Barriga de aluguel escrita por Ana Cullen


Capítulo 4
Capítulo 4. Era uma vez em meu coração.




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Cap Bella.

Algumas vezes suas preces são atendidas, mesmo quando você já perdeu toda a sua esperança. Descrente, esta era a palavra que descrevia tudo que senti quando a tia de Rosalie me chamou para entrar em seu pequeno escritório. Sabia que o pior poderia estar por vir.

—Sente-se -Disse Victoria, tia de Rosalie me apontando a cadeira.

Me sentei em silêncio aguardando a bomba. O que eu podia esperar? Ela não era minha parente. Não tinha nenhuma obrigação de cuidar de uma orfã.

—Tia, por favor não expulse Bella daqui, ela é minha única amiga -Pediu Rosalie que entrou sem bater.

—E quem disse que vou expulsá-la? Perguntou Victoria para Rosalie que não teve argumentos para respondê-la.

—Então por que a chamou? Perguntou Rosalie desconfiada.

—Andei pensando, como você é minha única parente, quero lhe dar um destino melhor do que ser dona de boate e isso inclui sua amiga também.

—Quer dizer dona de prostíbulo -Criticou Rosalie.

—Que seja! -Bufou a velha entediada.

—Algo me diz que vamos ter que dar algo em troca -Falou Rosalie irritada.

—Mas é claro que não, menina ingrata, vocês vão morar em um apartamento, vão poder estudar, arrumar empregos decentes.

—Em troca da nossa virgindade ou de algum órgão do nosso corpo? Perguntou Rosalie indignada.

—É por isso que chamei Bella e não você- Insistiu Victoria.

—Você quer que eu acredite que repentinamente quer me ajudar? Ironizou Rosalie.

—Não me importo se acredita ou não, vocês duas vão deixar este lugar e façam o que eu acabei de dizer -Implorou Victoria em busca do meu apoio.

—Vamos -Disse sem escolha para Rosalie.

—Que bom que alguém aqui tem um pouco de juízo e quando forem alguém lembrem-se de quem as ajudou.

Rosalie bateu a porta quando saiu.

—Bella, você realmente acreditou naquela bruxa velha?Perguntou Rosalie incrédula.

—Mas é claro que não, mas sobrevivemos a família dos horrores podemos sobreviver a isso e ainda chutar a bunda de algum velho pervertido que quer nos patrocinar.

—Eu criei um monstro, estou tão orgulhosa. -Falou Rosalie me abraçando.

Pegamos rapidamente as poucas roupas, que foram doadas pelas dançarinas da boate. Algumas eu nem ousaria usar, mas foram dadas de coração e era o que valia. Não tínhamos quarto, dormíamos em um canto da cozinha da boate.

—Preparada para sair desse buraco? Perguntou Rosalie que assim como eu não sabia se isso era uma coisa boa ou ruim.

—Sem opções seria a palavra mais apropriada.

Rosalie concordou com a cabeça. Antes de sairmos pela porta de serviço que dava para um pequeno beco.

—Vamos de metrô? Perguntei.

—Não, Victoria disse que pagou táxi para nos levar.

Rosalie nem teve tempo de se defender quando James apareceu do nada e lhe deu uma facada.

—Achou que me passariam a perna assim tão fácil? Perguntou James com um sorriso sinistro.

—Socorro! -Gritei desesperada.

—Ninguém vai te ouvir, meu brinquedo, agora entre no carro. -Falou James se aproximando cada vez mais.

Meu primeiro pensamento foi fugir, mas tinha Rosalie agonizando no chão. Eu não queria abandoná-la.

—Se entrar por aquela porta, vou matar sua amiga, assim como fiz com as outras -Ameaçou James.

—Não, por favor. - Implorei.

—Isabella -Gritou um rapaz que parecia bêbado, saindo pela porta de serviço, que era proibida para clientes.

—Socorro, me ajude.

Em fração de segundos o rapaz entendeu a situação e partiu para cima de James tirando a faca de suas mãos. James não teve nenhuma chance quando recebeu uma sequência de socos.

—Edward, você vai matá-lo.- Insistiu um rapaz que também tinha saído pela porta de serviço.

Edward parecia não ouvir o amigo e continuou socando James como se ele fosse um pedaço de carne.

