A vida de Stephany Cullen escrita por CM Winchester


Capítulo 1
Capitulo Unico




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Me chamo Stephany Swan Cullen, ou Fhany como todos gostam de me chamar. Meus pais são as pessoas mais felizes do mundo, assim como toda a minha família. Já se passaram 17 anos da quase batalha contra os Volturi. Minha mãe me contou tudo - desde sua vida humana antes de conhecer o meu pai até depois e toda a série de acontecimentos que os levaram a chegar até aqui.
Cresci como uma humana o que muitas vezes me irritava, mas então via que era uma grande oportunidade, passar pela vida como qualquer pessoa humana. Ter cada momento marcado para sempre por que ainda acredito que a vida é feita de momentos. Minha mãe era humana até entender que era meio imortal, meio vampira. Claro que ela é uma Imortal completa agora, assim como eu.
Herdei muita coisa dela, sua coragem e bondade, os cabelos castanhos e os olhos castanhos quase negros. Eu os amava, admirava cada pedacinho deles. Minha mãe me ensinou a surfar me passando o seu amor pelo mar enquanto meu pai me ensinou a tocar piano. Cada dia que olhava para eles sabia que queria um amor igual, talvez com menos dificuldades, mas intenso e verdadeiro.
Amo minha família, os dois lados dela. A família em que existem os vampiros que brilham no sol e os lobisomens que na verdade são transfiguradores, e a família de vampiros que não queimam no sol, mas sentem uma leve irritação e os lobisomens que ficam mais fortes na lua cheia. Eu vivia entre os dois mundos. Na verdade três, ainda vivia com imortais, aqueles que apenas viviam para sempre como eu.
E com os humanos na faculdade. Apesar da saudade, minha mãe apoiou a decisão de que eu poderia escolher qual lugar morar, qual faculdade fazer. Por isso optei por Nova York. O sonho dela seria realizado por mim. Não fui para a Julliard, mas consegui passar para a Columbia onde estava estudando engenharia.
Era um grande passo em que ficaria longe da minha família, mas perto da outra família. Mudei-me para a mansão dos Immortalem em Nova York onde fui muito bem recebida. Meus pais estiveram comigo por alguns dias até que se conformaram que eu estava bem e seguiram para a Ilha Esme ter uma terceira lua-de-mel. Eles só não tiveram mais filhos por que minha mãe ovula uma vez a cada décadas, do contrário eu teria uma penca de crianças correndo atrás de mim.
Para quem estava se preocupando em não ser fértil, Allany já estava com dois filhos e tio Calleb pronto para fazer um terceiro. Eles eram a mistura linda entre o vampiro e o Quileute, um segredo guardado a 4 chaves para não chegar aos ouvidos dos Volturi. Nossa família conseguiu unir as espécies e progredir. Tinha meio transfiguradores, meio vampiros, meio imortais e meio transfiguradores (os filhos de Camille e Seth) e meio transfiguradores e meio lobisomens (os filhos de Amanda e Embry). Sim, a família tinha crescido.
— Posso sentar aqui? - Ergui meus olhos do diário para o garoto a minha frente.
Ele havia chegado ontem a Nova York. Era Imortal como eu. Era bonito com sobrancelhas grossas, olhos extremamente azuis, cabelos castanhos e um sorriso fofo. O vi passar com Luana, era sobrinho dela.
— Ainda não conheço todo mundo por aqui.
— Você se acostuma com o entra e sai de gente. - Respondi e ele sorriu.
— É Imortal não é?
— Hum... Mais ou menos. - Ele juntou as sobrancelhas enquanto me encarava e sorri. - Sou parte vampira, parte imortal, mas... Sou mais imortal, é claro.
— Achei que a parte vampira sempre ganhava da parte imortal. Não entendo muito de DNA.
— Eu também não entendo, mas sou descendente direta dos Imortais. Sou filha de Elizabeth. - Seus olhos azuis se arregalaram.
— Você... Nossa... Eu... Achei que fosse... - Balançou a cabeça.
— Achou que eu fosse uma imortal... Hum... Qualquer? Tipo o fato de eu ser filha de Elizabeth Swan muda algo em mim?
— Não, mas... Você é sobrinha do tio Mark.
— Isso te aterroriza? - Debochei sorrindo e ele riu.
