Cartas para Bella escrita por Lu Cullen


Capítulo 16
Só por ela.


Notas iniciais do capítulo

Oi, mis amores! Como estão? Eu estou muitooo bem e muitooo feliz com os comentários do capítulo passado. Sério! Vocês não te noção! Além de que esse capítulo é para a Cainne Pattinson pela recomendação linda que ela fez para a história.
Um grande beijo para todos e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/797843/chapter/16

A primeira vez que eu a vi, eu sabia que nós tínhamos algo especial. O segundo que eu olhei para o lado, tudo o que queria era voltar a admirá-la. Assim, como agora. Seus cabelos molhados caem sobre seus ombros. Seus olhos chocolate vibram curiosidade e receio. Seus lábios vermelhos praticamente me chamam. Eu não conseguia desviar os meus olhos dos seus e nem queria. 

 Eu não tive a intenção de me apaixonar por Isabella Swan. Não mesmo! Eu estava legal comendo algumas garotas por aí, fumando meu cigarro e não querendo saber de mais nada. 

Eu estava zoando com a cara de um dos meus colegas sobre como ele tinha sido um merda na noite anterior. Nós estávamos batemos um no outro, para ser exato. No momento em que o meu corpo chocou-se com o de outra pessoa e eu me virei para ver quem que estava atrás de mim, foi aí que eu percebi que estava fodido. Na minha frente, a garota mais linda que eu já vi. E nem era de um jeito malicioso. Eu não tinha reparado nos seios pequenos ou nas pernas, que nem eu geralmente faço. 

A primeira coisa que eu percebi foi seus olhos. Num tom de chocolate. Lembrei-me de imediato do outono, de algo quente. No fundo deles, uma tristeza e dor, muita dor com uma mistura de irritação. Sua pele é branca, menos as bochechas. Suas bochechas estavam coradas por conta do frio, assim como o pequeno nariz.

Depois de dar uma longa olhada na garota a minha frente percebo, esta é a prima de Seth que estava se mudando para este fim de mundo. Como é o nome? Isadora? Ela abaixa-se e eu não entendo o porquê. Com a testa franzida, vejo seus livros espalhados pelo chão e rapidamente me junto a ela.

Volto a entregar os livros que derrubei, dando-lhe um sorriso. A garota revira os olhos, arrancando-os da minha mão. Ela coloca os cabelos longos e castanhos para trás da orelha.

— Desculpa. - digo, começando a jogar um charme. Porra! Ela era maravilhosa. 

Os olhos da garota esbanjam um certo deboche, como se soubesse exatamente o que eu estou fazendo. Nós escutamos o sinal, mas nenhum de nós dá um passo para movimentar-mos. Era como se estivéssemos presos e eu não queria parar de encará-la. Ela também está sentindo isso? Também quer me tocar como eu quero tocar nela? De repente, ela bufa, quebrando qualquer que fosse a coisa em que estivéssemos.

— Olha por onde você anda, porra. - ela silva, se virando e indo embora.

Quando ela vira a esquina, tomo um susto, porque estava segurando a minha respiração. O que era esse sentimento? Meu coração estava acelerado como se eu tivesse tomado Xanax. Minha mãos soam como se eu tivesse feito exercício. Minha respiração desregulada é como se eu tivesse ficado três minutos embaixo d'água.

Contrariando a vontade de segui-la e descobrir tudo sobre ela, caminhei para a minha próxima aula. O que foi aquilo? Que sentimento é esse? Por que Edward Junior está dando sinais de vida?

Algumas horas mais tarde daquele dia, eu fodi Lauren Mallory no banheiro do segundo andar, para tentar tirar a porra da garota da minha cabeça. Não que tenha funcionado muito para a parte de cima, a de baixo ficou tranquila até o fim do dia.

Meu cérebro continuou a me questionar: quantos anos ela tem? Quanto tempo ela ficará em Forks? Por que ela tinha os olhos tristes? Eu parecia um psicopata de merda! O problema é que eu não conseguia parar.

Nos encontramos novamente na aula de biologia, o que era meu paraíso. Ela entrou na sala, tinha tirado a jaqueta vermelha. Usava só uma blusa de manga longa azul com decote em “V”. A calça jeans mostrava suas curvas. Eu estava babando pela garota.

Depois que conversou com  o professor, ele apontou para a cadeira ao meu lado. Um lado do meu cérebro gritava de raiva, o outro quase cantava de alegria. Isabella Swan - seu nome, que descobri em algum momento escutando as fofocas no corredor - iria ser minha maldição.

Ao me ver, sua primeira reação foi bufar. Por algum motivo, eu sorri. Ela não caia de amores por mim, mas um dia iria. Naquele momento, vendo ela sentar ao meu lado, eu pensei: Oh, merda!

