Centauros escrita por KaguraWay, HarunooMalika
Notas iniciais do capítulo
Queridos leitores, tudo bem?
É, já estamos na reta final dessa maravilha fofa que é Centauros!
Então o que será dessa família Aoiha?
Boa leitura, esperamos que goste!
Uruha *POV*
Bebo mais um gole do chá que me serviram e suspiro muito mais calmo, olho para o chão e depois olho para o casal. A mulher está com o rosto inchado de lágrimas e com um brilho incrível nos olhos, o homem está com um sorriso enorme e feições calmas.
Pisco atordoado e olho pro meu moreno. Ele está sentado ao meu lado, me olhando preocupado porém com um sorrisinho no canto da boca, ele me beija a têmpora e eu fecho os olhos suavemente, bebendo mais um gole e então, os abro.
Quando abro os olhos vejo o olhar de quatro pessoas em nós, do casal real e do casal. . . Bem, dos meus pais. . . eu acho?
Hum, que dor de cabeça, o que está acontecendo? Tinha que vir tudo de uma vez?
— Então. . . São meus pais?_ Pergunto quebrando o silêncio que tinha se firmado, olho para o casal a minha frente e agarro a xícara com mais força, a mão do moreno ao meu lado se firma na minha cintura.
Estamos sentados todos, para resolver isso, em uma sala com tapetes e almofadas, cortinas e mais um milhão de coisas de gente rica.
— Sim. _ O homem fala e eu os olho envergonhado.
— Eu. . . Eu não me lembro de vocês._ Falo com sinceridade observando a reação deles, a mulher abaixa os olhos e o homem olha para o lado.
— Sou Takashima Kairo, e essa é Takashima Keiko. . ._ O tal Kairo se apresenta e eu sorrio de leve para eles.
— É estranho você não se lembrar. . . Já era crescido quando. . ._ Keiko perde a voz por um momento. _ Quando aconteceu. . ._ Fala melancólica.
— Quando o que aconteceu? Eu. . . _ Abaixo o olhar e estremeço com uma possibilidade que estava na minha mente. _ Eu não fui. . . Abandonado nem nada do tipo. . . Não é?_ Olho temeroso para os dois.
— Oh, não! Não, não, não, não, não! Nunca, nunca mais pense nisso, ouviu? Nós te amamos, amamos muito, filhote._ Keiko se exalta e quase vem até mim.
— Então. . . O que aconteceu?_ Olho para os dois.
— Hmm. . . Por que não nos conta sua vida primeiro?_ Kairo fica mexendo nas mãos.
— Ah, minha vida. . . Não foi algo interessante. _ Dou de ombros. _ Eu vivia numa vilazinha bem do interior, até ter idade e força para conseguir fazer minha própria casa, e então eu comecei a trabalhar numa hortinha, e tinha macieiras perto da minha casa. .
. Então eu encontrei Aoi e estou aqui._ Dei de ombros.
— Resumiu bastante coisa importante._ Aoi resmunga ao meu lado.
— Não muita. . . _ Olho para o casal. _ Agora. . . O que aconteceu? Se são meus pais. . . Por que não vivíamos juntos?_ Tomo mais um gole do chá.
— Vivíamos juntos sim, meu anjo, porém teve um dia em que alguns bandidos nos perseguiram. . . Seu pai ficou lutando contra eles e eu fugi com você, que era tão pequenino. . ._ Keiko olha para suas mãos e suspira triste. _ Mas alguns outros bandidos apareceram e. . . _ Sua voz falha e ela me olha com os olhos embargados. _ A última lembrança que tenho de você. . . Era você correndo, desesperado e aos gritos de uns três brutamontes. . . Eles estavam perseguindo você, e você corria pra longe de mim. . . Eu tentava ir atrás, mas tinham outros e me impediram. . . Quando. . . Quando seu pai chegou fomos atrás de você, corremos na mesma direção. . . Mas você não estava mais lá. Só tinha uma poça de sangue no chão. . . Eu pensei que você tinha morrido. . . Tinha um cordão seu na poça de sangue, era presente de aniversário. . . Mas você não estava lá. . ._ Ela disse já chorando e apertando algo nas mãos, algo que tinha tirado de seu próprio pescoço durante a conversa.
