Millennium Odyssey: Uma Odisseia de Milênios Atrás escrita por Aquele cara lá


Capítulo 17
Capítulo 17




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Cirius está correndo, em um corredor. "P-Por que essas coisas não desistem logo ?!"

Uma lança quase acerta Cirius. Há vários guardas correndo atrás dele. Um deles joga outra lança em Cirius, que a corta com Calligro.

"Hah… Hah… Eu não posso só fazer isso pra sempre. Preciso arranjar um jeito de despistar esses caras." - Cirius pensa. Ele vê uma porta. Cirius corre para dentro dela. Ele pega um armário e o empurra para a frente da porta. "Ufa ! Finalmente…"

"Geeerorororo ! Caiu como uma mosca." - Alguém diz.

Cirius se vira e vê um grande e gordo sapo humanoide, usando uma armadura do exército de Ignis sentado no chão. Há uma grande pilha de comida ao lado dele.

"Então é você que tá fazendo tudo isso !" - Diz Cirius, bravo.

"Eu sou o grande Greendarts, Vigésimo Segundo General do Exército de Ignis !" - Diz o sapo. "Quem ousa me desafiar ?!"

"Eu sou o cara que vai tomar o controle do navio de volta !" - Diz Cirius.

Greendarts olha Cirius de cima à baixo e volta a comer. "Então é um simples vagabundo."

"O quê ?!" - Diz Cirius.

"Não tenho tempo para vagabundos, como você." - Diz Greendarts. "Agora, saia do meu navio, enquanto me sinto misericordioso."

"Ei, seu lixo ! Eu vou te bater tanto, que sua pança vai diminuir !" - Diz Cirius.

Uma pálpebra de Greendarts começa a se mexer. "L… Lixo… ? Gordo… ?" - Ele se levanta. "Você me chamou de lixo gordo… ?"

"Isso mesmo, otário !" - Diz Cirius.

Greendarts rapidamente pega uma grande espada e tenta atacar Cirius, que se defende, mas é jogado para trás. Ele olha para o garoto, sério. "Ninguém me desrespeita, pivete."

Cirius se levanta e pensa consigo mesmo. "Ugh ! Esse cara é muito mais forte e habilidoso do que parece."

"Qual o problema ? O sapo comeu sua língua ?" - Pergunta Greendarts. "Se não comeu, vai comer ! Gerororo !" - Ele tenta bater sua espada em Cirius, que consegue desviar.

Cirius bate Calligro em Greendarts, mas nada acontece. "Ugh ! O-O quê !?"

"Minha armadura é impenetrável, pivete desgraçado !" - Diz Greendarts. "Morra !" - Ele enche suas bochechas. Greendarts cospe uma gosma verde em Cirius. A gosma explode, jogando o garoto para fora da cabine, no deck principal.

Cirius se levanta com dificuldade. "…Ugh… ! E… Esse cara… é muito mais forte… que os outros… !"

Greendarts cai, fazendo o navio tremer. "Eu ainda não acabei com você. Quando terminar de te espancar, vou saborear cada nervo no seu corpo. Com você vivo !"

"…Desgraçados como você... nunca vão... ganhar de mim… !" - Diz Cirius, ofegante.

"Quieto." - Diz Greendarts, dando um tapa no rosto de Cirius, que o joga no chão com força.

Cirius cospe sangue. "Ugh- Gah !"

Greendarts enche suas bochechas novamente. "Morra !"

De repente, uma voz familiar grita. "PARE !"

"…Já tava... na hora… !" - Diz Cirius.

Decker aparece, de repente, e pula no rosto de Greendarts. "Eu não vou deixar você machucar mais nenhum inocente, sua besta horrenda !"

Greendarts pega Decker e o joga no chão. "Você ainda está vivo ?!"

Decker corre até Cirius e o balança. "Me desculpe, garoto ! Eu não devia ter te metido nessa ! Não morra !"

"D… Decker… ! Que bom que... você tá bem... !" - Diz Cirius, sorrindo.

Decker pega uma fruta e a põe na boca de Cirius. "Coma isso ! Vai te fazer melhor !"

Cirius engole a fruta. De repente, um arrepio corre pelo corpo dele, e Cirius se levanta com um pulo. "Eca ! Que coisa nojenta é essa, Decker ?!"

