Destinados escrita por SouumPanda


Capítulo 3
Marcada




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/796569/chapter/3

 

 

 

Estar com Joseph estava se tornando uma bola de neve que não sabia o quão conseguiria agüentar. Minha vida tinha se tornando uma mentira, menos quando estava com ele, apesar de nosso relacionamento ser a maior mentira de todas, ele me trazia alegria, me deixava confortável comigo, me sentia viva com ele próximo, conseguia chegar o mais próximo de ser eu mesma. Estava sentada com meus pensamentos viajando quando ouvi o pigarrar de Christian.

— Então Zachary vem de Los Angeles quando? - Christian falava bebendo café no refeitório do escritório.

— Espero que logo, preciso terminar logo com ele. - Falei comendo um pedaço de biscoito. - Estou me sentindo cansada em manter as aparências desse relacionamento falso. - Suspirei vendo todos endireitar a postura e olhei por cima do ombro vendo Joseph servindo café.

— Christian preciso do processo da fusão das empresas Yoshida para hoje. - Era como se todo refeitório prendesse a respiração na sua presença, a voz grossa dele e o sorriso encantador faziam todos ali suspirar. Engoli seco sentindo ele próximo das minhas costas, no escritório não nos olhávamos, mas não conseguia controlar meu corpo rígido e a garganta seca com a aproximação dele.

— Até o final do dia estará na sua mesa Sr Abraham. - Christian até mudava o timbre da voz, ele era um homem não era alguém extraordinário. Senti sua grande mão em meu ombro e engasguei vendo os olhos de Margot arregalar.

— Senhoras. - Ele disse em tom grave se virando e saindo com uma caneca de café pelo corredor, meu coração entrou em arritmia e sabia que meu rosto estava vermelho.

— Ele te tocou, o que sentiu? - Margot perguntou com a sobrancelha arqueada.

— Você sabe que ele não tem poderes né? É um homem qualquer. - Falei terminando meu café e suspirando. - Te vejo depois tenho que entrar em uma reunião com a Bonnie em 30 minutos e preciso me preparar. - Deixei todos ali voltando para as repartições, senti meu corpo ser puxado para o armário do zelador antes mesmo de chegar em frentes as salas e senti a mão de Joseph em minha boca.

— Impossível manter minhas mãos longe de você por muito tempo. - Ele beijava intensamente meu pescoço e suas mãos desciam para o meio das minhas pernas. - Você fica tão linda com essas roupas, essas saias, mas prefiro sem.

—  Não posso agora, tenho uma reunião com a Bonnie.- Disse entre os beijos. - Alguém pode nos ver e não seria muito agradável, amo meu emprego.

—Para de falar assim, sou seu chefe, sua amiga morreria para estar aqui, como qualquer outra, mas estou aqui com você. - Ele mordeu minha orelha fazendo meu corpo tremer. - Você vai terminar com seu namorado a tempo da festa do escritório? Queria te levar.

— Você acha que estaríamos tendo isso até lá? - Ele se afastou franzindo a testa, fazia duas semanas que se encontrávamos e dormíamos juntos a noite, dizem que era o limite de um relacionamento dele. Ele passou a mão entre os cabelos bem arrumados deixando desgrenhados.

— Você me vê ainda sobre comentários que falam de mim, achei que após duas semanas você me conheceria um pouco, sobre como me comporto quando quero estar com alguém. - Sua voz era grave e engoli seco vendo a decepção em seu olhar.

— Eu não quis te ofender Joseph. - Eu disse quase em sussurro. - Só que. - Ele desviou do meu toque com o olhar rígido.

— A pessoa comprometida aqui é você. Eu sou apenas o outro. Melhor você sair, vai se atrasar para acompanhar Bonnie. - Ele disse com pesar, pressionei os lábios, não queria deixar ele ali, ele não merecia isso. Mas saí porque pelo olhar dele, ele não queria mais que eu ficasse ali com ele.

