A New Order escrita por TiiaMeddy


Capítulo 23
Extra de Halloween: O Torneio EAT


Notas iniciais do capítulo

Extra de Halloween genérico apenas para tapar o buraco do planejamento-
Mas felizmente pude acrescentar algumas coisas que poderão ser importantes para a história, então espero que gostem~
Amanhã sairá normalmente o capítulo de Novembro c:



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Ao retornarem para Death City, Oliver trancou-se em seu quarto. Não desejava ver qualquer alma viva, seus amigos preocupados não conseguindo passar da porta, por mais que insistissem. Por pedido de sua parceira, Erwin e Kise frequentemente visitavam a dupla, deixando comida para Oliver encostada em sua porta e tentando convencê-lo a sair, esta sendo recolhida quando ele não mais ouvia vozes. Descobrir que tudo o que viveu até o momento foi uma brincadeira daquelas que deveriam ser suas aliadas foi um grande choque para ele, e era compreensível Oliver não saber mais em quem confiar. Experimentava na pele tudo o que artesãos e armas antigos sofriam em épocas anteriores.

Poucos dias se passaram desde então, Oliver nem ao menos indo para a Shibusen. Erin contou sua situação para o Shinigami-sama, com a esperança de que ele pudesse ajuda-la, mas ele nada podia fazer. Mesmo possuindo a “Insanidade da Ordem”, Kid fez a escolha de nunca a usar assim como seu pai, pois confiava nos humanos e bruxas. As mãos da artesã estavam atadas, e pensava seriamente em tentar lançar um Kise na forma de arma pela janela de seu parceiro para saber se ao menos dessa forma ele conseguiria ao menos falar com Oliver.

Com isso, o humor da garota piorava mais e mais, nem mesmo a proximidade do Halloween a animando. O Shinigami-sama abrira o desafio de lutas para aqueles que chegaram à segunda fase do exame de admissão da classe EAT, era uma chance de ouro de participar e encontrar adversários fortes que, com sorte, poderiam ser um bom desafio para ela. Mas do que adiantaria entrar sem seu parceiro? Oliver não era apenas um objeto para ela balançar de um lado para o outro e fazer engolir almas brilhantes, era óbvio que ambos já possuíam uma forte ligação.

Embora ela fosse ainda mais distante que ele.

De alguma forma, Erin sentia que aqueles dias onde Oliver nem ao menos dava sinal de vida eram uma espécie de karma. E agora poderiam ser alunos EAT, precisariam da confiança um no outro mais que qualquer outra coisa, e isso a preocupava, corroendo-a por dentro mais que seu parceiro imaginava. Afinal, ainda fazia o papel de artesã idiota que apenas se importa com comida e batalhas, não?

Erin também reparava que, após seu retorno, boa parte do corpo docente da Shibusen a encarava de outra forma, e o pânico que Hito sentiu quando a viu pela primeira vez retornava agora a cada encontro com a garota. Sabia que a causa era sua nova cicatriz. Não que ela a envergonhasse, muito pelo contrário, possuía muito orgulho de cada um dos remendos de seu corpo. E ela sabia o motivo de tanta desconfiança. Afinal, assim como Akira, sabia boa parte da história da Shibusen de antes da guerra. E agora também Tamura. Ela e seu parceiro Leif haviam se juntado a eles já que a garota agora andava com o Star do meio. Como os gêmeos foram rapidamente para a classe EAT, já se tornaram muito íntimos da dupla, também se aproximando de Kise e Illyia.

Mas Erin parecia alheia a cada um dos empolgantes assuntos do trio que agora estava nas aulas avançadas, tão deprimida quanto Kise por não ouvir a tantos dias a voz desesperada da foice dupla. Erwin sentia bem a clara linha invisível cortando o grupo em que era arrastado em dois.

 

—E então, Erin? Vai vir conosco? – Tsuki passa a mão pelo ombro da artesã, sorrindo abertamente como sempre.