"É uma fruta de Pog." - Diz Decker. "Elas têm um sabor ruim, mas são ótimas para a revitalização."

"O que quer aqui ?! Veio se juntar ao seu povo, animal idiota ?" - Pergunta Greendarts, ironicamente. "Ou quer seu navio de volta ?"

"Navio de volta ? Se juntar ao povo ?" - Cirius se pergunta. "Do que ele tá falando, hein ?"

Decker tenta disfarçar, mas para. "Eu… Eu não posso continuar mentindo para você…"

"Decker ? Qual o problema ?" - Pergunta Cirius.

"Essa coisa na sua frente não passa de um traidorzinho sujo." - Diz Greendarts.

"Quieto ! Decker é um cara honesto e legal !" - Diz Cirius.

"Não, ele tem razão..." - Diz Decker.

"Eh !?" - Diz Cirius, confuso.

"Eu realmente sou um traidor, e o preço que paguei pela minha ganância foi muito alto…" - Diz Decker.

"O que… O que você fez ?" - Pergunta Cirius.

"Vá em frente. Conte ao pivete como você enganou ele." - Diz Greendarts.

Decker abaixa sua cabeça. "Você mesmo viu o estado em que meu vilarejo estava. Não tínhamos condições de nos manter. Eu sempre tive o sonho de ser o melhor navegador do mundo, então minha esposa e meus filhos trabalharam em segredo e me compraram esse navio, o Zephyr."

"Decker…" - Diz Cirius.

"Juntos, nós começamos um trabalho de entregas em família. Mas, devido o aumento repentino de monstros, não estávamos mais conseguindo ganhar dinheiro. O vilarejo dependia de nosso sistema de entregas para sobreviverem, e como não estávamos mais conseguindo nada, era uma questão de tempo, até cada um de nós sucumbir à fome e sede e morrer." - Diz Decker.

"Geeerorororo ! Comida nunca me foi um problema !" - Diz Greendarts, rindo.

"Um dia, o exército de Ignis ofereceu um trabalho de entrega. Era muito dinheiro, para negar. Mas, mesmo assim, mesmo passando fome, todos do vilarejo se negaram. Disseram que aquele dinheiro não era bem vindo. Eu ignorei o que todos eles disseram e aceitei o trabalho às escondidas. Foi aí que… Foi aí que…" - Diz Decker, que se ajoelha e começa a chorar.

Greendarts começa a rir. "Foi aí que eu roubei seu pedaço de madeira idiota pra mim e devorei todos que estavam naquele lugar idiota ! GEEERORORORO !"

Cirius fica chocado. "V… Você fez o quê... ?"

"Eu trai a confiança de todos, e acabei os matando… Se não fosse por minha ganância, todos estariam vivos... Lyandre e as crianças ainda estariam vivas…" - Diz Decker. "O meu sonho foi destruído pela minha ganância !"

"Não, ele não foi." - Diz Cirius.

Decker levanta sua cabeça. "Eh… ?"

"Seu sonho nunca foi destruído, porque ele nunca foi concretizado." - Diz Cirius. "Você quer ser o melhor navegador do mundo, não quer ?"

Decker concorda com sua cabeça. "Desde que era um filhote."

"Você não serve para ser o melhor navegador, não serve nem para trabalhar em um navio." - Diz Cirius.

"Ei, pivete… O que você quer dizer com isso ?!" - Pergunta Decker, bravo.

"Você acha mesmo que o melhor navegador do mundo iria abaixar a cabeça na frente de coisas como essa ?" - Pergunta Cirius.

"Cirius… Você…" - Diz Decker, enquanto encara Cirius.

Greendarts rapidamente ataca Cirius, que se defende com sua espada. "Quem você chamou de coisa, pivete desgraçado ?!"

"Ugh… !" - Diz Cirius, indo um pouco para trás. "Sua esposa e seus filhos não deram suas vidas em vão… ! Eu posso não entender nada de navegação, mas uma coisa eu sei…" - Ele força mais, até que consegue jogar Greendarts para trás. "…o melhor navegador do mundo jamais deixaria alguém como esse cara pisar em seu navio !"

"…Você..." - Diz Decker, enxugando suas lágrimas. "Você tem razão, garoto !" - Ele olha para Greendarts. "Você, e toda a escória de Ignis, não são bem-vindos no meu navio ! E, como capitão, eu vou fazer questão de tirar vocês daqui !"

"NÓS vamos fazer questão de tirar você daqui." - Diz Cirius, confiante.

"Grr ! Vocês vão pagar por me desafiarem !" - Diz Greendarts, correndo na direção dos dois.

Cirius se defende de um ataque de Greendarts. Decker pega impulso nas costas dele, pula no rosto do general e começa a arranha-lo. Greendarts pega Decker e o joga para cima. Ele enche suas bochechas e cospe a gosma na direção de Decker.

"Decker !" - Grita Cirius.

A gosma explode.

"Isso é o que acontece com aqueles que se opõem ao grande Greendarts !" - Diz Greendarts.

De repente, Decker cai, em pé e sem nenhum arranhão. Há uma aura verde em volta dele.

"Espera…" - Cirius pensa consigo mesmo. Ele se lembra do que Claude fez. "É isso…"

"Eu, uh, estou bem… ?" - Pergunta Decker, confuso. A luz desaparece.

"Decker, você confia em mim ?" - Pergunta Cirius.

"Estou começando a confiar." - Diz Decker.

"Ótimo. Porque eu tenho um plano." - Diz Cirius.

"Vermes desgraçados !" - Diz Greendarts, bravo. Ele começa a cuspir várias vezes.

"Kekkai: Lâmina Fantasma !" - Diz Cirius, correndo na direção de Greendarts. Com Calligro, ele rapidamente corta os cuspes e ataca o general, mas a espada não faz efeito.

"Eu te disse, sua peste ! Nada penetra minha armadura ! Agora, MORRA !" - Diz Greendarts, enchendo muito suas bochechas.

"Agora, Decker ! Entra na boca dele !" - Diz Cirius.

Antes que Greendarts conseguisse cuspir, Decker entra em sua boca.

"Ugh ! S-Saia daqui, incompetente !" - Diz Greendarts.

"Não falhe agora, por favor..." - Diz Cirius. Ele respira fundo. "Calligro, me empreste sua força ! Kekkai: Yuto !"

A luz esverdeada cobre Decker.

"Funcionou !" - Diz Cirius.

Fumaça começa a sair da boca de Greendarts, e ele começa a inchar. "S-Saia ! Se não fizer isso, eu vou te matar, animal insolente !"

"Lyandre… Kaled… Yussif… Todo o povo do vilarejo… Isso é por todos vocês !" - Diz Decker.

"S… Seus… DESGRAÇADOS… !" - Diz Greendarts. Ele explode, logo em seguida.

"Hah… Hah... Acabou…" - Diz Cirius, sorrindo.

Decker sai do que restou do cadáver de Greendarts, sem nenhum arranhão.

"Tudo bem aí, carinha ?" - Pergunta Cirius.

Decker vai até Cirius. Ele se ajoelha. "Me perdoe por te enganar e fazer você me ajudar !"

"E-Eh !?" - Diz Cirius, confuso. "R-Relaxa aí, cara ! Não precisa fazer isso !"

Decker se levanta. "Muito obrigado ! Muito obrigado mesmo !"

"Aí, eu e meus amigos precisamos de uma carona até Loggrin." - Diz Cirius. "Será que você pode levar a gente ?"

"Loggrin ? Mas aquela é uma cidade controlada pelo império de Ignis." - Diz Decker. "O que vocês querem fazer lá ?"

"É isso que eu queria saber também. Ehehehe..." - Diz Cirius. "Estamos em uma missão para parar o império de Ignis e a Galadriell disse para irmos para lá."

"Parar o império de Ignis é muito arriscado…" - Diz Decker.

"Se não quiser, tudo bem." - Diz Cirius. "É meio louco mesmo, até eu concordo com isso."

Decker pensa um pouco e chega à uma decisão. "Cirius, eu já me decidi ! Vou viajar com você e seus amigos !"

"S-Sério !?" - Pergunta Cirius, espantado.

Decker dá um sorriso confiante. "Alguém precisa parar essas pessoas, elas são muito ruins para os negócios. Lyandre sempre dizia que o Zephyr foi feito para viajar o mundo e criar memórias. Heh, agora eu entendo o que ela quis dizer."

"Valeu mesmo, Decker !" - Diz Cirius, animado. "Cara, o pessoal vai adorar isso !"

"Vamos preparar as coisas. Iremos pegar seus amigos agora." - Diz Decker, indo embora.

Cirius segue Decker. "É pra já, capitão !"

Enquanto isso, no vilarejo. Todos estão reunidos. Eles parecem preocupados.

"Ainda nada." - Diz Èris.

"Não acredito nisso… Meu irmão não pode ter desaparecido do nada." - Diz Mira.

"Relaxa aí." - Diz Kaito. "Se eu conheço bem o carinha, ele achou uma cama confortável e deve ter pegado no sono. Daqui a pouco, o Cirius aparece."

"Luna não sente mais o cheiro do marido…" - Diz Luna.

"E isso aqui também não ajuda…" - Diz Mira, pegando um pedaço de cristal. "Ele perdeu o cristal de Melia..."

"Nossa única esperança é continuar procurando." - Diz Èris. "Uma hora, iremos achar. Ele não pode ter ido muito longe."

Mira pressiona o cristal contra seu peito e pensa consigo mesma. "Se alguma divindade estiver me ouvindo, traga o meu irmão de volta, por favor..."

De repente, latidos podem ser ouvidos. O grupo corre para a entrada do vilarejo. Os Makais estão lá. Garu, o de Cirius, uiva.

"O que foi, garoto ?" - Pergunta Kaito.

"Marido !" - Diz Luna, animada.

Todos olham para o horizonte e vêem Cirius acenando para eles, na ponta de Zephyr.

"EI, PESSOAL !" - Grita Cirius.

Segundos depois. Zephyr chega ao vilarejo. Cirius e Decker descem do navio. Luna e Mira abraçam Cirius.

"Nunca mais preocupe Luna assim !" - Diz Luna.

"Uh… O que eu fiz, exatamente... ?" - Pergunta Cirius, confuso.

"Nada, seu bobo." - Diz Mira. "Que bom que você tá bem…"

"Quem é carinha aí em baixo ?" - Pergunta Kaito.

"Meu nome é Decker. É um prazer conhecê-los." - Diz Decker.

"Eu arranjei um navio pra irmos onde quisermos !" - Diz Cirius.

"Zephyr está à sua disposição." - Diz Decker. "Por que não entram para conhecer ?"

"Muito obrigada, Decker. Você não sabe o quão grata sou por ouvir isso." - Diz Èris.

Todos entram no navio, menos Cirius e Decker.

Èris estranha e pergunta. "Vocês não vêm ?"

Decker e Cirius se olham.

"Não. Precisamos fazer uma coisa antes." - Diz Cirius.

"Então tudo bem." - Diz Èris, entrando no barco.

Algum tempo depois. Está de noite. O navio começa a andar. Todos estão sentados à mesa. Decker se junta a eles.

"Espero que tenham gostado do local. Deixei meu navio em piloto automático, então não se preocupem." - Diz Decker.

"Mais uma vez, muito obrigada por nos ajudar." - Diz Èris.

"Isso não é nada." - Diz Decker. "O caminho para ser o melhor navegador do mundo é longo, mas eu vou conseguir."

"E como !" - Diz Cirius.

"Por que demoraram tanto para voltar ?" - Pergunta Mira.

Cirius e Decker se olham novamente.

"É uma longa história." - Diz Cirius.

Em um cercado. Várias lápides estão erguidas. A luz da lua ilumina uma. Está escrito: "Lyandre".

"Vocês tiveram seus motivos." - Diz Èris.

"Come logo, marido !" - Diz Luna, animada. "Luna fez essa comida especialmente pra você !"

"Pois é." - Diz Mira. Ela dá uma leve risada. "Ela não deixou ninguém chegar perto da cozinha."

"Sério !? Valeu !" - Diz Cirius.

Todos pegam um pouco de comida e põe na boca.

"É um prato típico que os Mamori fazem pra quem gostam." - Diz Luna. "É uma carne com tempero de todos os lugares, e muuuito amor e pimenta."

Todos ficam vermelhos. "Pimenta !?"

"Bastaaante pimenta~" - Diz Luna.

Todos começam a correr desesperados, cuspindo fogo. Eles bebem água.

"Qual o problema ?" - Pergunta Luna. "Hmm… Talvez Luna tenha errado na quantidade de pimenta. Mas Luna tem certeza de que seguiu a receita certinho…"

Todos olham para Luna, bravos. "Grr ! LUNA !"


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