Alicia e as 12 bênçãos escrita por Creeper


Capítulo 9
Brincadeira mortal


Notas iniciais do capítulo

Oiê ♥, eu consegui postar na quarta, viram só? Tá dando uma chuvinha boa aqui, espero que a internet não caía!
E... Eu acabei de perceber que talvez meu pulso esquerdo não esteja em suas melhores condições e temo que isso seja resultado das minhas pancadas em uma bola de vôlei.
Boa leitura ♥!



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Pouco a pouco, todas as garotas haviam conseguido invocar suas armas, exceto eu e Celine. Transbordei hesitação, minha garganta havia secado de repente e minhas pernas pareciam ter congelado no lugar. Não gostaria de arriscar uma tentativa de invocação.

— Você não quer tentar? – sussurrei para Celine após Ambar conseguir materializar uma espada prateada.

— Eu não sei como explicar isso... – a princesa disse baixinho. – Mas eu sinto que não consigo.

— Você deve estar nervosa, eu também estou. – tentei incentivá-la.

— Não. Eu saberia se fosse nervosismo. – ela juntou as sobrancelhas. – Apenas não me sinto conectada o suficiente. – cerrou os punhos.

— Onze alunas de treze até agora. – Vênus analisou. – É um bom número. – balançou a cabeça lentamente. – Vocês duas, é a vez de vocês. – nos encarou.

Troquei olhares receosos com Celine como se perguntasse “quer que eu vá primeiro?”, mas a princesa apenas negou com a cabeça, colocando-se à frente. 

Cabisbaixa, ela respirou fundo, esticou o braço ao lado do corpo e bradou:

— Faça as ondas rugirem, Poseidon!

Era esperado que Celine tivesse sucesso, porém, sua pedra nem ao menos deu indícios de mudar de forma. A garota arregalou os olhos e seu corpo ficou imóvel, plenamente chocada. Assim que ela voltou a realidade, tratou de repetir seu chamamento quantas vezes foram possíveis.

A turma começou a cochichar e os olhares de reprovação caíram sobre a princesa que insistia em suas repetições falhas. Em dado momento, Celine encolheu os ombros e tendo os olhos fixos em um ponto, balbuciou em transe:

— N-Naufrág...

— Celine, já pode parar! Está tudo bem. – Vênus pediu delicadamente. – Alicia, um passo à frente, por favor. – me fitou com certo desespero.

Fiz como a professora mandou, ficando novamente lado a lado da garota de cabelos azuis. Ela estava tão desnorteada e frustrada que ficava possível captar sua vontade de chorar. 

Expirei profundamente e uma voz dentro de mim me mandou colocar um de meus joelhos no chão. Como se eu não pudesse ignorar, acatei a ordem da voz. Apoiei minhas mãos na areia com a obsidiana debaixo de uma delas.

Fechei os olhos por um minuto, concentrando-me na misteriosa força que corria por meu corpo, aquecendo-o de dentro para fora. Naquele momento, toda minha hesitação dissipou-se e eu acreditei que podia ser capaz de invocar minha arma.

Prestes a gritar meu chamamento, senti um aperto em meu peito, que não parecia fazer parte da força que surgia em meu ser. Mesmo de olhos fechados, eu ainda sentia a presença de Celine que exalava decepção.

Assim como eu, ela se dedicou durante os três dias da missão e estava com tanto medo de falhar quanto eu. E agora, toda a turma havia a rebaixado, mesmo que em segredo.

Não posso explicar o que se passou em minha cabeça, apenas entendi quando me esforcei para afastar toda minha conexão com a pedra e com Hades. 

— Abra as portas do submundo, Hades. – falei sem vontade.

Minha pedra sequer deu algum sinal de manifestar-se, mas eu já esperava por isso.

— Parece que eu também não consegui. – ergui-me levemente chateada.

Celine fitou-me assustada e eu apenas dei um sorriso franco, deixando no ar que aquele tipo de coisa acontecia. 

— E agora? – perguntei ignorando os cochichos da turma.

— Agora... – Vênus sequer piscava os olhos, pasma. 

— Vocês devem acostumar-se às armas. Então iremos propor uma “brincadeira”. – Eudora tomou a palavra.