Seus olhos se estreitaram ao me encararem. Ela devia estar achando que eu estava implicando. Eu só não conseguia parar de olhar para ela. Era como se uma força do caralho do além estivesse me prendendo naquela posição para admirá-la.

— Você não tem caderno não? - foi sua primeira pergunta. 

Sua voz é macia, segura e curiosa.

— Não. - eu não tinha cadernos. Eu nem queria ir para a porra da escola. 

— Então, você não anota nada?

Dou de ombros, fixados nos olhos chocolates que me impressionam.

— Eu não dou muita bola para a escola.

Ela revira os olhos.

— É claro que não. - diz, debochada. 

Depois disso, ela não diz mais nada. Eu não abro mais a boca e precisei usar todo o meu autocontrole para desviar meus olhos de seu lindo rosto para a cara rechonchuda do professor. Eu tive que me segurar para não olhar a garota de novo e fazer ela fugir de medo.

Depois da escola, eu fui direto para minha casa. Fiquei o resto do dia trancado no quarto, socando o saco de areia. Por que eu queria saber mais dela? Por que eu queria beijá-la? Por que caralhos eu queria descobrir tudo sobre ela?

Como quem não queria nada, mandei mensagem para Jessica e quis saber mais sobre ela. Ela me responde na hora com um áudio de dois minutos contando tudo o que sabe sobre Bella Swan. Não que eu não procuraria coisas sobre ela, eu mesmo.

Isabella Swan odiava ser chamada pelo primeiro nome inteiro. Ela é apaixonada por livros. É muito focada nos estudos, pois queria ir para Yale depois da escola. Seth era seu primo adotivo e ela tinha vindo de Nova York, mas não era sua primeira vez morando no cu do diabo.

Todas essas informações me foram úteis para começar a chegar perto de Bella. Ela parecia ser uma megera aos olhos distantes. Mas, aos poucos, conversando com ela coisas idiotas ou contando certas piadas, ou respondendo suas perguntas estranhas, ou falando de livros que ela gosta, percebi que tudo não passava de uma armadura para afastar as pessoas.

Bella ama tomar um café com quatro colheres de açúcar, o que a acorda para prestar atenção na escola e a transforma numa formiga. Ela é muito observadora. Sua obra favorita de Jane Austen é Orgulho e Preconceito. Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban é seu filme favorito do universo do bruxo, já o livro favorito é o quarto. Seu humor pode ser um pouco ácido. Sua risada é algo muito engraçado. Ela odeia que eu fume e esteja destruindo meu pulmão. Odeia Lauren Mallory e o “meu grupinho”. Sua cor favorita é roxa. Sua cor favorita de marca-texto é rosa. Ela não se relaciona bem com Jacob Black. Seus tênis favoritos são vans. Ela esconde algumas coisas. Ela trabalha como garçonete na lanchonete do Crofts.

Desde a entrada de Bella em Forks High School, a escola mais monótona do estado de Washington, de repente, eu tenho vontade de ir para o lugar que mais odiava no mundo. Alice até ficou assustada em como no dia seguinte em que Bella chegou, eu estava acordado desde às cinco horas da manhã. 

Eu não conseguia dormir. Praticamente todos os meus sonhos, Bella era a protagonista. Ou estávamos brincando. Ou estávamos na sala de aula. Ou estávamos transando, onde assim que eu acordava, precisava de meia hora de banho gelado.

Ela estava na porra dos meus pensamentos em 24 horas por dia. O que Bella está fazendo agora? Ela está tendo aula de que? Qual o livro que ela está lendo? Será que hoje seu humor está bom ou ruim?

Por algum motivo que me era desconhecido, eu queria estar na sua companhia o tempo todo. Para não parecer tão desesperado como Mike Newton, eu escolhia um turno para ir conversar com ela. Ou na hora da entrada, ou na hora da saída ou na hora da nossa aula.

Eu estava em casa quando percebi que talvez, todo esse sentimento fosse culpa do meu pau. Ele queria Bella. Estava tão desesperado por ela. No meu íntimo, eu sabia que não era só o meu pau, mas era o melhor pensamento, afinal, Alice se tornara amiga de Bella e ela me implorou para não arruinar a sua amizade, quando me flagrou me masturbando por ela. Foi um dos piores dias da minha vida. 

Depois de um acidente envolvendo Bella e um vã, Alice virou amiga da garota. Então, elas não se desgrudaram. O que fez com que eu quisesse morrer. Porra, ela é amiga da minha irmã. Eu pensava. Alice me matará se eu fode-la e ela se afastar da minha irmã. Ela não queria que a história se repetisse de novo. Mas, hey! Eu não tinha culpa se as garotas se jogavam para cima de mim. 

