O passado é logo ali escrita por Morgana Lisbeth


Capítulo 3
A casa mágica


Notas iniciais do capítulo

Oi! Como demorei a chegar até aqui. Entrei num redemoinho nos últimos 15 dias, mas saí quase inteira para terminar a fic. Ela deveria ter sido concluída até o último dia 31, já que faz parte do #dezembromione. Mas achei melhor finalizá-la com atraso do que que deixá-la incompleta. Ah, sim, teremos mais um capítulo além desse. Espero que se divirtam!



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A casa dos Granger-Weasley ficava localizada em um bairro residencial londrino considerado "misto", uma vez que reunia famílias trouxas e bruxas. Mesmo se perfeitamente adaptada ao mundo da magia, no qual foi introduzida aos 11 anos, quando começou a estudar em Hogwarts, Hermione queria que seus filhos crescessem entre essas duas culturas. Ron concordava que devia ser mesmo assim.

Desde que começaram a trabalhar, Ron e Hermione economizavam. Preferiam não contar um para o outro, mas tinham o mesmo objetivo: alcançar suficiente autonomia para sair das casas dos pais e começar uma nova vida. Juntos. Sim, eles queriam formar uma família. Mas por medo, insegurança e uma pontinha de orgulho, não admitiam esses sonhos um para o outro.

Hermione de vez em quando falava que pensava em sair de casa. Ron dizia que também queria o mesmo. Mas, afinal, por que tinham tanto receio de mencionar uma simples palavra: casamento? A garota esperava que ele tomasse a iniciativa. Estava cansada de ser sempre a primeira a fazer algo em favor do relacionamento dos dois. O bruxo, por sua vez, desejava cada vez mais dividir toda a vida com ela, porém, diante da sempre brilhante Hermione, se achava pequeno, insuficiente, inadequado.

Entre inseguranças, brigas por motivos banais, caras emburradas, mas sempre com amor, admiração e desejo recíprocos, a paixão cresceu até não conseguirem mais se imaginar distantes um do outro. Foi no aniversário de quatro anos de namoro, no fim de maio de 2002, que Ron finalmente fez o mais que esperado pedido de casamento. O momento teve romantismo, tensão, feitiços, alguns desentendimentos, é claro, e merece ser contado em detalhes numa outra ocasião.

Ficaram um pouco surpresos quando se deram conta que, juntando as economias dos dois, seria possível dar entrada numa casa. Hermione levou Ron até aquela autêntica alameda, com uma fileira de árvores frondosas dividindo os dois lados da pista. Ficava a 15 minutos, a pé, da residência dos Granger. "Eu e pai andávamos de bicicleta por aqui. Sempre senti que essa rua era mágica. Agora sei que é verdade. Das 50 casas, 15 pertencem a famílias bruxas. O que achou?", ela estava ansiosa e emocionada.

— Acho um lugar perfeito para uma família como a nossa. Já estou vendo nossos cinco filhos brincando nesta rua – Ron sorriu.

— Cinco?! Você enlouqueceu. Dois filhos, no máximo – ela balançou a cabeça.

— Não importa quantos serão. Desde que sejam nossos. Eu amei esta rua. Mas tem alguma casa para vender aqui? – ele a abraçou enquanto continuavam a caminhar pela alameda.

Havia duas casas à venda e ainda naquela manhã de sábado puderam conhecer ambas. A primeira, propriedade de uma família bruxa que havia voltado para Finlândia, era grande e escura demais. A segunda, de um casal trouxa que, depois dos casamentos dos filhos, se mudara para um apartamento, era simplesmente perfeita.

No quintal gramado, cercado por arbustos, canteiros com rosas, margarinas e outras flores, se destacava uma grande e frondosa árvore da qual pendia um velho balanço. A casa tinha dois andares. No primeiro ficava a aconchegante sala de estar com lareira, o lavabo, a sala de jantar e a espaçosa e clara cozinha.

Também estava localizado no térreo o cômodo preferido de Hermione. A bruxa ficou encantada assim que entrou naquela saleta iluminada por ampla janela projetada além da fachada, uma autêntica e tipicamente inglesa bay windows. "Aqui vai ser nossa biblioteca. É um ótimo lugar para os livros", a garota falou rodopiando, feliz com a vista do jardim e a grande luminosidade do espaço.