— Isso mesmo! Uma “brincadeira”! – Vênus saltitou, saindo de seu estado perplexo. – Para incentivar alguém a fazer algo, nada melhor que usar a pressão, não? 

— O quê?! – todas gritamos em uníssono.

Ficamos boquiabertas diante da ideia da professora Vênus. Eu não sabia muito sobre métodos de ensino, todavia, podia jurar que aquele não era nada adequado.

— O que quer dizer? – Ambar protestou. – Você deveria respeitar o ritmo de suas alunas, não as pressionar. – colocou as mãos na cintura, vigorosa.

Eudora levantou-se e calmamente caminhou até a garota de cabelos prateados, ficando frente a frente com ela. Pensei que Ambar se intimidaria pela altura da professora, pelo contrário, ela se manteve resistente.

— Temos apenas um ano para treiná-las. – a professora disse seriamente. – Se os métodos não lhe agradam, você pode deixar a turma.

— Recado dado? – Vênus sorriu saindo detrás de Eudora. 

Ambar virou o rosto exalando desgosto, sua fúria tornando-se visível. 

— A brincadeira proposta se chama pega-pega. – a professora de explorações andou de um lado para o outro. 

— As pegadoras serão Cassandra e Miki, já que ambas foram as primeiras a invocar suas armas. – Eudora ditou, afastando-se de Ambar. – Elas podem usar as armas contra vocês durante a “captura”. 

— E é esperado que vocês se defendam! – Vênus acrescentou empolgada.

— Vocês podem usar todo o campo. – a professora de combate concluiu.

— Prontas? – Vênus pulou para a arquibancada.

— Isso é loucura. – Hanna resmungou ao meu lado e analisou suas duas espadas curtas. 

Miki e Cassandra posicionaram-se em cantos opostos do campo e o resto de nós espalhou-se pela areia. Celine permaneceu próxima a mim, sem um pingo de confiança.

— Comecem! – Vênus gritou com as mãos em volta da boca.

Meus olhos arregalaram-se e seguindo meu instinto, corri para o lado contrário de onde Cassandra e Miki vinham. Tirando o fato de estarmos sujeitas a nos machucarmos, aquilo me lembrou o tempo em que eu brincava com Henry. Ele era o garoto mais rápido da vila, então eu e as outras crianças sempre perdíamos.

Afogada em pensamentos, sequer notei que as gêmeas Yoshida invocaram arcos e flechas, Fuyuki segurava um prateado e Harumi um dourado. Ambas atrapalharam-se em como segurar as armas e erraram as miras, sendo imediatamente pegas por Cassandra.

Nem pude parar para analisar a situação, pois Celine me deu um empurrão e puxou minha mão em seguida. Mais um segundo e eu teria sido acertada pela impiedosa marreta de Miki.

— O-Obrigada! –  senti meu coração disparar.

— Acho que eu devo te agradecer. – Celine me deu um sorriso amarelo.

Miki nos fitou sem emoção, imaginei que ela voltaria a nos atacar, porém, ela escolheu correr atrás de Luna que girava seu bastão aleatoriamente, ora ou outra acertando sua própria cabeça.

— O que acontece se formos pegas sem conseguirmos invocar nossas armas? – gritei quando passei perto da arquibancada.

— Que tal terem aulas extras de etiqueta? – Vênus sugeriu.

— Nós vamos invocar nossas armas nem que essa seja a última coisa que façamos! – a princesa me encarou de cenho franzido.

— Vocês deveriam parar de falar e correr mais! – uma voz soou atrás de nós.

Virei-me subitamente, encontrando a lança dourada de Quinn vindo em nossa direção. Eu e Celine soltamos nossas mãos, indo cada uma para um lado. 

— Nala agora é uma pegadora! – Vênus narrou.

Procurei desesperadamente pela garota que se não me falhava a memória, havia invocado um katar em cada mão. Ocupada demais procurando por Nala, meu corpo acabou chocando-se contra a nobre de cabelos pretos.

— Por que fez aquilo? – Cassandra esticou seu chicote.

— Aquilo o quê? – recuei um passo automaticamente.

— Falhou de propósito. – ela franziu as sobrancelhas.

— Não sei do que você está falando! – corri assim que terminei de falar.

