Meu Nerd Favorito escrita por PepitaPocket


Capítulo 15
Pedido de Desculpas




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Shino estava indo até o bicicletário pegar sua bicicleta, para ir para casa quando teve o caminho interrompido por uma garota com cabelos cor de areia, e olhos profundamente castanhos.

Ele a reconheceu como sendo a garota que mantinha uma estranha rivalidade com Ino.

— Parece tristinho, verme. – Matsuri disse sem medir as palavras, não entendendo de onde a gora a sua frente tirava tanta raiva contra ele.

— ... – Shino pensou em várias respostas, mas acabou desistindo, porque entendeu que a garota na sua frente, apenas não vali a apena.

— Estou falando com você. – Ela disse colocando-se no caminho de novo, quando ele fez a volta com a bicicleta.

Ela apoiou-se no guidom, apenas para se certificar de que ele não desviaria dela com facilidade.

— Ainda por cima é surdo? – Ela perguntou dando um sorriso amargurado, e Shino percebeu que não iria ir adiante, sem ouvir o que aquela xarope queria.

— Te asseguro que não sou, não. – Ele disse polidamente. – É que só escuto pessoas que me interessam, e como esse não é o caso... Gostaria de ir para casa de uma vez.

Ele dissera em tom moderado, notando o rosto da outra ficar vermelho de raiva, sendo que deveria ser o contrário. Já que o ofendido ali era ele, e não ela... Que não ouvira um terço do que ele estava com vontade de dizer.

— Só queria agradecer por você ter me feito um favor. – Matsuri dizendo fazendo uma expressão angelical, que com certeza não combinava nem um pouco com sua atitude.

— Perdão? – Shino realmente não entendeu o que ela queria dizer.

— Graças a você, ela vai perder a coroa de seu reinado. – Ela disse com um sorriso desdenhoso. – Que foi? Você acha que os outros alunos vão continuar admirando a Yamanaka-san, depois de vê-la com você. Não me leve a mal, mas a rainha da escola deveria ter...

— O que eu deveria ter ou não, é problema meu. – Ino surpreendera tanto Matsuri quanto Shino, que olharam para trás, e se depararam com a garota de braços cruzados, olhando emburrada para eles.

Shino prendeu o folego, porque o uniforme grudava-se as curvas do corpo de Ino, sua saia balançava com suavidade ao ritmo do vento, assim como seus cabelos e ele pode até ter um vislumbre de sua calcinha branca, combinando com as meias três quartos.

— Até parece que você convence com essa pose de gostosa. – Matsuri disse parecendo irritada com a presença de Ino.

— Não é a você que tenho de convencer, queridinha. – A outra disse dando um sorriso desdenhoso, e voltou seus olhos azuis para Shino que estava ali sem saber como proceder.

Queria ir embora, fugir do alcance de Ino, para só depois tomar uma atitude, com a certeza do que estava fazendo.

Mas, uma vez ali perto da garota. Ele perdeu toda sua determinação, e ainda tinha a inoportuna da Matsuri, na volta.

Ele estava ciente de que a jovem sabia se defender muito bem, mas não queria que ela tivesse algum problema por sua causa. Quem sabe fosse melhor, eles terminarem, antes que as coisas ficassem mais sérias?

Ele pensou nessa possibilidade, mas não tinha o mínimo desejo que isso acontecesse. Aliás, essa era uma coisa que o deixava absurdamente triste.

— Shino-kun, vamos a sorveteria como combinamos. – Ela disse ajeitando a saia, sobre suas coxas, e acomodando-se no bagageiro de sua bicicleta.

Shino piscou surpreso com isso, mas logo um sorriso de alívio tomou seus lábios. Pois, ele reparara que estava indo para casa carregando um peso invisível enorme, sobre seus ombros. Mas, agora que as coisas tinham se normalizado.

Ele normalmente locomovia-se para toda parte com sua bicicleta. Já Ino costumava ser levada e trazida, em um rodizio, por sua mãe, pela mãe de Sakura ou pela de Karin.

Como naquele dia era a senhora Uzumaki responsável, pela busca das meninas, foi fácil dar uma fugidinha para ficar um tempo a mais com Shino.

