Geisterfahrer - a Menina do Tempo escrita por seethehalo


Capítulo 12
Pieces of Me


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOH, is like you knew me better than I ever knew myself... I love how you can tell (8)
Ok, parey de empolgar. Eu amo essa música!

Vou continuar insistindo: http://screamin4tokiohotel.blogspot.com/search/label/Projetos
I need help!!



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Eu sou mal-humorada, bagunceira

Eu fico incansável, e não faz sentido

Como você parece nunca se preocupar

Quando eu estou brava, você escuta

Me fazer feliz é a sua missão

Você não vai parar até que eu esteja aí

Eu caio, às vezes eu caio tão rápido

E quando atinjo o fundo do poço

Você é tudo que eu tenho

Pieces of Me - Ashlee Simpson

*-*-*-*-*

     Nesse momento o celular dele tocou, interrompendo o assunto.

     - Argh, podia não dar sinal de telefone também. Invenção tecnológica idiota. - Bill reclamou e atendeu:

     - Fala Tom. - pausa. – Pra quê? – pausa – Calma, meu. Já tô indo. – desligou – Saco. Vamos embora.

     - O que foi?

     - Desespero eufórico mode ON. Quando o Tom tem desses tiques, é melhor ir ver o que tá acontecendo antes que ele tenha um ataque frenético.

     - Que medo... Então vamos.

     Nosso assunto acabou e voltamos à casa deles em silêncio. Nem mal tínhamos entrado, Tom veio pulando até nós, anunciando algo que me deixou com um ponto de interrogação enorme na cara:

     - Bill, você não vai acreditar! Nossa vida tá feita, tá feita! Aaaaahh!

     - Que foi Tom? Fala logo! Que agonia!

     - Ligaram aí da gravadora. Lembra que a gente mandou um CD demo?

     - Não brinca com isso, Tom! ‘Cê ta falando sério?

     - Tô sim, é verdade, Bill, ligaram aí e disseram que querem ver a gente tocando lá no domingo, em Berlin! Tem que avisar o Gustav, e o Georg...

     - Ai... Tom me segura, PUTA MERDA, É A CHANCE DA NOSSA VIDA, TOM!!

     Er... Hã? Gravadora? Tocando? Berlin? Chance? WTF, por favor! Era o que eu pensava enquanto os dois se abraçavam e dançavam pela sala.

     - Eu vou pegar o caderno... Passar as letras a limpo... Você liga pra mãe pra avisar e chama o Georg e o Gustav... A gente tem que começar a ensaiar agora! Domingo é depois de amanhã! - Bill andava em torno da sala enquanto Tom procurava números numa agenda. Então o primeiro percebeu que eu existia e parou:

     – Ai, Mari. Você tá ai... Desculpa.

     - Oi. Tudo bem?Eu existo? – falei.

     - Existe, er – Tom disse.

     - Você deve estar com um nó na cabeça com essa euforia toda nossa né?

     - Você aaacha, Bill?

     - Bom, é o seguinte... Eu e o Tom aqui temos uma banda... Pelo assunto você deve ter percebido né... Então; a gente toca, quer dizer, o Tom toca a guitarra, e eu canto. Aí tem o Georg e o Gustav, nosso baixista e nosso baterista. A gente chegou a gravar um CDzinho, mas nem foi à venda. Mandamos demo pra outra gravadora, que agora chamou a gente pra mostrar as nossas habilidades, sabe?

     - Aham - balbuciei.

     - E a gente vai pra Berlin!! – Tom gritou – vou pegar a minha Gibson.

     - Vou pegar as minhas letras. Já volto. – Bill disse.

     Voltaram um minuto depois, e eu perguntei:

     - Qual o nome da banda de vocês?

     - Devilish – Tom respondeu enquanto o telefone chamava.

     - Tom, sem maldade, vamos mudar esse nome?

     - Ah, por mim... Mas tem que falar com eles também, alô, gostaria de falar com o Gustav, por favor.

     Tom falava no telefona enquanto Bill escrevia. Quando o primeiro acabou as ligações, começou a contar história.

     - Maria, ‘cê sabia que o Bill já participou de um show de talentos?

     - Sério, é? E fez o quê?

     - Cantei, oras - o próprio respondeu sem parar o que fazia.

     - It’s Raining Men - Tom completou.

     - Não! Jura? - quase não acreditei.

     - Foi! – o mais velho completou.

     - E venceu?