Aquele lugar estava virando um verdadeiro campo de batalha repleto de garotas correndo para lá e pra cá segurando diversos tipos de armas. Becky também havia se tornado uma pegadora, não perdoando ninguém com seus dois punhais. O que foi estranho, pois imaginei que ela fosse preguiçosa demais até para se movimentar.

Minha respiração começou a ficar descompassada, implorando para que minhas pernas parassem de se mover. Apoiei as mãos nos joelhos por um minuto para que pudesse recuperar o fôlego. 

Henry provavelmente riria de mim agora.”, refleti.

Enquanto esperava o ar voltar, pude enxergar com o canto dos olhos um vulto azul tropeçando e caindo na areia. Imaginei que ela fosse capaz de levantar-se sem problemas, contudo, Miki surgiu de repente, pronta para acertar seu alvo indefeso: Celine.

— Ei! – gritei ficando ereta.

A baixinha ignorou-me e ergueu os braços acima de sua cabeça de modo que a extremidade da marreta tocasse o chão atrás de suas costas. Se ela pretendia usar um impulso daquele grau para acertar Celine, o funeral da princesa já podia ser preparado. 

A voz de antes voltou a ecoar em minha mente simultaneamente à uma vibração em meu peito. Peguei a obsidiana que residia no bolso de minha jaqueta e a envolvi na palma da mão.

Levando em consideração o tamanho de Miki, ela não deveria ser tão rápida para levantar sua marreta e aplicar seu golpe, mas eu não podia contar com a sorte. Tendo isso em mente, atravessei a arena em uma velocidade absurda, sendo invisível aos olhos das outras pegadoras.

Assim como Celine no dia do teste, dei uma rasteira de dois pés na areia, ocupando a curta distância entre a princesa e a anã da marreta.

— Alicia?! – minha amiga deu um grito esganiçado.

Ajustei minha posição, mantendo um dos joelhos no chão e o outro na altura do peito. Cerrei os punhos, sentindo a areia adentrar em meus dedos.

— Abra as portas do submundo, Hades. – bradei de dentes cerrados.

Um pequeno tremor fez-se presente debaixo de nossos pés, confundindo a nós três. Focando toda minha atenção na pedra e no deus, pareceu quase natural a rachadura que se desenhou pelo chão, abrindo uma pequena fenda que engoliu minha obsidiana em um piscar de olhos.

— Mas como?! – inclinei-me sobre a fenda, chocada. – Devolva minha pedra! – berrei enfiando a mão na rachadura.

Meus dedos tocaram algo frio, sólido e aparentemente longo. Curiosa, puxei o objeto bruscamente, impulsionando meu corpo para trás. Fiquei vagarosamente atordoada pelo impacto, entretanto, não pude impedir meus olhos de prenderem-se no que eu segurava: um comprido cabo que trazia em sua ponta uma lâmina em formato de meia lua, cujo detalhes lembravam a dentes pontiagudos. 

Em uma fração de segundo, marreta e foice colidiram-se, emitindo um som agudo de ferro junto a pequenas faíscas alaranjadas. Rangi os dentes tentando ficar em pé, já que o peso de meu corpo estava todo sobre os joelhos. 

— Você está maluca?! – indaguei forçando minha arma contra a de Miki.

— Estou apenas me acostumando a minha arma. – Miki respondeu sem mudar de expressão.

Apesar de ser mais baixa e mais magra que eu, a garota não demonstrava sentir nenhuma dificuldade ao empurrar sua marreta contra mim. Meus joelhos e braços dobraram-se, sendo incapazes de sustentar meu contra-ataque.

— Você não precisa tentar nos matar, sabia? – gritei. – Já estamos pegas se é isso que você quer!

Ao ouvir minha fala, Miki puxou sua marreta de volta, apoiando o cabo em um de seus ombros, estremecendo minimamente. Seus olhos se desviaram para algo atrás de mim, levantando levemente as sobrancelhas.

Minha reação instantânea foi virar-me a tempo de presenciar Celine afastando as duas manoplas de Elena, usando nada menos e nada mais que um reluzente tridente verde-mar.

A princesa parecia tão surpresa quanto eu, sem saber se estava sonhando ou não.

— E-Eu invoquei minha arma! – ela me olhou por cima do ombro, sorrindo de orelha a orelha. – Eu realmente a invoquei!