— Um pouco. - Coçou a nuca. - É que eu te vi... E achei... Achei que poderíamos ser amigos.
Sorri com sua timidez.
— Sim e podemos. Por acaso mudou de ideia?
— Não. - Balançou a cabeça. - Não. Perfeito então. Seus pais estão aqui? Não os vi ainda.
— Estão em lua-de-mel e o resto da família viajando pelo mundo, esperando o tempo da sua imortalidade passar até resolverem se fixar em um lugar e enfrentar o colegial pela milésima vez.
— Pretende fazer isso algum dia?
— A lua-de-mel ou enfrentar o colegial de novo? - Sorriu sem graça. - Sim, fico mais animada com a lua-de-mel do que enfrentar aulas chatas de novo, mas daqui décadas vou ficar tão entediada que estudar de novo vai me animar, talvez possa me formar em arquitetura na próxima.
— Tem certa facilidade com palavras.
— Puxei isso da minha mãe, ela nunca soube a hora de calar a boca. E piorou quando se tornou imortal completa.
— Todo mundo conhece a história da sua mãe. A humana que se apaixonou por um vampiro e virou imortal.
— Não foi tão fácil assim. - Debochei e ele sorriu. - Mas sim. Por isso não fiquei surpresa com sua reação quando soube quem eu era. Todos fazem isso.
— Cam? - Serena parou na porta da cozinha quando nos viu. - Desculpe se atrapalho.
— Não está atrapalhando. - Respondi.
— Pode me ajudar com o trabalho da faculdade? Derek está ocupado com um trabalho de advocacia.
— Claro. - Ele levantou. - Hum... Sou Cameron, mas todos me chamam de Cam.
— Stephany, mas todos me chamam de Fhany. - Assentiu sorrindo e Serena o cutucou.
Ele ficou sem graça, mas a seguiu para fora da cozinha. Balancei a cabeça enquanto sorria e encarava meu diário.
Eu já estava acostumada com as expressões surpresas das pessoas ao descobrirem de quem era filha, assim como já estava acostumada com os garotos que ficavam encantados por mim. Só que ele foi diferente. Não sabia explicar, na verdade nem entendia o que tinha acontecido. Somente tinha gostado.
Meu pai e o tio Calleb iriam enlouquecer quando soubessem, na verdade qualquer membro masculino da minha família enlouquecia cada vez que descobriam que eu tinha beijado alguém ou que algum garoto tinha dado em cima de mim. Isso provocava muitas risadas da parte da minha mãe e quase todas as mulheres.
Se eu era a garota mimada e protegida da família? Sim, eu era. Os Cullen e o Charlie me protegiam e mimavam. A parte da família que mora em Nova York era mais tranquila apesar que Mark e Luke estavam sempre de olho em mim. Não achava isso algo ruim, na verdade gostava bastante. Eu era amada e muitas pessoas não sabiam o que era isso.
— Fhany? - Ergui meus olhos do diário mais uma vez e encontrei Luke parado na porta.
Quem via sua aparência assim, não imaginava que ele vira um morcegão com asas e orelhas macabras. Quando os vi transformados pela primeira vez morri de medo, hoje já estava mais acostumada.
— Quê, tio Luke? - Perguntei.
— Você tem aulas com Alicia?
— Sim, só estava... Escrevendo.
— Saudade dos seus pais? - Perguntou se aproximando.
— Um pouco. É a primeira vez que fico longe deles, mas... Estou bem aqui. - Sorri. - Vocês são minha família. - Ele sorriu enquanto me ajudava a guardar as coisas dentro da mochila.
— Logo eles estão de volta. Não conseguem passar muito tempo longe de você. - Bagunçou meus cabelos me fazendo pressionar os lábios. - Vamos.
Ter aulas com Alicia era basicamente aprender a dominar meus poderes, aprendi quase tudo com minha mãe, mas ela preferia que Alicia ou Serena me ajudassem nessa parte, até por que ela passou alguns meses sem controle algum sobre si, criando dentro dela uma outra versão, um monstro como ela mesma diz.
Alicia e Serena eram ótimas comigo e ao mesmo tempo severas, me deixavam exausta nas aulas, mas ficavam orgulhosas do meu potencial. Minha cabeça doía no começo, agora já havia me acostumado com a telepatia.