Ver o olhar dele decepcionado e distante durante a reunião fazia meu coração despedaçar, eu não deveria me sentir assim, eu tenho um namorado que não é ele, o que temos é difícil de descrever, mas se tiver que acabar agora melhor do que se arrastar por mais tempo, se a situação fosse diferente talvez tivesse chance para nós, mas neste momento não vejo nada além de uma grande furada. Quando terminamos a reunião, Joseph saiu acompanhado da advogada do outro lado da fusão, ver a mão dela tocando ele fez meu corpo tremer e minha garganta secar. Eles riam, mesmo que os olhos dele procurava o meu, abaixei o olhar respirando fundo, recolhendo as pastas e saindo dali, eu não tinha o direito de me sentir assim, o choro veio a minha garganta e respirei fundo me controlando.

Após sair do banho não recebi nenhuma mensagem de Joseph, meu coração se comprimia em angústia pensando que ele poderia estar com outra pessoa, penteava meu cabelo diante da TV absorvida em meus pensamentos, quando as batidas na porta me fizeram pular, sorri imaginando que seria ele, mas minha boca abriu vendo Zachary e Ashley na minha porta.

— Credo parece que viu um fantasma. - Ela passou por mim sem me cumprimentar batendo em meu ombro, Zachary me puxou pela cintura selando nossos lábios e sentir meu estômago revirar.

— O que fazem aqui? - Falei fechando a porta. - Achei que estariam em Los Angeles.

— Viemos para um congresso amanhã e resolvemos fazer uma surpresa.  - Zachary beijava meu pescoço e franzi a testa me esquivando. - Vamos dormir aqui se não tiver problema e sairemos cedo nem vai notar nós aqui.

— Claro. - Disse revirando os olhos e suspirando, fui para o quarto pegar algumas coisas para Ashley quando vi Joseph pela janela olhando, fiquei parada, nos encaramos. Quando vi a advogada vir por trás dele e beijar seu ombro, meu estômago se revirou, abaixei a persiana tentando não pensar no que iriam fazer. Coloquei travesseiros para Ashley que estava sentado próxima a Zachary no sofá. Sentei de frente para eles vendo a intimidade de ambos enquanto tomávamos vinho, quando Ashley se levantou vi o olhar de luxuria de Zachary nela e pressionei os olhos.

— Vou me deitar, sua cama está arrumada no outro quarto Ashley, tenho audiência amanhã. - Zachary se levantou me seguindo e quando fechei a porta ele abraçou meu corpo por trás pressionando seu pau rígido na minha bunda. - Zachary. - Minha voz saiu quase um sussurro enquanto ele me guiava para a cama.

— Que saudade de você. - Ele dizia beijando meu corpo e procurei forças me apoiando sobre meus cotovelos o parando. - Algo errado? – Seu questionamento era quase uma ofensa.

— Precisamos conversar e você sabe. - Pressionei os lábios e ele espreitou o olhar em mim. - Zachary, isso entre nós não está mais dando certo.

— Vou fingir que não estou escutando isso, no feriado de 4 de julho já reservei uma pousada nos Hamptons com nossas famílias e preciso de você comigo lá. - Ele falava em tom autoritário, como se não entendesse o que acabei de falar.

— Zachary você não está me entendendo. - Eu disse tranquilamente me levantando e parando diante da janela, olhei brevemente para a janela e subi a persiana, o apartamento de Joseph estava com luzes acesas, mas sem sinal dele. - Quero terminar. - Zachary veio em minha direção, parando diante de mim e segurando meu rosto um tanto forte.

— Sua família só te tolera por causa do nosso relacionamento, você parece querer ferir seus pais com essas suas atitudes, todos esperem que a gente case, eu espero isso. - Ele fava apertando meu maxilar com força e me beijando de uma forma violenta, eu não conseguia ter reação, ele disse que todo mundo me tolera em minha família por causa dele. Mas não preciso dele ou da aprovação da minha família, não fazia mais questão disso.

