Linhas Borradas escrita por Tricia


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá para você que caiu aqui de paraquedas ou veio por recomendação dada na minha fanfic anterior de Bade. Seja qual for a circunstancia, seja bem vindo e espero que goste dessa nova história que trago.
Boa leitura



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"A pessoa por quem eu me apaixonei
É realmente você?
Querendo você
É realmente eu?
Mesmo neste momento
Quando nós estamos de mãos dadas
Não há sensação de segurança
Para nos envolver calorosamente
O calor ardente só deixa fumaça para trás
E a fumaça sobe sem força
Eu tento engolir o meu entusiasmo
Mas quanto mais tento empurrá-lo para baixo
Uma armadilha envolve meu pescoço
Não consigo ver o fim
Mas meus pés
Vão para você novamente"

In The Illusion

 

O som de algo sendo arrastado para algum lugar foi à primeira coisa que Beck ouviu ainda de olhos fechados, sentindo todo o corpo pesado e uma imensa vontade de continuar do jeito que estava anteriormente, porem, ele se obrigou a abrir os olhos lentamente para logo os fechar por causa da claridade do cômodo desconhecido.

Vozes mescladas soaram e ao procurar seus donos ele pode ver três pessoas olhando para ele enquanto se aproximavam mais da cama em que estava. André Harris, Freddieward Benson e uma mulher de uniforme hospitalar que tardiamente ele supôs ser uma enfermeira que perguntava como se sentia em tom bastante brando e agradável em comparação aos outros dois afoitos.

A porta foi aberta passando mais uma mulher mulata de olhos caramelo trajando um jaleco com um estetoscópio ao redor do pescoço sacando logo uma lanterna clínica de um dos bolsos do jaleco largo repetindo a mesma pergunta da enfermeira.

— O que esta acontecendo? – fora a primeira coisa que soltara, sentindo a garganta arranhar incomodamente, a enfermeira pareceu captar tal fato ao mover-se pelo quarto e voltar com um copo contendo água. Agradeceu com breve aceno antes de virar o liquido goela abaixo.

— Eu sou a doutora Valentina Ficher. Como se sente senhor Oliver? – a médica tornou a repetir a pergunta.

— Cansado.

— Ok, eu vou chega-lo sim? – era uma pergunta, mas que soara mais como um aviso do que faria, pois logo aquela luz fora apontada para os olhos e orientações que ele obedeceu por puro reflexo enquanto era observado pelos dois homens e ela auxiliada pela outra mulher de estatura baixa e uma expressão um pouco cansada.

Mal conseguia se lembrar da última vez que fora parar em um hospital.

— Ele esta bem, doutora? – André indagou quando ela ergueu-se recolocando o estetoscópio ao redor do pescoço.

— Os reflexos estão bons, então pode-se dizer que fisicamente ele esta bem – ela explicou de modo polido olhando os dois homens e logo voltando a atenção para ele – Do que se lembra, senhor Oliver?

— Acho que a última coisa que me lembro de estar fazendo não bate com o porquê de estar aqui agora. Por que estou aqui?

— Você sofreu um acidente de carro enquanto ia pra minha casa, estamos conversando no telefone quando aconteceu – André explicou com apreensão – Foi perturbador apenas ouvir, não consigo nem imaginar como foi para você.

A enfermeira abaixou a cabeça com o comentário, não que ele tivesse notado, quando tudo que fazia era tentar buscar algo bem próximo do que poderia ligar a esse acontecimento. Nada absolutamente veio.

— A sua mãe esta lá fora falando com sua tia no telefone e seu pai esta no hotel descansando. A Jade deu uma saída pra resolver as coisas com a seguradora e já deve estar chegando – Freddie disse na tentativa de amenizar o clima incomodo que se apoderara do cômodo.

— Jade...

— Ela ficou bem preocupada com toda a situação – Freddie comentou colocando as mãos nos bolsos da calça marrom que vestia – Deu um baita trabalho para a Sam conseguir tirar ela do seu lado e faze-la comer alguma coisa enquanto esperava.