Então eu decidi tirá-la da minha cabeça à força. Jessica, Lauren, Ingrid e até mesmo Ângela, foram algumas das minhas muitas vítimas. Era na escola, em casa ate mesmo na porra de um banheiro. Eu parecia um punheteiro de doze anos que não consegue controlar o próprio pau.  Carlisle até achou que eu tinha pego uma DST e mandou eu fazer alguns exames. Não tive nada, pelo amor ao meu pau.

Dias foram passando, quanto mais eu queria tirar a garota da cabeça, mais rude eu ficava com Bella. Eu era um canalha.Nos primeiros dias, Bella até tentou conversar comigo. Até um ponto em que ela decidiu nem mais me olhar no rosto. Aquilo quebrou meu coração em um milhão de pedacinhos. Foi quando eu comecei a perceber que eu não conseguia ficar longe dela.

Eu percebi que estava apaixonado por ela numa noite enquanto eu lia Morro dos Ventos Uivantes. Era o livro em que Bella estava lendo no tempo. Eu entendia o que Heathcliff sentia por Cathy. Era algo poderoso e grudento. Forte e assustador. Eu lembro de ficar sentado na cama, olhando a lua que eu finalmente notei o que está acontecendo comigo.

Não era só uma manifestação do meu pau. Não era uma obsessão adolescente. Não era só uma brincadeira. Merda, eu estava apaixonado. E foi como se eu tivesse levado um soco no rosto. Lembro de falar em voz alta e clara, parecendo que isso tornaria o sentimento mais intenso, o que de certa forma, eu estava certo.

Foi como um alívio, finalmente entender. Eu estava apaixonado por Bella Swan. Por seu sorriso. Pelo seu gosto horrível de cores de casaco. Seu jeito forte. Sua beleza. Sua boca suja. 

Fiquei elétrico. Não conseguia dormir. Passei a noite toda pensando em um jeito de dizer para Bella que eu estava apaixonado por ela. Mas as horas iam se passando, as dúvidas iam entrando. As inseguranças iam aos poucos se implantando no meu coração e no meu cérebro.

E se Bella for como o meu pai? E se Bella enxergar que eu não valho a pena? E se Bella perceber que nós não ficaremos juntos porque ela tem um futuro brilhante e eu não? E se ela decidir que não me quer?

Toda a adrenalina, a felicidade foi se esvaindo, me restando a insegurança. Mesmo assim, eu queria falar. Eu não queria ficar quieto como a porra de um idiota. Talvez, eu falasse para outra pessoa. Alice? Ela me incomodaria até o resto da vida. Thomas? Ele iria falar que não passava do meu pau precisando de um chá de boceta. Eu não tinha ninguém.

Foi, então, olhando para a capa nova do livro do Morro dos Ventos Uivantes que eu arranjei um jeito de me declarar. Tirar todo esse sentimento intenso de mim. Poder me expressar e ver a reação de Bella, sem me machucar.

Eu escreveria uma carta! Que nem nas histórias antigas, nos tempos antigos….. Mas que porra eu escreveria? Oi, então é o Edward e eu gosto de você? Merda, não!

Durante o dia eu pensei, pensei e pensei. Até que de frente ao armário de Bella, eu escrevi, tremendo, aquele bilhetinho fajuto, enfiando no seu armário, depois de abrir o seu cadeado com um truquezinho que aprendi. Eu saí correndo, sem olhar para trás, subindo na moto e indo para a campina. Lá, meu lugar de paz, passei a tarde e uma boa parte da noite, vendo as estrelas. Querendo ocupar a minha cabeça e esquecer de tudo.

Durante a semana toda, Bella parecia desconfiada. Ela ficava muito tempo encarando o seu armário. Abrindo e fechando. Com muita curiosidade. Eu decidi me arriscar mais uma vez, na segunda seguinte. Mas uma carta mais elaborada. Porra, eu estava me tornando um cara mais que clichê.

O tempo foi passando, Bella foi ficando cada vez mais desfocada das aulas. Eu apostei usar as mensagens. Tirei minha foto de perfil e mandei uma mensagem, ainda preocupado, depois dela ter praticamente desmaiado no ginásio. Nós começamos a conversar todos os dias.

Toda segunda-feira, eu deixava uma nova carta para Bella. Cada noite, meio de aula, tempo de sobra, trocamos mensagens. Mas, eu conseguia ver que ela estava atrás de mim. E suas escolhas de suspeitos foram horríveis, o que me fez pensar que Bella jamais poderia ser uma detetive.

Primeiro, Mike idiota Newton. Ela o levou para o cinema. Era para eu ser sua companhia. Era para eu ter saído com ela. Era para eu a levar para jantar e dizer boa noite. Mas a porra do meu medo, dela me rejeitar era maior. Eu simplesmente nao consegui conter meu ciume e agi como a porra do cara estupido que sou.

