Geisterfahrer - a Menina do Tempo escrita por seethehalo
Notas iniciais do capítulo
E o Nyah vai tirar o apóstrofo do "I'm" que eu sei. u.u
Er, esqueci de postar na sexta; cheguei do serviço exausta, dormi e só entrei um pouquinho no horário político.
E ontem eu fiquei 5 horas no pc, mas fiquei só matando a saudade do twitter e completamente absorvida com o HTML do meu blog.
Anyway, tá aí (apesar de saber que não tem ninguém sentindo falta)
Só fale bem de você
E se destrua
Você esbarrou num muro
Agora trate de dar a volta
Bem, qual é o problema?
Você tem muita força
Então o que você acha que eu diria?
Você não pode fugir,Você não pode fugir
Então o que você acha que eu diria?
Você não pode fugir,Você não pode fugir
Você não faria isso...
For A Pessimist, I'm Pretty Optimist - Paramore
*-*-*-*-*
- Puta que pariu! – balbuciei enquanto amassava o papel e me sentava, completamente em choque com o que acabara de ler.
É. O Tom tinha razão, afinal.
Mas eu não deixo de me culpar; eu me embebedei sozinha.
- O que foi? – Bill me perguntou ao perceber minha tensão.
- Nada não – respondi enquanto metia o bilhete no bolso.
Passei o dia me coçando de nervoso. Tentando disfarçar, mas não sei se deu certo. Não tive coragem de contar ao Tom, então manti o fato em segredo. Inútil. Novo bilhete apareceu na minha mesa na quarta – primeira aula, Francês, junto com o Tom. Não acredito que aquela vaca entrou aqui só pra deixar o papelzinho, que dizia:
“Qual dos Kaulitz vai gostar mais da sua historinha? Ah, o Bill, NE. Era com o Tom que você tava falando daquele ‘filme’ de viagem no tempo, né?”
- Não... Você não teria essa empáfia. – pensei alto, fazendo com que Tom curiasse a respeito do meu devaneio.
- Quê isso? – perguntou já puxando o papel da minha mão. Leu o conteúdo e disse: - Quem te mandou isso? Sabine Putz, não é?
Ia responder, mas ele não deixou:
- Eu avisei. O que aconteceu no sábado, na festa que vocês foram?
- Ela me deu um comprimido pra dor de cabeça, depois eu comecei a beber... Acho que bebi muito, devo ter me embriagado, porque a próxima lembrança que eu tenho é de estar tomando suco de maracujá.
- Aposto que você falou mais do que devia enquanto estava grogue.
- Eu não tava grogue quando disse pra você que vou sumir no ar no ano que vem.
- Quem vai acreditar numa história sem pé nem cabeça que foi dita por uma garota bêbada?
- ISSO NÃO VEM AO CASO! Eu não fiz nada pra essa filha da puta e ela ta ameaçando contar o meu segredo pro Bill! VOCÊ TEM NOÇÃO?
- O Bill não ia acreditar nisso, tenho certeza.
- Mediante a uma acusação de que você pode confirmar tudo, ele acredita sim. E o fato de conseguirmos guardar esse segredo não significa que somos psicopatas capazes de omitir isso até a morte sem sentir o menor remorso. E diante disso, não duvide, ele cairia em cima de nós até soltarmos a língua. Não tenho proteção contra tortura psicológica, Tom.
- Aprenda a ter.
- Isso não é coisa que se consiga da noite pro dia! Aliás, deixa quieto, acabei de pensar numa coisa. Eu vou me afastar de vocês dois, pra dar a entender que eu não tô me intimidando.
- Você é que sabe.
Na quinta e na sexta, Bill e Tom não foram para a escola; depois vim a saber que era porque foram fazer uma sessão de fotos. Coisas promocionais do Show Business. A professora de História passou um trabalho que era para ser feito em dupla; como Bill estava ausente, para que não fosse prejudicado, apresentei-o como minha dupla.
Não chegou mais nenhum bilhete. Os dois dias em que os guris faltaram ajudaram pra eu começar a tomar distância – voltei a andar com Anne, Hana e Gabi. Esta última nos chamou para uma festa, no sábado, de uma outra garota que tinha se mudado há alguns meses para o seu condomínio.
Eu fui, já que não tinha nada marcado. Lá, Anne e Hana ficaram o tempo todo com Gabi e as outras meninas do condomínio, a quem já conheciam. Já eu me enturmei com duas outras, Jacqueline e Ina, amigas de uma prima de Hanneli Decker, a aniversariante.