—Eh? Desculpe, não ouvi. O que foi? – Era estranho vê-la forçar um sorriso, mas infelizmente era o que podia fazer no momento.

—Precisamos de mais um para fechar o nosso time pro torneio de Halloween! Por favor, Erin! Você é nossa única esperança! Sabemos que está chateada pelo que houve com Oliver, mas isso pode te ajudar a te animar um pouco...

—Por que não pediu ao Erwin?

—Ele se ofereceu para cuidar do Hito-sensei enquanto Maka-sensei precisaria sair em uma missão diplomática, o que é uma desculpa ridícula já que ela voltaria antes do torneio, e Masamune já está em outra equipe. Fora que os parceiros dele estão ocupados com “problemas de família”. Akira não vai poder participar porque ainda não sabem o que uma Youtou sem artesão pode fazer. Illyia se recusa a entrar em nosso time também, e não vamos pedir aos certinhos filhos do diretor.

—Eu... vou pensar, ok, Tsuki? – Ela ri, despedindo-se do grupo e voltando pra casa.

 

E como era de se esperar, Oliver ainda estava no quarto.

Como todos os dias desde então, Erin encosta-se na porta do parceiro, contando o que houve na Shibusen e o passando o assunto do dia por baixo da porta. Mesmo que não houvesse resposta, pensava que aquilo poderia ajudar Oliver de alguma forma. Estava tão perdida como qualquer outro sobre a situação dele, mas não desistiria tão facilmente de ver ele ao seu lado de volta naqueles corredores.

 

—Continuam me olhando estranho por causa da minha cicatriz nova. Só espero que não achem que sou aquele ex-artesão das histórias disfarçado como uma garota colegial. – Ela ri sozinha, voltando em seguida ao semblante entristecido. – E... Tsuki me chamou para o time dela e LianYu do torneio da Shibusen de depois de amanhã. Acho que vou acabar indo, você diria o mesmo... preciso continuar por nós dois, não? Mas queria que você fosse nos ver. Não precisaria ir como minha arma, se estivesse na plateia nos vendo... esquece, não acho que esteja no estado de ver outras pessoas no momento, certo? – A garota se levanta, deixando uma pequena caixa ao lado da porta, como frequentemente fazia. – E olha só, no caminho de volta achei um lugar que faz aquele biscoito frito alemão que você gosta tanto. Espero que isso te ajude... estarei no meu quarto se precisar, ok, Oliver? E mais tarde Kise vai vir aqui, então por favor... se não confia em mim, ao menos tente falar qualquer coisa pra ele...

 

Erin já estava se afastando da porta quando ouve o clique metálico da porta de seu parceiro. Ele estava realmente lamentável, parecia que não dormia a dias, os olhos inchados e com fortes olheiras. Não conseguia ver bem o quarto escuro, na verdade não queria prestar atenção naquilo, apenas lançou-se nele como se Oliver tivesse passado décadas longe viajando, findando por derrubá-lo junto. O abraço de quebrar ossos da baixinha era quase uma tortura para ele, mas suportaria dessa vez, já que sabia que a havia preocupado. Murmurava alguns pedidos de desculpa devidamente ignorados pela albina, mas ela sabia que aquele era apenas um pequeno passo dado por ele. Imediatamente o puxou para o sofá, o entregando a caixa de schneeballen para ele.

Mesmo saindo, Oliver ainda não parecia querer falar sobre o incidente, e por mais que a garota fosse extremamente intrometida quando quisesse, o moreno via o profundo respeito dela por não o pressionar, sentindo em sua alma que ela o ouviria quando estivesse pronto. A princípio, tentaria voltar a sua antiga rotina, assim relembrando que na Shibusen haviam pessoas que ele poderia entregar a própria vida sem hesitar. Entre elas, a baixinha que após pouco mais de uma semana finalmente esboçava um sorriso verdadeiramente feliz.