— Por favor. - Falei entre o beijo e tentei afastar ele, mas assim como Joseph, Zachary tinha quase dois metros de altura e pura massa muscular. Ele me carregou para a cama e me jogou na mesma respirei fundo fechando os olhos e sentindo a lágrima escorrer pelo meu rosto.

— Agora, você vai mostrar o quanto sente minha falta, assim como sinto a sua.- Ele falava desabotoando a calça e debruçando seu corpo sobre o meu, respirei fundo procurando forças mas ele me prendia em baixo dele, afastando minhas pernas e enfiando duramente seu pau em mim, um grito ficou preso em minha garganta, ele mexia o quadril duramente em cima de mim. Fechei os olhos pedindo para aquilo acabar, o toque dele em minha pele era como espinho, diferente de quando tinha Joseph comigo, fechei os olhos e imaginei o cheiro amadeirado dele, o sabor de whisky e suas mãos e Deus eu clamei por ele. Meu corpo estava mortificado assim como eu, quando Zachary acabou, sentia seu gozo quente em mim e tudo fiz foi ficar olhando o teto branco absorta em minha vergonha. Me arrastei para o banheiro chorando o choro mais agonizante e desesperado da vida, vi meus dedos enrugar, a água escorrer por mim era como se lavasse a sujeira dele de mim, esfreguei meu corpo até minha pele queimar e quando não tinha mais o que fazer saí do banho colocando um moletom e indo para a varanda após me servir de uma dose de bourbon, olhando as luzes da cidade ao longe. Sentei na mesinha de café da manhã respirando o vento que assoprava, ar gelado do 9º andar, lágrimas ainda escorriam pelo meu rosto quando olhei o olhar frio de Joseph na sua varanda.

— O que foi aquilo? - Ele não conseguia me olhar, franzi a testa passando os dedos pela borda do copo de whisky que tomava, olhava para o chão sentindo vergonha de mim.

— Não sei do que está falando. - Minha voz era baixa e rouca, controlada para não chorar. Quando consegui olhar para ele, ele viu meus olhos inchados e piscou desnorteado.

— O que aconteceu com você? - Sua pergunta cortou meu coração, eu não encontrava minha voz, ele quis se aproximar, me tocar e neguei com a cabeça com lágrimas escorrendo pela lateral do meu rosto. - Katlyn …

— Não me toque.- Rosnei e recuou seus passos. - Você não tem o direito de me tocar, eu vi a advogada com você e pela sua pergunta acho que viu Zachary comigo, então não. - Minha voz chorosa o fez arregalar os olhos. - Acabamos por aqui Joseph.

Entrei trancando a porta e deixando ele lá, a luz do luar iluminava a pele estupidamente linda dele, meu coração estava partido, todos tinham razão eu seria mais uma com coração partido e eu achava que estava tudo sob controle quando não estava, virei o copo de bebida deixando no balcão e me deitei com Zachary, senti seus braços me abraçar durante a noite, e adormeci entorpecida e cheia de dor.

Não vi Ashley e Zachary sair, fui direto para o tribunal com Bonnie e quando saímos do mesmo tudo que eu não queria estar próxima de Joseph. Recebi um lindo buquê de rosas Vermelhas, grande o suficiente para não me verem atrás dele, o bilhete deixava claro de quem era, Margot queria ler o bilhete mas apenas amassei e joguei no lixo junto com o buquê.

" Lamento pela noite de ontem, me deixe explicar."

Eu estava me sentindo péssima, meu relacionamento de merda, se provou ser realmente de merda. Admitir que Zachary fez sexo comigo forçado, me estrupou era doloroso para meu ego, mas acima de tudo doloroso saber que não teria mais Joseph comigo, eu me sentia bem com ele. Tudo que não tinha no meu relacionamento com Zachary ele supria, mas queria nunca ter conhecido ele. Quando ele viu as rosas no lixo franziu a testa, ele não podia mandar Christian comprar mais rosas, não sabia como ele estava fazendo isso sem Christian desconfiar, fugir dele estava me esgotando então peguei minhas coisas e fui embora antes de qualquer pessoa.