A noite me encontrei com os outros na sala de jantar, me sentei ao lado de Derek. Quando descobri a verdade fiquei meio estranha com Derek e até Embry, ambos gostavam da minha mãe, mas com o tempo me acostumei, afinal se nem Amanda ou Serena dão importância para isso por que eu daria?
Quando descobriram que eu iria para a faculdade foram muito gentis de me acompanhar, Derek pela primeira vez e Serena pela segunda vez. Serena era mais vampira do que imortal e ambas as espécies demoravam a ovular, por isso ela ainda não tinha engravidado. Era algo que ambos queriam, todo mundo sabia. Mas no tempo certo iria acontecer.
Sarah por exemplo demorou, mas esta grávida de Alec e muito feliz. A família Cullen está completamente feliz, até mesmo Rosalie esta satisfeita com sua vida. É a babá número 1. Reneesme e Jacob casaram há pouco tempo, ela levou 7 anos para chegar a maturidade e mais alguns anos para resolver as pontas soltas do passado. Descobrir que Jacob era louco por sua mãe acabou deixando-a confusa, mas logo se acertaram e estão vivendo muito felizes em La Push. O único alfa agora.
Sam, Jared e Paul conseguiram parar de se transformar, claro que o último demorou mais que os outros. Com a ajuda dos anciões e muito auto controle ambos quiseram uma vida humana ao lado de suas companheiras. Os únicos que ainda se transformam são os que tem companheiras imortais ou o que não encontraram suas companheiras. E Quill que agora está se acertando com Claire. É uma ótima amiga. Como regulamos de idade ela e Renesmee sempre foram minhas melhores amigas.
— Está bem? - Mark perguntou me olhando, tinhas nas mãos um pedaço de carne mal passada.
— Estou. - Respondi.
— Esta pensativa.
— Saudade da família. - Respondi e ele sorriu.
— Logo eles estão aqui. Parece que não está gostando da hospitalidade.
— É claro que estou gostando. - Respondi. - Só estou pensando em tudo que já passou. Dezessete anos que unimos o mundo imortal.
— Alaric achava que nós éramos a evolução. - Luke falou. - Estava errado.
— Vocês são a evolução da nossa espécie. Essa nova geração. - Mark falou.
— Tudo que os Volturi mais abominam. - Serena lembrou.
— Eles abominam tudo que não podem controlar. - Luke respondeu.
— Alec ligou. - Luana falou antes de sentar à mesa. - Sarah vai dar à luz em breve e nos quer lá. - Ela sorriu me olhando. - Sua mãe já está voltando direto para Forks.
— Família sempre crescendo. - Sorriu. - Quais as apostas?
— Mais vampiro que imortal. - Derek falou.
— Não. - Alicia respondeu. - Mais imortal. Ela foi transformada pela Lizzie.
Nós sempre fazíamos as apostas, mas Alicia e Luana conheciam muito bem do nosso DNA e sempre acertavam.
Allan e Cora eram os filhos de Allany e Calleb, ela herdou o lado vampiresco e ele o labo transfigurador. Assim como Samantha e Clark que eram os filhos de Seth e Camille, ela herdou o lado imortal e ele o lado transfigurador. Segundo Luana o gene de lobo era sempre passado para homens, Leah e Allany foram duas raridades.
Então veio Lucian e Lucca, os gêmeos de Amanda e Embry, lobisomens completos como a mãe. Isso não atrapalhou em nada a vida deles em La Push. Então as apostas seriam que o filho ou filha de Sarah seria mais imortal e quando Serena engravidasse de Derek teria um filho vampiro como ela.
A genética era louca e ao mesmo tempo interessante, vô Carlisle adorava isso. Por um tempo até pensei em estudar sobre isso, mas desisti. Talvez em outra época da minha vida, quando a humanidade evoluir também. Afinal, qual a graça de estudar a genética se é para estudar sobre humanos?
— Vocês vão ir quando? - Serena perguntou.
— Você não vira junto? - Alicia perguntou a filha.
— Acho que não, Derek e eu ficaremos. - Lançou um olhar ao marido que assentiu concordando. - Mas desejo felicidades ao casal.
— Iremos assim que Fhany avisar na faculdade que irá se ausentar por alguns dias. - Mark respondeu me lançando um olhar e eu assenti.
— Até o final de semana tenho tudo arrumado.
Levantei e segui para o quarto, tudo o que precisava era tomar um banho para descansar e dormir.