     - Não. Se tivesse vencido, a uma hora dessas estaríamos fazendo fama país afora!

     - Engana-se, Tom.

     - Por quê?

     - Vencedores de shows de talentos assinam um contrato. Fazem sucesso durante determinado período de tempo e depois somem da mídia. E se quiserem voltar ou continuar depois de passado esse tempo, têm de pagar uma multa milionária.

     - Que medo... - Bill parou de escrever pra me ouvir contar a triste sina.

     - Então ainda bem que você não passou da semifinal, Bill. Senão, agora, tudo o que estamos fazendo seria trabalho perdido. Ou pior: pagaríamos a tal multa.

     - Meninos, eu preciso ir pra casa. Só vim mesmo pra resolver aquilo com o Tom e cobrar o passeio do Bill.

     - Ah, poxa, não pode esperar um pouquinho, pra conhecer o Gustav e o Georg e ver a gente tocar?

     - Não da, Tom. Vai ficar para a próxima mesmo.

     - Então vamos com a gente pra Berlin depois de amanhã! Topa?

     - Sério, Bill, posso mesmo?

     - Pode sim. Mamis que vai levar a gente. Cabem quatro no banco de trás. E aí?

     - Ai, eu quero! Quero sim!

     - Então tá, depois a gente te liga pra falar o horário que a gente vai ok?

     - Beleza, tchau.

     Nossa, por essa eu não esperava. Uma banda! Fui pra casa já ansiosa pelo domingo.

     POV BILL

     Sou eu ou... sério, o que ta acontecendo? Eu tenho andado estranho... Ultimamente eu tenho me sentido meio mal quando a Mari não esté por perto. E muito bem quando estou com ela, especialmente a sós, como quando fomos ao parque; apesar do corte bonito que ela me deu quando eu disse que estar no coreto do parque era como se o mundo se resumisse a nós dois.

     Eu fiquei tão frenético com a notícia de que a gravadora queria nos ouvir tocar que me deu vontade de fazer uma loucura. Mas antes disso, passamos, eu, Tom, Georg e Gustav horas ensaiando para o domingo. Aproveitamos e trocamos o nome da banda; de comum acordo, e depois de bastante pensar, decidimos que agora nos chamaremos Tokio Hotel.

     Já quanto á insanidade que eu estou a fim de fazer... Ainda estou pensando nisso. Vai ficar pra semana que vem.

     BILL OFF

     Domingo chegou. Bill tinha me ligado avisando que íamos pra Berlin de manhã, então lá fui eu feliz e saltitante para a casa deles. Logo que cheguei conheci os amigos.

     - Mari! Bom dia. Olha, esse é o Gustav e esse o Georg. Essa é a Mari.

     - Muito prazer – cumprimentei.

     - O prazer é todo meu - disse Gustav.

     - Prazer - Georg me olhou bem e concluiu: - Cara, Bill, tem a sua colher nela não tem?

     Boiei.

     - Como assim, Georg? – Bill também boiou.

     - Quer dizer, o jeito que ela se veste; acho que se você fosse mulher estaria igualzinho.

     Ham... como assim? Eu tava de jeans, sandália, uma blusa e a jaqueta que o Bill me deu “de aniversario no Natal”.

     - Georg, me poupe dos seus comentários bestas.

     - Calma Bill, foi um elogio...

     - Na verdade - entrei na conversa -, você tem razão, Georg. Quando eu cheguei aqui, era muito desleixada. Não sabia passar lápis, andava de qualquer jeito e com o cabelo despenteado. Devo o bom gosto ao Bill.

     - Obrigado, obrigado, eu sei que sou demais.

     - Bill, poupe-nos de sua infâmia! – Georg brincou, e Bill mostrou-lhe o dedo médio. – Devo então agradecer ao Bill por você ser linda?

     Bill não me deu tempo para reagir ao galanteio:

     - Ôh Georg, olha o respeito, ela é namorada do Tom.

     - Fuu, me dei mal. Desculpa Tom, não sabia.

     - Relaxa Georg. A gente não ta mais namorando. Mas isso não lhe dá o direito!...

     - Não estão mais? – Bill estranhou – Desde quando?

     - Desde sexta quando vim aqui – respondi.

     - Mas... Tom... Mari... Como...?

     - Menos Bill. A gente não brigou nem nada. Não tava dando muito certo, não tinha mais porque ficarmos juntos. Conversamos e rompemos, só isso. - Tom esclareceu.