Pela primeira vez em 5 anos de trabalho pedi uma licença, teria uma semana para reajustar minha vida, eu amava o escritório mas precisava respirar, eu amava morar em meu apartamento em Manhattan, ser profissionalmente independente. Pedi para Bonnie deixar eu trabalhar de casa, estava me sentindo um pouco contagiosa demais para estar lá, ela permitiu. Meu celular não parava de chegar mensagens.

Zachary:- Checando, hospedagem confirmada para o feriado. Lamento nossa briga, quero te compensar.

Apenas ignorei a mensagem e tentei me concentrar novamente no trabalho, enviei o e-mail para Bonnie e pronto. E novamente meu celular apitou.

Joseph:- Está doente? O que está sentindo? Precisamos conversar, não faça assim.

Joseph:- Kat me responde. Preciso saber de você, me preocupou ver seu estado.

Joseph:- Porque faz isso comigo? Só quero ficar numa boa com você.

 

Ignorei cada mensagem até desliguei o celular, estava vendo um filme quando batidas altas na porta me fizeram pular, pausei o mesmo e franzi a testa indo em direção a porta antes dele derrubar a mesma

— Você deveria saber quando uma pessoa te dá um fora.- Falei pressionando os lábios e o vendo adentrar no apartamento e me analisar fechar a porta.

— Você não me respondeu, te liguei e deu caixa postal, queria saber se está tudo bem. - Sua voz era grave e preocupada, seus olhos me olhavam como se tentasse me ler, entender e saber o que eu pensava. Com pequenos passos ele estava diante de mim, perto o suficiente para sentir o cheiro de menta da pasta dental dele, tentei segurar a respiração para não ceder, mas ele me hipnotizava.

— Vou trabalhar de casa, o escritório está me sufocando. - Falei baixo sentindo os dedos dele alisar meu rosto que queimava onde seu toque passava. - Eu tive um dia horrível ontem.

— Fale-me sobre isso. - Ele sussurrou beijando ternamente meu pescoço e fazendo meu corpo vibrar.

— Saber que a aquela advogada estava com você, me deixou desconfortável. - Vi um riso brotar em seu rosto, ele continuou a me beijar delicadamente, até parar nossos lábios próximos

— Eu já deixei bem claro que quero você, não transei com ela se quer saber. Mas devo admitir que me deixa feliz saber que se sente desconfortável me vendo com outra - Ele disse com os olhos fixo nos meus. - Vi você e seu namorado ontem, quer falar sobre isso também? - E então meu chão desabou ele viu a humilhação, meus lábios tremeram e meus olhos marejaram, ele me abraçou e despenquei em seus braços em um choro culposo.

— Eu tentei terminar, eu tentei parar ele. - Minha voz era engasgada e ele apenas limpava minhas lágrimas. - Me sinto tão envergonhada, suja.

— Ele deveria se sentir assim, não você. - Ele beijou o topo da minha cabeça. - Vou cuidar de você.

E ele cuidou, ficou comigo ali, sentado abraçado terminando de ver o filme, me senti leve em dividir o estrupo de Zachary e toda a raiva que sentia. Sabia que minha família jamais acreditaria em mim, mas ter Joseph que acreditava era mais que suficiente. Eu respirava seu perfume para gravar bem o cheiro de sua pele quente, seus olhos me olhavam com paixão e desejo, como se lessem meus pensamentos. Mas naquela noite ele apenas ficou ali comigo, me acalmando, rindo comigo e vi seu lado doce. Joseph tinha o olhar azul oceano que transmitia a mim a mais pura tranquilidade, eu queria poder desfilar com ele por aí, mostrar ao mundo o homem maravilhoso que ele era. Ele acariciava meu braço durante o filme e ria, eu apenas absorvia sua presença transformando a dor em paz.

— Desculpe por jogar suas rosas no lixo, eram lindas. - Disse culposamente.