Ela ergue o objeto e mostra um cordão lindo, feito de ouro e com uma pedra de Safira na ponta como pingente. O único erro da peça linda era o sangue, sangue manchando a correntinha delicada e a pedrinha que deveria ser brilhante outrora.
— Lembra do que me disse?_ O olho atordoado sem conseguir pensar em nada. _ Sua primeira lembrança, anjo, que contou pra mim. _ Pisco atordoado para o moreno ao meu lado.
— Sim. . . _ Murmuro realmente impactado. _ Eu. . . Essa história me lembra. . ._ Sussurro fracamente e olho para o casal.
— Kouyou, ainda não tinha assimilado? Esse é o casal real de Kanagawa. . . Kou, o príncipe perdido é você!_
.:.:.:.:.:.:.
— Não é lindo?_ Sinto um beijinho na minha têmpora e sorrio para o moreno que se senta ao meu lado e suspiro olhando para o pôr do Sol, a capital vai escurecendo lentamente, os últimos raios batem nas ruas e nas paredes do grande castelo que cresce atrás de mim.
— É incrível._ Concordo juntando nossas mãos, ele me olha e sorri de leve.
— Eu sei que é muita coisa pra assimilar, Kou, por isso não se esforce, leve o tempo que precisar, a prioridade agora é o bebê._ Pisco rapidamente. _ Sei que está confuso, e surpreso. . . Não sei como deve estar se sentindo. . . Tudo veio de uma vez não é?_ Beija minha mão num carinho leve e depois acaricia ela com o dedão. _ Em relação ao bebê, relação a mim e principalmente em relação a você, foi um avalanche de informações. _ Afirmo com a cabeça e beijo a bochecha do meu príncipe moreno.
— Tudo muito rápido, se eu soubesse que você ia dar tanto trabalho, teria te evitado mais um pouco._ Brinco e ele ri anasalado.
— Nem pensar!_ Beija minha testa e solta nossas mãos, enlaça minha cintura e segura meu queixo. _ Não viveria nem mais um segundo se continuasse a me evitar._ Murmura contra meus lábios e eu já fecho os olhos.
— Não seja dramático. _ Murmuro de volta roçando nossos lábios e um segundo depois estamos com os lábios colados. Um selar simples e gostoso, morno e com gosto dos biscoitos de chocolate que eu tanto amei.
— Hmmm, docinho._ O moreno brinca antes de aprofundar o beijo, seguro em sua nuca e em seu ombro sentindo o contato das nossas línguas fazendo o beijo ficar intenso. Ele aperta minha cintura e eu afundo minha mão nos fios negros macios que amo tanto.
— Ow! A semana fértil já passou!_ Ouço a voz grossa e me afasto do moreno num pulo. Olho pro lado vendo o baixinho loiro com os braços cruzados e um sorriso divertido nos lábios, ele está com algumas jóias e algo brilhante nos lábios, maquiagem nos olhos e enfeites simples na parte equina que o deixa simplesmente lindo. Ao seu lado está o loiro maior com um tipo de farda militar, com medalhas de condecoração no peito, poucas jóias e uma espada embainhada.
— Mais respeito, Ruki!_ Mais atrás está o moreninho com um único enfeite que é um cordão de prata, porém, com um pano lindo caindo pelos ombros, deixando um deles a mostra. O pano tem costura em ouro e é pouco colorido, ao seu lado está o colorido da mesma forma que Reita. Com farda e espada.
— 'Tá podendo agora, hein, Takashima?_ Ruki ignora totalmente a repreenda do moreninho e chega perto me abraçando, ele se afasta e me olha sorrindo. _ Todo enfeitado, cheio de jóias. . . Pra quem não tinha nada, deve ter sido um salto enorme, não?_
— Um verdadeiro choque, com certeza. _ Concordo com a cabeça. _ Mas você também deu um salto, hmm?_ E ele sorri despretensioso.
— É, ele tinha que me agradar depois de me engravidar na minha primeira semana fértil, tinha que pagar de alguma forma já que o filho dele vai me rasgar de dentro pra fora. _ Dá de ombros. _ Abre o olho, Kouyou, ser mal um pouco não faz mal._ E eu arregalo os olhos.
— Colocando besteiras na cabeça do tadinho de novo, não ouve ele Kou-chan, Ruki é um idiota. _ Kai me abraça também e me dá um lindo sorriso de covinhas.
— Fala isso porque não é você que está carregando um filhote maior que você! Vamos, Kou-chan, só nós sabemos o que vamos sofrer pra colocá-los pra fora. _ Ruki pirraça enlaçando o braço comigo e eu sorrio divertido.
— É bom ter vocês aqui, esse lugar é muito grande. _ Comento dando de ombros e então olho animado para Kai. _ Pedi para Aoi e ele conseguiu um horário na cozinha, faz um bolo para nós? _ Olho esperançoso para o moreninho que se encolhe constrangido.
— K-Kouyou. . . Tenho certeza que você tem vários cozinheiros muito bons na cozinha, que podem fazer bolos melhores que os meus._ Ele fala e eu franzo a testa.
— Não, mas eu quero provar um bolo seu. . ._ Resmungo. _ Por favor, Kai, todos os ingredientes que você querer estarão lá, qualquer coisa é só falar. . ._ Ele me olha analítico e sorri.
— 'Tá bem, Takashima, faço um bolo pra vocês!_ Sorrio animado para ele.
— Então vamos, a cozinha daqui é enorme! E vocês nem vão acreditar no que eu descobri!_ Sorrio largo e realmente feliz.
— O que você descobriu?_ Kai sorri de volta enquanto nós vamos andando até a porta do castelo que já está aberta, entro no salão enorme com enfeites e escadas, portas e corredores para todos os lugares.
— Deixa eu adivinhar, você descobriu ser o príncipe perdido?_ Ruki fala desdenhoso e eu paro de andar para o encarar.
— É. . . Como você sabe?_ Ele sorri faceiro.
— A história que nos contou é simplesmente o encaixe perfeito da história dos reis de Kanagawa. . . _
— E não se fala de outra coisa por aqui._ Kai corta a alegria do baixinho.
— Isso não é estranho? Quer dizer, tanta coisa acontecendo. _ Murmuro e inconscientemente começo a andar na direção da cozinha com os dois ao meu encalço. _ E então, Kai? Vai fazer que bolo? Eu estava pensando e tem como você fazer um monte aqui! Tem tanta coisa!_ Fico realmente animado.
Faz uma semana que eu e Aoi chegamos aqui e eu estou me acostumando na medida do possível. Meus pais estão sempre presentes, me contando várias coisas, eu tô tentando também me acostumar com os pais do Aoi e todo esse luxo. . .
— Ah, pronto! Culpa sua Kai, vai viciar ele em bolo._ Ruki resmunga e eu sorrio animado.
— Culpa minha não. Você que tinha dado aquele chilique._ Kai fala rindo e eu sorrio inconscientemente.
— Nee, é tão bom ter amigos._ Suspiro e continuo sorrindo enquanto entramos pela cozinha. Vários balcões enormes, fogões a lenha e fornos, armários prateleiras e uma dispensa maior ainda com muitos outros utensílios e comidas de vários tipos. _ Vai fazer bolo de que, Kai?_ Pergunto parado em frente ao balcão.
— Não sei._ Ele coloca as mãos na cintura olhando surpreso toda a cozinha.
— Imagina o tanto de coisa que dá pra comer aqui!_ Ruki ri animado.
— O tanto que dá pra cozinhar aqui!_ Kai dá uma volta pela cozinha analisando tudo.
— Onde aprendeu a cozinhar, Kai?_ Pergunto curioso.
— Minha mãe me ensinou, ela fazia questão de eu saber cozinhar muito bem. Me ensinou as receitas da família e depois pagou para o melhor cozinheiro daquela cidade para me ensinar._ Ele fala sorrindo orgulhoso.
— Porquê?_
— Ela disse que eu tinha que conquistar meu companheiro pelo estômago._ Ele coloca as mãos na cintura. _ Eu era meio gordinho e feinho quando pequeno, então ela fez isso. Só que eu emagreci e minha aparência melhorou._
— Você tinha que ver o tanto de macho que corria atrás do Kai, bonito, bem humorado e sabe cozinhar bem. . . O tanto de proposta de acasalamento que ele recebeu não é brincadeira! Miyavi tem sorte dele ser um bobo sonhador._ Ruki curte com a cara dele.
— Você também, botava medo em todo mundo, mas eu bem sei que tinha um ou outro que te irritava por querer só para te ver todo esquentadinho._ Kai debocha. _ Você não me engana Ruki, eles te idolatravam também._
— Mas ninguém nunca fez pedido nenhum pra mim. . . _ Fico observando atento a conversa deles até que Ruki me dá um sorriso safado. _ E você, Kou-chan?! Alguém já te cortejou?_ Arregalo os olhos negando com a cabeça.
— Se entregou, Uru. Pode ir contando, quem foi?_ Kai fala divertido.
— Quem foi o que?_ Vejo os três entrarem na cozinha. Reita, Miyavi e Aoi.
— Que tentou acasalar com o Uru. _ Ruki sorri e Aoi fecha a cara.
— Não gostei do assunto. _ Miyavi ri da frase do meu moreno que para do meu lado.
— Isso Miyavi, ri mesmo, mas quanto foram que te queriam, Kai? Uns dez?_ Desvio a atenção de mim.
— Dez?! Ah, Uru! Quase a vila inteira!_ Ruki debocha e o colorido para de rir.
— Língua afiada a de vocês, principalmente a sua Ruki, aproveita e conta dos seus admiradores também. _ Kai alfineta e Reita ergue uma sobrancelha. _ Mas então, Uru, conta quem foi que queria te traçar._
— Vocês são ridículos. . . _ Olho disfarçadamente para Aoi e depois olho para os meninos de novo. _ É um amigo meu lá da vila. . . O Kazuo. _ Murmuro o nome.
— Aquele Kazuo?! Aquele seu amiguinho lá?!_ Aoi me olha surpreso. _ Então é por isso que ele tava cheio de intimidade para cima de você! Deveria ter desconfiado, aquele carinho todo não é normal. . . E eu confie nele!_ Aoi começa uma série de reclamações dramáticas que me fazem sorrir.
— Aoi, nem é isso tudo!_
— Não?! Takashima Kouyou, o que vocês estavam fazendo naquele pomar?!_ Ele coloca as mãos na cintura e eu ergo uma sobrancelha.
— Comendo maçãs, ciumento. Até parece que eu ficaria de safadeza com alguém por aí!_ O olho incrédulo.
— Fala assim, mas deixa o Uruha saber de todas aquelas mulheres e homens que se jogavam pra você!_ Miyavi acusa o meu moreno e é minha vez de colocar mãos na cintura e erguer uma sobrancelha.
— Como é a história, Aoi?_ Ele murcha.
— Não é bem assim, você sabe, sou um príncipe, elas não resistem ao meu charme!_ Ele faz gracinha escorregando a mão pelo cabelo e fazendo cara safada.
— Aahhh é? Pois eu queria te lembrar, que eu também sou um príncipe, e agora que todas as atenções estão voltadas a mim, ninguém vai resistir ao meu charme. _
— Você não me coloca medo, Takashima! Todos desse reino sabem que você é meu, não teriam coragem de me desafiar._ Ele fala prepotente.
— Mas tem um outro reino inteirinho, Aoi, em que ninguém sabe quem você é._ Sorrio para ele que fecha a cara.
— Não gostei da brincadeira. _ Ele resmunga fechando a cara.
— Quem disse que é brincadeira? Aliás, você também 'tá com o seu na reta, Akira, acha que eu não vi todas aquelas vadias se engraçando pra cima de você?_ O pequeno aponta para o loiro que levanta as duas sobrancelhas.
— Mas eu tava calado!_ Ele se defende.
— Eu também vi, 'tá Miyavi. _ Kai resmunga.
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Então de que será o bolo do Kai? Vai ser gostoso?
E o que será de Aoi e Uruha e seu filhote?
Estão preparados para o final??
Um Parceria de MalikaHarunoo , Kagura Way e Elisha_Sky