Akuma to Tenshi / Demônio e Anjo escrita por Kagura May


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Essa oneshot foi escrita no meio da minha insonia. Então a ideia é bem sem sentido. (Não me pergunte o que eu pensei quando fiz).

Inspirado no anime Chuubyou Gekihatsu Boy que foi inspirado na música com o mesmo nome do Kagamine Len de Vocaloid.

Ah, a música do anime é essa do link, apesar do vídeo não ser do anime.

https://www.youtube.com/watch?v=RO9MuNVzaPs



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— Yugi-san — iniciou Yashiro com o olhar baixo falhando em esconder seu desgosto — Sabe, você podia parar de me meter nas suas fantasias.

— Por que não?

 

A mesa foi batida com força expressando toda a revolta da garota. Já conversou inúmeras vezes com o seu amigo de infância, Yugi Amane, sobre o seu incômodo com o clube que a forçaram entrar e  com as atividades que ocupam grande parte do seu tempo que deveria estar sendo bem utilizadas em seu primeiro clube, o de jardinagem.

A irritação da jovem aumentou após notar as expressões sonsas do Yugi. Ele não poderia parar de contar com ela em todas as atividades do clube? Cadê os outros membros? Dar um soco nele seria pouco comparado a imensa raiva contida.

 

— Yugi Amane! Temos 14 anos! Não temos mais idade para brincar de Super Heróis.

— Não são Super Heróis. Somos anjos tentando proteger a terra dos planos malignos do demônio — a interrompeu para corrigi-la, apesar de não fazer diferença para mesma.

— Ah, sim. Tanto faz — o respondeu perdendo o foco do que iria falar e se odiando por isso — Pouco importa! Eu só quero que você pare de ficar falando que tem poderes e sobre o Tsukasa ser um possível demônio! Isso é vergonhoso!

 

A mesa levou outra pancada, mas Yashiro não se importou. Só quer resolver esse assunto de uma vez antes que seu amigo a enlouqueça com suas fantasias e piore os rumores a envolvendo. A brincadeira dos gêmeos virou palhaçada entre os estudantes e muitos a conhecem justamente por estar andando com os dois, que não ligam para nada. Só querem se divertir da forma deles, o que não seria um problema para a garota se não a envolvesse a um nível vergonhoso em público. Está atingindo a um nível que até sua amizade está sendo repensada.

 

— Por que é verdade? E eu não sei qual é o problema em falar isso.

 

Respirou fundo repetidas vezes para não partir para agressão. Novamente a história se repete em sua mente enquanto os ouve contando sua belíssima para desconhecidos de que estão aqui para proteger as pessoas dos pequenos perigos da vida.

Bendito anime shounen de super heróis!

 

— Relaxa, Yashiro. Hoje nós vamos ter um dia perfeito ajudando as pessoas — tentou a acalmar abrindo um sorriso com aura brilhante falhando em seu objetivo.

 

Novamente Amane não a entendeu o que a fez suspirar exausta. Só consegue se lembrar de sua melhor amiga Akane Aoi sempre a incentivando continuar com o clube dos garotos, para se divertir enquanto são jovens por não terem chegado a fase adulta o que os permite fazer idiotices sem serem levados a sério. Mas como se divertir? Podem não ser adultos, mas não são crianças pequenas para fingirem estar em um anime.

 

— O que você já me envolveu de novo? — perguntou, vencida pelo cansaço das cenas repetidas.

— Hoje vamos ajudar a Ba-chan e o Ji-chan na plantação.

 

Um arrepio passou pelas costas de Yashiro se lembrando do último dia que foram para a plantação dos velhinhos. Os gêmeos fizeram uma disputa para quem pegaria mais batatas e as plantariam de volta. Poderia até ser uma cena normal de se ver se não fosse pelos gritos dos golpes e xingamentos estranhos que utilizaram.

O Yugi passou pelo seu lado botando a mochila nos ombros e tocou nos dela puxando-a pela roupa, dessa vez, com cuidado para não estragar ou machucá-la.

 

— Ok! Ok! Estou indo! Agora me solta!

 

A garota arrumou seu uniforme, pegou sua mochila que tinha deixado no sofá ao seu lado e seguiu Yugi.

 

— Dai você vai me mandar virar as costas e em um passe de mágica, tudo vai estar feito — reclamou debochando da imaginação fértil do garoto.

— Sim! — a respondeu com o mesmo brilho ao redor o que fez Yashiro suspirar por ele não ter notado a forma como comentou.

 

Apesar das reclamações, Yashiro não notou que Yugi escolhe propositalmente os relacionados a plantação para agrada-la. Não é algo que os irmãos gostam, mas a conhecia há muito tempo para julgar que os afazeres relacionados a jardinagem seriam o seu forte e os que muitos precisam de ajuda por ser trabalhoso.

Chegando no plantio, o Yugi mais novo já está a se divertir jogando um dos golpes fingindo que atingirá o chão. A mochila foi jogada para Yashiro junto com a pulseira que Yugi usa enquanto o mais velho corre em direção do seu irmão para acompanhá-lo.

 

— Eternal force! — gritaram os gêmeos em conjunto o que fez Yashiro os encarar com certo desgosto e vergonha.

— Você vai ver, Akuma! Nunca me vencerá! — gritou Amane para o Tsukasa.

 

As batatas foram jogadas de lado em uma velocidade incrível por já treinarem há alguns meses. Até é impressionante, mas Yashiro só consegue imaginar um dos senhores vindo brigar com os dois os avisando que não é dessa forma que colhe as batatas.

A senhora apareceu ao lado ajudando-a a levar as coisas que Yugi deixou com ela. As bolsas foram deixadas no sofá que possuí na varanda.

 

— Esses garotos são bem animados, não acha? — a senhora perguntou dando um sorriso amável enquanto ajeita as mochilas no sofá.

— São.

 

Os sorriso de compaixão vindo da senhora a fez notar que, apesar das loucuras que os irmãos a puxam, para os idosos ter alguém para animar seu dia pode ser gratificante. Por algumas vezes, perdida em meio a sua rotina, esquecia que os idosos já não possuem companhia. Seus filhos estão sempre a trabalhar e os netos raramente vão os visitar, principalmente porque estão em uma cidade distante. Será que é por esse motivo que os Yugi escolhem esse casal com frequência? Será que quando crescer se tornará uma filha distante focada em apenas trabalhar para se sustentar ou louca cuidando da casa e dos filhos? Reconhecer a solidão dos idosos a fez refletir um pouco sobre.

Um sorriso deu, vencida pelos gêmeos novamente. Arregaçou as mangas e um carinhoso sorriso deu a senhora.

 

— Estou indo também, ba-chan.

 

Correu para os dois tentando se descontrair com o tema que eles sempre utilizam como desculpa. No começo, Yashiro não entendia o sentido de estarem em um clube para ajudar pessoas em um momento tão corrido como esse, muito menos como o clube consegue suas tarefas repentinas. É irritante e cansativo, gostaria de se dedicar a outras tarefas, mas, depois de tudo, não é tão ruim quanto imaginou.


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