—Por favor -Pedi a Edward que parou perplexo ao ouvir a minha voz.

—Você está bem? Perguntou Edward que parecia ter acabado de sair do seu transe psicótico.

—Estou, mas Rosalie, minha amiga levou uma facada.

—Rosalie -Falou o outro rapaz pegando Rosalie nos braços.

—Ela perdeu muito sangue temos que levá-la ao hospital rapidamente-Disse Edward antes de colocar a mão no peito e desmaiar em cima de mim.

—Droga! Ele está respirando? -Falou o rapaz que estava com Rosalie nos braços.

—Sim, o que vamos fazer? Perguntei desesperada.

—Eu vou levar sua amiga para o hospital, vou pagar os melhores médicos para salvá-la, meu amigo Jasper alí vai cuidar de James e você vai levar meu primo bêbado para algum lugar seguro.

—Mas temos que avisar a tia dela que é a dona da boate ...

—Eu vou ligar para ela do hospital, você leva meu primo que salvou sua vida para um lugar seguro e eu vou cuidar da sua amiga.

—Emmet ... - Disse Jasper que também tinha saído pela porta de serviço.

—Nós já sabemos onde ela vai, então cuide do pervertido antes que meu tio descubra que alguém atacou seu precioso filho com uma faca e você não fez nada. -Falou Emmet revirando os olhos.

—O que você disse? Perguntei para Emmet confusa.

—Nada, seu táxi está te esperando, eu gravei mentalmente a placa do carro, então vou achá-la,  agora por favor arraste meu primo com você, enquanto cuidamos de tudo.

Arrastei o rapaz com dificuldade até o táxi, mas ainda escutei Emmet dizer a Jasper que queria ser uma mosca quando Edward acordar. Eu nunca levaria um cara bêbado para lugar nenhum, mesmo que ele fosse lindo, com cabelos dourados, olhos verdes, alto e com um cheiro de perfume caro.

O taxista me deixou na porta de um prédio chique e mal pude acreditar que a tia de Rosalie tinha apartamento naquele lugar. O porteiro do prédio parecia estar a minha espera tanto que fez questão de me ajudar a levar Edward para o apartamento que por sinal era maravilhoso. A mobília era nova. O porteiro deixou Edward deitado na cama do quarto principal.

—Enfim sós. -Falei quando estava sozinha com Edward totalmente adormecido.

A minha primeira providência em minha nova residência foi usar a máquina de lavar. Edward havia vomitado no elevador e acabou respingando na minha roupa. E como minha sacola de roupas se perdeu na luta com James, eu me encontrava de calcinha e sutiã com um estranho.

—O que mais pode me acontecer? Me perguntei vendo a máquina rodar, mas um barulho me tirou dos meus devaneios.

Edward havia tirado suas roupas. Mas suas mãos sujas de sangue sujou o lençol branco neve.

—Que droga! Victoria vai me matar por deixar este idiota entrar para sujar seus lençóis com sangue.

Peguei um lenço no banheiro para limpar suas mãos, mas ele acabou segurando minha mão.

—Me solte -Gritei assustada.

—Isabella -Falou meu nome ainda com os olhos fechados e sem me soltar.

—Como sabe meu nome? Foi Rosalie que falou?-Perguntei curiosa lembrando que tinha visto Rosalie conversando com Emmet no bar da boate.

—Isabella -Repetiu.

Ele ainda deveria estar bêbado. 

—Se não tivesse me salvado eu te daria um chute. -Falei para Edward que parecia não se importar quando se virou puxando a minha mão. Eu caí em cima dele. Xinguei mentalmente quando tentei me levantar, ele soltou minha mão para pousar sua mão na minha cintura.

—Me solte, seu louco.

—Apenas durma. -Gemeu Edward ainda adormecido.

Depois de lutar sem sucesso. Acabei cedendo. A minha cabeça estava um confusão. Estava preocupada com Rosalie. Estava chocada com James. Deveria ter avisado Victoria, mas tudo foi tão rápido.Agora estava semi nua em uma cama com um estranho.Lágrimas insistiam em cair ao lembrar que estava sozinha no mundo. Fechei os olhos e adormeci.

—Isabella, acorde -Disse Edward que parecia muito sóbrio quando acordei.

Continua ...

 


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Notas finais do capítulo

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