Durante a conversa, soube que Jacque já esteve no Brasil e que, coincidência incrível, Ina conhece os Kaulitz! E foi impossível não ficar pasmada com o que ela me contou:
- Eu também moro na Dezessete – disse Jacque a respeito da rua onde residia -, como nunca nos vimos?
- Não saio muito; só passeio por dentro do prédio com a Brenda às vezes, e quase só vou pra escola, ou pra casa do Tom e do Bill, meus amigos – respondi.
- Tom e Bill? – Ina perguntou – Tom e Bill Kaulitz?
- Sim! Como sabe? Você os conhece?
- Se eu conheço? Já namorei com o Billzinho!
Senti uma pontada quando ela disse isso. Ciúme? Invejinha? Tratei de afastar esses pensamentos; por que, Deus, o que eu tenho a ver com o fato de ela ser ex do Bill?
- Não creio! – foi o que consegui dizer.
- É sério... Mas faz tempo que não os vejo. Como vão eles?
- Estão ótimos. Melhor impossível.
- Ainda têm aquela história de banda na cabeça?
- Sim.
- Terminei com o Bill no dia em que ele me contou que tinha se inscrito no Star Search. Que fiasco, meu Deus! Será que eles não entendem que isso é perda de tempo? Nunca vai dar certo! E mesmo que desse, duvido que alcançaria algum lugar muito além das fronteiras da Alemanha.
- Ina... Você não tem NOÇÃO do que tá dizendo.
- Por que não?
- Melhor deixar quieto.
- Então tá, qual é a desses dois, qual você já pegou e eles são gatos? – Jacque voltou à conversa.
Por que todo mundo acha que eu peguei o Bill ou o Tom?
- Eu não peguei nenhum deles – falei.
- Como não?! Jacque, gato é pouco pra descrever aqueles dói. Irmãos, gêmeos, deuses gregos! – disse Ina.
- Eles são meus amigos! – esclareci.
- Ah, qual é, vai dizer que você não tem nem uma vontadinha, um desejo oculto de dar uns pegas num dos dois? – Jacque provocou.
- Tá, eu já tive vontade.
- Bill ou Tom? – Ina punha pilha.
- Ainda tenho certa curiosidade em saber se... se...
- Fala, menina! – as duas disseram em uníssono.
- Tá, eu já quis pegar o Tom, pra saber por mim mesma se ele é tão bom quanto ele e o povo dizem. – EU DISSE ISSO MESMO? – Pronto, falei!
- Ok, se fosse o Billzinho eu até entenderia... Mas COMO ASSIM você não pegou o Tom AINDA?
- Ina, querida – falei-, não pense que é a única por aqui que já namorou um dos gêmeos. E eu já namorei com o Tom.
- COMO É QUE É?! Namorou com O TOM? – Ina estava chocada.
- Então você tava só escondendo o jogo?
- Basicamente – respondi a Jacque.
- Não pensei que o meu pseudo-namoro com Tom fosse me ser útil um dia, ainda mais pra contar vantagem, mas, nesse caso, foi. Prossegui conversando com as duas, até a hora em que me juntei a Anne e Hana para ir embora. Trocamos Skype e telefone, e Jacque me garantiu que qualquer dia desses apareceria lá em casa (como se a casa fosse minha) pra jogarmos mais papo fora.
O domingo e a segunda passaram sem que eu percebesse. Dois dias calmos e tranquilos de paz e descanso. Isso talvez para que eu estivesse com as baterias bem carregadas para o que me aguardava na terça – o que a escola inteira estava comentando, na saída, era que “o Tom Kaulitz e uns outros jogaram tinta no professor Backer”. Bill e eu torcíamos para que aquilo fosse só um boato, mas a demora de Tom em aparecer no portão de saída denunciou-nos que aquilo era um fato. Ficamos esperando, provavelmente ele estaria tendo na diretoria. Quando o dito apareceu, quase uma hora depois, trouxe consigo uma suspensão de três dias para si e uma para o Bill, de brinde. Inútil dizer que Bill ficou muito pau da vida com a arte do gêmeo de dreads.
- Você só pode ter uma ervilha no lugar do cérebro!! – Bill urrava – Olha que lindo; Tom, a ameba, apronta na escola, e Bill, o bode expiatório, paga o pato junto! Como é que eu vou explicar isso aqui pra mãe? Posso saber? PORRA, TOM, eu não tenho nada a ver com a sua acefalia e tenho que pagar pela merda que você faz? Muito obrigado!
- Não fui eu que pedi pra te darem suspensão!
- Mas você não tinha nada que ter inventado de dar um banho de tinta no Backer, seu imbecil!