     - Bom, meninada, chega de papo - D. Simone apareceu na sala. – Vamos indo, senão a gente não chega em Berlin hoje. Vocês já colocaram os instrumentos no porta-malas?

     - Já sim, mãe. – Tom respondeu.

     - Então vam’bora, senão nos atrasamos.

     Entramos no carro na seguinte ordem: Tom, Gustav, Georg e eu; Bill foi no banco da frente. Puxei conversa:

     - Georg, curti o teu cabelo.

     - Ér, eu tento!

     - Ele usa chapinha! - Gustav denunciou.

     - Isso é serio?

     - Aham. Eu tenho uma Taiff! - Georg contava seus truques sem a menor cerimônia - E você?

     - Tenho uma GaMa. Meu cabelo também não é liso, o natural dele é ondulado. Passo a chapinha pra abaixar o volume.

     - O Georg passa chapinha pra alisar mesmo!- Tom zombou - O cabelo dele é um fuá.

     Todos riram.

     - Pelo menos não é um dread natural - Georg revidou.

     - Meus dreads não são “naturais”, imbecil! Eu fiz no salão.

     - Salão , Tom?

     - É, Gustav. Não dava pra fazer dreads sozinho, e o Bill é fresco e não quis ajudar.
     Todos riram de novo, e continuamos conversando durante todo o percurso. Gustav me ofereceu um monte de barras de chocolate, Tom e Georg ficaram o tempo inteiro fazendo piadinhas e este último tentava a todo custo me passar uma cantada. Já o Bill, estava alheio. Limitava-se a reclamar da má sintonização do rádio, recusar o chocolate e dar cortes nas piadinhas em que era envolvido.

     Paramos numa lanchonete no meio do caminho. D. Simone fora pedir os lanches, os meninos foram ao banheiro, e só o Bill e eu ficamos esperando no estacionamento, e aproveitei para perguntar o motivo da tensão:

     - Bill... quê que ‘cê tem?

     - Nada, só... tô um pouco nervoso.

     - Nervoso? Você tá uma pilha. Quase não disse nada desde Magdeburg até aqui.

     - Só tô ansioso. É uma oportunidade de ouro pra gente, sabe?

     - Aham. Mas relaxa um pouco, menino, abstrai. Você tá muito isolado no banco da frente, a gente vai trocar os lugares daqui pra frente, tá? E quanto ao seu nervosismo, fica frio, tenho certeza de que vocês vão arrasar.

     - Como pode ter tanta certeza se você nunca nos ouviu tocar?

     - Intuição feminina. Pergunte à sua mãe e ela vai dizer a mesma coisa.

     - Minha mãe vê alguns ensaios.

     - Que seja. Eu aposto minhas fichas em você. Se acalma.

     - Valeu, Mari- dizendo isso, Bill me abraçou. E os três voltaram e assistiram a cena.

     - A gente ta interrompendo alguma coisa? - disse Georg

- Vamos entrar no carro, acho que aqui tá rolando um clima - Gustav sugeriu.

     - Parem de graça, vocês. Só estava confortando um pouco o Bill, já que ele está nervoso. Coisa que você poderia fazer, né, Tom, o irmão é seu.

     - Ah, Bill, você podia ter dito que tava tenso, eu não tenho bolinha de cristal.- Tom falou sarcástico.

     - Engraçadinho – Bill disse revirando os olhos.

     Tá, não posso negar que senti, da parte dele, algo mais que um “reconforto” naquele abraço.

     Logo, D. Simone voltou com os lanches. Entramos no carro seguindo nova ordem - Georg, eu, Bill, Gustav e Tom na frente - e voltamos para a estrada; com a atmosfera mais leve do que a primeira metade do caminho, já que Bill conseguira se acalmar um pouco e se entreter dali pra frente.

     Finalmente chegamos a Berlin.    Os meninos já eram aguardados na tal gravadora, e foram super bem recebidos.   Entramos no estúdio carregando os instrumentos; cada um com o seu e uma parte da bateria. Depois de feitas as devidas apresentações, o rapaz responsável pela visita da banda disse:

     - Agora vamos falar sério. Entrem naquele estúdio e me mostrem o que vocês sabem fazer.


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Notas finais do capítulo

O troço tá ficando bom :B
O próximo capítulo é um dos melhores.

Reviews? Gente, eu posto isso aqui pontualmente e quase não recebo retorno...



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