— Eu mereci. - Ele beijou o topo da minha cabeça carinhosamente e me senti segura com ele ali. Até irmos para o quarto e pegarmos no sono e finalmente dormirmos um alinhado no outro

Era realmente estranho me sentir tão feliz, era como se não merecesse a felicidade que ele me causava e estar com ele era surreal, apenas me sentia extremamente incomodada em mentir para Margot e Christian, Joseph não queria que eu mentisse, mas eu sabia que em algum ponto da história e após passar todo esse tempo eles não me perdoariam, eu estava com eles envolta em tantas mentiras para escapar e poder ficar com Joseph neste último mês que não conseguia mais sair da minha própria rede de mentira.

— Vamos para a boate. – Margot falava animada. – Estou investindo meu tempo nisso, sei que lá encontrarei meu solteiro cobiçado. – Ela falava suspirando enquanto servia café, Joseph entrou e ela soltou mais um longo suspiro ao ser mais uma vez ignorada. – Dizem que ele está fora do mercado, faz um mês que não é visto por aí. – Ela mordeu o lábio e senti meu coração pulsar e não consegui conter o sorriso e ele sorriu brevemente em nossa direção, nesse quesito posso me declarar culpada, tomei ele para mim. – Você está me escutando?

— Sim claro, vamos a boate. – Eu disse no automático, mordi os lábios sabendo que até o final da noite aquelas mãos estariam em mim.

Estava terminando de se arrumar, coloquei um vestido preto e uma bota, peguei a bolsa e quando abri a porta, ele estava lá com aquele sorriso estupidamente lindo, com seu corpo todo bloqueando a porta e sorri para ele. Joseph vestia uma camiseta apertada o suficiente para marcar todo seu corpo, assim como a calça, ele descruzou os braços e me puxou pela cintura selando nossos lábios.

— Quando eu te ver lá a noite, lembra-se que vou querer estar beijando cada parte de você. – Ele dizia pausadamente enquanto beijava meu pescoço fazendo meu corpo se aquecer e arrepiar.

— Saiba que não vou ver a hora de vir embora e querer que você faça isso. – Falei gemendo baixo, ele sorriu vendo o que causava em mim. – Joseph ...

— Srta Miller, você está virando uma pervertida me vendo apenas como um objeto sexual. – Ele disse em bom humor me conduzindo ao elevador.

— E não é isso que fazemos se objetificamos da melhor forma? – Quando a porta do elevador se abriu sai na frente e peguei o taxi que havia chamado, vendo o olhar dele em cada movimento que eu fazia até sumir da sua vista.

A noite estava maravilhosa, Margot estava se divertindo e eu dançando ao som de Night Moves, qualquer pessoa que me conhece, sabe que não controlo quando tocava Bob Seger, vendo o olhar de Joseph ao longe em nós do bar, sorri de uma forma maliciosa enquanto minha mão deslizava pelo meu próprio corpo no refrão sugestivo e ele sorriu espreitando o olhar. Vi uma mulher, parecia uma modelo se aproximar dele, minha garganta secou, meu coração pulsou mais lentamente, e sorri forçadamente para Margot.

— Vou no banheiro. – Falei a vendo afirmar e continuar pulando com Christian, me desvinculei da multidão até o corredor, a adrenalina fazia meu corpo tremer todo, entrei no banheiro lavando o rosto e secando brevemente, me olhei no espelho querendo repetir que ele não era meu realmente. Parecia que fiquei ali uma eternidade, respirei fundo e sabia que tinha que voltar para lá, saindo do banheiro esbarrei em uma moça passando mal, tentei ajudar ela, mas além de recusar a ajuda ficando brava quase me atingiu com sua rajada de vomito quando senti uma mão me puxar e evitar a catástrofe. – Nossa obrigada. – Eu disse vendo aquele moço com sua respiração próxima e sorriso encantador.

— Isso ia ficar horrível, não ia combinar com seu vestido o vomito. – Ele disse em bom humor e com certo sotaque apertando minha cintura e nossos corpos.