— Professora, eu peguei a Celine! – Elena aproveitou a distração para cutucar a barriga de sua adversária.

— Ei, isso não é justo! – Celine choramingou.

— E com isso, todas as garotas foram pegas. – Vênus desceu da arquibancada. – Fim da brincadeira! – bateu palmas.

Pude ouvir suspiros de alívio e armas sendo jogadas no chão, inclusive por minha parte, já que minha foice era mais pesada do que podia se imaginar.

— Fico feliz que todas tenham conseguido invocar suas armas, não é, professora Eudora? – a loira uniu as mãos e as encostou na bochecha de maneira adorável.

— Você deveria parar de enganar suas alunas. – Eudora revirou os olhos e puxou algo do bolso de Vênus.

— Opa, não revele meus truques! – Vênus protestou, puxando de volta para si uma esfera dourada sustentada por um cordão.

— Enganar? – Nala questionou.

— Enganar não é a palavra correta. – a loira riu nervosamente. 

— Então qual é? – Becky aproximou-se da arquibancada.

— A verdade é que todas vocês eram capazes de invocar suas armas graças ao amplificador de magia da Vênus. – Eudora explicou em tom de reprovação. – Apenas quisemos dramatizar um pouco.

— E para isso precisávamos quase morrer? – reclamei.

— Era uma brincadeira, não uma luta! – Vênus defendeu-se.

— Diga isso para Miki! – apontei para a baixinha.

— Eu não estava tentando te matar. – Miki me olhou friamente.

— Ah não, imagina se estivesse. – rebati indignada.

— Espera. – Celine interrompeu-nos. – Então por que eu não consegui invocar minha arma na primeira vez?

— Digamos que nenhum dos meus utensílios funcionem cem por cento. Além de que determinados tipos de sentimento são capazes de barrar meu amplificador. – Vênus deu um peteleco em sua esfera dourada. – Vocês não estão bravas, estão? – guardou o objeto novamente em seu bolso.

— Bravas? – Ambar marchou até a borda da arena, ficando a centímetros de distância das professoras. – No mínimo, furiosas.

— Entenda, não fizemos por mal. – Vênus colocou as mãos na frente do corpo, as balançando desesperadamente.

Não julgo a reação da professora, eu faria o mesmo se alguém com uma espada dissesse que estava furiosa.

— Vênus, talvez tenhamos errado. – Eudora suspirou. – Por isso, aceitamos qualquer sentença que vocês queiram nos dar.

— Isso mesmo. – a loira arregalou os olhos. – Nos perdoem, por favor! – juntou as mãos, implorando.

— O que vocês acham? – Ambar virou-se para nós, abaixando sua lâmina.

Cruzei os braços, um pouco irritada por Vênus e Eudora terem brincado conosco, aquilo podia ter resultado em algo muito pior. Avaliei as professoras, pensando em como elas poderiam se redimir.

— Na minha opinião, devíamos proibir o uso desses utensílios especiais. – sugeri.

— Concordo, quem sabe onde mais ela pode ter usado essa ou outra coisa? – Elena assentiu colocando as mãos na cintura.

Com a frase de Elena, uma pequena semente da desconfiança foi plantada em minha mente e pude concluir que nas das outras garotas também, já que todas se entreolharam incrédulas.

— Você não usou nada disso na etapa das ruínas, usou? – Nala perguntou, o tom de voz mais alto que o comum.

— Juro que não! – Vênus respondeu instantaneamente. – Eu não interferi em nada, foi tudo obra do destino. – fitou cada uma na esperança de que alguém a apoiasse.

— Estamos de acordo com a sentença de vocês. – Eudora puxou o utensílio do bolso de Vênus mais uma vez e esmagou-o na palma da mão sem muito esforço. – Nada de “trapaças” a partir de agora. – olhou de soslaio para a loira.

A professora de explorações suspirou decepcionada e os ombros ficaram caídos.

— Agora vocês terão aula de estudos gerais. Nós nos encontraremos novamente amanhã logo após o almoço. – Eudora articulou. – Dispensadas. – bradou.

~*~

Nem preciso dizer que chegamos exaustas e frustradas na sala de estudos gerais, né? Jogamos nossos corpos nas primeiras bancadas que avistamos, deixando com que nossas almas fossem levadas.