Jade. Repetiu o nome na cabeça algumas vezes procurando algum rosto que poderia ser atribuído a esta pessoa que parecia tão próxima, mas também nada parecia realmente vir.

Nunca conhecera nenhuma Jade.

Em um pedido mudo ele pediu um pouco mais de água para enfermeira.

— Eu não tenho metade da coragem que tua esposa tem Freddie, na moral – André comentou com um careta que Beck poderia ter considerado engraçado se a palavra “esposa” não se sobressaísse chamando a atenção e trazendo ainda mais confusão para a mente que já estava com dificuldade em assimilar o pouco que conseguira ouvir ate o momento.

Por que estava sendo tão difícil?

— Eu também não tenho na maior parte das vezes – Freddie comentou com humor.

— Eu estou ficando cada vez mais confuso aqui – declarou por fim, chamando a atenção dos quatro para si. A enfermeira deu o copo de água – Quando foi que você se casou, Freddie? Quem é Sam? E quem é Jade?!

Silêncio. Em câmera lenta ele pode assistir as expressões dos amigos mudando drasticamente para espanto ao mesmo tempo que também viu a enfermeira o olhar e depois para a médica em busca de orientação e esta tombar a cabeça antes de se aproximar mais com um olhar curioso e analítico.

— Peça uma tomografia – orientou ela recebendo um aceno da enfermeira.

— Ele esta com algum problema, doutora? – André questionou.

— Suspeito que sim, mas precisarei do exame para poder afirmar com certeza.

— Isso não parece bom – Freddie comentou com receio sendo prontamente apoiado pelo outro.

— Não vamos nos desesperar senhores – a mulher chamou a atenção dos dois – Não fara bem para o paciente.

Beck supôs que a calma daquela mulher era provavelmente vinda da experiência de talvez já ter presenciado tal momento mais de uma vez durante seu tempo exercendo a profissão. Havia convicção o suficiente para bradar uma possível explosão dos dois homens e Beck agradeceu muito por isso.

— O que devemos fazer? – André perguntou.

— Que tal começar respondendo as minhas perguntar – meteu-se. Os dois homens trocaram olhares receosos que foram tranquilizados pelo acenar de cabeça da médica.

— É com você irmão – André soltou batendo no ombro do amigo, limpando o próprio couro, mais uma vez Beck poderia ter achado aquilo engraçado se não estivesse tão focado nas respostas que precisava.

— Okay, vamos começar pelo fácil; Sam é minha esposa, somos casados á uns 7 anos. Agora Jade, como eu posso dizer isso sem te chocar – ele buscou apoio no outro que maneou a cabeça em negação fazendo Freddie trincar os dentes – Contribui um pouco aqui também caramba.

— Eu estou começando a me irritar aqui. Não sou formado em medicina, mas acho que isso não é uma coisa boa para o paciente— jogou com sarcasmo bebendo um pouco da água.     

A medica enfiou as mãos no bolso no jaleco abaixando a cabeça para disfarçar a risada que segurava.

— Seja o que Deus quiser – André erguera as mãos para o alto de modo teatral que Beck julgou exagerado demais da parte do amigo, mas esperou sem soltar comentários maldosos para o ato – Jade West mais precisamente é sua queridíssima e assustadora esposa.

Mais uma vez a palavra “esposa” se sobressaiu na cabeça dele.

— Minha esposa...

Pelo menos meia dúzia de novas perguntas surgiram na cabeça de Beck com relação às palavras do amigo, mas todas ficaram presas na garganta quando a porta do quarto foi mais uma vez aberta passando a mãe levemente diferente do que se lembrava e uma mulher desconhecida o olhando com preocupação. Um nome brilhou em seu subconsciente, mas ele não ousou soltar com medo de estar errado.

— Sua mãe chegou – Freddie constatou o obvio.

— E sua esposa também – André completou.  


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo deste novo projeto. Me contem o que acharam, okay?
Nos vemos em breve
Bjs



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