Logo depois, foi Tyler Crowley. O filha da puta se atravessou na frente da caminhonete de Bella e quase a matou. Se eu não tivesse acompanhado Bella naquela ambulância, eu com certeza teria quebrado todos os ossos do corpo de Tyler que ele não quebrou. 

Bella estava tão preocupada com Seth. Ela nem ligou para sua testa cortada. Bella é a pessoa mais altruísta que conheci. Mais um dos milhares de motivos que me fizeram me apaixonar por sua pessoa. Ela não conseguia dormir à noite, então, eu dei um grande passo e nós começamos a ligar. Foi uma das melhores ideias que ela teve.

Uma coisa é ler o que a pessoa está escrevendo e não saber o que ele está sentindo. Agora, escutar é uma coisa completamente diferente. Eu poderia escutar Bella falar por horas e não me incomodaria. Sua voz é a coisa mais bela que já escutei. 

Para o meu azar, Bella começou a perder a paciência e começou a forçar-me a me revelar. Aquilo me deixou em pânico. O que ela diria quando descobrisse que seu Correspondente (não Admirador) Secreto é Edward Cullen? Ela iria rir da minha cara? Ou dizer que preferia Alice a mim? 

Eu surtei! Eu surtei pra caralho! Tanto que sendo a porra de um garoto assustado, troquei o foco para ela e disse coisas fodidamente estúpidas. Eu nunca quis me bater tanto como aquele dia. Irritado com ela, mas principalmente comigo, fui em uma das festas de Lauren e lá embebedei até vomitar as tripas fora.

Ficamos muito tempo sem conversar. Eu tinha lhe mandado uma carta, mostrando estar arrependido, ela não me respondeu. Deu um sinal de vida. O que me deixou puto da cara, porque eu sempre soube que acabaria assim, comigo estragando tudo.

Todo dia, ela sentava-se ao meu lado. Trocávamos algumas palavras. Este era o pico do meu dia. Esta era a definição de estar tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. Era por isso que eu mandava as cartas sem remetente. Para me proteger. O que pode ser egoísta, mas eu precisava. 

De repente, Bella começou a faltar aula. De repente, Bella começou a sair da sua zona de confronto e eu sabia que isso tudo era para provar a mim que sim, ela sabia aproveitar seu tempo. E eu não podia estar mais feliz em saber que ela estava saindo da sua zona de conforto. Aproveitando. Fazendo coisas que não costuma fazer. 

Mas o que me deixou chocado foi no dia seguinte, Bella aceitar entrar na nossa brincadeira de verdade ou consequência. É uma brincadeira mais que estúpida só para inflar alguns egos. Eu estive distante de Lauren e ela achava que algo estava errado. Mas, qual é, eu sou Edward Cullen, aquele que não liga para nada. Decidi dar uma festa. Em minha defesa, eu não sabia que Bella estaria lá. Alice queria arrancar minha cabeça fora, nada que eu não estivesse acostumado.

Quando Bella voltou com sua grana na mão, colocando-a no pote, eu simplesmente não consegui acreditar. Bella não era assim. Ela era toda meiga, não fazia parte dessas merdas. Em seus olhos, pude perceber que tudo era questão de raiva. Raiva por Lauren e provavelmente todas as merdas que ela já falou.

Durante o jogo, matei Thomas pelo menos mil vezes em minha cabeça. Eu seriamente, pensei em colocar Bella nas minhas costas, subir para meu quarto e trancar ela lá dentro. Ela não podia beijar outra pessoa, inferno! Bella bebia sem parar, alguma hora ela desmaiaria, o que fez com que eu diminuísse os shots. Tinha que estar pronto para ajudá-la. 

O tempo passou e Bella não desistiu. Ela estava disposta a tudo e isso eu percebi quando ela estava me lambendo. Porra, eu fiquei imaginando tanto as tetas da minha tia Hilda que duvidei que meu pau fosse subir algum dia novamente. Até que Lauren foi baixo. Eu mesmo estava pronto para intervir quando Bella veio até mim e perguntou onde era meu quarto, eu não conseguia acreditar que ela iria me pagar um boquete.

Não vou mentir, fiquei totalmente surpreso quando descobri que Bella não era virgem. Quando ela perdeu? Com quem? Ela tem uma vida sexual ativa? Será que ela foi a um ginecologista? Agora, com ela pronta para chupar meu pau, eu estava mais que surpreso.

Depois que entramos no meu quarto, com seu olhar observador, eu dei um pé para trás. Bella ficou entre minhas pernas e pude perceber o receio em seus olhos. Na hora, eu já tinha desistido e estava a caminho de fazê-la.