******

 

No dia seguinte, Erin agia como uma segurança particular de Oliver, protegendo-o de qualquer um que se aproximasse. Bem, com exceção de um Kise que dispara como um torpedo em sua direção desde o dia anterior. O albino mais velho parecia ainda mais grudado no colega, não apenas pelo tempo de sumiço de Oliver, mas porque Kise voltaria para o Japão no dia seguinte. Nada demais, apenas passar um tempo com a família, como dias antes de conhecer Oliver, este sendo um dos motivos de Kise ter se juntado a Illyia e negado ao pedido de Tsuki e LianYu. Mas isso era uma coisa boa: com Oliver saindo, as garotas poderiam completar o trio e participar do torneio de halloween.

Erin aceita, mas deixa claro que não usaria Oliver. Sabia que seu parceiro não estava em condições de lutar, então agiria sozinha ao menos dessa vez, tendo ele como sua torcida. Claro, não iria lutar desarmada, mas não usaria uma arma demoníaca. Isso tiraria parte de sua força, mas esperava que Ártemis e LianYu a cobrissem.

O dia correu de uma forma estranhamente tranquila, conhecendo o histórico da garota ao seu lado. Com exceção das aulas, Kise ficou ao lado de Oliver o dia inteiro, Erwin completando o trio enquanto a albina lhes servia como “gato de guarda”. Ao saírem da Shibusen, o grupo se separou: as garotas indo ao Death Bazaar encontrar uma boa arma para Erin enquanto o trio de rapazes seguia para a casa da família Star com Akira. Não seria uma tarefa difícil, ao menos uma a cada cinco barraquinhas do bazar vendiam armas brancas em boas condições, mas a grande maioria eram katanas e tipos variados de facas. E nenhuma delas parecia agradar a garota.

Então, o par de mechas em seu cabelo erguem-se com o estranho formato de orelhas de gato, a garota adentrando o mundaréu de gente rapidamente. O quarteto ia logo atrás, temendo perder a garota em um dos piores locais possíveis, mas felizmente a encontraram em frente a um grande lençol estendido no chão, abraçando um par de garotas de cabelos tão brancos quanto os dela poucos centímetros mais baixas que a artesã. Eram idênticas, com exceção de seus penteados: uma dela de cabelos soltos e rebeldes penteados para trás, e a outra de franja e presos em um par de rabos de cavalo baixos lançados para frente do corpo. Ambas usavam um kimono largo e preto com imagens de flocos de neve e alguns Lycoris radiata¹.

Enquanto Erin ainda estava abraçada à de cabelos rebeldes, a outra entoa poucas palavras magicas abrindo um portal acima do largo lençol, uma pilha inimaginável dos mais variados objetos sendo transportados para ele. Mesmo sem saber de onde a albina conhecia o par de bruxas e tendo essa dúvida martelando em sua mente, o grupo ficou calado, apenas as observando.

 

—Onde estava esse tempo todo? Não nos chamou desde aquele dia! – A de cabelos rebeldes prossegue.

—Desculpe Hanako, estava ocupada com os testes pra EAT. – Ela ri, virando-se para a outra. – Você e Hanami estão encontrando muitos trabalhos?

—Mais ou menos... quase ninguém envia cartas esse século. Levamos mais encomendas urgentes e as suas. Então eu e Hanami vamos começar a vir pro Bazaar, já que temos um monte de treco guardado por séculos lá em casa. Deve valer algo aqui, ne?

—Alguns separei para negociarmos com museus, o que tem aqui é mais coisa inútil e bonita. E talvez algo que interesse a Shibusen. Oh, eu nem lembrava disso. – Hanami ergue um pequeno caderno, repleto de nomes de mulheres em letra cursiva. – Essa não é uma das evidências do caso Bathory?

—Eu compro! – Erin ergue a mão imediatamente, recolhendo o caderno e pagando a uma das irmãs coruja, pondo-o na bolsa após abraça-lo por poucos segundos. – Falando nisso, vocês não tem nenhuma arma boa? Talvez mágica?

—Hmm... não sei... – Hanako encara a grande pilha. – Mas sinta-se livre pra procurar, ainda não arrumamos tudo então pode ser que ache algo bom.

—Ok! Ártemis, Tsuki, Lian, Erika, me ajudem!

—Eh? – O quarteto que antes apenas observava solta uma breve exclamação de dúvida, pouco a pouco unindo-se a ela nas buscas.

 

De fato, havia bastante coisa interessante em meio às “coisas inúteis e bonitas” de Hanako e Hanami. Joias de séculos atrás, moedas antigas, roupas preservadas em perfeito estado, equipamentos cirúrgicos, diários bruxos, esboços de artistas e escritores famosos... um pouco de tudo, literalmente. Sentiam que se ficassem lá muito tempo acabariam gastando os duzentos dólares semanais, então precisavam logo encontrar uma arma para a garota.

Então, Erika encontra uma pequena caixa de vidro no fundo de uma caixa de joias, achando curioso aquele pequeno objeto. Tratava-se de um bisturi tão negro quanto os cabelos de sua amada, cercado de amuletos na escrita bruxa, a lâmina ainda afiada e sua ponta inferior tomando a forma de uma pequena seta. Chamou a atenção das irmãs que arrumavam um dos lados de sua pilha de objetos, Hanami surpresa por ver o que ela tinha em mãos.

 

—Eu pensei que não teríamos algo nesse tipo aqui.

—Eu peguei. – Hanako segue. – Isso é de antes da guerra. Um bisturi mágico criado por uma bruxa.

—Ele pode assumir a forma de uma foice se o usuário projetar sua alma nele, mas está guardado a tanto tempo que deve ser terrivelmente instável. Você poderia perder a mão tentando usá-lo.

—Então é basicamente uma bomba? – Erin prossegue, já tendo se aproximado para encarar o instrumento nas mãos de Erika. Com o comentário da artesã albina, ela a entrega a caixa de vidro, resultando em um riso vindo da remendada.

—Basicamente isso. Com os amuletos é inofensivo, mas se os retirar pode ser potencialmente perigoso.

—Conhecem a bruxa que o criou? – Ambas as irmãs acenam positivamente, encarando Tsuki. – Onde ela está então? Podemos pedir pra ela fazer um novo pra Erin. Seria bastante útil.

—Impossível. – Ambas as irmãs a respondem. – Ela é uma traidora da Ordem do Shinigami, as mataria.

—Conseguiriam convencê-la a criar um novo para ela então? – LianYu dessa vez. – Bem, não acho que conseguiremos algo mais perfeito pra Erin.

 

Ambas as irmãs se encaram, indo de uma a outra a cada uma das garotas presentes, parando em Erin com os olhos direcionados a bomba de aparência inofensiva dentro de uma caixa de vidro. Ela então guarda novamente onde Erika havia encontrado, acreditando ser um lugar seguro, confusa por ver o par de olhos a encarando.

 

—Pra quando vão precisar? – Hanami as pergunta.

—Domingo.

—Não prometemos nada, então recomendo procurarem uma segunda opção de arma. Mas se a Shibusen desconfiar de algo, digo desde já que somos bruxas independentes que prezam o sigilo de nossos clientes. Somos apenas mensageiras, não informantes. Então digam que encontraram durante a missão da classe EAT. Aqui parece ser um bom ponto para conseguirmos uma renda extra então se nos descobrirem juro que irei bicar seus rostos todas as noites.

—Mas isso...

—Feito! – Ártemis é interrompida por Erin, ela apertando a mão da pequena coruja em sua frente. – Quando conseguirem passem lá em casa, ok?
            -Sem problemas, Erin. Aproveitando, tem algo que quer enviar?
            -Acho que sim, mas estaria em casa então não posso entregar.

—Eu vou lá quando terminarmos! – Hanako ergue o braço.

—Feito então. Até mais! Boas vendas pra vocês!

 

Com isso, o grupo se divide, Erin comprando uma pequena adaga a caminho de casa em um dos últimos vendedores do Bazaar. Como prometido, Hanako aparece na janela de seu quarto horas depois na forma animal, uma coruja das neves. Trazia boas novas, conseguiram vender quase toda aquela tralha que se acumulava em sua casa, planejando abrir com a irmã uma loja fixa se as vendas continuassem dessa forma. Como viajavam o mundo inteiro fazendo entregas, encontrar um estoque não seria tão difícil.

 

—Isso é ótimo, Hanako! – Erin a entrega o pacote. Não possuía endereço algum, mas sua mensageira sabia bem onde entregar. – Mande um “oi” pra todos por mim, ok?

—Claro! Mais algo? – Mesmo que uma coruja não possuísse sobrancelhas, Erin sabia que ela ergueria uma delas se estivesse na forma humana.

—Bem, acho que você já esperava por isso, mas cancele o pedido de mais cedo. Eu só precisava de uma desculpa pra usá-la.

—Ainda bem, pensamos que havia perdido a sua. Ela ficaria bem chateada.

—É meu tesouro, eu não perderia tão facilmente! – Erin ri. – Se der, gostaria que viessem me ver no torneio domingo.

—Vou tentar!


******

 

O domingo chegara rapidamente, o quinteto completamente motivado e pronto para a batalha se preparando junto aos demais, alunos NOT e EAT misturados entre eles. Obviamente, comentários sobre elas não lhes passaram despercebidos. Afinal, se tratava de uma Star que havia derrotado o usuário de mugen ittoryu, a beldade que foi a segunda a retornar da primeira fase e a louca que rolou escada abaixo e possuía mais cicatrizes que o antigo professor traidor da Shibusen. Claramente, a única que não tinha boa fama era Erin. Mas ela estava pouco se fodendo pra isso, prendendo a bainha da adaga recém comprada na perna direita.

Pouco depois, Tamura veio as cumprimentar. Estava no time de Masamune, junto a Nathan, este último praticamente obrigado pelos dois anteriores a fechar o time. A desejando boa sorte, esperava enfrenta-las quando a maioria dos participantes tivesse beijado o chão, garantindo uma aliada nos primeiros momentos enquanto os despreparados caíssem.

Então são chamados, indo a uma espécie de coliseu montado todos os anos unicamente para esta ocasião. A plateia estava cheia, Erin fracassando tanto em procurar Oliver e as irmãs corujas como em procurar suas almas. Mas, de fato, estavam lá, seu parceiro inclusive fazendo uma chamada de vídeo para que Kise também assistisse. Kid então explica as regras, que em resumo, se tratava de um Battle Royale. A última equipe a ficar de pé venceria, ganhando acesso liberado da biblioteca até o primeiro dia de janeiro, além de um belo prêmio em dinheiro, sendo o real motivo para a maior parte de seus participantes estarem presentes.

Com um disparo de Patty, iniciam. E, como esperado, boa parte dos NOT caem primeiro, alvos de seus senpais e companheiros de outras classes NOT. LianYu, por exemplo, almejava sem piedade os alunos mais fracos, sua mira impecável adicionada à velocidade de Erika derrubando os desavisados um a um. Ártemis também, usando o “Speed Star” ao seu favor graças a forma ninjato de sua parceira, técnica aprendida em um dos diversos treinos ao lado da família de Tsuki. Seguia perfeitamente os caminhos de um assassino, nocauteando-os sem ser vista.

Ao contrário do que esperavam da idiota briguenta da NOT, sendo alvo de diversos outros exatamente por isso, Erin se prova pela primeira vez publicamente um prodígio no combate corpo a corpo assim como Ártemis. Mesmo portando uma arma comum, estava indo bem, alguns temendo o quanto ela poderia evoluir se portasse uma arma demoníaca em todas as suas lutas. Na realidade, a adaga era mais usada para bloquear os ataques, a garota os nocauteando com ataques físicos ou projeções de alma. Kid estava impressionado vendo aquele grupo em particular, agradecendo por não apostar com Free a admissão daquela garota na EAT. De fato, já estava garantida. Via que tanto ele como Kilik e Mifune estavam orgulhosos de suas garotas, torcendo por elas até Lian e Erin serem as únicas NOT de pé. Sim, após o exame, Nathan retornou à sua classe na EAT, visto que fracassara em se aproximar da garota, mas ainda a vigiava de longe.

Como prometido, Tamura os auxiliara, girando com facilidade a enorme claymore com seu pequeno corpo, parecendo um grande peão altamente perigoso. Nathan fazia o mesmo com sua parceira, finalmente tendo um pouco de ação após o início da missão dada por seu pai. Masamune, como esperado do Star mais velho, também demonstrava a mesma facilidade de seus companheiros de equipe, porém o fazia de uma forma mais coreografada, toda aquela batalha que se estendia a quase uma hora para ele parecendo mais uma calma dança com seu namorado.

Em determinado momento, a adaga já não servia de muita coisa, então Erin puxa sua arma secreta, fazendo todo o corpo docente da Shibusen assumir uma expressão de completo choque. Em especial Maka. Das faíscas de sua mão esquerda, a direita guardando a antiga arma em mãos, se estendem “fitas” negras serpenteando até se formar um cabo, as restantes unindo-se a uma ponta e criando uma lâmina de foice. Uma foice simples, não como Oliver, mas seria o suficiente. Por um momento, jurou ter visto Maka em meio a multidão, se retirando de seu lugar, mas seria impossível. Não achara nem mesmo Oliver, por que Maka seria a primeira? Voltou seu foco para os que ainda restavam, desejando e aguentando mais, não sabendo se devido à adrenalina ou sua real energia sobre-humana.

Porém, por um descuido, a primeira daquele grupo vai ao chão, Ártemis sendo derrubada por Nathan, a plateia se tornando mais animada naquele instante. Restava Erin, Masamune, o próprio Nathan, Tamura, LianYu e mais uns cinco outros. Naquele ponto, a família Star inteira podia ser ouvida de qualquer ponto do enorme coliseu, Tamura e Masamune acenando para eles, e pouco depois, Ártemis e Tsuki se unem a eles, torcendo pelo Star mais velho e pela nova namorada de Akira, claro, além dos outros membros de seus times. Com a distração causada pelos Star, LianYu vinga sua companheira caída, acertando um tiro potente na testa de Nathan. Não o matara, mas foi o suficiente para nocautear o próprio filho do Shinigami. Com isso, morena e albina se cumprimentam com um “high five”, almejando os demais membros da equipe de Masamune. Finalmente Erin teria a revanche com o Star.


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Notas finais do capítulo

1 - Lycoris radiata: Higanbana ou Lírio-aranha (Red Spider Lily). Uma flor venenosa considerada símbolo do Equinócio do Outono no Japão. É tradicionalmente associado com a morte na sociedade japonesa. As folhas e a flor nunca aparecem ao mesmo tempo, e com isso, também dizem que a flor representa dois amantes apaixonados que devido às circunstâncias precisam viver separados. Também significa a dor da perda e da saudade, como também pode representar a morte, mas não sentido pejorativo da palavra e sim no sentido de transição para uma nova vida. O nome cientifico apenas está no texto porque me acostumei a chamá-las assim por culpa de Kuroshitsuji-
Fonte: https://www.japaoemfoco.com/higanbana-e-sua-simbologia-no-japao/



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