Acordei animada, troquei algumas mensagens com Nessie e Claire antes de ir me arrumar, fiz minha higiene e abri meu closet. Vesti uma saia longa verde escuro, cropped preto sem mangas e calcei uma sandália rasteirinha.
Desci as escadas enquanto conversava com Alec pelo celular. A única refeição que encontrava todos reunidos era no jantar. Durante o dia cada um fazia a sua refeição quando se lembrava ou quando sentia fome. Só os imortais se alimentavam com mais frequência. Alicia explicou que eles eram mais próximos dos humanos do que qualquer outro ser existente.
Encontrei Derek, Cam, Serena e Luana tomando café.
— Bom dia. - Falei deixando a mochila pendurada na cadeira. - Estou atrasada?
— Não. - Luana consultou o relógio antes de responder. - Dormiu bem querida?
— Sim. - Respondi me servindo com suco de laranja.
— Vamos sair em alguns minutos. - Derek comentou antes de olhar o celular. - Te espero no carro pirralha.
— Pirralha? - Resmunguei e o ouvi rindo enquanto seguia o corredor da garagem.
— Pronto para o seu primeiro dia de aula, Cam?
— Sim. - Respondeu depois de lançar um olhar para mim.
Depois do café seguimos até a garagem, Derek estava conversando com alguém pelo celular quando nos aproximamos. Ele sempre nos dava uma carona para a faculdade.
— Tudo bem? - Serena perguntou colocando um óculos de sol.
O sol podia não queimar, mas incomodava um pouco sua pele. Alicia me explicou que ela sendo filha de Luke tinha mais sensibilidade ao sol, assim como Amanda sendo filha de Mark tinha mais influência sob a luz da lua cheia. Ambas eram mais fortes e poderosas do que qualquer outras criações deles. Assim como minha mãe que era mais forte e poderosa do que qualquer imortal.
 Me sentia feliz e agradecida por que eu vivia o melhor dos dois mundos. Vivia com uma família de vampiros e lobisomens (transfiguradores) e tinha outra família de vampiros e lobisomens. E tinha os imortais também.
— Estava conversando com Edgar. Eles estão vindo para Forks.
— Querem um reencontro?
— Com a presença da Lizzie. Mas já dei uma desculpa dizendo que até onde eu sabia Lizzie estava em lua de mel. E eu estava longe de Forks.
— Sente a falta deles?
— Já se passaram 17 anos desde a última vez que os vi. As coisas mudaram. - Ele lançou um olhar para ela e sorriu. - Uma pena. Queria apresentar vocês. Você ia gostar das meninas. - Serena sorriu.
Lancei um olhar para Cam ao me lado e ele sorriu. Todo imortal pode trancar sua mente então não poderia saber seus pensamentos. Mamãe demorou meses para furar essa barreira. Alicia e Luana ficaram impressionadas e tudo que ela falou foi: Eu sou a dona dessa porra toda!
Era estranho vê-la falando palavrão, mas era ela. Tinha conseguido tomar seu corpo para si de novo. E estava completamente satisfeita. Nas palavras do meu pai. Não importa quanto tempo passe, Lizzie sempre seria a garota humana divertida, teimosa e corajosa que ele se apaixonou. E amo a história deles. Tenho orgulho de ser filha deles.
O dia passou tranquilo como qualquer outro. Cam como todo ser imortal chamou atenção das pessoas a sua volta. Consegui arrumar os papéis para faltar três dias na faculdade, mas teria que recuperar depois.
Cam queria ver Amanda e seus filhos, por isso nos acompanhou até Forks. Assim que atravessamos o portal tio Calleb foi o primeiro a me erguer do chão seguindo por tio Emm e assim fui passando. Já estava acostumada a toda essa bagunça. Braços frios, braços quentes. E braços em temperatura normal quando cheguei em Nessie.
— Que saudade. - Nessie falou animada. - Tenho tanta coisa para te contar. É tão ruim falar pelo celular.
— Vira Nova-iorquina. - Debochei e ela riu.
— Não. Não há nada melhor que aqui. - Bufei.
— Em outras palavras, nenhum lugar no mundo é melhor que os braços de Jacob Black. - Ela acertou um tapa no meu braço me fazendo gargalhar.