— Quer desistir? - assim que eu perguntei, meu pau quis me chutar, já meu cérebro vibrava de felicidade.

— Vai dizer que eu o fiz? - essa era sua preocupação. 

— O que me daria em troca?

— Nada. - eu estava bem com aquilo.

— Não precisa, Bella. - eu lembro de dizer, sério. - De verdade.

Bella parecia brigar com o seu interior. Alguma coisa dentro da sua cabeça teimosa está martelando. Para a minha surpresa, ela segurou os dois lados da minha cabeça para me beijar. Foi o melhor amasso da minha vida. Eu não estou nem brincando. O lado da Bella santinha podia ficar longe, porque eu estava mais que disposto a brincar com o lado desconhecido. E sobre o meu pau, pois é, ele conseguiu subir de novo. Tudo em seu devido lugar.

Eu tentei diminuir o ritmo, tentei demonstrar entre nossos beijos os sentimentos que eu sentia por ela. Por nossos beijos, eu gritava que a amava. Até o momento que Bella desgrudou-se de mim e disse que não poderia fazer aquilo. Foi aí que toda a minha felicidade acabou.

Bella tentou falar alguma coisa, mas não conseguiu, fugindo depois. Seus olhos estavam transtornados, a pupila dilatada e a respiração ofegante. Aquele era um dos momentos que eu podia ter gritado a verdade para fora. Mas, apenas a deixei ir embora. Como eu sempre faço.

Lauren, assim como Jessica, começaram a falar merdas sobre Bella. Eu já tinha sido um covarde do caralho, estava com as bolas azuis, eu não precisava escutar aquela merda. Mandei as duas calarem a boca, ameaçando que se qualquer coisa que aconteceu ali saísse, as duas estariam fodidas na minha mão.

Mais tarde do dia seguinte, descobri que Eric fora o terceiro suspeito de Isabella. Eu não conseguia parar de rir quando descobri. Além disso, a relação Edward-Bella estava meio estranha, por conta da noite anterior. Havia um ar de tensão entre nós, que aos poucos foi se acabando enquanto conversávamos no banheiro do segundo andar, onde nós estávamos faltando aula. A relação Correspondente-Bella, nem existia mais.

Foi quando eu estava na janela do meu quarto, fumando um cigarro que Alice entrou, fechando a porta com força. Ela colocou a pequena mão direita na cintura e a outra com o dedo indicador levantado.

— Quando que você vai abrir a sua boca para falar para Bella que é o Correspondente Secreto dela?

Não vou mentir, quase caguei nas calças. Como Alice sabia? Teria descoberto sozinha? Ela falaria tudo para Bella?

Lembro de sair da janela com as pernas tremendo. Eu mandei ela sentar na cama para começar a porra de uma dissertação para manter sua boca fechada, mas ela foi mais rápida que eu.

— Não vou falar para ela que você é o cara que ela está procurando feito louca.

Eu estranhei. Por que?

— Qual é, Edward? - ela fala, deitando-se na minha cama. - Vocês tem que se resolver sozinhos. Você baba por ela e ela baba por você. 

— Mas quando ela descobrir quem é o Correspondente, toda a babação dela acaba!

— ELA FOI ATRÁS DO TYLER! - ela grita. 

— Isso era para me animar?

— Claro! Você presta, maninho. - ela diz, abrindo um sorriso. - Menos quando a vadia da Mallory está por perto. 

Eu bufei.

— Só me deixa, Alice.

— Vocês têm menos de um mês para se resolver, Edward! - Eu pego um dos meus travesseiros, jogando em sua cara. Ela pega no ar. - Depois, tchau tchau, Bella.

Revirei os olhos tão forte que achei que eles não fossem voltar para o lugar.

— Você acha que eu não sei disso, Alice? - pergunto batendo as mãos ao lado do meu corpo. - Mas ela não quer saber mais de mim, não me mandou uma mensagem.

— Mas ela ainda está atras de você! Ela acha que é Emmett.

— Aquele boçal? - pergunto, desacreditado. - Mas por que ela ainda está atrás de mim sendo que ela nem respondeu minha carta.

— Ela não sabe da sua carta idiota no armário.

— Como?

— Ela me faz pegar os materiais dela.

Eu abro a boca num perfeito “O”. 

— Você está de brincadeira com a minha cara, né?! 

— Claro que não, seu merdinha. Afinal, a Bella não sabe que eu sei quem é o admirador ela. E vocês que tem que se resolver. Eu to fora.

— Espera, Alice! - chamo-a vendo a baixinha saindo do meu quarto. - Ela… Ela gosta de mim?

— A garota está que nem uma condenada atrás de você. Isso já não responde a sua pergunta idiota?!

Eu engulo o seco.

— Eu sei que você passou muita merda com o nosso pai, Edward. Mas.. - ela diz, suspirando. - Você tem que superar. Ou você vai perdê-la.

Ela me deixou, indo para a casa de Jasper. Ela estava certa, ou eu deixava as coisas do meu pai para trás e ficava com Bella, ou eu continuava assim e perdia ela. O problema é que, e se ela perceber que está fazendo isso por diversão?

Edward Cullen, comedor de garotas, participante de rachas, quem quebrou o recorde de mais shot com medo de ser rejeitado por uma garota. Com medo do amor tão grande que sente por ela, o destrua em dois toques. Com medo de que ela não sinta de volta.

Eu a deixaria escapar? Ficaria quieto, rodado nos meus muros para não deixá-la partir meu coração? Veria ela ir embora sem fazer nada?

Eu pensei que sim, afinal, Bella iria para uma faculdade perto de seus pais. Yale. O lugar onde ela queria estudar, seu sonho. Eu jamais a impediria de realizar seus sonhos. Eu tinha sido aceito na UCLA com Alice, mas provavelmente porque Carlisle mexeu alguns pauzinhos. 

Alice me manteve atualizado durante as investigações de Bella. Emmett não deu certo. Para minha infelicidade, eles ficaram ainda mais amigos. Estavam sempre juntos e eu certamente queria quebrar aquele cara na porrada. Alice que me parou.

Bem, a única coisa boa de Emmett foi que ele a convenceu de voltar a falar comigo. Pelo menos foi isso que Alice me disse. Bella leu a carta. Ela foi na campina. Ela me mandou uma foto e nós voltamos a conversar. Eu podia ser considerado o cara mais feliz da porra desse mundo.

 Era como se nada tivesse acontecido. Como se nós não tivéssemos brigado. Eu a fazia companhia até dormir. Às vezes deixava a chamada ligada só para escutar sua respiração. Nesses momentos, eu falava com ela. 

— Não sei como você não descobriu quem eu sou. - disse uma vez. - Você é tão esperta e observadora. Maravilhoasa e, porra, gostosa. E eu te amo tanto que chega a doer.

Olhei para o meu teto, desejando que ela tivesse escutado. É verdade. O que eu sinto por ela arde. Dói de tão forte. Sou consumido por esse sentimento de um jeito que é inexplicável.

— Boa noite, princesa. - disse por fim, desligando a chamada. Era sempre assim.

Eu estava vivendo uma fantasia. Então quando a realidade me bateu, eu quis arrancar meu coração fora. Alguma merda aconteceu. Uma grande merda. No outro dia da escola, Bella apareceu mal, prestes a surtar e eu tive que a ajudá-la. Logo depois, Jacob escroto Black chegou dizendo coisas horríveis para ela. 

Senhor Velazquez deu detenção para os dois. O modo como Jacob a encarava quase me fez vandalizar a parede da sala do velho para ele me pôr de detenção também. Mas ficaria muito evidente o motivo de eu estar fazendo aquilo. 

Assim que a aula terminou, peguei Jacob indo para sua sucata velha que ele chamava de moto. Eu queria ter batido mais no filho da puta, só que Seth me parou. Ele aproveitou e deu um socão nele, que cortou seu lábio. O avisei para não fazer merda nenhuma com Bella, ou seria pior. Parece que não deu certo.

Escutar Bella chorando, horas depois, pelo telefone foi o que me matou. Alice estava na minha frente, escutando tudo. As lágrimas desciam rapidamente dos meus olhos e eu faria de tudo para tirar a dor que ela sentia e enfiar em mim. Bella implorou para eu falar, mas não consegui. Estava travado. 

Lembro de imaginar ela dentro de sua caminhonete, chorando e como eu podia ir confortá-la. Lembro de sentir meu coração quebrando em mil pedacinhos ao escutá-la dizer que estava apaixonada por mim. Lembro de ficar em choque, sem saber o que dizer, escutando sua despedida. Lembro de encarar o telefone como um abobado, sendo abraçado por Alice e chorando tudo para fora.

Eu podia ter falado. Podia ter feito o certo. Mas algo me trancou. Não deixou eu abrir a minha boca e soube que foram os conflitos com o meu pai. Todas as muralhas erguidas por culpa dele, me deixaram preso. O receio. O medo. 

Mas o que adiantava acabar com elas sendo que a única pessoa que acreditava em mim, se foi? Que confiava em mim? Que me deixou?

Fiquei martirizando-me pelo resto do dia. Alice esteve ao meu lado o tempo todo. Até mesmo na escola, no dia seguinte. Ela recebera uma mensagem de Bella, eu tinha visto mais cedo, ela entrara em Yale. Eu estava feliz por ela. No fim do dia, fui pego de surpresa com uma mensagem da dita cuja. Eu estava em choque.

Lá estava eu, saindo às seis horas da manhã para ir a escola, indo em direção a Bella. Eu a vi entrando na escola. Estacionei minha moto atrás do lugar. Logo, entrei na escola, parando na esquina do corredor de armário, perto do carrinho do zelador. Espiando eu a vi, usando um pijama de inverno colorido com botas UGGS. Para a porra do meu azar, me apoiei na vassoura que se espatifou no chão.

Bella rapidamente encarou para onde eu estava. Me grudei na parede, respirando fundo. Ela não podia me ver. Ela não podia me ver. Barulhos de passos correndo para a direção oposta me fizeram soltar todo o ar dos meus pulmões. 

Espiando mais uma vez, eu vejo que não tenho ninguém no corredor. Caminhei até o armário de Bella lentamente. Cada passo, parecia que meu corpo ficava mais pesado, querendo parar. Eu retirei a carta grudada do armário, abrindo-a e encontrando a letra de Bella.

Enquanto eu lia, sentia-me cada vez mais emotivo. O que nunca aconteceu antes. Ela estava me explicando porque agiu do modo que agiu. Como se devesse uma explicação. Como se eu merecesse isso. Como se eu fosse digno de saber sua história.

Ao terminar, eu me sentia amado. Eu me sentia feliz e triste. Com raiva. Eu saí daquele colégio rapidamente, indo até a minha casa onde todos estavam acordados. Lembro de estar cego de emoções, arrumando uma mochila com mudas de roupas e dinheiro. Eu já tinha que ter feito isso antes.

Alice não calava a boca, então eu lhe entreguei a carta. Ela leu e quando terminou, seus olhos estavam cheios de água. Sim, Bella tinha suas merdas e estava lidando com elas. Estava na minha hora de por a porra das calças e fazer o mesmo. Peguei a carta de sua mão, dobrando-a e enfiando dentro do bolso da minha jaqueta.

Conversei com minha mãe em pouco tempo, se eu não colocasse o pé na estrada logo, eu voltaria atrás e não faria o que tinha que fazer para finalmente estar com Bella. Desliguei o telefone e dirigi, parando algumas vezes nos postos, até Seattle.

Eu parei na grande mansão, sentindo minhas pernas tremerem. Os portões de ferro abriram e eu entrei naquela merda de casa. Eu tinha jurado nunca mais entrar aqui, mas o amor faz você fazer coisas que achou que nunca mais faria.

Robert Masen estava parado com sua mulher Elizabeth no enlace quando eu cheguei a porta. Para o meu desgosto, eu tinha os mesmos cabelos e olhos que meu pai. Ele me deu uma batida de ombro, antes de me levar na sua sala. Primeiro, ficamos calados. Ele tomando um copo de vodka. Eu uma água. Logo, ele coçou a garganta.

— Então, a que devo a honra, filho? - ele pergunta, coçando a barba. - Da última vez que esteve aqui, disse que nunca mais voltaria. 

Não podia mentir. Eu parecia o mesmo garotinha de seis anos de idade que se escondia debaixo da cama para não vê-lo. Eu suava demais. Eu estava entre gritar na sua cara, o enfiar porrada ou voltar para a minha moto e fugir o mais rápido que posso.

Robert tem um sorriso irônico no rosto. Eu tinha destruído essa porra de sala na ultima vez que estive aqui. Foi divertido.

— Minha decoração tinha deixado esse lugar melhor.

— O que precisa? Dinheiro? 

Eu reviro os olhos. Alguma vez eu já fui atrás dele para conseguir dinheiro? Ele era um idiota, nunca mudaria.

— O seu jeito acolhedor é realmente algo muito bom.

— Esme te expulsou de casa? Eu achei mesmo que um dia ela faria isso. Olha para você!

Engolindo em seco, fiquei apoiado nos antebraços. Ele sabia provocar. Ele sabia também que eu estava prestes a desmoronar.

— Eu vim aqui para resolvermos nossos… conflitos. - murmuro.

— Não temos conflitos.

— Odiar seu próprio filho parece ser um conflito para mim. - falo, me levantando e caminhando até seu bar. - Humilhar e rejeitar o filho por anos, também me parece ser um conflito. - falo, virando a vodka dentro do meu copo. - Bater no filho até ele estar inconsiente por não ter visto a irmã de três anos ter comido a porra de um sapato da Barbie, também me parece um grande conflito. - encerro, tomando um grande gole na bebida.

Os olhos de Elizabeth se arregalaram. A tadinha não devia saber e pensava que o filho encrenqueiro era o culpado da relação turbulenta. Pode mulher. Os olhos de Robert inflam de raiva. Eu arqueio a sobrancelha em desafio. Ele negaria tudo?