No segundo pavimento da casa havia uma suíte, logo ocupada pelo jovem casal, e dois quartos que ganharam vida com a chegada de Rose e Hugo. Um banheiro e a sala íntima, reunindo todos os cômodos e aberta para uma ampla sacada, completavam o andar superior. Nessa salinha ficavam os jogos, com destaque para os tabuleiros de xadrez bruxo e trouxa, além da televisão que mudara com o tempo, passando do antigo modelo de tubo a um aparelho da última geração.

Mas a casa não seria completa sem a área dos fundos, composta por um gramado transformado em campo de quadribol, e um pequeno cômodo independente. "Amor, pode decorar a casa do jeito que quiser. Mas me deixa com aquele quartinho de trás. Ali vou colocar meus pôsteres do Chudley Cannons, minhas revistas de quadribol e largar minha bagunça", foi a proposta de Ron, aceita por Hermione.

Aquela era a casa na qual viviam há 43 anos. Aconchegante, clara, espaçosa, cheia de calor e amor. Uma verdadeira residência mágica. Quantas histórias e lembranças, conversas importantes e banais, sorrisos e lágrimas, gargalhadas e brigas, momentos de prazer e dor haviam vivido ali. Passaram pela síndrome do ninho vazio com a saída de Rose e Hugo. Mas, com a chegada dos netos, o lar dos Granger-Weasley ganhou nova vida e colorido.

E era ali, mais precisamente no quarto com mobiliário branco, paredes e objetos em suaves tons de rosa, que os avós e a neta mais velha conversavam há quase duas horas. A janela estava aberta e uma suave brisa, além da luminosidade da tarde, tornaram aquele momento ainda mais especial.

— Como assim, vovô, você não tinha mesmo reparado, até o quarto ano, que a vovó era uma garota?! – Claire ironizou, arregalando os olhos e aumentando a dramaticidade da pergunta.

— Claro que eu sabia que ela era uma garota. Mas, antes de ser uma garota, era minha amiga. Então, basicamente, eu não imaginava que uma amiga podia ser minha acompanhante para o baile – era sempre difícil explicar aquele particular da história dos dois.

— Por que não? Os amigos são a melhor companhia sempre – Claire, que valorizava as amizades, foi assertiva.

— A questão, Claire, é que o seu avô queria levar uma menina bonita para o baile. Acho que estava mais interessado na possibilidade beijar essa bela acompanhante do que em dançar e se divertir com a melhor amiga – Hermione cruzou os braços e encarou o marido.

— Então, linda do jeito que é, você era a acompanhante perfeita, vovó – o sorriso de Claire se desmanchou ao ver as fisionomias sérias dos avós. – O que há com vocês?

— Até hoje não é fácil falar daquele dia. A sua avó estava linda, ou melhor, deslumbrante. Eu simplesmente fiquei extasiado ao vê-la entrar no salão. O problema é que ela não estava comigo – o avô sorriu de um jeito forçado.

— Não estava porque você não me convidou para ir ao baile no momento certo. O famoso jogador de quadribol Vitor Krum foi mais rápido – Hermione lançou um olhar desafiante para o marido.

— Vocês dois se amam e estão juntos há quase 50 anos. Não precisavam se preocupar com o que ficou no passado – Claire ouvira a mãe contar muitas vezes que os pais sempre brigavam quando falavam do Baile de Inverno e tentou manter a situação sob controle.

— Esse baile teve a sua importância. Foi quando admiti, pela primeira vez, que meu sentimento por sua avó podia não ser apenas de amizade – Ron reconheceu.

— E eu descobri que qualquer diversão não seria completa sem o seu avô ao meu lado – concluiu Hermione.

— Se estava tudo tão claro assim, por que não começaram a namorar no dia seguinte ao baile? – Claire olhou de um para o outro com um sorriso no rosto.

— Acho que a culpa foi minha. Eu demorei a entender que o sentimento forte que tinha por sua avó era amor – Ron deu um sorrisinho.

— Eu fui orgulhosa, confesso. Queria ser elogiada, sentir que era olhada com admiração pelo seu avô no dia a dia e não apenas quando estava arrumada para um baile - Hermione ficou mais séria.

— Por que vocês só namoraram depois que terminou a Segunda Guerra se já gostavam um do outro desde o quarto ano?! – Claire insistiu na pergunta.

— Na verdade, eu pensava em namorar Ron desde o terceiro ano. Mas vivia em conflito por conta disso, já que nos desentendíamos demais – a avó balançou a cabeça antes de dar um breve sorriso.

— Eu custei a descobrir que todos aqueles sentimentos conflitantes que me perturbavam vinham da paixão. Quando finalmente entendi, fui inseguro para acreditar que era correspondido por você, Mione – depois de tantos anos, Ron podia discorrer com profundidade sobre cada momento do relacionamento dos dois.

— Está esquecendo de contar que no sexto ano já éramos praticamente namorados e iríamos juntos na festa do Clube do Slugue. Foi quando você surtou ao saber que, depois do Baile de Inverno, eu e Krum nos beijamos e...

— Por que insiste em lembrar de uma coisa que quero esquecer?! – Claire se surpreendeu ao ver o avô ficar com as faces vermelhas.

— Qual é o problema de vovó ter beijado outra pessoa quando vocês não eram namorados e o senhor sequer sabia o que sentia por ela? Desculpa, vovô, mas essa atitude é bem infantil – a neta não fazia rodeios.

— Eu vivi para ouvir isso de você, Claire. E admito que está certíssima. Eu era muito infantil. Aliás, demorei bastante para amadurecer. A sua avó precisou ter muita paciência – Ron maneou a cabeça.

— E eu vivi para ouvir isso de você, Ronald Billius. Sabe, Claire, nossos ciúmes ficaram há muito tempo para trás. Em maio do ano que vem, completamos 44 anos de casados e 49 de namoro. Mas ainda hoje o seu avô fica desconfortável sempre que ouve o nome de Vítor Krum – Hermione cruzou os braços.

— Não é bem assim. Mas você, senhora Granger-Weasley, ficou ainda mais deslumbrante com o passar do tempo e preciso marcar território para não deixar qualquer ameaça se aproximar – Ron deu uma piscadela para a neta.

— Tem um outro detalhe que esqueceu de contar para Claire. Por causa desse seu ciúme doentio de um simples beijo que havia acontecido dois anos antes, você se afastou de mim sem dar qualquer explicação, me tratou com grosseria e ainda resolveu namorar a grudenta da Lilá Brown – agora foi Hermione que ficou com as faces rosadas.

— Vovó, foi tudo por insegurança. O vovô Ron achou que não era bom o suficiente para a sempre tão brilhante Hermione Granger, que você preferia namorar caras bem-sucedidos como esse famoso jogador de quadribol – Claire achou mais prudente não falar o nome Krum.

— É, eu sei. Ronald demorou a entender que sempre tive um grande orgulho e admiração por ele. Fizemos um caminho muito longo até estarmos prontos a entregar completamente os nossos corações um para o outro – ela olhou com grande ternura para o marido.

— Eu concordo, Hermione. No início daquele que seria o nosso sétimo ano em Hogwarts, decidimos não voltar à escola e partir junto com Harry na jornada para procurar e destruir as horcruxes. Precisamos adiar o nosso tão esperado momento para tudo explodir ali, no meio de uma guerra. E, por mais que tenhamos sofrido, não mudaria sequer um detalhe da nossa história – ele alcançou a mão esquerda da esposa e a beijou suavemente.

— Mas estávamos falando de você, Claire. Continue a nos contar sobre o seu relacionamento com Bernard. Vocês discutem muito? – a avó perguntou.

— Se eles não gritarem um com outro pelos corredores de Hogwarts, como eu e você fazíamos, já é um bom começo – Ron deu um meio sorriso.

— Ron! Por favor. Já falamos demais de nós dois. Eu prefiro lembrar que, apesar das nossas discussões, ninguém se preocupava e cuidava mais de mim do que você – Hermione sorriu para o marido.

— Bernard é tranquilo demais para ficar gritando. Aliás, essa calma inabalável dele é extremamente irritante. Tem horas que parece que ele é indiferente, vocês entendem? – os avós estavam atentos a cada palavra de Claire.