— Hey, quem é o carinha. Namorado novo? - Lancei um olhar por cima do ombro para Cam que estava conversando com Vô Carlisle e tio Edward.
— Ele é sobrinho da Luana. Queria ver a Amanda.
— Ela vai chegar em breve. Essa casa ta que não cabe mais ninguém de tão cheia. - Sorriu animada.
Abracei Sarah que estava uma bola.
— Como está?
— Caminhando igual um pinguim, não vejo meus pés há dias e vou no banheiro de 5 em 5 minutos, mas fora isso estou bem. - Sorriu me fazendo rir.
Embry apareceu com Amanda, Quill, Claire, Seth, Camille e as crianças. Foi uma gritaria de crianças, logo já estavam todas correndo na rua. Alguns com crescimento avançado, outras com crescimento normal.
— Olha só. A Tampinha ta grande hein? - Seth me ergueu do chão.
— Você é muito idiota, tio Seth. - Resmunguei indo abraçar os outros.
Era estranho chamá-los de vôs, tios e primos. Todos pareciam ter a minha idade.
Nessie, Claire e eu saímos da mansão e seguimos para o rio para podermos conversar longe de todas aquelas audições avançadas.
— Então me diz. - Nessie falou. - Você e o cara...
— O nome dele é Cam. E... Não ta rolando nada. Somos só amigos. Conhecidos na verdade. Não faz uma semana que ele chegou em Nova Iorque.
— Ah, conta outra. Cada vez que um homem te abraçava ele ficava olhando. - Riu. - Mal sabe ele que você é a única encalhada daqui.
— Não tive a sorte de nascer com um lobo sofrendo imprinting comigo. - Devolvi de mau humor. - E você, Claire? Como vão as coisas?
— Bem. Quill e eu estamos pensando em morar juntos. Agora que Ethan esta grande quero liberar o quarto dele. A casa está mais vazia também por que todos do bando do tio Sam pararam de se transformar. Ele passou tudo para o Jake.
— Quantos anos Ethan está?
— 15 anos, acredita? Aquele pirralho já está com essa idade. E correndo atrás da Leah. - Riu. - Foi bom Leah ter encontrado o imprinting dela. As coisas se ajeitaram. E tia Emily está feliz de ter a prima de volta.
Conversamos mais um pouco e depois voltamos para a mansão. Foi bom passar os dias com eles, meus pais chegaram no dia em que Sarah deu a luz. Era mais uma menina para a família. Alexia.
— Vamos para La Push. - Nessie parou na porta do quarto encontrando mamãe e eu sentadas na cama conversando. - Oi, tia Lizzie.
— Oi meu amor. Se cuidem com aqueles penhascos. - Nessie assentiu.
— Sim. Mas vai estar tranquilo.
— Vou só colocar uma roupa. - Eu tinha acabado de tomar banho e ainda estava de roupão.
Vesti um short jeans marrom com a barra desfiada, um top preto normal e calcei um chinelo. Nessie e eu descemos as escadas correndo. Parei no último degrau encontrando Amanda, Embry, Camille, Seth, Quill, Claire, Jacob, Calleb, Allany e Cam. Todos prontos para ir para La Push. Vó Esme ia ficar com as crianças.
— Tia Lizzie, você não quer vir junto? - Nessie perguntou virando para o alto das escadas.
— Ah... Não. Vou deixar vocês se divertirem. - Lançou um olhar para tio Calleb que assentiu.
Um claro sinal de você cuida dela, que eu cuido das crianças.
— Então vamos. - Jake falou.
Saímos para a rua e Embry, Quill, Jake, Allany e Seth foram para a floresta se transformar. Claro que Allany seguiu para um lado e os meninos para outro. Logo eles voltaram na forma de lobo. Cam ao meu lado ergueu as sobrancelhas impressionado.
— Diferente? - Perguntei e ele assentiu.
— Interessante. E é passado de pai para filho?
— Às vezes sim, as vezes não. Falharam umas duas gerações até eles se transformarem, mas como são todos mestiços acredito que logo teremos mais uns lobinhos no bando. E conviver com os vampiros ajuda na transformação.
— Bem interessante.
— Como vamos fazer? - Nessie perguntou depois de montar em Jake.
Ela observou Claire montar em Quill, Amanda montar em Embry e Camille montar em Seth.
Estava sobrando para alguém montar em Allany e Calleb carregar outra pessoa. Se Cam não estivesse ali, tio Calleb poderia me carregar.
— Cam e eu vamos de carro. - Falei. - Mamãe empresta o impala.
— Você sabe o caminho? - Tio Calleb perguntou.
— Sim. Nos vemos daqui a pouco.
Eles assentiram e saíram correndo, ficando somente Calleb e Allany. A lobo empurrou o vampiro para a floresta.
Fiz a volta e entrei na garagem, entrei no impala e o liguei. Cam parou um segundo observando o carro depois entrou.
— Pode me contar a história?
— Do que?
— Do pessoal daqui. Só sei o que ouço falar por ai.
— Hum... Claro. Temos uma hora de viagem de carro até chegar lá.
— Eu poderia ter ficado para trás.
— Até parece. Você vai perder a diversão. E eles não vão começar a se divertir sem nós.
Enquanto dirigia para La Push contei a história dos frios e dos Quileutes. Ele prestou atenção em cada palavra. Eu já tinha escutado as lendas em muitas das fogueiras que acompanhei Nessie.
— Então o nascimento da sua prima acabou ligando as raças?
— Sim. E ai deixaram as diferenças de lado e começaram a conviver juntos. Claro que alguns lobos ainda tem certo receio, mas já estão acostumados com a minha família daqui. A família de Nova Iorque é um caso à parte.
— Eles se alimentam de sangue e carne humana.
— Sim. Tudo que vai contra os instintos dos Quileutes. Amanda teve que aprender a se alimentar de animais quando veio morar aqui. Assim como tio Alec.
— Alec era um Volturi né?
— Sim. Largou a guarda para ficar com os Cullen. No fundo foi para ficar com Sarah, ele só não entendia na época. Pelo menos é isso que minha mãe conta.
— Como é viver assim?
— No meio de tudo isso? - Lancei um olhar para ele que assentiu. - Sou completamente feliz. - Sorri. - Me sinto sortuda por nascer nessa família.
— E não é estranho conviver 17 anos com uma família que bebe sangue animal e agora morar com outra que se alimenta de sangue humano?
— É. Mas cada um vive a vida que quer. Não posso ir contra a natureza deles e impor algo.
Mark comia carne animal crua e Luke bebia sangue roubado de hospitais nas refeições. É claro que eles matavam humanos. Mas respeitavam minha presença.
Já sabia que tinha que lidar com isso quando decidi morar lá, pensei que seria difícil. Mas eles respeitavam minha presença e eu ignorava seus atos. E assim vivíamos em paz.
Estacionei perto da praia e descemos. Estavam todos nos esperando. Seguimos para o penhasco. Foi uma longa caminhada até o topo, mas nos divertimos bastante.
Os lobos foram os primeiros a pular quando chegamos. Sorri antes de correr e saltar. Foram segundos e meu corpo atingiu a água. Cam pulou depois de Calleb.
Quando chegamos a praia ele sorriu.
— Incrível.
— Em todo seu tempo de vida nunca fez algo parecido?
— Você fala como se eu fosse um velho centenário. - Riu. - Tenho 18 anos.
— Achei que já fosse imortal a mais tempo.
— Não. - Balançou a cabeça e riu de novo. - Vamos de novo? - Apontou para a trilha onde os outros estavam seguindo.
— Claro. - Vi Camille saltar do penhasco sendo seguida de Quill com Claire agarrada nele.
Claire estava indecisa sobre ser humana ou ser uma imortal. Teve um grande debate entre os Quileutes que aceitaram a decisão dela. E Quill disse que apoiaria ela em todas as decisões - a de ter uma vida humana ou ter uma eternidade ao lado dele.
Pelos seus pensamentos ela queria ter uma eternidade. Mas tinha a grande certeza que veria todos que amava morrer, sua família e grande parte dos seus amigos.
Nessie e eu nunca interferimos em suas escolhas. Ela tinha que decidir o que quisesse ser.
Cam pulou primeiro desta vez e tio Calleb aproveitou para se aproximar de mim.
— Está apaixonada por ele, não é? - Ergui as sobrancelhas o encarando.
— Da onde tirou isso?
— Fhany, tenho mais de um século de idade, acha mesmo que não sei quando duas pessoas estão apaixonadas? Te conheço desde que nasceu tampinha.