— Então, é por isso que está aqui. Achei que você já tivesse extravasado tudo isso. Se tornado um homem. Foi sua mãe que o mandou aqui?

Rio de sua fala. Claro, claro. Minha mãe queria que eu ficasse o mais longe possível desse cara.

— Minha mãe não me mandou para cá, Robert. Na verdade, eu não estou aqui para limpar sua consciência. Nem para tentar acabar com toda a merda que você causou na minha cabeça. Estou aqui por causa que eu preciso passar por isso para me tornar alguém melhor para a pessoa que eu amo.

Os olhos de Robert se estreitam.

— Uma garota? - ele indaga.

De relance, olhei para o casaco branco de Elizabeth. Ele não parava mesmo. 

— Quando amamos alguém, nós não batemos nessa pessoa. - eu falo sombriamente. Vejo Elizabeth se tremer. O filho da puta era um bastardo.

— Querida, você pode colocar um terceiro prato para almoço? Edward e eu precisamos conversar a sós.

A mulher saiu tremendo para a cozinha. Quando ela estava longe de nós, Robert ficou de pé, chegando bem perto de mim. Olho no olho.

— Escuta aqui seu moleque. Você não vai fazer nada. Você vai ficar na sua. Você já tirou o amor da minha vida de mim. Não vai tirar Elizabeth também!

Torço o nariz de nojo.

— Você é muito nojento. Você é a porra de um velho escroto. - Robert se afasta de mim, largando a gola da minha jaqueta, sentando-se no sofá preto.

— Diga logo o que você quer, Edward. Eu não tenho tempo para suas merdas.

— Eu quero que você vá se foder. - falo, segurando-me na bancada. - Quero que você esqueça Esme e Alice. Quero que você pare de bater na porra dessas mulheres. - eu suspiro fundo, sentindo o amargo na boca. - E quero que saiba que eu perdoo toda a merda que você fez. 

Os olhos de Robert se arregalam.

— Mas o que?

— Mas eu nunca vou esquecer. Está me ouvindo? - eu aponto meu dedo para sua cara. - Só estou aqui por Bella. E sei que agora, estou livre para ficar com ela. E se o único jeito é perdoar você seu velho desgraçado, então que seja. 

Com isso, eu pego minha mochila, indo para a cozinha. Lá, encontro Elizabeth, com os olhos cheios de água. Lhe comprimento e mando ela ir para rua comigo.

Robert não liga que Elizabeth me acompanha até a saída. Ele está muito chocado no seu lugar. Poucos minutos depois, vejo carros azuis com pretos. Um policial desse e eu aponto para a mulher ao meu lado.

— Ela está sofrendo abuso, como relatei antes. - falo, cruzando os braços. - O homem está lá dentro. Temos mais coisas para falar. Deixar esse desgraçado na prisão é fácil!

Os homens entram na casa e pegam o meu pai. Ele xinga e grita muitos nomes feios. Bem, com certeza isso me faria seguir em frente. Esse lixo estaria longe de machucar qualquer um da minha família.

Passei os outros três dias em Seattle, ajudando Elizabeth a deixar o meu pai na prisão. Passamos por interrogatórios, onde relatei muitas porras que ele fez. Como ele me batia quando eu era pequeno. Como era obcecado por Alice. Como tinha merda na cabeça. Elizabeth também.

Depois, fui embora, me sentindo mais leve. Sentindo que conseguia deixar tudo para trás. Óbvio que eu continuaria com minhas inseguranças e medos, mas uma coisa de cada vez para eu passar. Essa merda já tinha sido muito difícil.

Eu estava pronto para Bella. Tinha me livrado do peso que meu pai podia voltar para minha vida e machucar aqueles que eu amo. Me livrado do peso das minhas costas de eu ser o herói da família. Me livrado da insegurança de não ser o suficiente para Bella. Agora, eu sei que sou.

Agora, eu podia me entregar livremente e completamente sem receios. Bella poderia ser minha. Eu seria dela para sempre. Porque Bella é meu primeiro amor. Ela é a primeira a entrar em meu coração. Ela é a primeira em minha vida. E eu faria de tudo por ela. Enfrentar meus piores medos. Enfrentar as minhas inseguranças.

E cá estou eu. Retirando a carta da minha jaqueta, sendo seguida pelos olhos chocolates de Bella. Ela pega da minha mão a carta, confusa. Seus olhos sobem até os meus. Meu coração bate forte, gritando por ela. Só por ela. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tam tam tam. O que acharam? Gostaram de ver o ponto de vista do Edward? Ou odiaram? Me contem o que acharam? Esse pai de Edward é a causa de todo o mal do nosso gatinho. Bem, espero que tenham gostado. E HEY, não se esqueçam de comentar, quero o mesmo números que nem do outro cap! Beijosss



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cartas para Bella" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.