Já sabiam que o rapaz era calmo e fazia o tipo intelectual, sempre muito focado nos estudos. Introspetivo, Bernard não gostava de esportes e tinha poucas amizades. Mas sabia ser eloquente ao defender seus pontos de vista, uma característica que ele e Claire tinham em comum. Extrovertida e inteligente, a garota amava quadribol e as conversas com os amigos.

— Ele prefere a música e o teatro no lugar do esporte e tem muito talento para as artes. Quando está tocando ou atuando, parece outra pessoa – Claire contou, citando uma das novidades trazidas por Neville Longbottom, que há 20 anos era diretor de Hogwarts.

Na gestão de Neville, Hogwarts havia ampliado o número de matérias optativas, incluindo todas as artes, da pintura à música, além do clube de literatura. Na verdade, o ex-colega de Ron e Hermione dera continuidade a uma série de boas mudanças trazidas por Minerva que, aposentada, continuava atuando no Conselho Gestor da Escola de Magia e Bruxaria.

— Nossas divergências acontecem porque Bernard faz muitas cobranças à comunidade mágica. Seus antepassados, que vieram da Alemanha, sofreram com a guerra e testemunharam os horrores do holocausto. Ele acha que os bruxos foram muito omissos em situações como essa e deveriam ter interferido para evitar tantas mortes – Claire confidenciou.

— Entendo o ponto de vista de Bernard. Mas algumas questões precisam ser consideradas. A comunidade mágica tentou essa aproximação na Idade Média e muitos bruxos acabaram mortos na fogueira. O terrível período da Inquisição levou a um completo afastamento das duas culturas. Na época das grandes guerras mundiais trouxas, os bruxos estavam desunidos entre si. Essa ruptura resultou em todos os preconceitos contra os mestiços e os nascidos trouxas, como eu, e na ascensão dos Comensais da Morte. Só depois do fim da Segunda Guerra Bruxa, com as novas leis que ajudamos a criar, houve maior união entre os feiticeiros – Hermione explicou.

— Já falei tudo isso para Bernard. Mas ele insiste na ideia louca de concluir Hogwarts e voltar a se integrar totalmente aos trouxas, diz que quer ajudá-los com as suas habilidades como bruxo. Essa é a razão dos nossos maiores desentendimentos – Claire, que era muito madura para uma adolescente de 15 anos, ponderou. – Mas, sempre que deixamos essas diferenças de lado, o diálogo com ele é muito enriquecedor. Quando tem proximidade com alguém, Bernard sabe ser bem divertido.

— Bruxos divertidos são bem interessantes – Hermione olhou sorridente para Ron. – Mas, sabe, Claire, com o tempo Bernard vai entender que nós, bruxos, já cooperamos muito com a comunidade trouxa. Certos acordos precisaram ficar em segredo, mas alcançaram resultados fabulosos. Claro que podemos evoluir nesse aspecto. Quem sabe ele possa ser um dos que ajudam a mudar as leis do mundo mágico?

— Claire, se as suas divergências com Bernard se limitam a um entendimento diferente sobre a cooperação que deve haver entre trouxas e bruxas, não precisa desistir desse garoto. Embora eu ache que você é muito jovem para pensar em namoro... – Ron colocou a mão no queixo tentando adotar uma postura séria. – Eu e sua avó discordávamos praticamente de todos os assuntos e hoje somos felizes juntos.

— Discordávamos de todos os assuntos? Deixa de ser dramático, Ron. A amizade, o amor à família e à justiça, além da capacidade de nos sacrificarmos para trazer paz ao mundo bruxo são pontos em comum que sempre nos uniram – Hermione fez questão de enfatizar.

— Mas o principal ponto que nos uniu foi a nossa grande paixão um pelo outro. O tempo passou e a intensidade desse fogo só aumentou – Ron sorriu para uma constrangida Hermione.

— Ron! Esqueceu da presença de Claire, por acaso? – a esposa tratou de cortar logo aquele assunto.