Dona Fuuka, não ia dar com a língua nos dentes, porque ela tinha uma mente mais progressista que seus pais. Além do mais, ela não iria fazer nada demais, só conversar rapidinho.

Depois ela iria para a casa de Karin, tentar estudar para biologia, já que ela pretendia ficar um bom tempo, sem pisar na casa de Sakura, só para não esbarrar com Orochimaru-sensei, por quem estava desenvolvendo um ódio quase diabólico. Ela só torcia que isso não causasse problemas com Sakura, que era bem cega de amores pelo pai dela.

Para alívio de Shino, a garota escolhera apenas o sabor de morango com menta, enquanto ele preferiu o de uva.

Sentaram-se no mesmo canto de dias atrás, e uma vez frente a frente, os dois jovens ficaram ali sem saber o que dizer.

— Desculpe. – Eles disseram em uníssono, o que pegou eles de surpresa. Mas, depois de uma intensa troca de olhares eles sorriram.

— Eu te asseguro que não pedi para voltar para o Inuzuka. – Ela disse com um calafrio, pois Sakura e Karin lhe explicaram que ficou parecendo isto, tanto que elas mesmas acharam que tal absurdo tinha acontecido.

— Eu deveria ter imaginado. – Ele disse admitindo que seu ciúme foi descabido, uma vez que eles estavam apenas no primeiro dia de namoro, sendo que confiança é a base de qualquer relação.

Tanto que Ino concordou com um aceno.

— Eu gosto de você. – Ela disse com sinceridade, grudando suas mãos na dele e buscando seu olhar.

Shino ficou encantando com o azul cristalino de seus olhos, ficando ainda mais enamorado com aquela visão.

— Também. – Ele admitiu, mordendo os lábios um pouco receoso de admitir uma verdade sórdida.

— Mas, entenda que minha posição não é fácil. Tenho uma namorada linda. – Ino sorriu de orelha a orelha, ao ouvir aquilo – E, toda escola me odeia por isso.

Ele disse com uma nuvem na cabeça, fazendo com que a outra fizesse um aceno entendendo muito bem o que ele queria dizer.

— Lamento, muito por isso, meu bem. – Ela falou. – Mas, antes você passava despercebido, agora muita gente não simpatiza com você, mas pelo menos... Estão te notando.

Ela tentou seu melhor para soar otimista, mas aquilo não foi lá muito animador.

E, os dois acabaram concordando com isso, com uma nuvem sombria se abatendo sobre suas cabeças.

— O que importa é que estamos juntos. E, se queremos que isso dê certo, temos que nos agarrar a isso. – Ino disse de um jeito que ela apenas ficou mais linda, diante dos olhos de Shino que se viu ali babando por ela, sentindo-se realizado, por tê-la de seu lado.

— Concordo. – Ele não mentiu em dizer isso.

— Então, temos um acordo? – Ela perguntou com um pouco de aflição.

— Um acordo? – Shino perguntou surpreso pelas palavras de Ino.

— Um acordo de que aconteça o que aconteça, vamos sempre conversar. Não brigar, mas conversar, como duas pessoas que se gostam e se respeitam.

Ino falou juntando suas mãos e olhando com aqueles olhos azuis, cheios de expectativa.

Ele, não conseguiu dizer não. Mesmo querendo muito fazer isso, mas ele apenas não conseguiu.

E, tomando fôlego e soltando-o vagarosamente, ele concordou.

Pois, não era muito bom conversando. Mas, se quisesse continuar com Ino, e fazer aquela relação durar.

Ele teria de aprender uma porção de coisas.

Talvez, a mais importante e vital de coisas.

Seria confiar em si mesmo.

Confiar, que uma garota linda como a moça diante de seus olhos, estava com ele porque gostava dele.

Do mesmo jeito que gostava dela.

Para selar seu mais novo acordo, os dois trocaram um rápido selinho. Mas, o gostinho bom do contato de seus lábios gelados, os fez querer aprofundar o beijo, e assim eles acabaram trocando vários beijos, entre uma colherada e outra de sorvete.

Aproveitando a oportunidade um do outro, e sentindo-se felizes por essa oportunidade que era a melhor coisa que tinha acontecendo para os dois até então.


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