Quando a adrenalina do pega-pega passou, meu corpo inteiro amoleceu, me fazendo pensar se valia realmente a pena ter acordado naquele dia.

— Vocês parecem ter tido uma aula bem agitada. – a professora Brigitte deu uma risada contida.

Esperei até que alguém a respondesse, mas como ninguém o fez, arrumei-me em minha bancada e interagi:

— Apenas brincamos de pega-pega usando armas, pouca coisa.

— Parece divertido. – Brigitte sorriu minimamente e ajeitou seus óculos.

Não consegui saber se ela foi irônica ou se estava sendo verdadeira. De qualquer modo, decidi fazer uma questão:

— Professora, o que a senhora sabe sobre os utensílios da Vênus?

— Hum, vejamos... – ela olhou para cima, pensativa. – Ela tem de todos os tipos, desde amplificadores de magia, dispositivos de tradução, borrifadores de amnésia, bebidas de força... Basicamente, tudo o que ela encontra em explorações.

— E é assim que ela se torna uma trapaceira nata. – Cassandra resmungou amargurada, apoiando seu rosto em uma das mãos. – Eu tinha potencial o suficiente para invocar a arma sem nenhum utensílio. – fez um biquinho emburrado.

Não é como se Vênus não tivesse errado, mas eu não podia apedrejá-la.

— Mudando de assunto... – Brigitte pegou alguns papéis em cima de sua mesa. – É uma ótima hora para elegermos a líder e a vice-líder da turma, o que acham?

Mais uma vez, todas estavam mortas demais para responderem, ou talvez elas apenas ignorassem tudo que a professora falava. Eu apostava mais na segunda opção.

Aproveitando que eu estava entre Cassandra e Celine, dei uma cotovelada em ambas, incentivando-as a responder.

— Acho uma ótima ideia. – Celine respondeu nervosamente.

— Ser líder não parece nada mau. – Cassandra ponderou. – Eu quero participar! – apontou para si mesma com seu polegar.

— Então temos nossa primeira candidata. – Brigitte escreveu o nome de Cassandra na lousa. – Quem mais?

— Você deveria participar, Ambar. – Elena inclinou-se em sua bancada.

— Elena tem razão, você seria uma ótima líder. – Hanna concordou.

— Se vocês acham. – Ambar deu de ombros. – Eu me candidato. – ergueu a mão.

— Eu também! – Luna disse empolgada, todavia, recebeu alguns olhares de desmotivação. – Na verdade, é melhor não, não sou boa com política.

— Parece divertido, mas acho que não me encaixo como líder. – Harumi encolheu os ombros. – E você, Fuyuki?

— Nem pensar. – Fuyuki deslizou em seu banco, indo parar atrás da bancada.

— Eu quero participar. – Becky disse convencida.

— Muito bem. – Brigitte terminou de anotar todos os nomes. – Mais alguém?

Um silêncio preencheu a sala durante o tempo em que nos olhavámos, esperando que mais alguém se candidatasse. Pensando comigo mesma, concluí que assim como Harumi, eu não me encaixava e nem me enxergava como líder.

— Parece que não... – comecei.

— Eu! – Celine bateu as mãos na bancada e ergueu-se subitamente.

Pisquei os olhos rapidamente, atônita. 

— Certo. – a professora adicionou o último nome na lousa. – Escrevam seu voto em um pedaço de papel e o coloquem nessa caixa. – ela tocou uma caixa marrom que continha uma pequena fenda na tampa.

Assim que peguei um pedaço de papel, meu cérebro ficou em branco ao perceber que eu não fazia a menor ideia de em quem votar. 






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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^! Eu deixei a dica no capítulo passado de que a arma da Alicia seria uma foice XD igual a do Mensageiro da Morte.
Queria comentar uma curiosidade sobre a história, na verdade, a Miki foi a primeira personagem a ser criada e todas a história surgiu a partir dela, mas ela acabou nem entrando no trio principal, que loucura, né? Inclusive, a Miki saiu de um dos meus desenhos.

Próximo capítulo: Formato das sombras
Onde Alicia acidentalmente perde sua pedra por um momento e acaba seguindo uma sombra para fora dos muros do Royal Honor.

Até mais! Beijos ♥
—Creeper.



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