— Você e Seth tem que parar de me chamar de tampinha. É constrangedor. - Riu bagunçando meu cabelos. - E as pessoas tem que parar de fazer isso. - Arrumei meus cabelos.
— Está apaixonada ou não?
— Não sei.
— Você sabe que imortais se apaixonam à primeira vista não é?
— Sim, mamãe falou. Ela se apaixonou por meu pai assim que tocou seus dedos na biblioteca quando ambos foram pegar um livro, quando seus olhos se encontraram pela primeira vez. - Assentiu.
— Alice previu que você encontraria um imortal para você. E ele já sabe que você é a alma gêmea dele. Você só precisa entender seus sentimentos agora.
— Está me dando conselhos amorosos? Você?
— Qual o problema com isso?
— Achei que você teria uma crise de ciúmes.
— Quando Alice previu isso há 6 anos tivemos uma crise de ciúme, seu pai e eu. Mas você cresceu. Tem que viver sua vida. Tem a eternidade pela frente. Ele é um bom rapaz. - Sorriu. - Do contrário já estaria morto. - E com isso correu e se jogou do penhasco.
Quando os outros retornaram ao penhasco eu ainda estava pensando sobre o que Tio Calleb tinha falado. Lancei um olhar para Cam que conversava alegremente com Amanda e Embry.
— Fhany? Vamos. - Amanda chamou. - Está bem?
— Sim. - Respondi sorrindo para ela.
— Serena, como está? Faz dias que não falo com ela.
— Está feliz. E estudando bastante. - Respondi.
— Mas ainda está preocupada sobre sua fertilidade?
— Já disse que nem tudo na vida é ter filhos.
— E o que ela respondeu.
— Não. O melhor é fazer. - Fiquei vermelha e ela riu.
— Bem a cara dela. Mas é verdade. Algumas pessoas são férteis demais. - Lançou um olhar para Allany que estava beijando Calleb e riu me encarando.
— Sim. - Acabei rindo. - Vamos? - Assentiu antes de saltar.
Saltei logo depois.
Quando resolvemos voltar Ja estava anoitecendo. Tínhamos que arrumar as coisas e voltar para Nova Iorque de noite. Cam me seguiu para o carro enquanto todos iam embora.
— Sua mãe não vai se incomodar por estarmos molhados?
— Não. Se tem uma coisa que minha mãe ama, é a água. Ela era surfista profissional.
— Sério?
— Sim. Aprendi umas coisas com ela. Também era uma bailarina incrível. E toca piano muito bem.
— Todos falam que ela é uma mulher incrível.
— É. - Sorri.
— Você também é. - Encarei seus olhos azuis.
— Obrigada. Cam... Você...
— Sim, estou apaixonado por você desde que a vi passar no corredor quando estava indo para o meu quarto.
— Cam, eu não sei... Não entendo muito isso. Mas... Gosto de você. - Sorriu.
— Ja é o começo. - Então quando me dei conta seus lábios estavam nos meus.
Demorei segundos para corresponder ao beijo, mas correspondi. Seu corpo apertou o meu contra o carro e sua mão agarrou minha nuca de forma possessiva. A timidez tinha ficado de lado. E ele sabia muito bem o que estava fazendo.
Seus lábios se afastaram em busca de ar e seus olhos encontraram os meus. Se eu tinha dúvida antes, agora eu tinha certeza.
— Sim, é o começo. - Sussurrei antes de beija-lo.
Era a minha vez de ter uma história de amor.


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Notas finais do capítulo

N.B.: O que dizer sobre isso? Eu amei, fiquei ansiosa quando me contou sobre a ideia e na verdade ainda estou ansiosa, conte-me mais sobre esses dois, por favor?! Amiga, como sempre você vem arrasando e me tomba. Gente, cada referência, cada detalhe, aaaaah, isso me encantou mais ainda. Totalmente na verdade. Você foi demais e tocou no fundo do meu coração. Eu AMEI. Parabéns. Fhany Malfoy!
N.A.: Tudo depende da minha mente maluca, você sabe muito bem como essa historia simplesmente veio a minha mente e eu tive que escrever. Então talvez algum dia eu escreva mais, ou não. Fico imensamente feliz que tenha gostado de Fhany e Cam (homenagem ao Cam de Fallen que é um personagem que você ama). Obrigada a você e a todos. BJS CM.



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