— Tenho certeza disso. – Falei sentindo um pouco tonta e me desvinculando dele e ajeitando meu vestido. – Obrigada. – Falei sentindo minha bochecha queimar. – Katlyn.

— Tomás. – Ele disse gentilmente estendendo a mão e eu apertando, pude ouvir um pigarrear nas minhas costas e quando me virei Joseph estava com olhar fixo na mão que cumprimentei Tomás.

— O que está acontecendo aqui? – Ele disse com a voz grave e semblante de poucos amigos, sua testa franzida formava pequenas rugas entre as sobrancelhas.

— Uma história super engraçada, Tomás me salvou de uma catástrofe. – Sorri gentilmente e Tomás concordou.

— Sua namorada ia ficar cheia de vomito. – Ele disse sem jeito com um sorriso doce. – Vou ir ver se a moça precisa de ajuda e procurar um taxi para mandar ela para casa, fique mais atenta Katlyn. – Ele disse gentilmente se afastando e eu me virando para Joseph que estava com um rosto irreconhecível.

— O que foi? – Falei apertando o olhar para ele e o vendo se aproximar e segurar meu rosto diante de todas as pessoas e selar nossos lábios. – Aqui não, por favor. – Falei quase em sussurro e ele apenas se afastou bufando e o vi adentrar na multidão.

Cheguei em casa com os pés doente e fui tirando a bota e me jogando no sofá, não demorou para Joseph bater na porta e eu pular nele entrelaçando minha perna em seu quadril e o beijando de forma intensa, céus como sentia falta dele. Ele bateu o pé na porta fechando a mesma, me carregando para o quarto, me jogando na cama e subindo meu vestido beijando cada parte do meu corpo.

— Preciso perguntar. – Ele disse me olhando gentilmente. – Você tem vergonha de ser vista comigo?

— Não, claro que não. – Falei pressionando os lábios. – Só a situação atual não é favorável, mas seria um prazer ser vista com você. Só me de tempo. – Eu disse engolindo seco e ele com semblante triste concordando.

— Pelo menos fale com seus amigos. – Ele disse em suplica. – Acho que seria legal, me juntar a vocês e se divertir, é um tédio meus amigos, sempre me deixam para ir atrás de alguém e fico apenas te desejando de longe. – Ele fez beiço me fazendo rir e afirmar com a cabeça.

— Farei isso, prometo. – Eu disse me alinhando a ele e pegando no sono, meu coração se iluminava perto dele, seus braços quentes e fortes me abraçavam inteira para dormir, seu peito nu era quente e macio, senti um beijo terno no topo da minha cabeça e suspirei profundamente pegando no sono.

Ouvi batidas distantes na porta, quando olhei Joseph engoli seco, as risadas de Margot e Christian ecoavam pelo andar, pressionei os lábios.

— Por favor, eu vou contar. – Eu disse e ele apenas afirmou ficando na cama enquanto sai do quarto fechando a porta.

— Nossa que demora. – Christian foi entrando ainda cheirando álcool da noite passada. – Você some da balada. – Ele disse se virando para mim,

— Ela deve estar tendo um caso. – Meu corpo tremeu com a suposição. – Aquele idiota do Zachary merece então não te julgo, só se for com meu futuro marido, ai te odiaria. – Ela riu e eu revirei os olhos.

— Estou saindo com o Joseph. – Eu disse no automático e eles se olharam em silencio e logo caíram na risada e meu coração se afundou e acabei rindo junto deles para o clima ficar menos tenso.

— Nós também querida, nós também. – Quando Christian abriu a porta do quarto meu coração saltou, a cama estava totalmente revirada, ele não estava ali, deixando apenas sua camisa no chão, eles olharam para mim e eu engoli seco, mas achei melhor assim, eles não verem Joseph de imediato, mas meu coração estava apertado pensando que ele tinha se aventurado em pular de uma janela para a outra e poderia ter se machucado. – Tá, você nos deve explicações.

— Quem é ele? – Margot questionou pegando a camisa do chão e espreitando o olhar e engoli seco voltando atrás do que tinha dito.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destinados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.