O dia amanhecia e o cheiro quente e fresco de pão invadia as ruas da antiga cidade. As pessoas começavam a caminhar pelas feiras.

As botas do rapaz faziam barulho sobre os tijolos desgastados, a mão direita arrumava a cartola tipicamente burguesa sobre os cabelos loiros enquanto a outra permanecia no bolso. Sua aparência que refletia a alta sociedade chamava a atenção de alguns mercantes.

Tudo estava enfeitado pela leve, alguns poucos locais como perfumarias exibiam alguma decoração simbolizando a proximidade da data que os mortais chamavam de Natal.

O sino da igreja local tocou e junto com ele, seu coração. Estava próximo.

Algumas crianças e senhores se reuniam e entravam pacientemente na igreja, acompanhou todos os outros. E logo pode notar a moça que sentava no banco da frente. Os cabelos negros tão únicos presos em um coque formal.

Caminhou pelo hall aproximando -se da jovem. A cada passo, se sentia mais inquieto. Der depende ela olhou para trás, já estava tão próximo. Os olhos negros tão inquisidores. Desejou tão profundamente que ela lembrasse de algo, apesar de saber que era impossível.

Sentou-se ao lado da moça, despreocupadamente, não queria assusta-la. Ela parecia tímida, virou o rosto fitando outro lugar que não fosse o rosto do rapaz.

Ele aproveitou para observar-la, o vestido branco recatado com detalhes negros, tinham uma gola que ia até a metade de seu pescoço. Era impossível não notar a mão que ela tinha sobre o peito, escondendo sobre os dedos o pingente da corrente dourada que enfeitavam seu pescoço.

Não pode segurar o sorriso que brotou em nós lábios

— lindo colar. – elogiou fazendo com que ela o encarasse, mesmo um pouco confusa com as palavras do desconhecido.

— Obrigada.

— Fim -