— Eu já percebi que o fogo da paixão ainda queima entre vocês dois. E acho isso muito lindo e inspirador. Meu sonho é viver uma história de amor verdadeira e intensa assim. E você fica tão bonita envergonhada, vovó – a garota reparou que as faces de Hermione estavam vermelhas.

— E vai viver, com certeza. Agora a sua avó tem uma surpresa para você – Ron falou com solenidade.

— Sim, tenho dois ingressos para assistir ao The Royal Ballet hoje à noite. O que acha da ideia? – o largo sorriso de Claire era a melhor resposta que a avó poderia receber.

— Que fabuloso, vovó! Gosto demais das apresentações de balé trouxa! Vovô não vai com a gente? – ela amava a companhia dos dois.

— Não gosto tanto de balé. E também tenho que cuidar de Pudim, Cookie e Mousse. Ainda não dá para deixar esses três sozinhos em casa. Você vai embora mesmo na segunda? Não pode ficar a semana toda com a gente? – questionou esperançoso.

— Infelizmente não, vovô. Meus pais não me perdoariam se eu não os acompanhasse na viagem. Mamãe só tem esses dias do recesso da Academia de Aurores para descansar. E papai também conseguiu tirar férias no Ministério da Magia – Claire gostaria de ficar mais tempo com os avós.

A trajetória de Rose enchia os pais de orgulho. Ela trabalhou por 15 anos como auror e, há cinco, era instrutora da Academia, formando novos bruxos para a área. Já Scorpius, depois de uma década dedicada ao quadribol, havia conquistado um posto no Departamento de Jogos e Esportes Mágicos. Ele gostava de aprender diferentes modalidades, especialmente as trouxas. Após esquiar, pular de paraquedas e escalar montanhas, agora queria surfar no Havaí, onde passariam as férias.

— Seu pai, com certeza, vai usar magia. Não dá para ficar muito tempo em pé naquela prancha no meio das ondas – Ron questionou com desconfiança.

— Parece que você não conhece meu pai. Se existe algo que o realiza é provar que pode se superar sem usar magia – Claire respondeu.

Neta e avó já estavam prontas para ir ao teatro. Ron encheu as duas de elogios. Não cansava de admirar a beleza da esposa, que se destacava ainda mais naquele elegante vestido azul. E ficou verdadeiramente encantado com a graciosidade da neta, que usava calça comprida branca e blusa rosa. Ele se despediu de Hermione com um selinho e deu um beijo na testa de Claire. "Divirtam-se, meninas. Mas se comportem", disse sorrindo.

Ron olhou o relógio. Hermione e Claire ainda deveriam demorar uma hora para chegar. Os gatinhos, já alimentados, dormiam. Resolveu ligar a TV para ver se estava passando algum jogo trouxa de futebol. Ele se divertia ao ver todos correndo atrás de uma bola sem usar magia. Foi quando a campainha tocou.

Apenas uma pessoa, ou melhor, uma família, costumava visitá-los a qualquer hora e sem avisar. Usou o olho mágico da porta para confirmar. Sim, eram eles. Hugo, a esposa Alice Elizabeth Longbottom-Weasley, e os três filhos. Ron abriu um grande sorriso ao ver os netinhos. Todos tinham nomes compostos e por isso apelidara carinhosamente cada um. Hannah Hermione, de 9 anos, era chamada de Nami. Ronald Neville, de 7, de Nell. Frank Arthur, de 5, era simplesmente o Fran.

— Chegaram em ótima hora! Já estou pedindo duas pizzas trouxas tamanho família para a gente. E vamos assistir um filme bem legal da Disney na TV. Quem vai escolher dessa vez é o Fran – Ron sabia como agradar a família e por isso era tão amado pelos netos.

Quando Hermione e Claire voltaram da apresentação de balé, encontraram a casa com cheiro de pizza e som de gargalhadas. Depois de saudar todos com abraços e beijos, as duas se sentaram à mesa para comer com eles. Existia muito amor ali naquela casa e esse era certamente o principal motivo para a grande felicidade que experimentavam.


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Notas finais do capítulo

Espero que todos que amam Neville tenham gostado dessa participação especial da família Longbottom. Já aguardando os comentários das minhas leitoras – os do sexo masculino não se manifestaram hehehe – lindas!



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