Geisterfahrer - a Menina do Tempo escrita por seethehalo


Capítulo 15
The In Crowd


Notas iniciais do capítulo

Talvez o menor e mais inútil capítulo da fic.
Mas no próximo compensa, se eu conseguir terminar de digitá-lo até a sexta. ;z



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Eu não preciso de nada que eu não possa encontrar em mim

Estou vivo, eu tenho estado na fronteita da vida.

À espera de algo mais

Algo de novo para começar

À espera de algo que dure

Alguma maneira de me encaixar

The In Crowd - Mitchel Musso

*-*-*-*-*

     Mais duas semanas e eu só estava começando a melhorar. Foi então que, naquela maldita quarta-feira, Tom entrou no meu quarto com uma má notícia pra dar.

     - Os caras ligaram aí de novo, Bill. Me falaram um monte de coisa, eu não entendi a maioria; só o fim, que disseram que a enrolação por causa de uma gripe do vocalista não ia fazê-los ganhar dinheiro e... romperam o contrato...

     - Mas que merda, porcaria! Maldita hora em que eu fui ficar gripado! Poxa, que ódio, a gente perdeu a chance da nossa vida por causa da minha gripe idiota! Por minha causa!...

     - Não se culpe, Bill. Você não ficou doente porque quis. – Mamãe tentou me consolar.

     - É, a gente supera essa. – Tom completou.

     - Eu espero... – suspirei, cabisbaixo.

     Em questão de mais uma semana, finalmente melhorei e pude voltar à tortura, digo, escola. Meu moral andava muito baixo, mas calma, Bill, pensa pelo lado bom, agora eu volto a ver a Mari todos os dias. Vamos lá, ninguém vai querer saber o porquê de um mês de ausência mesmo... Ôh louco, fiquei um mês de cama.

     Mari ficou feliz em me ver quando nos encontramos no meio do caminho.

     - Bill, você melhorou! Que bom!

     - Melhorei só da gripe, porque continuo péssimo.

     - Calma, foi só uma gripe. Passou.

     - Uma gripe que me custou o contrato com a gravadora.

     - Ai... foi mal.

     - É, foi.

     Seguimos o resto do caminho em silêncio. Porém, ao chegarmos, demos de cara com uma surpresinha nada agradável: fomos os três barrados no portão.

     - Vocês não entram. – disse a inspetora ao nos ver chegando.

     - Por que não? – Mari perguntou.

     - Tenho ordens pra não deixar vocês três entrarem. E eu não vos devo satisfação.

     - Nossos pais pagam para virmos pra escola adquirir conhecimento – meu irmão sabe “ser santo” quando quer -, e quando a gente chega, somos barrados? É assim que esse país educa seus jovens?

     - Para com essa conversa fiada, piá! Volta pra casa e dorme! Ou vai ficar aqui no portão a manhã inteira?

     - Eu fico. – falei.

     - Ih, não perde seu tempo, Bill. Vam’bora, qualquer lugar deve ter algo mais interessante pra fazer do que ficar aqui discutindo ma futilidade. Não querem nos deixar entrar? Paciência, faltar um dia na escola não vai matar ninguém. – Mari disse e saímos andando. Nós a chamamos para almoçar em casa.

     BILL OFF

     - Eu acho – Tom disse quando chegamos à casa dela – que isso é coisa da Sabine.

     - Você acha? – falei. – Eu tenho certeza absoluta de que isso tem o dedo dela.

     - Aposto que ela tava planejando. Podiam ter barrado a gente bem antes, mas não, esperaram o Bill voltar. É um complô.

     - É uma palhaçada – Bill balbuciou.

     - É, mas vamos mudar de assunto. Coisa chata. Sabine quer provocar? Por mim, ela que morra. É até bom não sermos obrigados a olhar pra cara dela por um dia.

     - Quê isso, Maria! – Tom falou.

     - Vocês não percebem? Claro que foi planejado. Ela não esperaria tanto tempo se não tivesse um propósito. Desde que eu disse um monte pra ela, já começou a perder “admiradores”. Quando você, Bill, deu aquele tapa lindo na cara dela, era uma vez. Ela tá é com medinho de que a gente roube o ibope que ela tem na escola. Como se eu fizesse alguma questão.

     - Como assim, Mari? – Bill perguntou.

     - Eu não tô nem aí pra popularidade. Futilidade. Não quero obrigar os outros a gostarem de mim. Se você gosta, ótimo; se não, um abraço. O que você tem que fazer, do que você tem que abrir mão para estar lá? Eu passei a vida toda sendo a estranha, a excluída, a carta fora do baralho... Por que agora eu haveria de me preocupar em ser popular? Nunca fiz parte desse povinho. Eu só queria me enturmar. E amigos de verdade, não fãs bajuladores que ficam ao meu lado por terem medo de mim. Eu nunca tive isso. E espero nunca ter. Prefiro ser odiada com sinceridade do que ser bajulada pela hipocrisia. Ponto.

     - Eu prefiro ser odiado a passar despercebido.

     - Isso é bem da sua índole, Bill! – eu ri e brinquei. – Mas ai, que saco, vamos fazer outra coisa.

     - Tem razão. Vou buscar o meu caderno, ver se consigo terminar a música que eu comecei outro dia. – disse Bill.

     - Eu vou jogar Guitar Hero! – disse Tom pulando no sofá e indo ligar o (outro) videogame.

     - E eu vou ler uma revista. – sentei no chão da sala e pus a cara entre as folhas da publicação.

     De vez em quando eu erguia a cabeça pra ver o que se passava por trás da parede da minha revista. A cena era cômica: num sofá, Tom se contorcendo todo, apertando os botõezinhos do controle com fúria e olhos fixos na televisão. No outro, Bill coçava a cabeça, mordia a tampa da caneta e se mexi impaciente, decerto queimava os neurônios para terminar sua composição. Então eu voltava para minha leitura, curiosa em saber sobre o que Bill estava escrevendo.

     POV BILL

     Ao meio-dia mamãe chegou para almoçar e estranhou ver-nos na sala:

     - Vocês três não deviam estar na escola?

     - Devíamos – respondi -, se tivessem nos deixado entrar.

     - Como assim? Chegaram atrasados?

     - Atrasados? Não vê a hora que a gente sai de casa, mãe? Só chegaríamos atrasados se fôssemos abduzidos por aliens no caminho!

     - Menos, Tom! – eu e Maria dissemos juntos diante da observação intergaláctica do meu irmão.

     - Mas por que não entraram, então?

     - Simplesmente nos barraram no portão. – respondi.

     - Vocês não andaram aprontando nada?

     - Se tivéssemos aprontado alguma coisa, a senhora acha que estaríamos tão tranquilos falando sobre? – observei. – Além do mais, por que eu seria barrado se tem um mês que não vou pra escola?

     - Tem razão. Depois eu ligo pra escola e vejo o que tá acontecendo. Vamos almoçar. Ah, e depois eu quero falar com vocês dois, Bill e Tom.

     O jeito que ela disse a última frase me deu medo. Bom, depois do almoço, lavamos a louça, a Mari foi pra casa dela e mamis nos chamou à sala.


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Notas finais do capítulo

Maldita gripe do Biu. :/
Odeio ficar gripada, é horrível subir ladeira às 7 da manhã ofegando. Ainda mais eu, que tenho a ilustre mania de andar por aí cantando o que eu tô ouvindo no mp3.
Vou tentar digitar todo o capítulo 16 até sexta. ;z



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