- A idéia não foi só minha!
- Mas você participou, caralho, o que significa que você tem tanta culpa no cartório quanto os outros acéfalos que te ajudaram! E no fim das contas, quem sai na merda sou eu, QUE NADA TENHO A VER COM A SUA DEBILIDADE!
- Quer saber, Bill, agora já tá feito, não dá pra desfazer!
- Grande bosta! Pensasse nisso antes de fazer! E isso não é desculpa!
- Então que se foda! Se você quiser, eu falo com a mãe que você saiu de “bode expiatório”, falo pra ela ir lá na escola reclamar e você vai pra escola, nesses três dias, enquanto eu estarei gozando da minha cama quentinha! Você é quem sabe!
- Três dias faltando na escola não vai matar ninguém, Tom – entrei na discussão. – E não é com as faltas que o Bill tá preocupado. Você já parou pra pensar que, por causa da sua brincadeirinha idiota de hoje, era uma vez o processo pelo qual nós e a sua mãe estamos brigando, desde agosto, pra tentar colocar você de volta na nossa turma? Pensou nisso?
- Caralho, não tinha pensado nisso! – disse Tom colocando a mão na testa.
- Da próxima vez, pense nas conseqüências antes de sair inventando moda, tá legal? Tchau pra vocês. – completei e virei a rua, seguindo para o meu prédio.
POV BILL
Não disse mais nada o resto do caminho. Quando chegamos em casa, mamãe estava à nossa espera, já a par do que meu irmão tinha aprontado.
- E então? – ela perguntou quando entramos na cozinha – O que vocês tema a dizer em sua defesa?
- Vocês – resmunguei. – Eu fui suspenso de graça, quem fez a merda foi o Tom.
- Obrigado, querido irmão.
- Agora eu sou seu querido irmão? Já disse que não vou responder pela sua acefalia.
- Quietos, os dois! – mamis elevou a voz. – Eu já sei o que aconteceu, e quanto à suspensão eu não posso fazer nada.
- Ah, mãe – disse Tom, meio debochando -, você pode ir reclamar na escola pelo Bill ter sido suspenso. Ele quer acordar cedo e ir pra escola enquanto eu fico na minha cama quente.
- Mas você pode ter certeza de que não vai fazer isso! – ela vociferou – Durante os dias que ficar em casa, até domingo, o senhor vai acordar junto comigo para fazer algumas tarefas. Vai lavar a louça, arrumar as camas e dobrar as roupas. Bill, você está dispensado disso.
- Legal! – falei.
- E o único lugar aonde você vai é a padaria! E Bill, preciso que você permaneça em casa também.
- Hey, por que eu sou incluído no regime militar? Eu tenho um trabalho pra fazer com a Mari! – briguei.
- Peça-a que venha para cá. Preciso que você fiscalize o Tom, porque também estou confiscando os videogames!
- O quê?! – Tom gritou.
- É isso mesmo que você ouviu. Você acha muito bonito jogar tinta no professor? Então deve achar mais ainda o castigo! Estou indo trabalhar. Se comportem.
Cinco minutos depois que a mamis saiu, Tom acomodou-se no sofá a fim de ligar o videogame.
- O que você pensa que vai fazer, Tom? – perguntei.
- Jogar um pouco, ué.
- Que parte do “também estou confiscando os videogames” a sua ervilha, digo, cérebro não processou?
- Ah, qual é, você não vai ficar me fiscalizando mesmo, né?
- Olha bem pra mim e fala se eu tô com cara de quem tá brincando.
- Você não delataria seu próprio irmão, né? – ele disse fazendo a cara do gato de Botas do Shrek.
- Por que não?
- Como você é cruel!
- Sou alemão. Logo, tenho certa tendência a denunciar qualquer pessoa, sendo ela próxima ou não, a fim de defender meus interesses. E no momento, o meu interesse é que você se ferre.
- Isso é porque sou seu irmão... Imagina se não fosse. Também não te dou mais cobertura quando tu ficar de castigo e quiser aprontar!
- E eu posso fazer o mesmo, já que eu também sempre te dou cobertura – falei sorrindo ironicamente -; afinal, noventa e cinco por cento das vezes em que estou de castigo, você está junto. Nós aprontamos juntos e calamos a boca juntos. Estou mentindo?
- Não.
- então.
- Mas escuta, Bill, se eu vou ficar confinado em casa no fim de semana... Como é que a gente vai sair pra gravar o CD?
- Poutz, Tom. Você tem razão. E agora?
- Agora, fodeu.
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Terça, a fic volta pontualmente (: