinquenta milhões de dólares por um espaçador? Ah, se ele estivesse enganando-a novamente, jurou abandonar os negócios da família, mesmo que isso significasse deixar os todo o conforto e luxo para trás.

“E então...” Charlie se pronunciou após alguns minutos de silêncio – em que Bella, o tempo todo, o encarou.

“Eu tenho alguma escolha?” Bella perguntou, frustrada “Jéssica e Lauren...”.

“Você as conhece melhor do que eu, filha. Elas são melhores como iscas do que como detetives, sabe disso!”.

“Tudo bem” Bella assentiu, suspirando, “Mas ainda quero esta semana de folga!” resmungou ao que os dois homens riram.

“Combinado, mas primeiro...” Charlie falou, o tom de voz muito mais animado e a carranca há muito desfeita do rosto. Ele sentou-se e retirou mais algumas folhas de dentro da pasta, e Bella tinha uma ideia do que eram, pois era um procedimento “padrão” dos negócios: um contrato – de confidencialidade e de pagamento de 50% do valor antes e 50% depois do recebimento do artefato, imagens, possíveis locais – caso não soubessem exatamente onde o objeto estivesse – e pessoas que pudessem ter alguma relação com a encomenda a ser feita.

Ainda desconfiada, Bella também se sentou. Pelo jeito, ela passaria o resto da manhã discutindo os detalhes da mais nova missão; mas ela usaria o momento para tentar pegar Charlie e Jacob na mentira ou, pelo menos, tentar descobrir um pouco mais sobre o que eles estavam escondendo dela.


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Notas finais do capítulo

Para o caso do link do Espaçador não funcionar: https://image.invaluable.com/housePhotos/sothebys/74/276374/H0046-L13149973.jpg



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